Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXERCÍCIOS ‐ DIREITO DO TRABALHO I 1 – Respeitada a hierarquia das normas, elenque em quais estão previstos os direitos trabalhistas. R: Na Constituição Federal (1988); na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto‐Lei 5.452/1943); na legislação complementar, como por exemplo, Lei 605/1949 – Repouso Semanal Remunerado, Lei 3.030/1956 – Desconto por Fornecimento de Alimentação, Lei 4.749/1965 – 13º Salário, Lei 7.418/1985 – Vale Transporte, entre outras, e ainda nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho (NR/MTE). 2 – Conceitue direito do trabalho. R: É o ramo da ciência do direito que tem por objeto as normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de trabalho subordinado, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade. 3 – Distinga, fundamentadamente, relações de trabalho de relações de emprego. R: A relação de trabalho, mais genérica, abrange todos os vínculos jurídicos caracterizados por objetivarem um labor humano. Já a relação de emprego é um tipo de jurídico especifico dentre aqueles abrangidos pela relação de trabalho. Em síntese, a primeira é o gênero do qual a segunda é a espécie. Em se tratando de relações de emprego, as normas aplicáveis são aquelas constantes na CLT e na legislação complementar. Já a relação de trabalho rege‐se pelas leis especiais ou residualmente pelas disposições do Código Civil, conforme pontua o seu art. 593: “A prestação de serviços que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger‐se‐á pelas disposições deste Capitulo”. 4 – Responda de quem é a competência para legislar sobre direito do trabalho e direito processual do trabalho. R: Compete privativamente à União legislar sobre direito processual e direito trabalhista (art. 22, I, CF/88). 5 – Diga se há na CLT normas que regulem direitos de pessoas sem relação de emprego. R: Não, quando não há relação de emprego, não se aplica a CLT, mas sim legislação especial e residualmente o Código Civil. 6 – As normas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) se aplicam no nosso ordenamento jurídico? R: A OIT mantém representação no Brasil desde 1950. Se aplicam ao ordenamento jurídico brasileiro todas as convenções da OIT que o Brasil ratificou através de lei, que são a maioria, sendo poucas as que o Brasil não ratificou. 7 – Conceitue empregador. R: É o ente, dotado ou não de personalidade jurídica, com ou sem fim lucrativo, que tiver empregado; “considera‐se empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços” (CLT, art. 2º). 8 – Diga quem a lei equipara a empregador para efeitos de relação de emprego. R: Conforme o § 1º do art. 2º da CLT, equiparam‐se os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 9 – Conceitue “grupo econômico”. R: Pelo critério legal, existe grupo econômico quando uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra (grupo econômico por subordinação). Trata‐se de grupo econômico de dominação, que pressupõe uma empresa principal ou controladora e uma ou várias empresas controladas (subordinadas). Entretanto, o entendimento que prevalece na Justiça do Trabalho é no sentido de que também é possível a configuração de grupo econômico sem relação de dominação, bastando que haja uma relação de coordenação entre as diversas empresas, como acontece quando o controle das empresas está nas mãos de uma ou mais pessoas físicas, detentoras de um número de ações suficiente para criar um elo entre todas (unidade de comando). A Justiça do Trabalho tem identificado grupos de empresas constituídos informalmente a partir dos seguintes indícios, conforme comentários da Juíza do Trabalho Regina M. V. Dubugras ao art. 2º, § 2º, da CLT (in CLT interpretada: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. Antonio Cláudio da Costa Machado (org.). Domingos Sávio Zainaghi (coord). 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2009. p. 4): a) a direção e/ou administração das empresas pelos mesmos sócios e gerentes e o controle de uma pela outra; b) a origem comum do capital e do patrimônio das empresas; c) a comunhão ou a conexão de negócios; d) a utilização da mão‐de‐obra comum ou outros elos que indiquem o aproveitamento direto ou indireto por uma empresa da mão‐de‐obra contratada por outra. 10. Conceitue responsabilidade solidária distinguindo‐a de responsabilidade subsidiária. R: A responsabilidade subsidiária é aquela que pressupõe o exaurimento da obrigação de um outro devedor, dito principal, do qual este é um devedor, digamos, "reserva". Assim, havendo o exaurimento ou impossibilidade de pagamento por parte daquele "principal", responde o devedor subsidiário ("reserva"). Obrigação solidária, por sua vez, não é obrigação reserva, mas obrigação conjunta principal. Assim, o credor pode acionar tanto um quanto o outro, e não há necessidade de acionar em conjunto, já que o solidário responde também diretamente pela obrigação. É uma obrigação que não se presume: resulta da vontade das partes, expressa, ou da lei. 11 – Diga as implicações jurídicas da terceirização em relação ao tomador dos serviços no que se refere a responsabilidade solidária e subsidiária. R: Quando a responsabilidade é solidária o terceirizado pode cobrar o pagamento de direitos trabalhistas tanto da empresa que terceiriza quanto da tomadora de serviços. Já na responsabilidade subsidiária, o terceirizado só pode cobrar o pagamento de direitos trabalhistas da empresa tomadora de serviços após se esgotarem os bens da empresa que terceiriza. 12 – Conceitue empregado. R: Empregado é a pessoa física que presta pessoalmente a outrem serviços não eventuais, subordinados e assalariados. “Considera‐se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário” (CLT, art. 3º). 13 – Responda se há distinção entre o trabalho intelectual, técnico e manual. R: A Constituição de 1988 proíbe a distinção entre o trabalho manual, técnico e intelectual ou entre profissionais respectivos (art. 7°, XXXII). Esta aplicação do princípio da não‐discriminação também está presente no art. 3°, parágrafo único, da CLT, segundo qual não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico ou manual. 14 – Explique o significado de “trabalho não eventual”. R: Também chamado de ocasional, ou temporário, é aquele que é exigido em caráter absolutamente temporário, ou transitório, cujo exercício não se integra a finalidade da empresa. Eventual é a forma típica do trabalhador que não recebe serviços habitualmente, com alguma constância. 15 – Defina “trabalhador avulso”, elencando seus direitos básicos. R: Os trabalhadores avulsos são aqueles que prestam serviços a diversas empresas, sem vínculo de emprego, e que são contratados por sindicatos e/ou órgãos gestores de mão‐de‐ obra, como estivador, amarrador de embarcações, ensacador de cacau, etc. Os trabalhadores avulsos têm os mesmos direitos básicos dos trabalhadores com vínculo empregatício (art. 7º, CF, XXXXIV), tendo a Lei 12.023/2009, que regulamenta as atividades dos trabalhadores avulsos não portuários, procurado assegurar aos trabalhadoresavulsos os direitos trabalhistas básicos previstos na Constituição Federal. 16 – Conceitue “trabalho autônomo”. R: Trabalhador Autônomo é todo aquele que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e com assunção de seus próprios riscos. A prestação de serviços é de forma eventual e não habitual. 17 – Explique, fundamentadamente, se dependência, subordinação e exclusividade são elementos caracterizadores da relação empregatícia. R: 18 – Conceitue salário. R: Salário é a contraprestação devida ao empregado pela prestação de serviços, em decorrência do contrato de trabalho. 19 – Defina remuneração. R: A remuneração é a soma do salário contratualmente estipulado (mensal, por hora, por tarefa etc.) com outras vantagens percebidas na vigência do contrato de trabalho como horas extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, insalubridade, comissões, percentagens, gratificações, diárias para viagem entre outras. 20 – Defina salário normativo, salário complessivo, salário profissional e piso salarial. R: Salário Normativo é o salário estabelecido para determinadas categorias profissionais, pertinentes à execução do contrato, por acordo, convenção ou dissídio coletivo de trabalho. Salário Complessivo ou completivo é quando não vem discriminado no recibo de pagamento do empregado as verbas que estão sendo pagas, não vindo determinado, como por exemplo, o valor do salário básico, as horas extras, a insalubridade ou outros adicionais (Súmula do TST n° 91). Este tipo de salário consiste na sujeição de uma importância fixa ao ganho básico, com a intenção de remunerar várias verbas, sem a possibilidade de verificar se a remuneração cobre todos os direitos e suas naturais variações, como, por exemplo, horas extras, horário noturno, descanso remunerado, insalubridade, periculosidade, entre outras. Essa forma de salário é nula por contrariar o art. 477, § 2º da CLT. Salário Profissional é aquele destinado à profissões específicas e determinado por lei. Piso Salarial é o menor salário pago a um trabalhador dentro de uma categoria profissional específica, formada por empregados de diversas funções num mesmo setor de atividade econômica. São exemplos de categorias profissionais os trabalhadores na área de saúde, da construção civil, transporte, metalúrgicos, têxteis, professores, bancários, comerciários etc. 21 – Explique o significado jurídico de “tempo de serviço efetivo”. R: Serviço efetivo é, segundo o conceito trazido pelo art. 4º, caput, da CLT, o período em que o trabalhador esteja à disposição da empresa, aguardando ou executando ordens. 22 – Sexo é fator distintivo quanto a isonomia salarial? R: 23 – Há distinção entre o trabalho realizado na empresa e o trabalho realizado no domicilio do empregado? R: 24 – Explique o que são meios “telemáticos e informatizados” e qual o nexo causal com as relações trabalhistas. R: 25 – Qual legislação regula o trabalho dos domésticos? E quais seus direitos básicos? R: 26 – Qual legislação regula o trabalho rural? E quais seus direitos básicos? R: 27 – Conceitue jurisprudência, analogia, equidade, princípios, normas gerais do direito, usos e costumes e direito comparado. R: 28 – O direito comum é fonte subsidiária do direito do trabalho? Responda fundamentadamente. R: 29 – Conceitue e distinga ato nulo de ato anulável. R: Ato Nulo é um de pleno direito, que se caracteriza por uma sentença declaratória, tem EFEITO ERGA OMNES e EFEITO EX TUNC (retroage a data do negócio anulado), não decai o período para anulação e não admite confirmação. Sua nulidade ocorre “antes”, já nasce nulo. Ato Anulável é ultra partes (além das partes), se dá por uma sentença constitutiva (só é válido após sentença judicial), tem EFEITO EX NUNC (não retroage), decai em quatro anos a ação de anulação e há possibilidade de confirmação, ou seja, anula‐se o negócio mas permanece seus efeitos. A confirmação pode ser expressa ou tácita. A nulidade do ato ocorre “depois”. 30 – Explicite se ato nulo gera efeito na esfera trabalhista. R: 31 – Conceitue preclusão e perempção. R: 32 – Conceitue e distinga prescrição e decadência. R: 33 – Diga quais são as alterações possíveis na estrutura jurídica de uma empresa e quais seus efeitos nos contratos individuais de trabalho. R:
Compartilhar