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Sistema Circulatório (continuação) Profª. Anelise Simon Relembrando – morfologia interna (semilunares: pulmonar e aórtica) (bicúspide) ↓[O2], ↑[CO2] ↑[O2], ↓[CO2] Circulação corporal: • O termo circulação refere-se ao movimento de um fluido ao longo de um circuito fechado. • A circulação do sangue é o movimento do sangue originado pelo bombeamento do coração que o envia para as artérias. • A função circulatória é, basicamente, uma função de transporte. Circuitos: A circulação do sangue faz-se em 2 circuitos separados anatomicamente e com funções diferentes: ↔ Circulação Pulmonar ou Pequena Circulação: pela qual são realizadas as trocas gasosas de oxigênio e gás carbônico. ↔ Circulação Sistêmica ou Grande Circulação: que permite levar os nutrientes e oxigênio aos tecidos e receber os produtos finais do metabolismo para serem excretados, assim como levar os hormônios aos seus órgãos- alvo. AD Válvula tricúspide VD Art.tronco pulmonar Pulmões Pulmões Veias pulmonares AE Observações Nota Pequena Circulação; Átrio Direito, Ventrículo Direito, saindo do coração pela artéria pulmonar, chegando no pulmão, trocas gasosas (sangue venoso passa a ser arterial), saindo do pulmão pelas veias pulmonares até o átrio esquerdo. AE Válvula mitral VE Aorta Corpo Corpo Veia Cava Superior e Inferior AD Observações Nota Grande Circulação; Átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, saída pela veia aorta e se espalhando pelo corpo todo, nutrindo os tecidos e se tornando novamente venoso, e retorna novamente ao coração pela veia cava superior e veia cava inferior, chegando no átrio direito. ↓[O2], ↑[CO2] ↑[O2], ↓[CO2] Sistema de vasos: RECEBE SANGUE DE... ENVIA SANGUE PARA... CORAÇÃO Átrio direito Ventrículo direito Veias cavas Átrio direito Ventrículo direito Pulmões Átrio esquerdo Ventrículo esquerdo Veias pulmonares Átrio esquerdo Ventrículo esquerdo Corpo (exceto pulmões) VASOS Veias cavas Art. Tronco pulmonar Veias sistêmicas Ventrículo direto Átrio direito Pulmões Veia pulmonar Veias dos pulmões Átrio esquerdo Aorta Ventrículo esquerdo Artérias sistêmicas Por que o sangue flui? Gradientes de pressão Regiões de pressão mais elevada Regiões de pressões menores Ciclo cardíaco – eventos mecânicos: Diástole: relaxamento/ dilatação Sístole: contração Silversthorn, 2010 A pressão arterial corresponde à pressão exercida pela passagem do sangue na parede dos vasos sanguíneos. Sístole ↔ Diástole Sístole ↔ Diástole O ciclo cardíaco consiste de um período de relaxamento, onde o coração se enche de sangue, período este denominado de diástole, seguido de um período de contração, denominado sístole. Ciclo cardíaco http://www.youtube.com/watch?v=Yqrrd5SxmX8 Ciclo Cardíaco: 1. Coração em repouso: diástole atrial e ventricular: • Átrios enchendo-se de sangue vindo das veias, os ventrículos acabaram de completar uma contração. • À medida que os ventrículos relaxam, as válvulas AV abrem-se e o sangue flui por gravidade em direção aos ventrículos. (Silversthorn, 2010) 2. Término do enchimento ventricular: sístole atrial: • Maior parte do sangue entra nos ventrículos enquanto os átrios estão relaxados. • Os 20% restantes para o enchimento ventricular acontecem com a contração dos átrios (sístole). * A sístole inicia seguindo a onda de despolarização (+) que percorre os átrios. (Silversthorn, 2010) • O sangue produz pressão, na tentativa de retornar para as veias, que não possuem válvulas unidirecionais para bloquear o retorno. • Essa pressão é vista no pulso da veia jugular – espaço onde o músculo ECM passa por baixo da clavícula. 3. Contração ventricular inicial e 1º som cardíaco: • Enquanto os átrios se contraem, a onda de despolarização se propaga lentamente para o restante do . • A sístole ventricular inicia no ápice do quando as bandas musculares em espiral empurram o sangue para cima em direção a base. • O sangue empurrado contra a região inferior às válvulas AV faz com que elas se fechem, não havendo refluxo de sangue para os átrios. • A vibração gerada pelo fechamento da válvula AV gera o 1º som cardíaco. 1ª BULHA CARDÍACA = “TUM!” (Silversthorn, 2010) • Nesta fase, as válvulas AV e semilunares estão fechadas. Entretanto os ventrículos continuam a contrair, comprimindo o sangue dentro de um reservatório fechado. Fase de Contração Ventricular ISOVOLUMÉTRICA (volume de sg dentro, não muda) • Enquanto os ventrículos iniciam a contração, as fibras musculares atriais estão repolarizando (-) e relaxando: Pressões atriais < pressões nas veias = sg volta a fluir das veias para os átrios (evento independente do que acontece nos ventrículos, devido a existência das válvulas AV que isolam as câmaras). (Silversthorn, 2010) 4. O coração bombeia: ejeção ventricular: • Quando os ventrículos contraem, produzem pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares e empurrar o sg para as artérias. Pressão propulsora do fluxo sanguíneo • Nesta fase, as válvulas AV continuam fechadas e os átrios continuam se enchendo. (Silversthorn, 2010) 5. Relaxamento ventricular e o 2º som cardíaco: No final da ejeção ventricular, os ventrículos começam a repolarizar (-) e relaxar, a pressão interna. Pressão ventricular < pressão nas artérias = sg flui de volta para o coração. Esse refluxo, enche as cúspides da válvula semilunar , forçando o seu fechamento. A vibração deste fechamento gera o 2º som cardíaco. 2º BULHA CARDÍACA = “TÁ!” (Silversthorn, 2010) • Uma vez fechadas, os ventrículos tornam-se câmaras isoladas. • Embora a pressão dos ventrículos esteja em queda, ainda é maior do que nos átrios, mantendo válvulas AV fechadas. Fase de Relaxamento Ventricular ISOVOLUMÉTRICO (volume de sg não muda) • Relaxamento ventricular faz a pressão ventricular ficar < do que nos átrios = abrem-se válvulas AV. • Sg flui dos átrios para os ventrículos. DANDO INÍCIO A UM NOVO CICLO CARDÍACO... (Silversthorn, 2010) Ciclo elétrico • Os movimentos de contração (sístole) e relaxamento (diástole) da parede cardíaca são controlados por um sistema altamente especializado, conhecido como sistema excitocondutor ou sistema próprio do coração. • Esse sistema é formado por fibras musculares especializadas em conduzir impulsos elétricos e, ao mesmo tempo, permite manter a frequência cardíaca entre 60 e 80 batimentos por minuto no indivíduo adulto. (Mourão Jr. & Abramov, 2011) • Potencial de ação (PA): onda de descarga elétrica que percorre a membrana celular. • É uma alteração rápida na polaridade: de (-) para (+) (despolarização) e de volta para (-) (repolarização). Eventos elétricos Silversthorn, 2010 Marcapasso cardíaco: • O PA se origina nas células marcapasso do e se propaga para as células contráteis pelas junções comunicantes. • O comportamento do PA para geração de uma contração é semelhante às filbras musculares esqueléticas do restante do corpo, porém, o músculo cardíaco possui fibras mais curtas e podem ser ramificadas unidas por um único núcleo. • Além de outras particularidades, existem os discos intercalares, que permitem a propagação do PA de maneira uniforme em todo músculo cardíaco (SINCÍCIO). (Mourão Jr. & Abramov, 2011) Ciclo cardíaco – eventos elétricos a) nó sinoatrial (sinusal): agrupamento de fibras musculares especializadas, situado próximo ao óstio da veia cava superior. Ele é conhecido como o marcapasso do ; b) feixes internodais (anterior, médio e posterior),: que fazem as conexõesdo nó sinoatrial com o nó A-V; c) nó atrioventricular (A-V): agrupamento de fibras musculares especializadas situado na porção inferior do septo interatrial; e d) feixe atrioventricular (de His): constituído por um cordão de fibras musculares especializadas que se origina do nó A-V e se dirige para o septo interventricular, onde se divide em ramo D e ramo E, que vão se distribuir nos ventrículos. e) Esses ramos se subdividem várias vezes, constituindo o plexo subendocárdico (Rede de Purkinje). (Silversthorn, 2010) ONDAS PQRST •O eletrocardiograma mostra as ondas P, Q, R, S e T. • Elas evidenciam as voltagens elétricas geradas pelo coração, e registradas pelo eletrocardiógrafo na superfície do corpo. P dispersão da despolarização através dos átrios, seguida da sístole atrial, que provoca uma pequena elevação da curva de pressão atrial (imediatamente após a onda P). QRS Cerca de 0,16 s após a onda P, ocorre a onda QRS, que evidencia a despolarização e o início da contração dos ventrículos , desencadeando o aumento da pressão ventricular. Sendo assim, o complexo QRS começa um pouco antes da sístole ventricular. T Fechando o ciclo, a onda T representa a fase de repolarização dos ventrículos , quando as fibras ventriculares começam a relaxar. Desta forma, a onda T acontece pouco antes do término da sístole ventricular. Atuação do SN: Embora o possua seus sistemas intrínsecos de controle, sem quaisquer influências nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser modificada pelos impulsos reguladores do SNC. O SN é conectado com o através de 2 grupos diferentes de nervos: Sistema Parassimpático e Sistema Simpático (Silverthorn, 2010) SN Parassimpático A estimulação dos nervos parassimpáticos causa: (1) ↓ da FC; (2) ↓ da força de contração do músculo atrial; (3) ↓ na velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (atrio-ventricular), aumentando o período de retardo entre a sístole atrial e a ventricular; e (4) ↓ do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários que mantêm a nutrição do próprio músculo cardíaco. (Silversthorn, 2010) SN Simpático A estimulação dos nervos simpáticos apresenta efeitos exatamente opostos sobre o coração: (1) ↑ da FC, (2) ↑ da força de contração, e (3) ↑ do fluxo sanguíneo nos dos vasos coronários visando suprir o ↑ da nutrição do músculo cardíaco. * Efeito necessário quando um indivíduo é submetido a situações de estresse: exercício, doença, calor excessivo ou outras condições que exigem um rápido fluxo sanguíneo. * Mecanismo de auxílio em emergências, tornando mais forte o batimento cardíaco quando necessário. (Silversthorn, 2010) SISTEMA LINFÁTICO Sistema Linfático: • Sistema importante no processo de trocas capilares. • É um sistema independente do sist. sanguíneo, porém realiza a drenagem do sist. venoso. • Como não há junções intercelulares, a movimentação dos tecidos gera um espaço entre as células, permitindo que componentes do interstício penetrem no sist. linfático (ex. linfócitos, bactérias). • Assim, ele atua na absorção de macromoléculas que não são absorvidas pelos capilares venosos. (Mourão Jr. & Abramov, 2011; Duarte, 2009) • O sist. linfático produz linfócitos que atuam na defesa do organismo. • Todo produto absorvido nos tecidos por este sistema é lançado no sistema venoso da corrente sanguínea. Também conhecido como Sistema Imunológico • Os vasos linfáticos se distribuem em forma de rede, estando presentes em todos os órgãos. • Dois tipos: vasos aferentes são os que chegam aos linfonodos e os vasos eferentes são os que saem dos linfonodos. • Linfonodo: estrutura situada no trajeto dos vasos linfáticos e funciona como filtro da linfa circulante. • Nos linfonodos há os linfócitos (glóbulos brancos), células especializadas na defesa do organismo. (Duarte, 2009) Os vasos linfáticos confluem (juntam-se) para constituir os troncos linfáticos. Dois grandes troncos linfáticos são encontrados: O Ducto linfático direito, que desemboca na confluência da veia subclávia D com a veia jugular interna do mesmo lado. O Ducto torácico, que desemboca na junção da veia subclávia E com a veia jugular interna do mesmo lado. * Dentro dos vasos linfáticos circula o líquido intersticial, originado no interior dos tecidos e conhecido como linfa. (Duarte, 2009) Ducto linfático D: drena a linfa da metade D da cabeça, do pescoço, do tórax e do membro superior D. Ducto torácico: que drena a linfa da metade E da cabeça, do pescoço, do tórax e de todos os segmentos do corpo abaixo do diafragma. (Duarte, 2009) Órgãos Hemopoiéticos • Responsáveis pela produção do sangue: MEDULA ÓSSEA, BAÇO e TIMO. Medula Óssea • A medula óssea é a sustância de tecido conjuntivo que fica dentro do canal medular dos ossos e que possui a capacidade de produzir células sanguíneas, tais como hemácias, granulócitos e plaquetas. • Possuímos dois tipos de medula óssea: medula óssea rubra ou vermelha, que produz hemácias, plaquetas e granulócitos, e a medula óssea flava ou amarela, que é gordurosa, em alguns ossos, ela substitui a medula vermelha ao longo do tempo. Tipos de células sanguíneas • Hemácias (glóbulos vermelhos): carregam hemoglobina e são responsáveis pelo transporte do O2 dos pulmões para os tecidos e da retirada do CO2 para ser eliminado pelos pulmões. Formato bicôncavo. • Leucócitos (glóbulos brancos): são responsáveis pela defesa do nosso organismo contra agentes infecciosos (vírus, bactérias) e substâncias estranhas. • Plaquetas (trombócitos): principal função é a formação de coágulos, participando do processo de coagulação sanguínea. Baço • Órgão linfóide associado ao Sistema Circulatório. • Situado do lado E da cavidade abdominal, junto à 9ª, 10ª e 11ª costelas. • Ele é um órgão responsável pela produção de linfócitos, anticorpos, além de servir de local de destruição das hemácias (hemocaterese). – As hemácias possuem um tempo de vida que varia de 80 a 120 dias. Essas hemácias quando estão velhas são destruídas pelo baço com o objetivo de se retirar o ferro da hemoglobina. (Duarte, 2009) Baço Timo • O timo, é um órgão também de tecido linfático, localizado no mediastino superior, na transição entre o pescoço e o tórax. • Ele é responsável pela diferenciação do linfócito “T”, precursor dos anticorpos, e está relacionado com o desenvolvimento dos mecanismos imunológicos nos jovens. – O timo regride, mas não chega a desaparecer completamente no adulto. (Duarte, 2009) Tonsilas (amígdalas) • As tonsilas palatinas (amígdalas), a tonsila faríngea, as tonsilas linguais e as tonsilas tubárias constituem um anel linfático em torno da faringe com o objetivo de proteger e impedir a penetração de microorganismos patogênicos ao corpo. • As tonsilas são estruturas constituídas de tecido linfóide, distribuídas na faringe e na cavidade oral. (Duarte, 2009) Próxima aula... SISTEMA RESPIRATÓRIO
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