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jusbrasil.com.br 12 de Dezembro de 2017 Resumo por capítulo: Dos Delitos e Das Penas - Cesare Beccaria Anotações sobre o livro: Dos Delitos e das Penas de Cesare Beccaria Contexto histórico • Iluminismo, segunda metade do século XVIII • Contra a prática vigente da época em que as penas serviam como um dispositivo de vingança social, consistindo em torturas, prisões arbitrárias e mortes dos mais diversos tipos Prefácio • Os princípios de moral e política derivam de três fontes: a revelação, a lei natural e as convenções sociais. • A virtude é os vícios são variáveis de acordo com as suas fontes • A justiça política e uma relação entre uma ação e o estado variável da sociedade e está também é variável de acordo com a avaliação de vantagem ou necessidade ao estado o social • Separação das ideia prática da virtude religiosa e o seu certo e errado, com a ideia estabelecida pela política (aqui no sentido de governo e estado) Introdução • Demonstra conhecimento e percepção das leis como um instrumento muitas vezes manipulado pela maioria • Inspira se em Montesquieu. II. Origem das penas e o direito de punir • Dissertação a respeito do motivo da criação das leis (Homens livres e individuais que receavam não poder aproveitar então tal liberdade irrestrita frente aos riscos, portanto através das sociedades foram criadas leis que que sacrificaram parte da liberdade, mas que permitam gozar da restante com maior segurança)*Precisa de Orientação Jurídica? PUBLICAR CADASTRE-SE ENTRARPESQUISAR • A partir daí, houve a instituição de penas sensíveis para aqueles que permaneciam com a natureza do espírito despótico e tentavam burlar as leis • Concluí que só a necessidade e capaz de fazer com que os homens entreguem parte das suas liberdades a outrem e do “depósito” das liberdades de uma sociedade, e que nasce o direito de punir. Também atesta que as penas, que ultrapassam a necessidade de conservar esse depósito de salvação pública, são injustas III. Consequência desses princípios • Somente a lei pode fixar pena • Somente o legislador, que representa a sociedade unidade por meio do contrato social, pode fazer tais leis • O soberano só pode fazer leis gerais, ou seja, que competem a todos. Entretanto ele não possui o direito de julgar se essa lei foi cumprida ou não por um indivíduo • Se a crueldade de uma pena for inútil, isso já deveria ser o bastante para ela se tornar obsoleta por ferir a natureza do contrato social IV. Da interpretação das leis • Os juízes não devem interpretar as leis penais, esse papel caberia ao soberano (?). Aos juízes é entregue a responsabilidade de verificar se o acusado infringiu ou não a lei • Comenta sobre os possíveis desvios que ocorrem numa interpretação da lei (As paixões e convicções dos magistrados, o espírito social da época, o apelo popular ou as possíveis relações com o acusado) • Tais desvios poderiam levar à tirania • Ele também argumenta que leis claras e não interpretativas falo poder do cidadão de conhecê-las tornando o menos dependente ou subjugado ao magistrado V. Da obscuridade das leis • Ele argumenta a respeito das línguas das leis. A língua comum e acessível facilita a aplicação e o conhecimento não só do direito, mas do que não deveria ser feito. Ele inclusive afirma que diminuiria o número de delitos ( em latim, a tradução não é precisa e implica em interpretação, o que retoma o item anterior) • Ele inclusive cita o poderoso papel da imprensa VI. Da prisão • Explica que aos magistrados é dado o direito de segurança pessoal que acaba sendo utilizado para prender arbitrariamente cidadãos por motivos frívolos • Argumenta que a lei deve esclarecer quais indícios de delitos podem configurar a prisão preventiva de alguém. Exemplo: clamor público, confissão, fuga, ameaças do acusado, ódio e risco ao ofendido e um corpo de delito. Ainda assim, tudo isso deverá explícito em leiPrecisa de Orientação Jurídica? • Ele também comenta da estigmatização pós-prisão ainda que a inocência do acusado seja privada, comparando como em Roma havia uma espécie de compensação por parte do governo, e na sociedade que ele vivia o ex réu ficava “marcado” pelo povo, perpassando ainda a visão dá pouparão sobre o ato da prisão (como um suplício e não o modo de deter um cidadão, além do sentimento de satisfação e poder sobre aquele e não de justiça) VII. Dos indícios do delito e das formas de julgamento • Sobre as provas ◦ Caso hajam várias provas que são dependentes entre si e principalmente, da veracidade de uma delas, estas não podem ser conclusivas ao caso ◦ Porém, se houver várias provas que são independentes entre si que levem a um mesmo julgamento, a probabilidade o delito existir é maior • “ Toda certeza moral é uma probabilidade” • Sobre a natureza das provas ◦ Imperfeitas: não excluem a possibilidade de inocência do acusado ◦ Perfeitas: demonstram que é impossível que o acusado seja inocente • Algo similar a: Uma prova perfeita = condenação. Precisa-se de muitas provas imperfeitas para equivalerem a uma perfeita, e por fim, numa condenação. • Ele sugere que em casos difíceis, metade dos julgadores devem ser magistrados e outra metade das classes do cidadão* para equilibrar o julgamento e afastar os ruídos provenientes das disputas de classes sociais. • Tanto o julgamento quanto as provas deveriam ser públicos. VII. Das Testemunhas • Características importantes para ser uma testemunha: Razoabilidade e vontade de falar a verdade (Ele inclusive é contra o fato de mulheres e os condenados não poderem falar) • Entretanto, ele argumenta que aos testemunhos devem ser atribuídos diferentes pesos de acordo com a relação que ela possui com o culpado ou a natureza do crime julgado, já que certos crimes atacam diretamente as paixões morais da sociedade, o que resultaria num testemunho duvidoso. Também deveria se ter cuidado com testemunhos de não integrantes daquela sociedade, já que eles partilham de outras crenças e que deve ser levado os sentimentos seja a crueldade ou não do que testemunha frente ao acusado • Alerta sobre o cuidado de formar calúnias baseando se apenas em testemunhos IX. Das acusações secretas • Ele argumenta contra o sigilo de acusação de diversas formas. Primeiro porque isso poderia levar a um estado constante de vigilância e perseguição Precisa de Orientação Jurídica? • Continua explanando que não faz sentido. Primeiro porque é dever do estado proteger todos, então o risco do informante não deveria existir. Segundo, um delito afeta o sistema inteiro, logo sua punição deve ser pública • Somente acusações públicas garante o selo com o bem estar geral X. Dos interrogatórios sugestivos • Na jurisprudência local, o autor afirma que os interrogatórios nunca abordam o crime diretamente e sim perguntam das circunstâncias e o espaço amostral que o delito estaria envolvido. • Sugere um estabelecimento de pena aqueles que se negam a falar em interrogatórios, mas também diz que o mesmo e desnecessário caso haja provas que já sejam bastantes para declarar culpado o acusado. XI. Dos juramentos • Inutilidade dos juramentos já que os mesmos são, em sua maioria, não cumpridos. Novamente, ele ressalta a necessidade de separar as chamadas leis divinas das leis dos homens, pois são extremamente diversas entre si e resultam em inutilidades como a prática do juramento XII. Da questão ou tortura • Declara se contra os castigos, já que caso o acusado seja declarado culpado, ele só pode ser punido com a pena pré estabelecida em lei. E se for um acusado cujo delito ‘e incerto, há de se considerar a possibilidade dele ser inocente, o que tornaria a torturas completamente hedionda • Argumenta que a tortura não traz a verdades, mas força confissões visando aliviar a dorfísica • Além que as incoerências de um depoimento não são justificativas para uso da tortura, pois elas podem ser provocadas por medo da figura judicial, ignorância e o temor pela solenidade dos processos. • Considera que a tortura não “limpa” a infâmia, e sim aumenta a mesma na figura do acusado • Por fim, ele usa exemplos de experiências tanto anteriores quanto contemporâneas para se embasar. Roma só usava da tortura em escravos, ou seja, não cidadãos, por acreditar que seus homens não mereciam tamanho vilipêndio. Suécia havia abolido essa prática nos julgamentos. XIII. Da duração do processo e da prescrição • Explica que o acusado tem o direito de se justificar, porém em um curto prazo. O processo não deve se estender demasiadamente e apenas a lei pode fixar o tempo máximo de investigação e o de resposta do acusado * • Abre se aqui uma ressalva importante para entender os conceitos seguintes. Em determinado momento do texto ele faz uma divisão dos crimes para explicar o melhor método relacionado a tempo do processo e prescrição. Essa divisão é a seguinte:Precisa de Orientação Jurídica? ◦ Crimes atrozes: crimes como o homicídio, pois ameaçam a segurança individual que é um direito natural ◦ Outros crimes: roubo, furto e etc, pois ameaçam a segurança dos bens que é um direito da sociedade • Ele diz que caso o crime seja atroz e que fique na memória da população, se os mesmos já foram culpados na investigação, não deve haver espécie de prescrição ao criminoso • Princípios gerais: ◦ Para os grandes crimes é melhor diminuir o tempo do processo, pois a inocência do acusado é mais provável que o crime. Entretanto, aumenta se ao prazo para prescrição para não dar a ideia de impunibilidade ◦ Para os crimes menores e comuns, prolonga se o tempo de processo, visto a probabilidade maior de culpabilidade e diminui se o tempo de prescrição, já que a impunidade do mesmo é menos perigosa ◦ Para casos hediondos, porém verossímeis, que poderiam se beneficiar com a diferença de processos, é importante salientar que acusado solto por falta de provas não tem qualquer declaração definitiva, podendo o caso ser reaberto posteriormente caso surjam novos indícios ◦ Crimes comuns e difíceis de se provar como o adultério, devem valer a presunção da probabilidade da inocência. Portanto, diminui se o tempo de processo e da prescrição * XIV. Dos crimes começados; dos cúmplices; da impunidade • Defende uma punição diferente para crimes não terminados, já que não se pode punir o que não foi feito, mas ao mesmo tempo se houve tentativa é porque havia a intenção e isso não poderia passar despercebido, além de funcionar como prevenção também • Para os cúmplices, deve se seguir a mesma gradação de pena, entretanto é óbvio que as penas devem ser mais severas aos executáveis que aos cúmplices, salvo se os cúmplices recompensarei particularmente o executante. Como a diferença do risco foi compensada, deve haver mesma punição • Apresenta a ideia de impunidade ao cúmplice que delate o crime e seus participantes (Princípio da delação premiada?), deixando explícito seus contras e prós. Reformula uma proposta mais justa em que o cúmplice torne se impune, porém o delator deve ser banido (Black mirror?) XV. Da moderação das penas • Primeiramente, qual o objetivo de uma pena? ◦ Impedir o culpado de ser nocivo futuramente à sociedade e desviar seus concidadãos da senda do crime • Partindo daí, ele condena novamente as punições cruéis e bárbaras como o suplício, escravidão eterna e tudo o que pode estar a favor de tiranos Precisa de Orientação Jurídica? • Para escolher uma pena e como aplicá- la, é preciso pensar em eficiência, impacto na sociedade e ao mesmo tempo o mínimo de sofrimento ao corpo do culpado • Ele continua a argumentar contra punições cruéis: quanto maior a punição, mais o culpado fará para escapar dela, comentando outros crimes; habituar a população a punições severas a tornará menos cautelosa por estar acostumada a essa realidade; penas fortes para qualquer crime acabam por saturar o sistema. O que acontecerá caso haja um crime realmente hediondo que mereça uma punição exemplar se todas já são utilizadas em qualquer crime?; além que, penas excessivamente rígidas geralmente estão a dispor de um tirano e não são sustentados por uma legislação constante. Dessa forma, ou elas serão modificadas ou não poderão vigorar, deixando o crime impune • Portanto, deve haver níveis de crimes e penas adequados. O rigor das mesmas devem obedecer ao estado atual da nação. Sociedades jovens aceitam penas mais rígidas para começar a abrandar os ânimos em sociedade, porém quanto mais essa sociedade evolui, seus conceitos também o fazem, tornando a mais sensível e portanto passível de penas menos rigorosas XVI. Da pena de morte • Ele inicia sua extensa argumentação posicionando se contra, listando os motivos a seguir: ◦ A pena de morte não se baseia em nenhum direito e é contrária a analogia inicial que as leis e soberania nascem da cessão de direitos individuais a um bem maior (Você daria a liberdade de próximo retirar sua vida? Acho que não ) ◦ A pena de morte torna se mero espetáculo e é facilmente esquecível. Ele explica que é melhor longas penas que traduzem medo do que vitoriosas penas que aplicam toda dor de uma vez só ◦ Alguns simplesmente não tem medo da morte. Ela será rápida, sem dor e talvez até melhor, podendo ser adoçada com o sentido religioso de perdão e bênçãos eternas • Ele apresenta então como alternativa de pena máxima a escravidão perpétua. Ela é constante, dosada, causa constante estado de medo na população e inclusive no infrator que terá terror em passar a vida sofrendo, castigado e pertencente a outrem. Ele também dá a ideia de que essa escravidão poderia retornar algum bem à sociedade, através de seus serviços. XVII. Do banimento e das confiscações • O banimento deve ser àqueles que perturbam a tranquilidade pública. De maneira prática, isso deveria ocorrer nos casos envolvendo acusados de crimes atrizes em culpa com maior verossimilhança, sem plena convicção de culpa • Seria mister que mesmo assim, o acusado pudesse a todo instante tentar provar sua inocência e recuperar seus direitos. Também deveriam haver razões mais fortes para banir o acusado de 1º crime do que para os estrangeiros e aos reincidentes Precisa de Orientação Jurídica? • Agora, o banimento deve vir acompanhado do confisco total de bens? Ele disserta que em alguns casos, o próprio confisco total ou parcial de bens já é uma punição e que em alguns casos os dois podem vir juntos, já que há uma morte política. Entretanto, caso haja o confisco, tais bens deve ir para o herdeiro legítimo e não ao Estado. Primeiro para evitar vinganças e segundo para não condenar à miséria, uma família que não pode ser punida pelos crimes de um único ente. XVIII. Da infâmia • A Infâmia como instrumento de punição? Utilizar da infâmia para punir ciúmes baseados no orgulho e fanatismo, mas somente se a própria opinião pública o considera, para que a vergonha se espalhe (É isso mesmo ou eu não entendi porta nenhuma?). Ter cuidado para não usar esse instrumento excessivamente XIX. Da publicidade e da presteza das penas • A pena deve ser o mais próxima o possível da natureza do delito e isso deve ocorrer no menor espaço de tempo possível • A prisão só deve ocorrer caso necessário (para que o acusado não fuja ou obstrua a justiça) e pelo tempo de julgamento, tendo preferência os detidos há mais tempo • Novamente, quanto menos tempo decorrer do delito e a pena, melhor para a função ‘instrutiva’ da pena para o público em geral. Todo crime leva a um castigo. Pequenos Delitos de certa forma devem ser públicos XX. Que o castigo deve ser inevitável - Das graças • O autor reafirmaque o que previne crimes com mais segurança é a certeza do castigo e a severidade inflexível do magistrado. Porém, isso só é possível com leis branda e justas • Ele se posiciona contra o concedimento de graças (o perdão) seja pela vítima ou pelo príncipe (governante) pois isso é beneficiar um particular às custas do bem comum, pois cria a esperança de impunidade. Além que você reitor o desejo de punição está dentro da sua liberdade, porém as leis regem a liberdade de todos, logo você não responde a dos outros. Por fim o direito de punir nasce não nos cidadãos, mas no direito. • Lembrar que mesmo com severidade, o legislador deve ser justo e humano XXI. Dos Asilos • A priori, o autor parece se manifestar contra o asilo por ele oferecer a sensação, novamente, de impunidade. Ou pior, que um mesmo ciúme seja julgado duas vezes por duas legislações muitas vezes contraditórias, o que seria injusto, vista a que o crime deve ser julgado pelo mal que fez • Entretanto, o mesmo afirma que não se dispõe a resolver a questão enquanto a Europa ter leis mais justas e brandas, oferecendo um melhor panorama para análise XXII. Do uso de pôr a cabeça a prêmio Precisa de Orientação Jurídica? • Beccaria se manifesta totalmente contra do uso de pôr a cabeça a prêmio (Recompensa para trazer um acusado vivo ou morto; difere das recompensas oferecidas para achar um acusado) porque caso o mesmo esteja em nação vizinha, isso pode tornar cidadãos verdadeiros caçadores, que por ignorância podem antivírus um inocente e violar os direito de outra nação. Caso o mesmo esteja em território nacional, passa a imagem de um estado fraco que não consegue fazer o seu trabalho, além de gerar uma (puta) contradição. XXIII. Que as penas sejam proporcionais ao delito • Agora o livro trata especificamente sobre a tal proporção de punição sobre os delitos. Para Beccaria, mais do que estabelecer um tipo penal, é importante observar o quão mal tal crime faz ao bem público para poder aplicar uma pena. • Ele da um exemplo entre um furto de Peru e um furto de documentos oficiais. Tais crimes apesar de serem do mesmo modo (Furto) não podem ter a mesma pena, pois este além de ser mais complexo, é mais danoso à sociedade que aquele. • Ele reforça dizendo que isso também é importante para manter nosso senso moral. Por fim, ele considera mister a criação de um plano de progressão de penas para a progressão de crimes. XXIV. Da medida dos delitos • Reiteração que a medida dos Delitos é o dano causado à sociedade e refutar outras medidas utilizadas por diversas jurisprudências, sejam estas: ◦ A intenção do crime Há crimes em que o indivíduo faz grandes males tentando acertar ou que o indivíduo acaba por trazer benefícios à sociedade com o intuito de prejudicar um particular • Pela dignidade da pessoa ofendida Este caso considera que quanto mais destaque na sociedade tiver a pessoa, maior o crime. Ex: O assassinato de um desembargador vale mais do que um operário? • Quanto maior a ofensa à Divindade Não cabe aos homens julgar as relações divinas, nem muito menos vingar aos pecados. XXV. Divisão dos Delitos • Os Delitos deveriam ser divididos em: ◦ Crimes que visam a destruição da sociedade ou daqueles que a representam ◦ Crimes que atingem o cidadão em sua vida, seus bens ou sua honra ◦ Crimes que são atos contrários às leis que visam o bem público • Tudo o que não se encaixa em uma dessas três categorias não deveria ser considerado crime (Aquela ideia de que tudo que não é proibido, é permitido) Precisa de Orientação Jurídica? • Cuidado com as paixões individuais que por capricho e interesse podem querer mudar a moral vigente e as leis, tornando se um instrumento do poder (Moral submetida a tempo e espaço ) XXVI. Dos crimes de lesa-majestade • Posto na classe de grave, por ser funesto à sociedade. Entretanto, ter cuidado com arbitrariedade de se identificar no que de fato consiste o crime e como puni-lo por parte dos monarcas. XXVII. Dos atentados contra a segurança dos particulares e, principalmente, das violências • Apesar do título tratar sobre as violências, assaltos, atentados à vida e entre outros, o autor passa maior parte do tempo explicando que não deve haver distinção de pena relacionado ao praticante do crime. É observado algo como o pagamento de fiança por nobres para tirar das costas o peso da acusação de um ciúme contra um pobre fraco. • Ele considera que isso não tem cabimento, visto que os nobres e plebeus tem sua desigualdade e distinção baseada em critérios econômicos ou sociais, mas não perante ao estado. Portanto, do ponto de vista técnico suas penas devem ser iguais. XXVIII. Das Injúrias • A injúria que é um atentado contra a honra, justa porção de estima que todo homem tem direito de receber dos seus concidadãos, deve ser outra com a infâmia (Vide XVIII) • Discursa um pouco sobre a complexidade do significado da palavra honra. Mostra a importância tangível da honra, sua utilidade através da opinião pública que pode favorecer o indivíduo de uma maneira que a lei não consegue. XXIX. Dos Duelos • Os duelos nascem da necessidade de se proteger a honra, que para alguns seria mais cara que a própria vida. Eles eram mais comuns entre nobres, não só por esses postarem espadas, mas por sua honra e fama possuir maior notoriedade. Entretanto, para evitar os duelos, o melhor a se fazer é punir o agressor, demonstrando que não há necessidade no ato e que se pode e deve confiar e obedecer as leis, já que essas são operantes XXX. Dos Roubos • Aos roubos que consideramos furtos, o autor indica uma pena pecuniária. Uma restituição direta do valor do item roubado. • Porém, se o autor é pobre e roubou pela necessidade, este deveria ser unido por escravidão temporária, pondo seus serviços a favor da sociedade (Algo como a nossa prestação de serviço comunitário?) Precisa de Orientação Jurídica? • Diferencia se aqui os roubos reais, que utilizam da violência, dos demais. Esses deveriam ser punidos com penas corporais, já que não pode se equivalem um pão à vida de um homem. XXXI. Do Contrabando • O contrabando não deve ser punido com infâmia, pois a maior parte da população não consegue ver o seu real dano. O autor sugere alguns métodos de punição, visto que o crime de contrabando lesa o príncipe e por conseguinte, a nação. Dentre eles: ◦ Apreensão da carga e dos bens ◦ Escravidão temporária ou prisão análogas ao delito XXXII. Das Falências • Em relação às falências, o autor afirma que é estaria primeiro separá- las de acordo com sua natureza: uma fraude do proprietário, uma falência legítima e causada por erros humanos e por fim a originado em contratempos, que o proprietário é inocente. • Para a falência fraude, a punição deve ser a mesma aplicada a um falsário • Para uma falência legítima porém leve, destina se a prisão. Para falências inocentes, ao invés da prisão, deve se fazer com que pague toda a sua dívida, impedi- lo de continuar sua indústria, e que o mesmo trabalha e empregue seus talentos no pagamento do que deve, proporcionalmente aos seus lucros. • Se a fraude do falido for duvidosa, considere o inocente (Obedecendo a máxima de Beccaria: a impunidade é pouco duvidosa se o delito é difícil de se constatar) XXXIII. Dos Delitos que perturbam a tranquilidade pública • Primeiro ele define no que consistem tais delitos: querelas, tumulto de pessoas e discursos fanáticos. • Ele então dá sugestões de como evitar esse tipo de ato: iluminar as cidades à noite, colocar guardas de segurança nos mais diversos bairros, reservar o silêncio e tranquilidade aos templos protegidos pelo governo, e entre outras, todas sendo responsabilidade do magistrado de polícia • Ele também salienta que essas medidas devem ser cumpridas como estão emlei e que ninguém tem o direito de ser arbitrário e inventar novas medidas estranhas ao público, pois isso seria exercício da tirania. XXXIV. Da ociosidade • Beccaria se declara contra a ociosidade daqueles que nada contribuem para o governo ou bem estar social e que só acumulam riquezas sem nem ao menos investi-las ou administrá-las, esclarecendo que essas devem ser punidas Precisa de Orientação Jurídica? • Entretanto, a ociosidade advinda daqueles que conseguiram uma situação estável através da indústria ou daqueles que mesmo que herdeiros de fortunas, utilizam parte dela para alimentar os pobres ou investir no comércio é legítima e pode ser vantajosa, sendo dever do legislador através das leis diferenciá-las. XXXV. Do suicídio • O autor faz um longa descrição do porquê não ser possível punir o suicídio, já que não se puxem intenções, não se pune coisa morta e não se pune a família pelos erros de um ente. • Ele compara com a ideia da fuga do seu país, que em tese seria mais danosa do que o suicídio, pois o que sai do país leva consigo os direitos e os bens que possui naquele país, entregando os a outro • Enfim, ele declara que uma lei para punir o suicídio seria inútil. Ele é bem claro quando diz que as leis devem ser úteis e o mais concisas o possível. XXXVI. De certos Delitos difíceis de constatar • Eram crimes como o adultério, a pederastia (prática homossexual) e o infanticídio. Para Beccaria, por ambos terem natureza ou na necessidade humana ou nos desejos humanos, e a lei não tem métodos efetivos de preveni-los, por exemplo mais forte o adultério que encontra fontes em casamentos obrigatórios, não é certo e preciso se devem ou não ser punidos. • Mais ainda, ele deixa claro que não se deve afastar o caráter transgressor desses crimes, porém já que não há leis que protejam o ser humano da infelicidade para cometer esses crimes, não é justo imbuí-los de pena XXXVII. De uma espécie particular de Delito • Implicitamente, ele fala da Inquisição como crime bárbaro, mas por estar em um período não propício, não poderia discutir a natureza do mesmo • Entretanto, deixa claro sua opinião de horror e de que espera que a filosofia no futuro cuide de tratar disso. Fecha declarando que na sua obra apenas falará dos Delitos que violam o contrato social. XXXVIII. De algumas fontes gerais de erros e injustiças na legislação • Ele explica que na maior parte das vezes, os erros na legislação vem das falsas ideias de utilidade, como por exemplo: ◦ Dar maior importância aos inconvenientes particulares do que aos gerais ◦ Leis que proíbem porte de armas (A favor da liberação de armas? Oi?) ◦ Leis que separam o bem geral dos interesses particulares ◾ No estado de natureza, o homem só faz o mal se ver vantagem nisso, enquanto os no estado de sociedade, muitas vezes o homem faz o mal, por leis viciosas, sem qualquer propósito positivo ◦ Submeter seres sensíveis à regularidade simétrica Precisa de Orientação Jurídica? XXXIX. Do Espírito de família • De maneira extensa, o autor argumenta no fato que é mais vantajoso leis que fomentar o espírito do social, sociedade e bem público que leis baseadas no espírito da família, como em Roma. • O espírito familiar é limitado e a moral particular só insira medo e submissão, além que as virtudes da família são fracas e variáveis com caráter de fardo, desanimando o indivíduo a cumpri-la • O espírito público traz a ideia de coletividade e generalidade junto ao pertencem entorno a algo maior o que potencializa os efeitos da lei XL. Do Espírito do Fisco • Ele utiliza uma referência da época de Roma, quando boa parte das Penas eram pecuniária para explicar a jurisprudência europeia. Quando (no período do Beccaria) alguém se declarava culpado, o juiz utiliza da tortura por achar que se foi confessado um crime devem haver outros, tentando extrair o máximo possível em busca não dá verdade e sim de um culpado (uma analogia a tentar a maior indenização possivel). XL. Dos meios de prevenir crimes • Ele indica como modo de prevenção fazer leis simples e claras e apenas em número suficiente, sem favorecer nenhuma classe social • Liberdade acompanhada da ciência séria, culta. • Afastar a corrupção dos magistrados, subdividindo suas atividades (algo como a ideia da divisão de poderes) • Premiar a virtude • Aperfeiçoar a educação • Conclui que a simples autoridade impérios só induz a uma obediência passageira, e que uma real obediência vem da compreensão e do amor às leis. XLII. Conclusão • Retoma um único ponto: a pena deve ser essencialmente pública, pronta, necessária, menor possível de ser aplicada e proporcional ao delito e determinada pela lei. A partir daí, o livro possui algumas críticas ou adições à obra de Beccaria. A simples leitura e compreensão já são suficientes para formar um panorama geral, por isso as mesmas não terão espaço aqui. Disponível em: http://mariapaulaandrade.jusbrasil.com.br/artigos/448838352/resumo-por-capitulo-dos-delitos-e-das-penas-cesare- beccaria Precisa de Orientação Jurídica? Precisa de Orientação Jurídica?
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