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Princípios de Anestesia Geral na prática odontológica Rafael Saboia DEFINIÇÃO • Estado de inconsciência, caracterizado por suspensão da sensopercepção, amnésia e imobilidade • Não necessariamente causa analgesia completa • Outros efeitos secundários • Relaxamento muscular • Perda dos reflexos autônomos • Analgesia • Ansiólise TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Inalatória • Venosa • Balanceada INALATÓRIA TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Inalatória • Anestésicos inalatórios são as substâncias mais usadas para administração de anestesia geral • Efeitos dependem da concentração utilizada • ↓ Concentração - Estado de inconsciência e amnésia • ↑ Concentração - Inconsciência, amnésia, analgesia e relaxamento muscular TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Inalatória • Classificação dos anestésicos inatatórios • Gasosos - N2O • Líquidos voláteis - Isoflurano, sevoflurano, desflurano, enflurano* e halotano* • *Risco de seus metabólitos causarem lesões hepáticas VENOSA TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Venosa • Uso combinado ou isolado de agentes venosos • Fármacos hipnóticos • Opioides • Alfa-2-agonistas • Anestésicos dissociativos • Bloqueadores neromusculares TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Agentes hipnóticos • Tiopental, propofol e etomidato • Deprimem a consciência (Sedação → Anestesia Geral) • Utilizadas para indução anestésica • Propofol (Características não cumulativas) - Manutenção da inconsciência durante anestesia venosa total TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Opioides • Fentanila, alfentanil, sufentanil e remifentanil • Atividade hipoanalgésica • Provocam analgesia e controle da dor TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Agonistas alfa 2 adrenérgicos • Clonidina e dexmedetomidina • Propriedade sedativas e analgésicas • Adjuvantes na anestesia geral • Vantagem do seu uso - diminui o consumo de opioides e anestésicos inalantes • Também usados para sedação em ambiente hospitalar TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Anestésico dissociativo • Quetamina • Induz estado de inconsciência • Características • Catalepsia (imobilidade e inatividade do corpo inteiro) • Analgesia intensa • Excitação simpática • Preservação do padrão respiratório TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Anestésico dissociativo • Preservação da atividade neurovegetativa • Pode provocar delírio e alucinações ao despertar TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Bloqueadores neuromusculares • Proporcionam imobilidade e relaxamento muscular • Facilitam a intubação traqueal e ventilação artificial • Para CTBMF - Evita o trismo • Classificação (mecanismo de ação) • Despolarizantes - succinilcolina • Não-despolarizantes - pancurônio, atracurônio, vecurônio e rocurônio TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Anestesia venosa total (AVT) • Requer agentes venosos que proporcionem início de ação rápida • Efeito de curta duração • Rápida recuperação da anestesia após interrupção da administração do anestésico BALANCEADA TIPOS DE ANESTESIA GERAL • Balanceada • Associação de substâncias venosas e inalatórias • Objetivos • Obter nível adequado de anestesia com menor comprometimento da homeostasia orgânica • Reduzir a morbidade e a mortalidade FASES DA ANESTESIA GERAL FASES DA ANESTESIA GERAL • Indução • Início - Administração dos agentes anestésicos que atuam no SNC e levam a perda da consciência • Estado consciente → Estado inconsciente • Perca dos reflexos protetores ( totalmente dependente do anestesiologista) • Manutenção da via respiratória - Intubação traqueal e ventilação artificial (facilitada pelos bloqueadores neuromusculares) FASES DA ANESTESIA GERAL • Indução • Risco de morbidade • Laringoespasmo • Vômitos • Broncoaspiração • Depressão do sistema cardiovascular FASES DA ANESTESIA GERAL • Manutenção • Tem início após a fase de indução • O paciente já deve ter atingido o plano de anestesia (inconsciência, analgesia e imobilidade) • Se estende até o momento em que se interrompe a administração das substâncias anestésicas FASES DA ANESTESIA GERAL • Manutenção • Complicações • Relacionadas ao ato cirúrgico • Perda volêmica • Compressão ou tração de órgãos • Relacionadas aos agentes anestésicos nos sistemas e órgãos • Aritmias • Hipoventilação • Depressão Miocárdica • Hipotensão FASES DA ANESTESIA GERAL • Despertar • Início após término da administração dos anestésicos • São observados • Recuperação da consciência • Reversão espontânea ou medicamentosa do bloqueio neuromuscular • Presença dos reflexos de deglutição e tosse FASES DA ANESTESIA GERAL • Despertar • Complicações • Risco de obstrução das vias respiratórias • “queda da língua” • Laringoespasmo • Regurgitação após a extubação • Depressão ventilatória • Taquicardia • I n s t a b i l i d a d e hemodinâmica • Tr e m o r d e v i d o a hipotermia FASES DA ANESTESIA GERAL • Recuperação • Tempo que o paciente leva para alcançar as mesmas condições que apresentava antes da anestesia • O pct permanece monitorizado na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) ou na sala de cirurgia • É obrigatório a presença de um anestesiologista • Detectar complicações - depressão e/ou obstrução das vias respiratórias, dor, náuseas, vômitos ou instabilidade hemodinâmica FASES DA ANESTESIA GERAL • Recuperação • Alta para o quarto enfermaria quando obtiver uma pontuação igual ou superior a 9 na escala de Aldrete- Kroulic FASES DA ANESTESIA GERAL • Recuperação • Cuidado especial com p a c i e n t e s q u e necessitam permanecer com bloqueio maxilo- mandibular após a cirurgia INDICAÇÕES DE ANESTESIA GERAL EM ODONTOLOGIA INDICAÇÕES DE AG EM ODONTOLOGIA • Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial • Implantodontia • Pacientes especiais INDICAÇÕES DE AG EM ODONTOLOGIA • Fatores a serem considerados • Extensão das lesões • Presença de comorbidades nos pacientes • Comportamento do paciente INDICAÇÕES DE AG EM ODONTOLOGIA • Sempre está indicada em • Procedimentos de grande porte • Tratamento de infecções bucofaciais • Tumores de tecidos moles e de tecido ósseo • Afecções da ATM • Malformações congênitas ou adquiridas • Fraturas dos ossos da face INDICAÇÕES DE AG EM ODONTOLOGIA • Comportamento do paciente • Limiar de dor • Grau de desconforto tolerado • Pacientes especiais • Pacientes psiquiátricos • Adultos com fobias • Crianças não cooperativas INDICAÇÕES DE AG EM ODONTOLOGIA • Vantagens da Anestesia geral • Boa exposição do campo cirúrgico • Melhor controle do sangramento • Menor traumatismo • Redução do tempo de cirurgia e do edema pós-op AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Deve ver realizado antes de qualquer ato anestésico, mesmo que se trate de urgência • Objetivo • Diminuir a ansiedade do pct • Permitir através da anamnese, dos exames clínicos e dos exames complementares estimar o risco anestésico- cirúrgico e planejar a melhor técnica anestésica AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Anamnese • História clínica direcionada para obtenção de informações importantes para a anestesia • Anestesia ou cirurgias prévias com intercorrências • Problemas com anestesia na família (colinesterase atípica) • História de alergia • Utilização de drogas lícitas e ilícitas • Pacientes sexo feminino - história menstrual e obstétrica • AG no 1º trimestre pode ser teratogênico AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Exame físico • Peso e Altura (cálculo das doses) • Cálculo do IMC (Determinação de obesidade) AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA• Exame físico • Inspeção das vias aéreas superiores • Devio de septo • Assimetria nos diâmetros das fossas nasais • Síndromes Congênitas apresentam malformações • Micrognatia • Maxila hipoplásica • Anomalias palatais • Protrusão mandibular • Macroglossia AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Síndromes e situações clínicas associadas a dificuldade de intubação traqueal • Sequência de Pierre-Robin AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Síndromes e situações clínicas associadas a dificuldade de intubação traqueal • Síndrome de Goldenhar AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Síndromes e situações clínicas associadas a dificuldade de intubação traqueal • Síndrome de Down AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Síndromes e situações clínicas associadas a dificuldade de intubação traqueal • Pequena abertura de boca • Tumores e abscessos na boca e pescoço • Trismo • Anquilose da ATM • Sequela de queimaduras • Traumatismo craniofacial e cervical • Obesidade AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Exame Físico • Inspeção do tórax - Aumento do diâmetro anteroposterior pode ser indicativo de DPOC • Ausculta cardíaca e Pulmonar • PA • Pulso • Presença de Varizes e edemas nos membros inferiores - Sugestivo de doença cardiovascular AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Exames complementares • Quando solicitar • História e sinais clínicos de uma patologia • Avaliar o grau de compensação de doenças existentes • Paciente faz parte de um grupo de risco (histórico familiar de diabetes melito, hipertensão arterial ou coronariopatia) AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA • Exames complementares • Depois de realizado o exame, o paciente deve ser classificado de acordo com os critérios da American Society of Anesthesiologistis (ASA) AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS • Jejum pré-anestésico • Profilaxia de regurgitação e broncoaspiração • Cuidados especiais • Pcts diabéticos • Pcts obesos • Pcts com dor • Pcts de urgência CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS • Medicação pré-anestésica • Completa o preparo psicológico feito na consulta pré- anestésica • Principal objetivo - ansiólise e amnésia • Medicação mais utilizada - Benzodiazepínicos • Objetivos secundários - profilaxia de reações alérgicas, diminuição de secreção nas vias respiratórias CONDUTA ANESTÉSICA CONDUTA ANESTÉSICA • Preparo do paciente • Monitorização • Traçado eletrocardiográfico • Aferiação da PA • Estetoscópio precordial ou esofágico • Oximetria de Pulso • Capnografia CONDUTA ANESTÉSICA CONDUTA ANESTÉSICA • Preparo do paciente • Acesso venoso • Reposição volêmica com soro ou sangue caso necessário CONDUTA ANESTÉSICA • Manuseio das vias respiratórias • Não estabelecimento de uma via aérea pérvia → Risco de grave hipoxemia • Reconhecimento de via respiratória difícil → Intubação com o paciente acordado CONDUTA ANESTÉSICA • Traumatismos bucomaxilofacias • Pode ocorrer obstrução parcial ou completa das vias respiratórias • Edema de partes moles na faringe • Hematoma perifaríngeo • Presença de sangue na orofaringe • Tecidos evulsionados • Dentes • Corpos estranhos CONDUTA ANESTÉSICA • Traumatismos bucomaxilofacias CONDUTA ANESTÉSICA • Traumatismos bucomaxilofacias • Fraturas Le Fort do terço médio da face CONDUTA ANESTÉSICA • Traumatismos bucomaxilofacias • Le Fort II e III • Risco de comunicação com a base do crânio • Não se recomenda intubação nasotraqueal CONDUTA ANESTÉSICA • Melhores opções de escolha • Intubação nasotraqueal CONDUTA ANESTÉSICA • Melhores opções de escolha • Intubação nasotraqueal • Vantagens • Melhor campo cirúrgico • Facilita a fixação intermaxilar • Utilização de tampão faríngeo • Evita a aspiração de sangue ou fragmentos ósseos CONDUTA ANESTÉSICA • Intubação oratraqueal submentoniana • Facilita o manejo das áreas polifraturadas • Permite a oclusão dentária CONDUTA ANESTÉSICA CONDUTA ANESTÉSICA CONDUTA ANESTÉSICA CONDUTA ANESTÉSICA CONDUTA ANESTÉSICA CONSIDERAÇÕES FINAIS
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