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Introdução à Teoria Geral da Administração

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TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO - parte 1 
(material exclusivo para facilitar o acompanhamento das aulas, para melhor entendimento é necessário consultar a bibliografia citada) 
1. INTRODUÇÃO
1.1 As Organizações 
A sociedade humana é composta de organizações que fornecem os meios para o atendimento das necessidades das pessoas. Serviços como água, saúde, energia, segurança pública, alimentação, diversão, educação, etc. depende das organizações. 
As organizações fornecem os meios de subsistência para muitas pessoas que trabalham direta ou indiretamente para essas organizações bem como seus familiares. 
Existem organizações lucrativas e organizações não-lucrativas.
O desempenho das organizações é extremamente importante para clientes, usuários, funcionários, acionistas, fornecedores e para a comunidade em geral. 
Podemos então definir a Organização como sendo:
 “um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos)” 
 ou 
“um grupo de pessoas que se constitui formalmente para atingir objetivos comuns” 
Figura 1.1 Principais componentes das organizações
RECURSOS
Humanos
Materiais
Financeiros
Informação
Instalações
PROCESSOS
OBJETIVOS
Produtos
(Bens e serviços)
Conforme verificamos na figura, os recursos representam os elementos necessários para que a organização possa funcionar. 
Os processos representam a execução do trabalho, ou seja, as diversas atividades da organização que devem ser executadas. 
Os objetivos representam os produtos (bens e serviços) que a organização se propõe a produzir, ou seja, é a razão de ser da empresa.
1.2 Eficiência e Eficácia
As organizações têm por finalidade transformar recursos em produtos e serviços, com o objetivo de atender as necessidades dos usuários (produtos e serviços de qualidade) e as necessidades dos dirigentes e acionistas (economia de recursos). 
Duas palavras são usadas para indicar que uma organização tem desempenho de acordo com as expectativas dos usuários e das pessoas que mobilizaram os recursos: eficiência e eficácia.
Eficiência é a palavra usada para indicar que a organização utiliza produtivamente, ou de maneira econômica, seus recursos. Quanto mais alto o grau de produtividade ou economia na utilização dos recursos, mais eficiente a organização é. 
Eficácia é a palavra usada para indicar que a organização realiza seus objetivos. Quanto mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização é eficaz.
	Eficiência
	Eficácia
	▪ Ausência de desperdícios.
  
	▪ Capacidade de alcançar resultados.
	▪ Uso econômico de recursos.
  
	▪ Grau de realização dos objetivos. 
	▪ Ênfase nos meios (a forma de fazer).
  
	▪ Ênfase nos resultados. 
	▪ Cumprir tarefas e obrigações corretamente de acordo com as normas.
  
	▪ Atingir os resultados (metas) esperados. 
1.3- Conceito de Administração
Agora com o entendimento do que é e como funciona uma organização e dos objetivos a serem alcançados pela administração podemos estabelecer o conceito de administração.
 “Administração é um processo dinâmico de tomar decisões sobre a utilização de recursos, para possibilitar a realização de objetivos”. (Maximiano) 
Ou ainda:
 “Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais.”
A administração não é apenas administração de empresas. A administração é pertinente a todo o tipo de empreendimento humano que reúne, em uma única organização, pessoas com diferentes saberes e habilidades, sejam vinculadas às instituições com fins lucrativos ou não. A administração precisa ser aplicada aos sindicatos, às igrejas, às universidades, aos clubes, agências de serviço social, tanto como nas empresas, sendo responsável pelos seus desempenhos.
1.4 Funções Administrativas (processo administrativo)
Administração significa, em primeiro lugar, ação. A administração é um processo dinâmico de tomar decisões e realizar ações que compreende cinco processos principais interligados: planejamento, organização, direção(liderança), execução e controle. Esses processos constituem-se nas funções do administrador ou funções administrativas.
Figura 1.3. Funções administrativas
Planejamento
Controle
Execução
Organização
Direção
(Liderança)
Planejamento 
O planejamento é o processo ou função que busca definir objetivos atividades e recursos. O planejamento determina antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como fazer para alcançá-los. O processo de planejamento é a ferramenta para administrar as relações com o futuro. 
Organização 
É o processo (função) que busca definir e dividir o trabalho e os recursos necessários para a realização dos objetivos. Implica a atribuição de responsabilidades e autoridade a pessoas e grupos. 
O processo de organizar consiste no ordenamento dos recursos, ou na divisão de um conjunto de recursos em partes coordenadas, segundo algum critério ou princípio de classificação. O resultado desse processo chama-se estrutura organizacional.
Direção (liderança)
É o processo (função) de trabalhar com pessoas para assegurar a realização dos objetivos. É a função administrativa que dinamiza e aciona a organização. É exercida através da comunicação, liderança e motivação das pessoas.
Execução
É o processo (função) que consiste em realizar atividades planejadas envolvendo dispêndio de energia física e intelectual. 
Controle 
É a função administrativa (processo) que serve para assegurar que os resultados do que foi planejado, organizado e executado se ajustem tanto quanto possível aos objetivos estabelecidos. 
 O processo de controle procura assegurar a realização de objetivos. Controlar é a função que consiste em comparar as atividades realizadas 	com as atividades planejadas, para possibilitar a realização dos objetivos.
1.5 Teorias da Administração 
Definições para Teoria:
Uma TEORIA é uma representação abstrata do que se percebe como realidade.
Uma TEORIA é um conjunto de conceitos e ideias que explica e prediz fenômenos sociais e físicos. 
A TEORIA é um conjunto de afirmações ou regras feitas para enquadrar alguma parte do mundo real.
As Teorias da Administração são conhecimentos organizados, produzidos pela experiência prática das organizações, onde a Teoria Geral da Administração é o conjunto destas Teorias. 
Qual é a melhor?
Administradores usam teorias administrativas para a tomada de decisões em seus esforços de planejar, organizar, executar, controlar e liderar/dirigir a produtividade organizacional. 
A Teoria da Situação ou Teoria Situacional (Contingency Theory) estabelece que não há maneira de administrar que seja melhor que outra. A solução “melhor” depende do ambiente da organização, de sua tecnologia e de vários outros fatores.
1.5.1 Formação do Conhecimento Administrativo
São produzidos pela observação e análise crítica da experiência prática das organizações e de seus administradores.
 
Há duas fontes principais:
A própria experiência prática;
Métodos científicos.
Experiência Prática
Desde que existem as organizações, os administradores vêm criando um grande acervo de conhecimentos que aumentam e se refinam ao longo do tempo através de um processo de seleção natural.
Muitas contribuições teóricas vieram da experiência prática de administradores que as registraram.
Método Científico
O conhecimento administrativo é adquirido através da aplicação da ciência à observação das organizações e dos administradores, com processos sistemáticos de aquisição e tratamento de informações.
Os métodos mais comuns são:
Experimento – é o método mais comum, consiste em medir as consequências de uma alteração produzida em uma situação.
Levantamento Simples; é feito usando-se questionários, entrevistas, observaçãodireta e outras técnicas para coleta de informações.
Levantamento Correlacional – procura identificar relações de causa e efeito entre determinados processos ou variáveis.
1.5.2 – Paradigmas 
No século XXI há mudanças em todos os ambientes: competitivo, tecnológico, econômico e social. Surgem novos conceitos e técnicas para administrar as organizações, onde estas inovações na teoria e na prática são denominadas de paradigmas.
Paradigmas são modelos ou padrões, que servem como marco de referência, para explicar às pessoas como lidar com diferentes situações e ajudá-las nisso.
Para a Administração os paradigmas são:
Premissas ou hipóteses: são explicações que ajudam a entender as organizações, orientam a maneira de administrá-las (o mesmo que doutrina);
Modelos de administração e organização;
Contexto: compreende a conjuntura - competitivo, tecnológico, econômico e social, etc.
2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO
2.1 Revolução Urbana
Por volta de 4.000 a.C, na região que hoje é o oriente médio, surgiram as primeiras cidades e estados. Essas primeiras organizações formais demandaram a criação de práticas administrativas (classes de dirigentes – os sacerdotes reais, classes de funcionários públicos, invenção da contabilidade primitiva, legislação, projetos de construção, exércitos profissionais).
2.2 Egito
As pirâmides são os mais conhecidos testemunhos das aptidões técnicas e administrativas dos egípcios. Para construí-las eles enfrentaram e resolveram grandes problemas de administração de mão de obra, uso de arquitetos e logística.
2.3 Grécia
No século V a.C., começou na Grécia um fértil período de produção de idéias que viriam a influenciar profundamente a pratica da administração. Muito mais que isso, as idéias dos gregos contam-se entre as mais importantes contribuições para a civilização. Eis algumas dessas idéias:
Democracia. Há 2.500 anos os gregos inventaram e implantaram a administração democrática de suas cidades-estados. A democracia participativa foi uma grande inovação, numa época em que os monarcas governavam segundo os interesses da aristocracia (0 governo dos poucos que detinha a maior parte das riquezas).
Ética. No diálogo O político, Platão defende a idéia de que a responsabilidade fundamental dos políticos (os administradores da polis, a cidade) era promover a felicidade de seus cidadãos. Administrar a cidade segundo os princípios da ética absoluta, de acordo com os interesses dos cidadãos, e uma proposição de todos os fil6sofos gregos.
Qualidade. Entre os gregos, qualidade era o ideal da excelência. Excelência é a característica que distingue algo pela superioridade em relação aos semelhantes e depende do contexto. Para o cavalo de corrida, é a velocidade. No homem, é a superioridade moral, intelectual e física. Para Platão, o teste básico de qualquer ação publica consistia em perguntar: isso faz os homens melhores do que eram antes? Qualidade como sinônimo de melhor e nível mais alto de desempenho são conceitos que continuam atuais depois de séculos.
2.4 Roma 
Princípios e técnicas de administração construíram e mantiveram Roma durante seus 12 séculos de existência, como monarquia, republica e império. A capacidade de construir e manter o domínio sobre o que hoje é a Europa comprova as aguçadas habilidades administrativas dos romanos. Também e importante lembrar que a má administração ajudou a destruir Roma no final de seu longo período de gl6ria. No entanto, muitas de suas concepções ainda sobrevivem no Direito, na administração publica e na Igreja Cat6lica.
Construção e administração do Império. Roma apresenta o primeiro caso no mundo de organização e administração de um império multinacional. Para cuidar desse império, os romanos criaram diferentes tipos de executivos: reis, imperadores, césares, cônsules, magistrados e outros.
Grandes empresas. A tributação das cidades conquistadas era uma das principais fontes da receita do Estado. Os coletores de impostos (publicanos) arrendavam o direito de recolher os impostos e assumiam a obrigação de remunerar o Estado. Para explorar esse mercado, criaram-se grandes empresas sob a forma de sociedades por ações. As assembléias de acionistas escolhiam um presidente, que era assessorado por um conselho administrativo. Havia os sócios portadores de ações, com mais direitos do que os simples investidores. As províncias, normalmente, eram exploradas de forma predatória por esses empresários.
2.5 A Igreja Católica
 À medida que o Império Romano desaparecia, outra organização de grande porte começava a escrever sua historia. A Igreja Católica herdou muitas das tradições administrativas dos romanos, a começar pela administração do território. Com suas dioceses, províncias e vigários, a Igreja copiou não apenas o tipo de organização geográfica, mas também a linguagem que os romanos usavam para designar os administradores locais.
2.6 Organizações Militares – O Exército Romano
Há mais de 3.000 anos, os exércitos vêm criando soluções para a administração de grandes contingentes de pessoas envolvidas em operações complexas e arriscadas. Conceitos sobre estratégia, planejamento, logística e hierarquia, que são usados hoje não apenas nas Forças Armadas, mas também em todos os tipos de empreendimentos, nasceram com os militares do passado distante.
Entre as mais conhecidas contribuições da China está a obra de Sun Tzu, que escreveu no século IV a.C., a respeito da estratégia militar intitulado “A arte da Guerra” .
A “Arte da Guerra” trata de princípios fundamentais permanentes sobre planejamento, comando e doutrina, entre outros assuntos. Até hoje é muito fácil encontrar edições recentes à venda em qualquer livraria. 
Exército Romano. No século III a.C., o exército romano havia avançado muito em termos de organização e já apresentava características que pouco se modificariam nos séculos seguintes, como alistamento de profissionais, regulamentação, burocratização, planos de carreira e organização. O que faria do exercito romano o modelo para os pr6ximos milênios, no entanto, era o centurião. Os centuriões formaram a primeira corporação de oficiais profissionais da hist6ria. Comando em campanha, motivação dos soldados e transmissão do c6digo de disciplina eram suas principais responsabilidades.
2.7 O Arsenal de Veneza
Em 1436 foi criado o arsenal de Veneza. No século seguinte, o arsenal era a maior fábrica do mundo com uma força de trabalho variando entre 1.000 a 2.000 operários.
Em 1570 foi capaz de construir e preparar para combate, 100 navios em dois meses. Essa eficiência era possível porque o Arsenal adotava métodos de produção e administração similares aos de uma fábrica de automóveis do século XX.
2.8 Revolução Industrial
A revolução industrial ocorre a partir do século XVIII impulsionada por dois eventos principais: o surgimento das fábricas e a invenção das máquinas a vapor. Surge então a “empresa industrial”.
Alguns movimentos surgidos com a revolução industrial:
- Substituição do artesão pelo operário especializado.
- Invenção das fábricas.
- Crescimento das cidades originando novas necessidades de administração pública.
- Surgimento dos sindicatos.
- As idéias oriundas do Marxismo. 
Evolução
Sistema de fabricação para fora – as famílias recebiam dos comerciantes as máquinas têxteis, faziam as peças e recebiam por peças feitas.
Sistema fabril – alguns comerciantes começaram a reunir trabalhadores em galpões para exercer melhor controle do seu desempenho, nascendo assim as fábricas e também os problemas.
Condições de trabalho e sindicatos – as condições de trabalho eram rudes. Os trabalhadores eram totalmente submissos ao industrial e capitalista. Por volta de 1800 surgiram os primeiros sindicatos para proteger os salários dos artesãos e foram evoluindo com a grande concentração de trabalhadores. Os sindicatos foram reprimidos até a sua aceitação, que foi ocorrendo lentamente.Eficiência – as grandes fábricas começaram a se preocupar com a eficiência. Daí muitos estudiosos então lançaram a base para a Ciência Econômica e para as Teorias de Administração. 
A revolução industrial pode ser dividida em:
 1ª Revolução -1760 a 1850: grande mudança restringe-se à Inglaterra.
2ª revolução - 1850 a 1900: grande mudança se espalha pela Europa e EUA.
Na passagem para o século XX, a história da administração passa para uma fase completamente diferente, entrando em cena a ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA e outras importantes tendências da Administração Moderna.
1
Bibliografia ( para melhor entendimento do assunto é necessário consultar a literatura abaixo.)
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.7.ed. R. Janeiro: Campus, 2003. 
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2006.

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