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Revisão 1. Competência: Conceito e Natureza Jurídica. Jurisdição Internacional Exclusiva e Concorrente. Cooperação Internacional. 2. Competência Interna: Competência da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho; Militar; Eleitoral e Estadual. Critérios para a determinação da Competência. Competência em razão do valor e da matéria. Competência territorial e em razão da pessoa. Competência funcional. 3. Critérios para Modificação da Competência. Conexão e Continência. Inércia e Cláusula de eleição do foro. Incompetência relativa e absoluta. Conflito de Competência. 4. Sujeitos do Processo I. Partes e procuradores. Capacidade Processual. Legitimidade das partes. Sucessão das partes e dos procuradores. Atos, ônus e poderes 5. Sujeitos do Processo II. Magistrado e os auxiliares da Justiça. Atuação do Ministério Público, advocacia pública e defensoria pública. Atos, ônus e poderes. 6. Litisconsórcio. Conceito. Classificação. Critérios de Competência São divididos em 7 grupos: Competência Internacional ou da jurisdição brasileira (art. 21 ao 25 do CPC e art. 12 da LINDB) Competência dos Tribunais Competência das Justiças Especializadas Competência da Justiça Federal Competência de foro Competência do juízo Passo à Passo identificar competência. Identificar se o Brasil é competente. Para tanto necessário verificar se é competência concorrente (art. 21 e 22 do CPC) Após isso necessário verificar se o processo deve ser julgado em um Tribunal ou órgãos especiais (como Câmara dos Deputados ou Assembleia Legislativa) Art. 49 da CF Art. 51 da CF Art. 52 da CF Art. 71 da CF Após isso necessário verificar o critério em razão da matéria. Militar (art. 124 da CF) Eleitoral (art. 29 do Código Eleitoral) Justiça Estadual (art. 42 e ss do CPC) Justiça do Trabalho (Art. 114 da CF) Outro critério a ser observado é o em razão à Pessoa, que versa sobre a pessoa que está em juízo. Tribunais – Governadores Federal – União (Art. 109 da CF) Necessário verificar ainda o critério FUNCIONAL – verifica-se as funções exercidas pelo juiz no processo. Vertical (Hierárquica) Horizontal (por fases do mesmo processo) Fragmentada para julgamento (fracionamento em diferentes órgãos) Art. 102 da CF Art. 105 da CF CRITÉRIOS ABSOLUTOS Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS direito pessoal é o decorrente de uma relação entre duas ou mais pessoas criando obrigações entre elas Direito Real é aquele que assegura a uma pessoa o gozo completo ou limitado de coisa. 4 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS Direito real sobre imóveis – São casos de: Art. 1.225 do CC. I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso. Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição. Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. 5 Exemplos Alves, residente em Corumbá, adquiri um imóvel localizado em Dourados, de Júlio, através de promessa de compra e venda, contudo, Alves não pagou o imóvel para Júlio, que moveu ação de rescisão do contrato pela falta de pagamento. Onde distribui ação? Alves, residente em Corumbá, adquiri um imóvel localizado em Dourados, de Júlio, através de promessa de compra e venda registrado na Matricula do imóvel, contudo, Alves não pagou o imóvel para Júlio, que moveu ação de rescisão do contrato pela falta de pagamento. Onde distribui ação? Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS 7 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS Réu 8 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS Réu 9 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS Réu 10 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS 11 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS 12 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS 13 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Divide-se em: Domicilio das partes envolvidas Situação dos bens Local dos fatos decorrentes da causa CRITÉRIOS RELATIVOS 14 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Não basta verificar o foro competente, é necessário também que se encontre o juízo competente. É fixada com base na competência de foro, organização daquela Tribunal, se há varas especializadas. CRITÉRIOS RELATIVOS Cível Direito Difuso Família Sucessões Fazenda Pública Direito Bancário 15 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Existem Competências absolutas e relativas Competência absoluta: Pessoa: Competência em razão da pessoa (rationae personae). Aqui nesse caso o que é levado em consideração é a posição da pessoa no contexto social.Por exemplo: Julgamento do vice-presidente da República por crimes de responsabilidade – Senado Federal. Nas Infrações penais comuns - STF Matéria: Diz respeito a lida em si mesma. É a própria matéria do processo, é o pedido, é a pretensão na qual onde houver vara ou justiça especializada a competência será sempre dela. Por exemplo: Ex: Vara de Família, Consumidor, Fazenda Pública, Acidente de Trânsito etc. Função que o órgão jurisdicional deve exercer: É o art. 109. É a função que o órgão deve exercer obedecendo a hierarquia dos procedimentos . Por exemplo: Julgamento de recurso (1º e 2º grau). 16 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Existem Competências absolutas e relativas Competência Relativa: Território: diz respeito ao domicilio das partes e localização do bem, objeto material do litígio o poder jurisdicional é repartido em razão das circunscrições judiciárias, do território nacional. 17 Passo à Passo identificar competência. Após verificar que é Competência é da justiça comum (Estadual ou Federal), necessário verificar a Competência do Foro (Definida pelo critério Territorial) Existem Competências absolutas e relativas 18 CONEXÃO é um mecanismo processual que leva à reunião duas ou mais ações para que sejam julgadas conjuntamente. Os critérios seriam aqueles relativos aos elementos da ação: partes, pedido e causa de pedir. Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. Requisitos Evitar decisões conflitantes; Favorecer a economia processual. CONTINÊNCIA (forma de modificação de competência) Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. Cláusula de eleição do foro Segundo os arts. 47 e 63, caput, do CPC/2015, as partes, quando a questão for relacionada ao território e ao valor da causa (e somente nessas hipóteses),podem, por vontade própria, eleger o foro no qual será proposta a ação sem que tal medida implique a exclusão da regra geral do foro do domicílio C 20 D 21 C 22 A 23 Sujeitos do Processo - Partes e procuradores. As partes, como sujeitos parciais do processo, são, em geral, aquele que formula o pedido em juízo e aquele em face de quem se pede a tutela jurisdicional As partes, para estarem em juízo e poder ter acesso a uma tutela jurisdicional, precisam estar legitimadas em dois planos distintos: A legitimação processual Aferível nos pressupostos processuais Está atrelada ao Conceito de CAPACIDADE. Sendo assim há três formas de capacidade a ser observada Capacidade da pessoa física Capacidade de ser parte (art. 3º e 4º do CC) Capacidade de estar em juízo (art. 70 -72 do CPC) Capacidade postulatória Capacidade da pessoa jurídica (art. 75 do CPC) Capacidade dos cônjuges (art. 73-74 do CPC) Sujeitos do Processo - Partes e procuradores. Legitimação para agir Ordinária Usa como critério a relação do legitimado com objeto litigioso do processo Refere-se a coincidência entre aqueles que se encontram no judiciário com aqueles que figuram no direito material. Exemplo: Postular em nome próprio (seu nome no processo) direito próprio (titular do direito discutido). Sujeitos do Processo - Partes e procuradores. Extraordinária (Deve ser entendida como sinônimo de substituição processual.) Alguém, em nome alheio, ser condutor do processo, mesmo não sendo titular das condições da ação. A parte figura em nome próprio, tutelando direito alheio. Ruptura do direito material e o plano do processo, OU SEJA, quem conduz o processo não é, nem pretende ser, o titular da relação de direito material nele deduzida. Exemplos: Gestor de Negócios que age em interesse do gerido MP no interesse dos ausentes Cidadão quando propõe ação popular Sindicato em defesa do interesse dos sindicalizados Condomínio. Sujeitos do Processo - Partes e procuradores. Art. 108 ao 112 Substituição processual Poder conferido a alguémpara ostentar a condição de quem não é sujeito da relação de direito material. Constitui uma situação jurídica Sucessão processual Alteração das partesno processo, pois, ocorreu mudança da titularidade do direito material. Constitui um fato jurídico Representação Integralizaçãoda capacidade de parte para que o representa tutele o titular do direito material. suspeição x impedimento O Impedimento se fundamenta em elementos objetivos, prescinde da vontade do agente estatal em consistir na alegação, implicando na proibição absoluto ao exercício da jurisdição, cabendo ação rescisória da decisão proferida por juiz impedido. Exemplo: quando for parte ele próprio. Já a Suspeição, se fundamenta na dogmática subjetiva do agente, ou seja, ao manter algum contato íntimo ou regular com determinada pessoa, que atua como fundamental a grade do processo conecto a ele, podendo o juiz de ofício declare a sua própria suspeição. A sentença proferida por juiz suspeito não é nula, e nem rescindível. Exemplo: advogado, partes, testemunhas, etc. suspeição x impedimento Os casos de impedimento são mais graves e têm como consequência a proibição de o juiz atuar no processo. Impedimento é objeção ou matéria de ordem pública não sujeita à preclusão. Os atos praticados são nulos, e cabe ação rescisória contra decisão proferida pelo juiz impedido (artigo 966, II CPC/2015) Já nos casos de suspeição, o juiz poderá atuar no processo se não for arguida sua suspeição no prazo legal. Não cabe ação rescisória, e a invalidação dos atos processuais depende da prova do prejuízo causado à parte, já que os atos processuais realizados pelo juiz suspeito podem ser ratificados pelo juiz substituto suspeição x impedimento Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. § 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. § 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. § 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo suspeição x impedimento Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causaantes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. § 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. § 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver sido provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. A 32 A 33 Litisconsórcio Quanto a posição do litisconsorte: Leva em consideração o polo em que a parte se situa na relação processual. ATIVO: pluralidade de autores PASSIVO: pluralidade de réus MISTO: pluralidade de autores e réus Litisconsórcio Quanto ao momento de sua formação: Leva em consideração o aspecto cronológico do ingresso do litisconsorte no feito. Inicial: Em regra, que forma o litisconsórcio é o AUTOR, quando da propositura da ação. (art. 312 do CPC). OU SEJA, considera-se inicial aquele litisconsórcio formado quando da distribuição da demanda. Ulterior (Posterior ou superveniente): Quando o litisconsórcio não se formar no momento da distribuição da petição inicial. Litisconsórcio Quanto à uniformidade da decisão: Leva em consideração a possibilidade de se decidir de maneira igual ou não aos litisconsortes. SIMPLES, quando consistirem relações individuais entre si, podendo a decisão ser tomada de forma diferente para cada qual (mesmo para fins de execução). Em um acidente de trânsito envolvendo 3 veículos (o denominado engaventamento) poderá o proprietário do carro da frente demandar contra os dois que o abalroaram por detrás (réus em litisconsórcio), sendo certo que, na apuração da responsabilidade, apenas o último veículo será condenado, isentando o outro da responsabilidade. UNITÁRIO quando, ao contrário, a demanda tiver de ser decidida de forma idêntica para todos os que figuram no mesmo polo da relação processual. A caracterização do litisconsórcio unitário pressupõe a discussão de uma única relação jurídica indivisível, Por exemplo, quando dois condôminos atuam em juízo na defesa da coisa comum. Litisconsórcio Quanto à obrigatoriedade do litisconsórcio: Leva em consideração esfera de disponibilidade de a parte formar ou não o litisconsórcio. Podendo ser: FACULTATIVO Possibilidade de ser formar litisconsórcio. Sua não formação não acarreta nenhuma sanção de ordem processual. As situações não enquadradas no artigo 114 do CPC. O litisconsórcio facultativo, por sua vez, pode ser irrecusável ou recusável. Geralmente, preenchidos os requisitos legais, o juiz não pode recusar o litisconsórcio pretendido pelo autor. NECESSÁRIO A lei não estabelece um rol das situações em que o litisconsórcio deve ser formado necessariamente, indica em artigos esparsos (dentro e fora do CPC) situações em que deve acontecer. O litisconsórcio necessário decorre de imposição legal ou da natureza da relação jurídica, hipóteses em que ao autor não resta alternativa senão a formação do litisconsórcio. Ações que versem sobre direito real imobiliário devem ser propostas contra marido e mulher. Na ação de usucapião, a lei exige não só a citação daquele em nome de quem estiver registrado o imóvel usucapiendo, mas também a citação dos confinantes (art. 246, §3º), exceto quando a demanda tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que a citação será dispensada. Litisconsórcio Litisconsórcio multitudinário. O Legislador não estabeleceu limite numérico para a formação do litisconsórcio, seja no polo passivo, seja no polo ativo, tornando a regra livre. Contudo, o número excessivo de litigantes no processo constitui embaraço que repercute diretamente na regra constitucional da duração razoável do processo. Litisconsórcio AUSÊNCIA DO LITISCONSORTE NO PROCESSO: Estabelece o art. 115 do CPC: Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo. Litisconsórcio AUSÊNCIA DO LITISCONSORTE NO PROCESSO: Se o litisconsorte for facultativo, nenhum problema, pois, não acarreta, como dito, nenhuma sanção processual. Contudo, já no caso do litisconsórcio necessário, a ausência da participação variará de acordo com a uniformidade do litisconsórcio: simples ou unitário. Se o litisconsórcio for simples, a decisão é valida para aquele que participou do processo, mas ineficaz para aqueles que não integram o litisconsórcio. Se o litisconsórcio foi unitário, como a decisão deve ser igualitária para todos, ela torna-se nula, pois, a exigência da participação de todos os litigantes está prevista no art. 114 do CPC. D 41 E A alternativa A está incorreta, pois, nesse caso, o prazo será em dobro caso se refira a processos eletrônicos. Confira: Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. A alternativa B está incorreta, pois o conceito trazido é de litisconsórcio unitário. A alternativa C está incorreta, pois os atos maléficos não prejudicam as partes, embora atos benéficos possam beneficiá-los: Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. A alternativa D está incorreta, pois o litisconsórcio necessário poderá ser simples ou unitário. A alternativa E é a correta e gabarito da questão. É exatamente isso que consta do parágrafo único do art. 115, do NCPC: Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo. 42
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