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Introdução Teórica Estágio Escolar

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Thalita Machado Pedroso
RA: 0000000000
INTRODUÇÃO TEÓRICA
 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL 
Estágio Obrigatório
	
Itatiba
2018
INTRODUÇÃO
No século XIX surge juntamente com a Psicologia Geral a Psicologia Escolar, e no Brasil diferentes momentos marcam a história da Psicologia Escolar. No início, o foco do trabalho era no diagnóstico de crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem, posterior, a ênfase foi dada ao processo de Orientação Vocacional, em que através de testes, procurava-se compreender as aptidões e interesses dos alunos para que eles pudessem encontrar uma profissão à qual se ajustassem. E em dado momento, a psicologia passou a estar inserida na escola para lidar com as questões da aprendizagem, e não somente com as dificuldades de aprendizagem. A perspectiva da psicologia escolar, até esse momento, não considerava aspectos institucionais envolvidos na dificuldade do aluno. Apenas ele e o seu meio social eram os responsáveis pelo fracasso escolar (Guzzo, Mezzalira, Moreira, Tizzei, 2010).
A Psicologia Escolar mudou o foco do trabalho para uma atuação cujo objetivo passou a ser auxiliar a escola na promoção do desenvolvimento integral do aluno e das relações que ocorrem na escola. Assim, o psicólogo passou a atuar de maneira mais institucional e preventiva (Barbosa & Marinho-Araújo, 2010)
De acordo com a ABRAPEE (Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional) a Psicologia Escolar e Educacional é a intersecção entre a psicologia e a instituição escolar, portanto entende-se que o papel da instituição escolar é essencialmente a do ensino/transmissão do conhecimento e o Psicólogo que atua nessa área é facilitar esse processo de aprendizagem/assimilação. O âmbito da pedagogia e da psicologia raramente coincidem, pois, a psicologia muitas vezes apresenta questões mais abrangentes ou mais restritas que a pedagogia. O papel do psicólogo e do educador não podem ser confundidos (Fontana & Cruz, 1997). 
Alguns dos campos de atuação e pesquisa do Psicólogo escolar educacional são os de processos ensino e aprendizagem, o desenvolvimento humano, a escolarização em todos os seus níveis, a inclusão de pessoas com deficiências, as políticas públicas em educação, a gestão psicoeducacional em instituições, a avaliação psicológica, a história da psicologia escolar, a formação continuada de professores, dentre outros (ABRAPEE, 2018). 
Marinho Araújo e Almeida (2014) apresentam uma proposta de intervenção para o psicólogo escolar. Eles propõem a análise da instituição escolar em quatro dimensões: O Mapeamento institucional, Espaço de escuta psicológica, Assessoria ao trabalho Coletivo e Acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem. O Mapeamento institucional é a compreensão da Escola, onde se conhece a mesma e busca-se subsídios da sua realidade. Nessa dimensão o psicólogo precisa investigar e analisar a instituição evidenciando as contradições entre demandas dos sujeitos e as práticas educativas. Para isso é necessário investigar convergências, incoerências e conflitos em diversos aspectos institucionais; analisar as concepções que os profissionais apresentam na pratica educativa; analisar a concepção de currículo na pratica pedagógica; discutir o processo de gestão escolar e analisar junto a equipe escolar os documentos que regem a escola, desde o Parâmetro curricular Nacional, passando pela Proposta Político pedagógica institucional e até o regimento interno da escola. Ou seja, buscar compreender o funcionamento geral da instituição.
O espaço de escuta psicológica é a necessidade de o psicólogo escutar as diversas vozes da escola e, a partir de uma análise crítica da escuta, conseguir auxiliar numa mudança ou plano de mudança para a escola. Para que a escuta ocorra de forma efetiva é necessário que ela ocorra antes de intervenções nas relações interpessoais. Na dimensão de assessoria ao trabalho coletivo, que deve ocorrer concomitante ao mapeamento institucional e a escuta psicológica, o desenvolvimento de habilidades e competências especificas do profissional deve ser alinhado as ações de intervenção para os problemas e incongruências encontrados pelo profissional psicólogo em sua análise da escola e de seus profissionais. Para isso o profissional pode criar ambientes de reflexões entre professores, coordenação e gestão e instrumentalizar a equipe escolar para auto avaliação, avaliação da equipe, planejamento e replanejamento de projetos escolares. Já na dimensão de acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem o foco é o desempenho escolar do aluno. O psicólogo deve focar na relação professor-aluno e auxiliar o professor no acompanhamento e avaliação de alunos com maiores dificuldades de aprendizagem (Marinho Araújo & Almeida, 2014).
Na educação infantil a instituição acaba apresentando outros objetivos principais que não o ensino. O cuidar e educar são o foco e na maioria das instituições a ferramenta para se atingir esse objetivo é a disciplina. A análise do espaço escolar no ensino infantil é também muito importante para compreensão da instituição e para a construção de uma proposta de ensino que vise à qualidade do desenvolvimento biológico, psicológico, cognitivo, afetivo e social da criança. Além disso, os espaços apresentam significado emocional para as crianças e a forma de sua organização desperta diversas reações e sentimentos e comportamentos A utilidade das dimensões para a intervenção nas creches e pré-escolas acabam sendo muito importantes para entender a instituição e as relações de ensino e aprendizagem, já que a criança pequena não consegue expressar verbalmente de maneira direta e clara seus sentimentos e seus anseios. Sendo assim, a observação e análise das regras e relações escolares, comparadas ao comportamento do aluno podem dar boas indicações dos problemas da escola (Menezes,2010).
Percebe-se na evolução histórica da Psicologia Escolar Educacional que ela tem uma necessidade constante em se provar diferente do “atendimento clinico”, o psicólogo muitas vezes é visto dentro das Instituições como a solução dos problemas, por exemplo no quesito dificuldade de aprendizagem, como se ele fosse eliminar as causas e solucionar de alguma forma. É necessário que o Psicólogo na escola mostre a importância de além do ensinar para aprender, como se ensina para “viver”, sendo assim o papel fundamental é ajudar na comunicação de todas as partes, facilitando os processos considerando a subjetividade de cada individuo.
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional – ABRAPEE Acessado em 31 de março de 2018: https://abrapee.wordpress.com/sobre/o-psicologo-escolar/
Barbosa, R. M., & Marinho-Araújo, C. M. (2010). Psicologia escolar no Brasil: considerações e reflexões históricas. Estudos de Psicologia, 27(3), 393-402.
Fontana, R. A. C. &, Cruz M. N. (1997). Psicologia e trabalho pedagógico São Paulo: Atual. LDBE - Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996
Guzzo, R. S. L., Mezzalira, A. S., Moreira, A. P. G., Tizzei, R. P., & Neto, W. M. D. F. S. (2010). Psicologia e Educação no Brasil: uma visão da história e possibilidades nessa relação. Psicologia: teoria e pesquisa, 26(25ANOS), 131-142.
Marinho Araujo, S. H., & Almeida, S. F. C. (2014). Psicologia Escolar: construção e consolidação da identidade do profissional. Campinas. Alinea.
	Menezes, C. C. L. C. (2010). A organização dos espaços de ensinar e aprender nas instituições de educação infantil: in Tenório, R. M., & Silva, R. S. Capacitação docente e responsabilidade social: aportes pluridisciplinares [online]. Salvador: EDUFBA, pp. 326.
	Ostetto, L. E. (2010). Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas, SP: Papirus.

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