OSWALDO BRATKE

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OSWALDO BRATKE
Residência Oscar Americano
Oswaldo Bratke (1907-1997) foi um dos principais arquitetos do Brasil da época modernista. Contemporâneo de Oscar Niemeyer, Rino Levi, Affonso Eduardo Reidy e Villanova Artigas, Bratke viveu e trabalhou em São Paulo, consagrando-se como um ícone da arquitetura paulistana.
Enquanto estudante, na década de 30, ganhou um concurso para a concepção da Ponte Boa Vista, em São Paulo. Mesmo sendo uma obra de apenas poucos metros, Bratke e o engenheiro B. Gaucherry projetaram uma bela construção em art déco, cujos traços podem ser observados com mais detalhe na parte inferior do viaduto e nos detalhes de suas grades de ferro. Inaugurada em 1932 e localizada ao lado do então palácio do governo, esta se tornou a impulsionadora da carreira de Bratke. 
Cadeira projetada em 1948, com base em seus estudos sobre habitação popular e inspirada em suas viagens para a floresta amazônica onde, nos anos seguintes, faria o projeto urbanístico de duas cidades que se tornaram emblemáticas do movimento modernista brasileiro. Nunca antes comercializada, teve a primeira tiragem comercial limitada. 104 unidades lançadas para celebrar o mesmo número de anos que Bratke completaria em 24 de agosto de 2011.
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As duas cidades no coração da floresta amazônica projetadas por Bratke são Vila Amazonas e Vila Serra do Navio. Projetadas em 1950 consagram-se como exemplos de projetos inovadores. Partindo do zero, ele desenhou desde as maçanetas para as igrejas até as praças comunitárias, passando pelas ruas, avenidas, jardins, quintais, hospitais e prefeitura.
 As cidades foram tombadas em 2010 como Patrimônio Nacional.
“A arquitetura da estação de Ribeirão Preto não se baseia na definição de fachadas; configura-se como um continuum, como um sistema aberto que pode crescer e mudar a qualquer tempo.”
	Segawa, Hugo - "Oswaldo Arthur Bratke", p. 213-216.
Oswaldo também foi encarregado de projetar os terminais de Ribeirão Preto e Uberlândia, na metade de 1960, pela companhia Mogiana de Estradas de ferro.
Considerando as obras residenciais que Bratke projetou, a que se destaca é a residência Oscar Americano. Projetada em 1952. A obra foi marcada por uma estrutura racional, jogo de cheios e vazios, uso intensivo de fechamentos e cobogós diferentes, além de uma sensibilidade raríssima com a concepção do projeto. 
Concebida para uma família de seis pessoas com intensa vida social, o terreno localiza em uma grande área campestre, não plana e de belas paisagens. No desenvolvimento do projeto, Oswaldo Bratke, desenhou uma residência com três áreas distintas. 
Propicia dinamismo, preserva as atividades para os ambientes familiar, social e de serviços e mantem uma conexão harmoniosa de circulação entre as unidades. Seu projeto contempla a plástica moderna e de grande volumetria, com locação integrada aos jardins de forma graciosa e obtendo na sua paisagem uma moldura como acabamento. 
Oswaldo buscava uma arquitetura que trouxesse conforto e bem-estar a seus usuários, seus projetos iam além so aspecto construtivo básico das edificações.
A geometria adotada de forma um linear e horizontal locada na parte superior do terreno, promove desta forma, amplas vistas e a integração harmoniosa com o verde do jardin e do horizonte.
Como acesso na parte mais baixo do terreno, propicia um desenhar de acessos curvilíneo e suaves com a identificação da obra como parte integrante do todo.
Os materiais utilizados por ocasião da construção, no ano de 1952, estimula um detalhamento minucioso e criativo, promovendo soluções personalizadas, garantindo a particularidade do projeto. As paredes com predominância em alvenaria rebocada, contracenava harmoniosamente com paredes de tijolos a vista e paredes com revestimento de pedra naturais. Nas fachadas foi amplamente usadas pastilhas emoldurando as grandes aberturas.
A luminosidade da residência era garantida pelas aberturas amplas e sua geometria alongada mesclando suavemente com grandes áreas a sombra produzidas pela distribuição e interligação de seus ambientes. A preocupação com o conforto térmico também era um forte característica do arquiteto, ele utilizava de recursos eficazes e simples. 
Na sua solução para integrar a construção ao meio externo, garantiu uma ventilação ampla e integrada ao ambiente. Devido a sua particularidade na solução da cobertura sem telhado, laje de concreto exposta diretamente ao sol, uma solução com ar-condicionado central foi implantada.
“ Uma obra de arquitetura não é um elemento isolado, e sim uma peça de um sistema existente ou a se formar, que, completado, deve ser um complexo harmônico e que, atravessando os tempos, se autentica, conta a cultura de um povo.”
 Oswaldo Arthur Bratke
Referências Bibliograficas
http://aeajs.blogspot.com.br/2012/11/vida-e-obra-de-oswaldo-bratke.html
http://balk.arkpad.com.br/design/cadeira-de-osealdo-bratke-edicao-exclusiva
http://www.etelinteriores.com.br/colecao_iten.php?/d-peca=215
http://www.saopauloantiga.vom.br/viaduto-boa-vista-80/
http://revista.usp.br/posfau/article/wiewfile/148080/51845
Segawa, Hugo – Oswaldo Arthur Brakte, projeto editorial Vicente Wissnbach e Hugo Segawa. São Paulo: ProEditores, 1997. Pg 120 a 131.
http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/204/artigo211129-2.aspx