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fichamento ditadura e serviço Social

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A renovação do Serviço Social sob a autocracia burguesa 
2.1 A autocracia burguesa e o Serviço Social 
A ditadura colocou para as práticas, as modalidades de reprodução e as (auto) representações profissionais.
Á reorganização do Estado e às modificações profundas na sociedade que se efetivaram, durante o ciclo autocrático burguês, sob o comando do grande capital.
Dos aparatos em que se inseriam os profissionais, acarretou, igualmente, uma diferenciação e uma especialização das próprias atividades dos assistentes sociais, decorrentes quer do elenco mais amplo das políticas sociais, quer das próprias sequelas do “modelo econômico”.
A reformulação organizacional e funcional supôs também uma extensão quantitativa da demanda dos quadros técnicos de Serviço Social.
Até meados da década de 1960, o mercado para os assistentes sociais, nesta área, era verdadeiramente residual e atípico.
Cabe salientar que o espaço empresarial não se abre ao Serviço Social apenas em razão do crescimento industrial, mas determinado também pelo pano de fundo sociopolítico em que ele ocorre e que instaura necessidades peculiares de vigilância e controle da força de trabalho no território de produção.
A prática dos profissionais teve de revestir-se de características formais e processuais, capazes de possibilitar, de uma parte, o seu controle e a sua verificação segundo critérios burocrático-administrativos das instâncias hierárquicas e, doutra, a sua crescente intersecção com outros profissionais.
Exige-se um assistente social ele mesmo “moderno” com um desempenho onde traços “tradicionais” são deslocados e substituídos por procedimentos “racionais”.
Passa oferecer àquele um profissional “moderno”, cuja legitimação advém menos de uma (auto) representação humanista abstrata que de uma fundamentação teórico-técnica do seu exercício como assistente social.
2.2 O processo de renovação do Serviço Social 
A ruptura com este cenário tem suas bases na laicização do Serviço Social, que as condições novas postas à formação e ao exercício profissionais pela autocracia burguesa conduziram ao ponto culminante; são construtivas desta laicização a diferenciação da categoria profissional em todos os níveis e a consequente disputa pela hegemonia do processo profissional em todas as suas instâncias.
Tal laicização, com tudo o que implicou e implica, é um dos elementos caracterizadores da renovação do Serviço Social sob a autocracia burguesa.
Instaurando condições para uma renovação do Serviço Social de acordo com as suas necessidades e interesses, a autocracia burguesa criou simultaneamente um espaço onde se inscrevia a possibilidade de se gestarem alternativas às práticas e às concepções profissionais que ela demandava.
Está claro que a estratégia autocrático-burguesa se desdobrava para a produção de profissionais aptos para atender às suas demandas “modernizadora” e, para tanto, jogava com suas políticas cultural e educacional.
2.2.1 Traços do processo de renovação do Serviço Social 
Entendemos por renovação o conjunto de características novas que, no marco das constrições da autocracia burguesa, o Serviço Social articulou, à base do rearranjo de suas tradições e da assunção do contributo de tendências do pensamento social contemporâneo, procurando investir-se como instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática, através de respostas a demandas sociais e da sua sistematização, e de validação teórica, mediante a remissão às teorias e disciplinas sociais.
A renovação implica a construção de um pluralismo profissional, radicado nos procedimentos diferentes que embasam a legitimação prática e a validação teórica, bem como matrizes teóricas a que elas se prendem.
É próprio do processo de renovação a coexistência de legitimação prática e validação teórica quando a profissão busca definir-se como instituição.
2.2.2 A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil
Ainda que o universo teórico-ideológico dos suportes originais do Desenvolvimento de Comunidade fosse candidamente acrítico e profundamente mistificador dos processos reais e não supusesse uma ruptura com os pressupostos gerais do tradicionalismo.
Era a inserção do assistente social em que equipes multiprofissionais nas quais, dado o caráter relativamente novo destas experiências entre nós, o seu estatuto não estava previamente definido como subalterno.
A gravitação do Desenvolvimento de Comunidade crescia porque, além da incorporação ao seu ideário de nomes respeitados na profissão, nele os novos quadros visualizavam a forma de intervenção profissional mais consoante com as necessidades e as características de uma sociedade como a brasileira.
Na plástica expressão de fino analista, o assistente social quer deixar de ser “apóstolo” para investir-se da condição de “agente de mudança”.

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