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TEORIA GERAL DO ESTADO
É a disciplina que estuda os fenômenos do Estado, desde sua origem, formação, estrutura, organização, funcionamento e suas finalidades, compreendendo-se no seu âmbito tudo que considera existindo no Estado ou sobre ele influindo. 
Uma disciplina que vai muito além do Direito, abrange também: filosofia, história, antropologia, psicologia, linguagem.
Uma influencia da antiguidade foi Maquiavel, que ignorou os valores humanos, incluindo os de cunho moral e religioso, mas observando profundamente todos os fatos ocorridos em sua época em relação à organização e atualização estatal. Sem dúvida, a obra de Maquiavel foi o marco inicial e influenciou a colocação da exigência de enfoque dos fatos políticos.
Portanto, para a TEORIA GERAL DO ESTADO, o estado é reconhecido como uma PESSOA JURÍDICA, com direitos e obrigações jurídicas.
Da Sociedade 
Um conjunto de seres humanos que dividem determinado território e compartilham regras, ideologias e tradições que para eles são perfeitamente aceitáveis e que os fazem conviver de forma organizada.
Podemos citar algumas correntes do homem vivendo em sociedade:
CORRENTE NATURALISTA
Aristoteles dizia “O homem é naturalmente um animal político.” “todos nascem com instinto de viver em sociedade”. 
São Tomás de Aquino: “o homem é por natureza um animal político e social”. 
A vida solitária, ou seja, fora da sociedade é exceção, apenas podem viver se for: 
-Excelência Natural – aquele muito evoluído ou inteligente
-Corrupção Natural – que não consegue viver em sociedade
-Má Sorte 
CORRENTE CONTRATUALISTA
Um acordo ou um CONTRATO firmado entre os diferentes membros de uma sociedade, que se unem com o intuito de obterem as vantagens garantidas a partir da ordem social. Dá a rejeição ao Estado de Natureza, o impulso natural dos homens. 
Neste, há a superação do estado de natureza. Os contratualistas: 
TOMAS HOBBES - entendia que o estado de natureza era perigoso. Pois os seres humanos entrariam numa verdadeira Guerra para adquirir seus direitos. Uns lutariam com os outros. A condição do homem seria a condição de Guerra, ou seja todos contra todos. Tomas Hobbes, entendia que precisava de um contrato social, onde os homens passaria seus direitos a um soberano e em troca teriam a paz social. Ilustrou esse soberano como a figura bilbica o LEVIATÃ. Esse Soberano teria poder e autoridade indivisíveis e ilimitadas. 
JOHN LOCKE - entedia que o povo podia ser governado através de um contrato social. Porém ao contrário de Tomas Hobbes, não aceitava que este contrato daria poder apenas a um soberano, pois dessa forma, os homens estariam privados de sua liberdade e que este contrato social dando poderes deveria ser limitado. E que fossem governados não por um só soberano e sim por meio de um consenso do povo.
MONTESQUIEU, entendia que o despotismo, ou seja, o poder isolado, era a maior ameaça individual a liberdade dos cidadãos.
“Os homens seriam dotados de razão e perceberiam antes de tudo suas principais condições – a fraqueza e o medo. Apesar de serem iguais, de todos possuírem essas mesmas condições, ninguém se sente igual, todos se sentem inferiores. Mas é devido a essa percepção que ninguém ataca ninguém. Nasce a primeira das leis da Natureza a BUSCA PELA PAZ. 
ROUSSEAU – é o que mais contribui para o que temos hoje. Entende que a vontade do povo é soberana pois a união das vontades faz o povo assim. Para Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corromperia.
CONTRATUALISMO (a sociedade surge a partir de um acordo mútuo, consensuado e ratificado – mesmo que hipotético – visando sua junção sob os mesmos objetivos)
X
 NATURALISMO (o homem é naturalmente um animal político. A sociedade é um fato natural.) 
A SOCIEDADE E SEUS BENS CARACTERÍSTICOS 
Sociedade é um conjunto de seres humanos que dividem determinado território e compartilham regras, ideologias e tradições que para eles são perfeitamente aceitáveis e que os fazem conviver de forma organizada.
Os elementos necessários para esse conjunto de seres humanos serem conhecidos como SOCIEDADE são: 
A) Valor Social Ou Finalidade:
Existem duas correntes de pensamentos: 
deterministas: negam a possibilidade de escolha de uma finalidade social; 
finalistas: sustentam ser possível a fixação da finalidade social por meio de um ato de vontade. 
B) Ordem Social e Ordem Jurídica
A Ordem Social, está ligado a moral, ou seja, caso não seja cumprida, não há punição. Já a ordem jurídica, há uma punição no caso do não cumprimento. 
O simples fato de um agrupamento de pessoas com uma finalidade em comum a ser atingida, não é suficiente para concretizar um objetivo, eles precisam se manifestar em conjunto visando este objetivo. Essa manifestação precisa ser ORDENADA. 
As manifestações de conjunto devem atender três requisitos: 
Reiteração: Devem ser feitas práticas repetidas. Manifestações em conjunto visando concretizar a finalidade. 
Ordem: Conjunto de Normas a serem respeitadas. Sanção. Ter algo que controle. No caso as leis. 
Adequação: Adequar ao bem comum 
C) PODER SOCIAL 
Consiste na faculdade de alguém impor sua vontade a outro. 
Características Gerais 
Socialidade: Construído através das relações sociais. O poder é um fenômeno social. 
Bilateralidade: O poder é sempre a correlação de duas ou mais vontades, havendo uma que predomina. Para ter poder, precisa de existência de vontades submetidas.Pode considerar o poder sobre dois aspectos: poder como relação (exercido por alguém, contra ou a favor da outra) e poder como processo (quando se estuda a dinâmica do poder. O poder é desenvolvido ao longo da vida social).
SOCIEDADES POLÍTICAS
Agrupamento humano que segue uma ordem com um fim de gerir interesses gerais e particulares. 
São aquelas que cujo o objetivo é estabelecer as condições necessárias para que os fins de cada membro seja devidamente atingido.
Tipos de Sociedades Políticas 
Sociedades de Fins Particulares: são aquelas que possuem um objetivo definido, sendo de escolha dos membros daquela sociedade, que desempenham seus papeis de forma consciente e adequada para a realização daquele objetivo escolhido.
Sociedades de Fins Gerais: possuem um objetivo indeterminado e genérico.
DO ESTADO
1 - Origem e Formação do Estado 
1.1) Percurso Histórico 
- o príncipe 
O termo Estado, foi usado pioneiramente por Maquiavel em sua obra “O príncipe”
De forma geral e preliminar, p ode-se definir Estad o como uma instituição política e jurídica, organizada, que ocupa território definido e possui uma lei maior, normalmente, uma Constituição. 
- século XVI ao século XVIII – FRANÇA ESPANHA INGLATERRA
2- Teoria sobre o surgimento do Estado 
2.1)Onipresença 
2.2)Conveniência 
2.3) Soberania – História 
3 – Teorias sobre a Formação Originária dos Estados 
3.1) Formação Natural – o Estado se formou naturalmente, não por um 
ato puramente voluntário. Exemplos: Família, atos de força, causas econômicas 
3.2) Formação Contratual – uma formação já com vontade de todos 
3.3) Desenvolvimento interno - Teoria do desenvolvimento interno da socieda de: aquelas sociedades que atingem maior grau de desenvolvimento e alcançam uma forma complexa têm absoluta necessidade do Estado, e então ele se constitui. 
4 – Teorias sobre a Formação Derivada de Estados 
4.1) Fracionamento – Tem um Estado e uma pequena parte deste Estado, vira um outro Estado com suas próprias leis. 
4.2) União – Se unem 2 Estados para formar um novo. Faz uma Fusão. 
4.3) Formas Atípicas – Geralmente através de guerra
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO 
ESTADO ANTIGO 
-Possui como características a religiosidade e a natureza unitária; 
-organização Economica confusa; 
- sem diferenciação entre o pensamento político, religião, moral, filosofia, doutrina econômicas; 
-Natureza unitária, sem divisões interiores, nem territorial nem de funções; 
- o Monarca é considerado DEUS; 
-Religiosidade Marcante; 
- O governo é unipessoal:o governador também é considerado representante do poder divino. 
ESTADO GREGO
- Caracterizado pela existência da Póli: poder absoluto e unitário, cujo ideal visava a autosuficiencia; 
- Democracia era Direta: Exercida em praça Pública 
- apenas uma elite poderia compor a classe política e participar das decisões do Estado; 
- Organicismo: cada indivíduo é respeitado pelo o que exerce.
ESTADO ROMANO 
- teve sua origem em um pequeno agrupamento humano 
- o povo participava do governo, porém a noção de povo era muito restritiva (.estrangeiros e escravos estavam excluídos e, dentre os cidadãos romanos, somente uma parte podia participar das decisões políticas);
-Integração Jurídica dos povos conquistados;
- Transição de Cidade Estado para Estado Medieval; 
- Nesse período surgiu o Cristianismo. 
ESTADO MEDIEVAL 
- no Planos políticos foi período Heterogeneo; 
-Elementos que se fizeram presentes na sociedade política medieval: 
CRISTIANISMO: universalidade humana / igreja: ordens eclesiaticas/ Buscava a unidade política / TINHA UMA AUTORIDADE POLÍTICA (imperador) E UMA AUTORIDADE ECLESIÁTICA (papa), que ficavam em disputa pelo poder. 
INVASÕES BÁRBARAS: introduziam novos costumes e influenciava constituição de unidades políticas independentes. 
FEUDALISMO: com as guerras internas o desenvolvimento do comércio tornou-se mais difícil. Maior valorização da terra de onde todos deveriam tirar seus sustentos. Quem tinha terra passou a utilizar a mão de obra de quem não tinha. 
Identificação de um poder superior
Pluralidade de poderes menores, sem hierarquia definida.
Multiplicidade de Ordens Jurídicas Convivendo. 
ESTADO MODERNO 
Busca pela Unidade Política e Territorial 
Características: 
SOBERANIA 
TERRITÓRIO 
POVO
1) Soberania
Soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma república.
Aparece com força no século XVI, embora já fosse exercida em períodos anteriores.
Características: 
-Absoluta: não há vínculo anterior que a condicione
-Perpétuo: da origem até sempre
- não transfere, não vende, não suspende 
-Indivisível: se aplica a universalidade dos fatos
Soberania: coerção, fixação de competências, decisão em última instância sobre atribuitividade das normas. 
Soberania: Poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universidade de suas decisões, nos limites dos fins éticos (bem comum) de convivência. 
Titularidade da Soberania
A – TEORIA TEOCRÁTICA – Todo poder emana de Deus. Pelo princípio cristão, diz que o próprio Deus concedera o poder ao príncipe 
B – TEORIA DEMOCRÁRICA – o poder/soberania emana do povo. 
Objeto da Soberania os indivíduos – a soberania vai existir sobre os indivíduos. 
2) Território 
-assegura a estabilidade do poder e a eficácia da ordem. 
-Natureza Jurídica do direito ao uso do território (o estado pode usar todo o território estando ocupado ou não)
Síntese 
A - Não existe estado sem território (não há critério de mínimo territorial); 
B – O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado
C – O território é objeto de Direitos do Estado
D – o Estado age pelo princípio da impenetrabilidade (não há outro estado Soberano no território)
Limites territoriais 
A – extensão do território sobre o mar (hoje 200 milhas)
Tem sido delimitado através de tratados ou outros atos bilaterais
B – soberania sobre o espaço aéreo 
3) Povo
Elemento Primordial do Estado. 
Definição de conceitos: 
A - POPULAÇÃO: critério demográfico quantas pessoas dentro do território
B – NAÇÃO: o conjunto de pessoas nascidas em um território, ladeadas pela mesma língua, cultura, costumes, tradições, adquirindo uma mesma identidade sócio-cultural. 
C – CONCEITO DO POVO :
-Na Grécia: Povo era formado pelo cidadão, início da Noção Jurídica 
- idade Média: Ampliação Paulatina 
-Período Moderno: Busca pela Consolidação Universal (existe um vínculo Jurídico)
Povo e seus elementos 
Objetivo: povo é objeto da atividade do Estado
Subjetivo: o individuo está subordinado ao Estado. Mas também possuem direitos entre si e perante do Estado.

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