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HISTOFISIOLOGIA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR ATM ATM A articulação da mandíbula com o crânio compreende duas articulações separadas com os dentes em oclusão. As articulações, embora anatomicamente distintas, funcionam em conjunto, não sendo possível a realização de movimentos independentes. MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS LIGAMENTOS BIOMECÂNICA DA ATM Faz movimentos de abertura e fechamento, protrusivos, retrusivos, laterais e uma combinação deles. Para consegui-los, o côndilo realiza movimentos de translação e rotação; por isso, a ATM dos seres humanos é descrita como uma articulação sinovial deslizante- ginglimóide. MOVIMENTOS ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA O masseter, o pterigoideu medial e a parte anterior do temporal combinam-se para elevar a mandíbula. DEPRESSÃO DA MANDÍBULA A cabeça inferior do pterigoideu lateral, ventre anterior do digástrico e o milohioideu combinam-se para tracionar a mandíbula para baixo. ABERTURA E FECHAMENTO PROTRUSÃO A cabeça inferior do pterigoideu lateral e o grupo de elevadores realizam movimentos protrusivos. RETRUSÃO As fibras posteriores do temporal e o grupo de elevadores retraem a mandíbula. PROTRUSÃO E RETRUSÃO LATERALIDADE Ação combinada dos músculos elevadores, a parte posterior do temporal (retrusão no lado de trabalho) e o pterigoideu lateral (protrusão no lado contrário ao de trabalho). LATERALIDADE ATM A articulação sinovial permite movimentos significativos, dois ossos são unidos e circundados por uma cápsula, criando uma cavidade articular. A membrana sinovial reveste as superfícies não-articulares, tal cavidade é preenchida por líquido sinovial. Ligamentos controlam os movimentos excessivos. CAVIDADE ARTICULAR CONSTITUINTES DA ATM Côndilo da mandíbula. Cavidade glenóide e eminência articular do temporal. Disco articular. Espaços articulares supra e infra discais. Membrana sinovial. Cápsula articular. Ligamentos funcionais e acessórios. Zona bilaminar ATM EMBRIOLOGIA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 8º SEMANA DE VIDA IU Na porção posterior da mandíbula em formação, uma condensação ectomesenquimal a partir da qual origina-se uma cartilagem hialina em formato esférico, o qual constituirá o côndilo. 8º SEMANA DE VIDA IU No osso temporal em desenvolvimento, começa por ossificação intramembranosa, a formação da cavidade glenóide e da eminência articular. Mioblastos iniciam a formação de diversos músculos, especialmente o pterigoideu lateral, nas adjacências da parte anterior do côndilo. 13º SEMANA DE VIDA IU Nas regiões adjacentes ao côndilo e ao osso temporal, células do ectomesênquima diferenciam-se em fibroblastos para formar as cavidades articulares supra e infradiscais. Os fibroblastos da região central formam colágeno, dando origem ao disco articular. 14º SEMANA DE VIDA IU Começa o processo de ossificação endocondral na cartilagem do côndilo, estabelecendo-se o centro secundário de ossificação da mandíbula. A superfície cartilaginosa condilar voltada para a cavidade infradiscal permanece revestida por uma camada de tecido conjuntivo muito denso. 18º SEMANA DE VIDA IU A cavidade glenóide e eminência articular adquirem um contorno semelhante ao definitivo, após o qual a membrana sinovial aparece. A articulação torna-se funcional, ocorrendo leves movimentos durante a vida intra-uterina, modelando a ATM. Segue o crescimento até o parto. HISTOLOGIA DA ATM ATM Enquanto as demais articulações sinoviais do corpo possuem suas estruturas ósseas recobertas apenas por cartilagem hialina, na ATM, a superfície é recoberta por uma camada proliferativa e ainda por outra mais externa de tecido conjuntivo denso. ELEMENTOS ÓSSEOS Superfície articular do côndilo no jovem: Tecido conjuntivo denso = avascular, poucos fibroblastos. Camada proliferativa = muitas células indiferenciadas(fibro ou condroblastos). Cartilagem hialina = logo abaixo está ocorrendo ossificação endocondral para crescimento do ramo e côndilo. Osso. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL NO CÔNDILO SUPERFÍCIE ARTICULAR DO CÔNDILO EM CRESCIMENTO ELEMENTOS ÓSSEOS Superfície articular do côndilo no adulto: Tecido conjuntivo denso = fibroblastos com aparência de fibrocondrócitos. Camada proliferativa = muito fina. Camada de fibrocartilagem. Cartilagem calcificada = em algumas regiões. Osso. CÔNDILO NO ADULTO FIBROCARTILAGEM A nova camada de fibrocartilagem, que reveste diretamente a superfície óssea, origina-se após o término da ossificação endocondral, a partir de condroblastos diferenciados da camada proliferativa. Entretanto, em algumas regiões, permanecem áreas de cartilagem calcificada entre a fibrocartilagem e o tecido ósseo. CARTILAGEM CALCIFICADA CAVIDADE GLENÓIDE As superfícies articulares do osso temporal têm o mesmo revestimento de tecido conjuntivo denso e uma camada proliferativa subjacente, porém, esta última muito fina e, às vezes, descontínua. Cartilagem calcificada pode estar presente entre a fibrocartilagem e o tecido ósseo. CAVIDADE GLENÓIDE DISCO ARTICULAR É constituído por tecido conjuntivo denso, avascular, muito semelhante ao tecido que reveste o côndilo e a cavidade glenóide do osso temporal, com fibroblastos, fibrocondrócitos e algumas células indiferenciadas dispostas esparsamente entre as fibras colágenas, as quais seguem diversas direções. DISCO ARTICULAR DISCO ARTICULAR MEMBRANA SINOVIAL A membrana sinovial reveste a superfície interna da cápsula articular. O líquido sinovial é responsável pela nutrição dos elementos intra-articulares, pois estes são constituídos por tecido conjuntivo avascular. MEMBRANA SINOVIAL MEMBRANA SINOVIAL MEMBRANA SINOVIAL Composta por 2 camadas: Camada íntima: Superficial. Apresenta células “F” (fibroblastos) e células “M” (macrófagos). Existe amplo espaço ocupado por matriz extracelular pouco fibrosa. Camada subíntima: Apresenta numerosos vasos sangüíneos e linfáticos, quase não existem células. MEMBRANA SINOVIAL
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