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AULÃO DE ANATOMIA HUMANA Profª Me. Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani INTRODUÇÃO À ANATOMIA CONCEITO • Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados (Dangelo et al., 2010). • ANATOMIA: ANA (em partes), TOMEIN (cortar), ou seja, a palavra anatomia significa cortar em partes, isso porque para entendermos a construção do corpo humano, este precisa estar aberto. • A Anatomia é estudada pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas para que não entre em decomposição. • O estudo da anatomia ocorre por sistemas individuais, porém quando relacionamos suas funções, chamamos de aparelho. Ex: Aparelho locomotor (Sistema ósseo + sistema muscular). VARIAÇÃO ANATÔMICA • Quando observamos um grupo de pessoas, evidenciamos de imediato, as diferenças morfológicas entre os elementos que compõe este grupo. Essas diferenças são denominadas VARIAÇÕES ANATÔMICAS e podem se apresentar externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga prejuízo funcional para o indivíduo. • Visto que o material utilizado para o estudo da anatomia é o cadáver, deve-se considerar as possíveis variações anatômicas de um para o outro ou numa comparação com o Atlas. DIVISÃO DO CORPO HUMANO • Para estudarmos o corpo humano seguimos a hierarquia de sua divisão: • Cabeça Pescoço Tronco Membros Superiores Membros inferiores. POSIÇÃO ANATÔMICA • Essa posição é descrita em um indivíduo em pé, porém é também considerada para o cadáver que se apresenta deitado. • Indivíduo na posição ortostática ou bípede, com a face voltada para frente, olhar para o horizonte, membros superiores estendidos ao lado do tronco, palma das mãos viradas para frente, membros inferiores estendidos unidos e ponta dos pés para frente DECÚBITO • Decúbito é o termo utilizado para dizer deitado. Quando o indivíduo está em decúbito dorsal, significa que o dorso está apoiado na mesa (o popular “barriga para cima”), quando está em decúbito ventral, está com o ventre apoiado na mesa (“barriga para baixo”) e quando está de lado, o lado apoiado ganha o nome do decúbito (deitar do lado direito ou esquerdo), veja na figura 2. Independente do decúbito é muito usada essa posição para o estudo da anatomia. PLANOS DE DELIMITAÇÃO O corpo humano apresenta três lados que são paralelos entre si. São eles: • plano lateral direito e esquerdo • plano ventral e dorsal (anterior e posterior) • plano cranial e podálico (superior e inferior). TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO • Existem no corpo outros planos, que nos ajudam a localizar mais precisamente os órgãos, pois os mesmos nos dá a posição ou direção . • São eles os planos mediano, medial, lateral e intermédio. • O Plano mediano é exatamente o meio do corpo ou do órgão, aquele órgão que estiver mais próximo do plano mediano, é dito medial. • Quando temos órgãos entre um medial e um lateral chamamos de intermédio. PLANOS DE SECÇÃO • No plano mediano teremos a secção sagital, que divide o corpo em metade direita e esquerda. • No plano Frontal (ou coronal) teremos a secção frontal, que divide o corpo em anterior e posterior, ou seja, o corte entra no perfil. • No plano Horizontal teremos a secção transversal, que divide o corpo em superior e inferior. SISTEMA ESQUELÉTICO CONCEITO • Esqueleto é definido como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções. E os ossos são definidos como peças rígidas, de forma variáveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto (Dangelo et al., 2010). FUNÇÕES DO ESQUELETO • Proteção (para órgãos como o coração, pulmões ficam protegidos pelas costelas e Sistema Nervoso Central protegido pelo crânio e coluna vertebral). • Sustentação e conformação do corpo (o esqueleto sustenta sobre ele todos os demais sistemas, estando encaixados direta ou indiretamente sobre ele e também é responsável pelo formato bípede do ser humano). • Local de armazenamento de íons Cálcio (Ca+) e Fósforo (P) (sendo responsável por promover a rigidez do osso e durante a gravidez a calcificação do esqueleto fetal se faz, em grande parte, pela reabsorção destes elementos armazenados no esqueleto materno). • Sistema de alavancas (os ossos do esqueleto são deslocados pelos músculos, permitindo o movimento do corpo num todo ou em partes). • Local de produção de certas células do sangue (dentro dos ossos existe a medula óssea que tem por função produzir as células do nosso sangue, essa função é também conhecida por HEMOPOIÉTICA, onde hemo = sangue e poiético = produção). DIVISÃO DO ESQUELETO • Nosso esqueleto é dividido em duas partes: • Esqueleto axial (que significa eixo) representado pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco, sendo portanto a porção mediana do corpo. • Esqueleto Apendicular (que significa pendurado) representado pelos ossos de membros superiores e membros inferiores presos ao troco pelas cinturas escapular e pélvica. NÚMERO DE OSSOS • No indivíduo adulto, com o desenvolvimento orgânico já completo, o número de ossos é de 206. Este número sofre variação de acordo com os seguintes fatores: • idade (pois ao nascer, alguns ossos são divididos em várias partes e com o crescimento eles se fundem, diminuindo assim o número de ossos do esqueleto) • fatores individuais (quando um indivíduo nasce com mais ou menos ossos por má formações) • diferentes critérios de contagem entre autores (alguns não contabilizam os ossículos do ouvido e outras contam). CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS • Há várias maneiras de classificar os ossos. Podem ser classificados pela sua posição topográfica (ossos axiais e apendiculares), mas a classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, conforme a predominância de uma das dimensões (comprimento, largura ou espessura) (Dangelo et al., 2010). OSSO LONGO: • Seu comprimento é maior que a largura e espessura. Ex: ossos do esqueleto apendicular (fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula e falanges). • Estes apresentam duas extremidades chamadas epífises (proximal e distal) e um corpo chamado diáfise. Esta, possui uma cavidade no seu interior chamado canal medular, onde se aloja a medula óssea. • Nos ossos que ainda não completaram seu crescimento, existe a cartilagem epifisial (disco cartilaginoso localizado entre a epífise e a diáfise, responsável pelo crescimento do osso no comprimento). OSSO LAMINAR: • Também chamado plano ou chato, apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. • Ex: ossos do crânio, escápula e osso do quadril. OSSO CURTO: • Apresenta equivalência das três dimensões, porém todas pequenas. • Ex: ossos do carpo e do tarso. OSSO IRREGULAR: • Apresenta morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. • Ex: vértebras, osso esfenóide, etc. OSSO PNEUMÁTICO: • Apresenta cavidades chamadas sinus ou seios, revestida de mucosa e contendo ar. São ossos que se encontram ao redor da cavidade nasal. • Ex: frontal, maxilar, temporal, etmóide e esfenóide. OSSO SESAMÓIDE: • Desenvolvem-se na superfície de certos tendões (intra- tendíneos) ou da cápsula fibrosa das articulações (peri-articulares). • A patela é exemplo de intra- tendíneo TIPOS DE SUBSTÂNCIAS ÓSSEAS • Os ossos apresentam dois tipos de substância óssea: compacta e esponjos. • A substância compacta se encontra em toda a periferia do osso, onde as células ósseas se encontram fortemente abraçadas deixandoessa camada rígida. • Já a substância esponjosa se encontra no interior dos ossos, onde as células se arranjam de forma a deixar espaços entre si e o osso fica com aspecto poroso. É nessa camada que encontramos a medula óssea que produz as células do sangue. PERIÓSTEO • O periósteo se apresenta em duas camadas, uma superficial e outra profunda. Esta última é conhecida como osteogênica (ósteo = osso e gênica = gerar) pelo fato de suas células se transformarem em células ósseas, promovendo o espessamento ósseo. • Já a camada superficial é altamente vascularizada e as artérias deste periósteo penetram no interior do osso para realizar a nutrição das células ósseas e da medula óssea, já que é o sangue quem leva o oxigênio e nutrientes para que as células realizem seus metabolismo. SISTEMA ARTICULAR CONCEITO • Usamos o termo junturas ou articulação, para designar a conexão existente entre qualquer parte rígida do esqueleto, sejam ossos ou cartilagens. Elas permitem o contato dos ossos e sua mobilidade (Dangelo et al. 2010). • Em todo o esqueleto existem três tipos diferentes de articulações, as quais se classificam de acordo com o tipo de elemento que está entre os ossos que se articulam. • Desta forma, temos as articulações fibrosas (o elemento que fica entre os ossos é um tecido conjuntivo fibroso), as cartilaginosas (o elemento entre os ossos é um tecido cartilaginoso) e as sinoviais (neste caso o elemento que se interpõe aos ossos é um líquido). JUNTURAS FIBROSAS • São encontradas fazendo a união dos ossos do crânio e são chamadas de suturas. • Elas permitem uma pequena mobilidade dos ossos do crânio ao nascer, pois nesta fase estão em maior quantidade. Com o crescimento da cabeça do bebê, ela reduz permitindo apenas o contato dos ossos, sem que haja mobilidade entre eles. • Outra região do esqueleto que encontramos esse tipo de articulação é entre a tíbia e a fíbula distal (próximo ao tornozelo). Neste caso é chamada de sindesmose. JUNTURAS CARTILAGINOSAS • Estão presentes entre as vértebras da coluna vertebral (discos intervertebrais), na união dos ossos do quadril entre o púbis (sínfise púbica) e entre dois ossos na base do crânio – esfenóide e occipital (sincondrose). • Esse tipo de articulação apresenta mobilidade muito reduzida, mas um deslizamento entre os ossos do que um movimento. JUNTURAS SINOVIAIS • Essas são a maioria das articulações do esqueleto e a maior característica delas é permitir a mobilidade entre os ossos. • O elemento que se interpõe aos ossos é o líquido sinovial. • Para que este líquido permaneça neste local, se faz necessária a presença de uma cápsula articular, que envolve as extremidades dos ossos como uma bolsa e armazena este líquido dentro dela. • Este líquido é um lubrificante para as extremidades articulares, que permite o movimento sem atrito nem desgaste da articulação. • As extremidades dos ossos são revestidas por uma cartilagem articular bem fina, lisa e polida que, na presença do líquido, promove o deslizamento. As articulações de ombro, cotovelo, punho, quadril, joelho, tornozelo são alguns exemplos de articulações sinoviais. CAPSULA ARTICULAR • A cápsula articular apresenta duas camadas. A camada mais externa é mais rígida e serve para prender-se nos ossos e limitar alguns movimentos. Para isso, ele conta com a ajuda dos ligamentos que podem estar por fora ou por dentro da articulação para unir os ossos e segurar movimentos indesejáveis. • No joelho, além de muitos ligamentos existem também os meniscos, que servem para permitir melhor encaixe entre os ossos e amortecer os impactos da articulação . • A camada interna é conhecida como membrana sinovial, responsável pela produção do líquido sinovial. Principais movimentos realizados pelas articulações sinoviais: • Todos os movimentos do corpo humano são realizados em torno de algum eixo (linha imaginária), os quais apresentam as seguintes direções: Ântero-posterior (eixo sagital), látero-lateral (eixo transversal) e cranial – caudal (eixo longitudinal). FLEXÃO E EXTENSÃO • Os movimentos de flexão e extensão, são também conhecidos por movimentos angulares, porque quando realizamos a flexão de um membro o ângulo da articulação diminui. • Já quando realizamos a extensão, o ângulo da articulação aumenta. • Este movimento é realizado no eixo ventral-dorsal. ADUÇÃO E ABDUÇÃO • Os movimentos de adução e abdução é o que acostumamos dizer abrir e fechar. • Porém o significado real é aproximar-se do plano mediano (adução) e afastar-se do plano mediano (abdução). • Este movimento é realizado no eixo látero- lateral. ROTAÇÃO MEDIAL E LATERAL • Os movimentos de rotação medial e lateral é realizado no eixo longitudinal, ou seja, sentido crânio-caudal, onde o indivíduo gira o membro para dentro ou para fora CIRCUNDUÇÃO • Movimento combinatório que invade vários planos e eixos. • Apresenta-se como desenhar um círculo. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS JUNTURAS SINOVIAS • Diante desses movimentos, podemos classificar funcionalmente as articulações em mono-axial, bi-axial ou tri-axial. • Lembre-se que axial significa eixo, portanto quando a articulação realiza movimento em torno de um único eixo é chamada de mono-axial (realizará somente a flexão e extensão). • Se realizar em torno de dois eixos, será bi-axial (realizará flexão, extensão + adução e abdução) • e em torno de três será tri-axial (realizará flexão e extensão, adução e abdução + rotação medial e lateral). SISTEMA MUSCULAR CONCEITO • Denomina-se músculo, o agrupamento de células fusiformes (cilíndricas) organizadas em feixes de fibras musculares, formando massas macroscópicas, as quais acham-se fixados no esqueleto por no mínimo duas extremidades. • Os músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contração. • Dentro do aparelho locomotor (ossos, junturas e músculos), os músculos são elementos ativos do movimento e os ossos são elementos passivos do movimento, pois a musculatura é responsável pela dinâmica e também a estática do corpo humano, tornando possível o movimento e determinando a postura do esqueleto em qualquer posição (Dangelo et al., 2010). VARIEDADES DE MÚSCULOS • Músculo estriado esquelético (voluntário): Este músculo tem esse nome por apresentar fibras na sua formação (estrias transversais) e por estar preso ao esqueleto, portanto sua função é movimentar o corpo humano. • É também chamado de voluntário, porque sua ação depende de ato de vontade. Quando queremos nos movimentar ou quando queremos para o movimento. VARIEDADES DE MÚSCULOS • Músculo liso (involuntário): Este é assim chamado pois não apresentam os feixes de fibras na sua formação. • Encontramos este tipo de músculo nas paredes das vísceras, e por isso são considerados involuntários. Sua função não depende de uma ato de vontade. Não temos o controle de seu funcionamento • Músculo cardíaco: É também considerado misto, pois suas fibras se assemelham ao estriado esquelético, porém não temos controle de seu funcionamento como nos músculos lisos. Este é o músculo do coração. COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS • Os músculos apresentam uma porção “carnosa” que representa o ventre muscular. Nesta porção contém as células que têm a propriedade de contrair ou relaxar, sendo a parte contrátil do órgão. • Já suas extremidades, responsáveis por prendê-lo no esqueleto, podem se apresentar finas e cilíndricas, chamadas de tendão, ou se apresentar de forma laminar, larga, chamada de aponeurose. • É importantelembrar que, tanto tendões como aponeuroses não são elásticos, pois são formados por tecido conjuntivo denso e colágeno, Eles se apresentam esbranquiçados e brilhantes, com função apenas de prender o músculo ao esqueleto. FÁSCIA MUSCULAR • Todos os músculos são revestidos por uma membrana de tecido conjuntivo chamada fáscia muscular. • Esta facilita o deslizamento de um contra o outro nos momentos de contração ou relaxamento. MECÂNICA MUSCULAR • A contração do ventre muscular vai produzir um trabalho mecânico, em geral, representado pelo deslocamento de um segmento do corpo. • As extremidades dos músculos prendem-se em pelo menos dois ossos, de maneira que o músculo cruze uma articulação. O ventre muscular não se prende no esqueleto para que possa contrair-se livremente. Quando isto ocorre, há um encurtamento do comprimento do músculo e consequentemente, o deslocamento da peça esquelética (Dangelo et al., 2010). ORIGEM E INSERÇÃO • As extremidades dos músculos representadas por tendões ou aponeuroses, marcam o ponto de origem e também de inserção deste músculo. • A origem será sempre o ponto o qual não desloca nenhuma parte do esqueleto ao movimento, ou seja, será o ponto fixo. • Já a inserção, sempre deslocará um segmento do esqueleto, sendo então o ponto móvel. • Por ex: o músculo bíceps braquial quando realiza sua contração, somente a extremidade inferior que desloca parte do esqueleto. Esta portanto é a inserção. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS • Quando realizamos um movimento, um grupo muscular fica ativamente contraído enquanto que outros músculos ficam se opondo ao movimento, estando alongados ou relaxados. • Chamamos de agonista o agente principal na execução do movimento, ou seja, é o que contrai. • Aquele que fica oposto ao movimento chamamos de antagonista. • Por ex. na flexão do cotovelo, o bíceps braquial é o agonista, pois está em contração, enquanto que o tríceps braquial é antagonista, pois está oposto ao movimento, permanecendo relaxado. NUTRIÇÃO E INERVAÇÃO • Os músculos são órgãos que gastam muita energia ao realizar a contração e o relaxamento, por isso precisam de um grande suprimento sanguíneo. Sempre que uma artéria penetra do músculo, ela se ramifica em capilares de forma que atinja todas as células, garantindo a nutrição delas. • Sobre a inervação dos músculos, quando dizemos que os músculos dependem da nossa vontade para executar sua função, não podemos esquecer que é o sistema nervoso quem envia os estímulos para eles contraírem. Caso haja uma lesão neste nervo motor, o estímulo não alcançará o músculo e o movimento não vai mais ocorrer, instalando atrofia. • As artérias e nervos penetram sempre pela face profunda do músculos, pois assim ficam mais protegidos de sofrer lesões, permitindo um perfeito funcionamento do músculo. SISTEMA NERVOSO CONCEITO • O Sistema Nervoso é quem controla todas as atividades do organismo, interpretando os estímulos recebidos na superfície do corpo e desencadeando respostas adequadas para cada estímulo. • Para tanto o Sistema Nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central, que interpreta e define as respostas dos estímulos, e Sistema Nervoso Periférico, que tem função de levar e trazer a informação para o SNC. • O SNC é composto pelo encéfalo e medula espinhal (encontrados dentro do crânio e medula espinhal) e o SNP é composto por nervos cranianos e espinhais, seus gânglios e terminações nervosas. MENINGES • O Sistema Nervoso Central é envolvido por três camadas de tecido conjuntivo que em conjunto chamam meninges, porém cada camada tem seu próprio nome. • São elas dura-máter (mais externa e espessa), a aracnóide (camada média e tem esse nome porque suas tramas lembram teia de aranha) e a pia-máter (mais interna, mais fina, grudada diretamente no tecido nervoso). • O espaço entre a dura-máter e a aracnóide chama sub-dural e entre a aracnóide e pia-máter chama sub-aracnóide. PARTES DO SNC • Durante a transformação embriológica, o SNC passa por várias transformações chamadas por vesículas primordiais antes de chegar na sua formação final. • Destas transformações das vesículas primordiais origina-se as partes mais importantes do SNC: O cérebro, cerebelo, mesencéfalo, ponte, bulbo e medula espinhal. • O mesencéfalo, a ponte e o bulbo, em conjunto, constituem o tronco encefálico. VENTRÍCULOS ENCEFÁLICOS • Desta tranformação embriológica a qual passa o cébebro, surgem espaços ocos denominados ventrículos encefálicos. • São conhecidos os ventrículos laterais direito e esquerdo (um em cada hemisfério cerebral), o III ventrículo e o IV ventrículo. • Existe comunicação entre esses ventrículos e o espaço sub-aracnóide (abaixo da aracnóide e acima da pia-máter). Neles é produzido um líquido denominado líquor, que tem por função proteger o SNC amortecendo os impactos. DISTRIBUIÇÃO DA SUBSTÂNCIA BRANCA E CINZENTA • A substância cinzenta do cérebro, também chamada de córtex cerebral, é composta por corpos de neurônios. Já a substância branca é composta por axônios de neurônios envolvidos pela bainha de mielina. • Sobre a disposição destas substâncias no SNC, encontramos a substância cinzenta (córtex) na periferia do cérebro e a substância branca no centro. Na medula essa disposição é o contrário, a branca é na periferia e a cinzenta no centro SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO • O sistema nervoso periférico é composto por nervos cranianos e espinhais, seus gânglios e terminações nervosas. Este tem a função de levar os estímulos da periferia do corpo até o SNC e trazer resposta do SNC aos órgãos. • Os nervos que cumprem com esta função, são respectivamente os sensitivos (aferentes) e os motores (eferentes). • Gânglios são dilatações encontradas no trajeto dos nervos, onde agrupam corpos de neurônios no SNP. • Terminações nervosas se encontram no final dos axônios. Existe um tipo de terminação nervosa para cada tipo de estímulo (físico, químico, tátil, luminoso...). As terminações mais conhecidas são as do músculo estriado esquelético chamadas de placa motora. As terminações que detectam estímulos dolorosos chamam-se terminações nervosas livres. NERVOS SENSITIVOS E MOTORES NERVO SENSITIVO NERVO MOTOR NERVOS CRANIANOS • Os nervos cranianos saem do encéfalo, na altura da base do crânio, por isso têm esse nome. São em número de 12 pares, podem ser apenas sensitinos, apenas motores ou mistos (com as duas funções). São eles: I – n.olfatório; II – n. óptico; III – n.óculomotor; IV - n.troclear; V – n.trigêmeo; VI – n. abducente; VII – n. facial; VIII– n.vestíbulo-coclear; IX – n. glossofaríngeo; X – n. vago; XI – n. acessório; XII – n. hipoglosso. FUNÇÕES • Nervo olfatório: Puramente sensitivo, ligado ao olfato. • Nervo óptico: Sensitivo, percepção visual. • Nervo óculomotor, troclear e abducente: Inervam os músculos que movimentam o olho e músculos intrínsecos do olho. • Nervo trigêmeo: Predominantemente sensitivo, responsável pela sensibilidade somática da cabeça. Pequena porção de fibras são motoras, inervando a musculatura da mastigação. • Nervos facial, glossofaríngeo e vago: Altamente complexos, relacionados à sensibilidade gustativa e de vísceras, além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética. O nervo vago inerva todas as vísceras torácicas e a maioria das abdominais, por isso é o mais importante. • Nervo vestíbulo-coclear: Puramente sensitivo, relacionados com a audição e equilíbrio. • Nervo acessório: Inerva músculos esqueléticos. • Nervo hipoglosso: Inerva os músculos da língua. NERVOS ESPINHAIS • Os nervos espinhas são assim chamados pois saem da medulaespinhal. • De acordo com a altura das vértebras são chamados nervos espinhais cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeos. FORMAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO NERVO ESPINHAL • É formado pela fusão de duas raízes: uma ventral (motora) e outra dorsal (sensitiva). Isto significa que o nervo espinhal é sempre misto, isto é, constituído de fibras aferentes e eferentes. • Após a formação do nervo espinhal, este se divide em dois ramos: ventral (responsável pela inervação dos membros superiores e inferiores e porção ântero-lateral do tronco) e dorsal (inervam a pele e os músculos do dorso) FORMAÇÃO DOS PLEXOS NERVOSOS • Nas regiões cervical e lombo-sacral, os ramos ventrais entremeiam-se para formar os chamados plexos nervosos, dos quais emergem novos nervos terminais. • Isso se faz necessário porque da região cervical saem os nervos para o membro superior e da região lombo-sacral saem os nervos para o membro inferior. • Essa formação chama-se plexo nervoso. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO • Do ponto de vista funcional pode-se dividir o sistema nervoso em SN somático e SN visceral (Dangelo, et al., 2010). • O SN somático possui uma parte aferente (que conduz ao SNC, impulsos originados em receptores periféricos, informando o que passa no meio ambiente) e outra parte eferente (que leva aos músculos estriados esqueléticos o comando do SNC, resultando movimentos que levam a um maior relacionamento ou integração com o meio externo). Este sistema é considerado voluntário. • O SN visceral relaciona-se com a inervação dos órgãos viscerais e é muito importante para a integração da atividade entre vísceras (no sentido da manutenção da constância do meio interno). Este também tem uma parte aferente (que conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras até as áreas do SNC) e outra eferente (que traz os impulsos do SNC até os órgãos viscerais: glândulas, músculo liso e músculo cardíaco). Este sistema é considerado involuntário, pois não temos controle sobre seu funcionamento. DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO • Sistema nervoso autônomo (SNA) é apenas o componente eferente do SN visceral e este se divide em: simpático e parassimpático. SISTEMA CIRCULATÓRIO CORAÇÃO • É um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil- propulsora, ou seja realiza sístole (contração) e diástole (relaxamento) constantemente. • O tecido muscular que forma o coração é de tipo especial – tecido muscular estriado cardíaco. • Possui três camadas: pericárdio (membrana de revestimento externo), miocárdio (músculo do meio), endocárdio (membrana de revestimento interno) (Dangelo el al., 2010). • A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos). Entre os átrios e ventrículos, existem orifícios com dispositivos orientadores da corrente sanguínea, são as valvas. DIVISÃO DO CORAÇÃO FUNÇÃO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO • A função básica do sistema circulatório é a de levar, por meio do sangue, nutrientes e oxigênio às células. • Além desta função, o sangue transporta também os produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar. • O sangue também participa na defesa orgânica, pois possui células especializadas contra substâncias estranhas e microrganismos. FORMA E LOCALIZAÇÃO • O coração apresenta uma base (parte superior), um ápice (parte inferior voltada para a esquerda) e faces esternocostal (a direita), diafragmática (abaixo) e pulmonar (a esquerda). • Sua base não tem delimitação nítida, pois corresponde à área ocupada pelos grandes vasos da base do coração, isto é, vasos por onde o sangue chega ou sai do coração. • Quanto à sua localização, encontra-se na cavidade torácica, acima do músculo diafragma, atrás do osso esterno, no espaço entre os pulmões chamado mediastino. VASOS DA BASE • No átrio direito desemboca a veia cava superior e a veia cava inferior. • No átrio esquerdo desembocam as veias pulmonares, em número de quatro (duas de cada pulmão). • Do ventrículo direito sai o tronco pulmonar, que após curto trajeto bifurca-se em artéria pulmonar direita e esquerda para os respectivos pulmões. • Do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta, que se dirige inicialmente para cima e depois para trás e para esquerda, formando assim o arco aórtico. • Ao nível dos orifícios de saída do tronco pulmonar e da aorta, existem as valvas que impedem o retorno do sangue por ocasião da diástole ventricular, são chamadas valva do tronco pulmonar e valva aórtica, respectivamente. Cada uma destas valvas é constituída por três válvulas semilunares, com formato de bolso. CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA • o coração bombeia sangue pelo interior dos vasos sanguíneos. Quando o sangue sai do coração leva oxigênio e nutrientes para as células e quando volta traz gás carbônico (CO2) e restos metabólicos retirados das células. Essa circulação recebe o nome de grande circulação ou circulação sistêmica. • Assim que o sangue entra no coração sai para os pulmões para realizar a troca gasosa chamada hematose (deixar o CO2 nos alvéolos pulmonares e receber O2 vindo da respiração), logo em seguida o sangue volta ao coração. Essa circulação recebe o nome de pequena circulação ou circulação pulmonar. SISTEMA DE CONDUÇÃO CARDÍACO • O controle da atividade cardíaca é feita através do nervo vago – X par de nervo craniano. • Este representa o SNA parassimpático e atua inibindo o batimento cardíaco, enquanto que o nervo do simpático atua estimulando os batimentos. • Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito chamado nó sinu-atrial, considerado como o “marca passos” do coração (Dangelo et al., 2010). Este nó tem a capacidade de armazenar centenas de estímulos do SNA por minuto, permitindo a entrada de um por vez. • Se o impulso que entrar primeiro for do simpático, vai atravessar todas as fibras musculares dos átrios, causando a contração (sístole atrial). Este estímulo alcança o nó átrio-ventricular (localizado na divisão inferior dos átrios) que irá se propagar aos ventrículos através do feixe átrio-ventricular e depois pelos ramos direito e esquerdo dos ventrículos, ocasionando a sístole ventricular. TIPOS DE VASOS SANGUÍNEOS • ARTÉRIAS: Suas paredes de músculo liso são mais espessas que das veias e sua função é levar sangue do coração para os órgãos. • VEIAS: São tubos que fazem seqüência aos capilares e transportam sangue que já sofreu trocas com os tecidos, da periferia para o coração. As veias possuem válvulas que impedem o retorno do sangue pela ação da gravidade, caso haja diminuição da força que o impulsiona. • CAPILARES: São vasos microscópicos interpostos entre artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e o tecido. SISTEMA LINFÁTICO • Além do sistema circulatório, o corpo possui outro sistema de fluxo de líquido, o sistema linfático. • Esse sistema começa em vasta rede de capilares linfáticos muito finos, situados entre os capilares sanguíneos nos tecidos. • Esse líquido, chamado linfa, coleta o excesso de líquido extra-celular e também moléculas de grande tamanho dos restos metabólicos e carrega para vasos linfáticos mais calibrosos que deságuam em veias também calibrosas do pescoço (subclávia), fazendo com que a linfa retorne ao sangue. DIFERENÇAS ENTRE S.SANGUÍNEO E LINFÁTICO • O sistema linfático não possui um órgão central bombeador, apenas conduz a linfa para vasos mais calibrosos que desembocam principalmente em veias próximas do pescoço. • Todos os vasos linfáticos possuem grande número de válvulas linfáticas orientadas a permitirem o fluxo num só sentido.• Qualquer movimento do corpo, seja ele causado por movimentos musculares, movimentos passivos ou até mesmo pelas pulsações das artérias, provoca a compressão de alguns linfáticos e faz com que o líquido seja movido através desse sistema valvular até chegar ao sistema venoso. Esse mecanismo é chamado de bomba linfática. LINFONODOS • Os linfonodos são os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. • São elementos de defesa para o organismo, portanto produzem glóbulos brancos, principalmente linfócitos. • Como reação a uma inflamação, o linfonodo pode aumentar de tamanho e torna-se doloroso, fenômeno conhecido como íngua. • Estes são encontrados em grande concentração nas regiões de virilha, axila e pescoço. SISTEMA RESPIRATÓRIO CONCEITO • Consiste na absorção de oxigênio pelo organismo e a eliminação do gás carbônico resultantes de oxidações celulares. • A respiração é uma característica básica do ser vivo. Nos seres evoluídos, a troca de gases é indireta, ou seja, o sangue é o elemento intermediário entre as células do organismo e o meio habitado por ele, servindo como condutor de gases entre eles. • O sistema respiratório apresenta um conjunto de órgãos especiais, capazes de promover o rápido intercâmbio entre o ar e o sangue (Dangelo et al., 2010). DIVISÃO • a) Porção de condução: são os órgãos tubulares cuja função é a de levar o ar inspirado até a porção respiratória e trazer o ar expirado, eliminando o CO2. Ex: Cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia e brônquios. • b) Porção de respiração: é representada pelos pulmões, onde fará as trocas gasosas entre os alvéolos e os capilares sanguíneos (hematose). NARIZ E CAVIDADE NASAL • O esqueleto do nariz é considerado ósteo- cartilagíneo, isto é, além dos ossos nasais e porções do maxilar, há diversas cartilagens nasais. • Dentro da cavidade nasal existem as conchas nasais (superior, média e inferior) recobertas pela mucosa e delimitam espaços entre si denominados meatos (superior, médio e inferior). • As conchas nasais existem para aumentar a superfície mucosa da cavidade nasal, pois é esta superfície mucosa que umedece e aquece o ar inspirado, condicionando-o para que seja melhor aproveitado na hematose que se dá ao nível dos pulmões. FARINGE • É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestório, pois trata-se de um canal que é comum para a passagem do alimento digerido e do ar inspirado. Situa-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e a laringe. • É dividida em três partes: parte nasal (superior, que se comunica com a cavidade nasal através das coanas), parte bucal (média, comunicando-se com a cavidade bucal propriamente dita, por uma abertura denominada istmo da garganta), parte laríngica (inferior, situada posteriormente à laringe e continuada diretamente pelo esôfago). LARINGE • É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera é órgão de fonação, ou seja, da produção do som. • Esta coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela traquéia. • O esqueleto da laringe é cartilaginoso, formado pelas cartilagens tireóide, cricóide (vista anterior), epiglótica e aritenóide (vista posterior). TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS • Logo após a laringe inicia a traquéia. Esta é formada por anéis cartilaginosos na frente e fechado por músculo do tipo liso atrás (músculo traqueal). • As cartilagens da traquéia proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de entrar em colapso e ao mesmo tempo, unidas por um tecido elástico, fica assegurada a mobilidade e a flexibilidade da estrutura que se desloca durante a respiração e os movimentos da laringe. • A traquéia, em sua extremidade inferior, divide-se em dois brônquios principais, direito e esquerdo, que se dirigem para os pulmões. • Cada brônquio principal dá origem aos brônquios lobares, que ventilam os lobos pulmonares. Estes, por sua vez, dividem-se em brônquios segmentares que sofrem ainda sucessivas divisões chamadas bronquíolos antes de terminarem nos alvéolos pulmonares. • Essas ramificações, em conjunto, são conhecidas como árvore brônquica ÁRVORE BRÔNQUICA E ALVÉOLOS PLEURA • Cada pulmão está revestido por um saco seroso completamente fechado, chamado pleura. • Esta apresenta dois folhetos: a pleura visceral ou pulmonar, que reveste a superfície do pulmão e mantém continuidade com a pleura parietal, que recobre a face interna da parede do tórax. • Entre as pleuras há um espaço virtual, a cavidade da pleura, que contém uma pequena quantidade de líquido que permite deslizamento de um folheto contra o outro nas constantes variações de volume do pulmão, ocorridas nos movimentos respiratórios. PULMÕES • Os pulmões são formados por células chamadas alvéolos, onde ocorre a hematose. Por isso é considerado porção de respiração. • Estes órgãos de forma cônica, apresentando um ápice superior, uma base inferior e duas faces (costal e medial). A base descansa sobre o diafragma, também conhecida como face diafragmática. • Os pulmões se subdividem em lobos, cujo número é de três para o direito e dois para o esquerdo, isso é funcional para que haja ventilação independente nos lobos, garantido a hematose quando alguns dos lobos ficam comprometido. • Os lobos do pulmão direito (superior, médio e inferior) são separados entre si por fendas profundas, as fissuras oblíqua e horizontal. Já o pulmão esquerdo, com seus dois lobos (superior e inferior) apresenta apenas a fissura oblíqua. • Na sua face medial, cada um dos pulmões apresenta uma fenda em forma de raquete, o hilo do pulmão, pelo qual entram ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares, constituindo a raiz do pulmão. SISTEMA DIGESTÓRIO CONCEITO • É quando os alimentos ingeridos precisam se tornar solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos e assimilados pelo corpo. • Os órgãos que compõe o sistema digestivo, são especialmente adaptados para que essas exigências sejam cumpridas, portanto, suas funções são as de preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos e a expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes (Dangelo et al., 2010). DIVISÃO • São órgãos do canal alimentar: Boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. • São órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas. BOCA E CAVIDADE BUCAL • Nesta cavidade bucal encontramos o palato duro (parte óssea) e palato mole (parte muscular), do palato mole originam-se lateralmente os arcos palatoglosso e palatofaríngeo que prendem as tonsilas palatinas (amigdalas). • Ainda encontramos nesta cavidade a língua (órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição como órgão gustativo e na articulação da palavra), os dentes e as gengivas. DEGLUTIÇÃO • Durante a deglutição, o palato mole é levado para trás fechando a parte nasal da faringe, enquanto que a cartilagem epiglótica abaixa, fechando a laringe. Desta forma o bolo alimentar segue em direção da faringe laríngica e esôfago. ESÔFAGO • É um tubo muscular que segue da faringe e desemboca no estômago. • Se divide em três porções: cervical, torácica e abdominal. • O esôfago localiza-se à frente da coluna vertebral e atrás da traquéia, estando próximo da artéria aorta. • Este atravessa o diafragma pelo hiato esofágico para adentrar o abdômen. • O diâmetro do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, através dos movimentos peristálticos PERITÔNIO • Os órgãosabdominais são revestidos por uma membrana serosa chamada peritônio, que apresenta duas lâminas: Peritônio parietal (reveste as paredes da cavidade abdominal) e o peritônio visceral (envolve as vísceras). • As duas lâminas são contínuas, permanecendo entre elas um espaço chamado cavidade peritoneal, que contem pequena quantidade de liquido peritoneal. • Quando alguns órgãos situam-se na parede posterior do abdômen e atrás do peritônio são chamados vísceras retroperitoneais (são os rins, o pâncreas e o duodeno). ESTÔMAGO • É uma dilatação do canal alimentar que segue do esôfago até o intestino delgado. Está situado logo abaixo do diafragma, com sua maior porção à esquerda do plano mediano. Apresenta o óstio cárdico (orifício que se comunica com o esôfago) e o óstio pilórico (orifício que se comunica com a primeira porção do intestino – o duodeno). A mucosa do estômago apresenta numerosas pregas de direção longitudinal que desaparecem com a distensão do órgão. • O estômago possui as seguintes partes: • a) Parte cárdica (cárdia): corresponde à junção com o esôfago. • b) Fundo: situado superiormente no órgão. • c) Corpo: corresponde a maior parte do órgão. • d) Parte pilórica: porção terminal, continuada pelo duodeno. • A função do estômago é produzir suco gástrico (extremamente ácido) para dissolver os alimentos armazenados ali e promover a quebra de moléculas de alguns nutrientes para serem absorvidos no intestino delgado. INTESTINO DELGADO • O Intestino delgado subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo respectivamente. O duodeno é a parte fixa do intestino (retroperitoneal), apresenta a forma de um arco que abraça a cabeça do pâncreas. No duodeno desembocam os ductos colédoco do fígado (que traz a bile) e pancreático (que traz a secreção pancreática). • O jejuno-íleo constitui a porção móvel do intestino delgado, apresentam numerosas alças intestinais e são presas na parede abdominal por uma prega peritoneal ampla, chamada mesentério (Dangelo, et al.,2010). • A função do intestino delgado é de absorver os nutrientes para a corrente sanguínea. No indivíduo adulto tem aproximadamente 6,5 metros de cumprimento dentre suas alças intestinais. INTESTINO GROSSO • Depois que o alimento já passou pelo intestino delgado, este entra na porção terminal do canal alimentar que é o intestino grosso. Sua principal função é absorção de água e eletrólitos para o sangue. • O Intestino grosso tem início próximo da crista ilíaca direita e segue direção horária para a esquerda apresentando as seguintes partes: Cécum (apresenta um prolongamento chamado apêndice vermiforme) cólon ascendente cólon transverso cólon descendente cólon sigmóide e reto que termina no ânus. GLÂNDULAS SALIVARES • São responsáveis pela secreção da saliva que umedecem o alimento, facilitando a mastigação e a deglutição do alimento, além de conter enzimas digestivas. As glândulas mais importantes são: Parótidas, submandibulares e sublinguais. • Glândula parótida: situada lateralmente na face e anteriormente ao ouvido externo. Seu canal excretor, o ducto parotídico, abre-se na porção superior da boca (entre os lábios e gengivas). • Glândula submandibular: Localiza-se anteriormente à parte mais inferior da parótida, protegida pelo o corpo da mandíbula. O ducto submandibular abre-se no assoalho da boca, abaixo da língua. • Glândula sublingual: É a menor das três, situando-se lateral e inferiormente a língua. Sua secreção é lançada na cavidade bucal, sob a porção mais anterior da língua. FÍGADO • Localiza-se imediatamente abaixo do diafragma e à direita do plano mediano, embora uma pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdômen. • O fígado é uma glândula que desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo, interferindo no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, secretando a bile e participando de mecanismos de defesa do organismo, dentre outras funções (Dangelo et al., 2010). • Possui face diafragmática (em contato com o diafragma) e face visceral (em contato com várias vísceras abdominais). Na face diafragmática, existe os lobos direito e esquerdo que são separados por uma prega do peritônio chamada ligamento falciforme. Na face visceral, encontra-se os lobos direito, esquerdo, caudado e quadrado e entre os dois últimos há uma fenda transversal, chamada porta do fígado, por onde passam elementos que constituem o pedículo hepático (artéria hepática, veia porta, ducto hepático comum, além de nervos e linfáticos). • A vesícula biliar é uma espécie de bolsa que armazena a bile produzida pelo fígado. Esta se encontra entre o lobo quadrado e lobo direito da face visceral. PÂNCREAS • O pâncreas situa-se posteriormente ao estômago, em posição retroperitoneal, estando fixado à parede abdominal posterior. • O órgão possui três partes: a cabeça (extremidade direita, dilatada, abraçada pelo duodeno), o corpo (disposto transversalmente) e a cauda (extremidade esquerda, situada próximo ao baço). • O pâncreas é uma glândula exócrina (produz suco pancreático) e endócrina (produz insulina e glucagon), por isso é considerado uma glândula mista. • No sistema digestório, a produção de suco pancreático é fundamental para que ocorra a digestão e absorção dos nutrientes, pois essa secreção é altamente concentrada de enzimas digestivas. SISTEMA URINÁRIO CONCEITO • O sistema urinário é responsável por produzir e eliminar a urina. Esta função acontece pelo fato do sangue ser filtrado nos rins. • Como resultado do metabolismo celular, elas liberam substâncias chamadas restos metabólicos (uréia, creatinina, ácido úrico, etc) que são tóxicas ao organismo e devem ser eliminadas. • Ao passar pelos rins, essas substâncias serão retiradas do sangue, juntamente com o excesso de água e demais substâncias excedentes no sangue. Assim é formada a urina. REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO RINS • No corpo humano os rins são em número de dois, localizados na cavidade abdominal, são retroperitoneais, situados à direita e a esquerda da coluna vertebral. O rim direito fica mais inferior em relação ao esquerdo, devido à presença do fígado. • Tem a forma semelhante à um grão de feijão, apresentando duas faces (anterior e posterior) e duas bordas (medial e lateral). Suas duas extremidades (superior e inferior) são denominadas pólos e sobre o pólo superior, situa-se a glândula supra-renal que pertence ao sistema endócrino. • Por não serem revestidos pelo peritônio, possuem seu próprio revestimento: cápsula fibrosa e cápsula adiposa. • A borda medial do rim apresenta uma abertura- o hilo - por onde passam os ureteres, artérias e veias renais, linfáticos e nervos. Estes elementos, em conjunto, constituem o pedículo renal (Dangelo et al., 2010). ESTRUTURAS INTERNAS DOS RINS • Dentro do rim, o hilo se expande em uma cavidade central denominada seio renal, que aloja a pelve renal (extremidade dilatada do ureter), a qual se ramificam em cálices renais maiores e menores. • A área periférica do órgão chama-se córtex renal. Do córtex saem projeções chamadas colunas renais que vão na direção da área mediana do rim chamada de medula renal. • Esta medula é constituída por estruturas triangulares chamadas pirâmides renais. As colunas separam as pirâmides renais. URETER • O ureter é definido como um tubo muscular que une o rim à bexiga. Ele parte da pelve renal, com trajeto descendente, coloca-se na parede posterior do abdômen e termina na bexiga, desembocando neste órgão pelo óstio ureteral. O tubo muscular é capaz de contrair- se e realizar movimentos peristálticos (Dangelo et al., 2010). BEXIGA • É uma bolsa muscularsituada posteriormente à sínfise púbica. No sexo masculino, situa-se anteriormente ao reto e no sexo feminino, situa-se anteriormente ao útero. • Esta funciona como reservatório da urina, o fluxo contínuo de urina que chega pelos ureteres é transformado, graças a ela, em emissão periódica (micção). URETRA • A uretra é o último segmento das vias urinárias e será descrita junto com o sistema genital novamente, pois a mesma passa dentro de órgãos genitais para excretar a urina. Estabelece a comunicação entre a bexiga urinária e o meio exterior. No homem é uma via comum para a micção e a ejaculação, enquanto na mulher, serve apenas para excreção da urina. SISTEMA ENDÓCRINO CONCEITO • As glândulas endócrinas estão representadas por órgãos pequenos e localizados em regiões diversas do corpo. • Juntamente com o sistema nervoso, ajudam no controle e na regulação do funcionamento do corpo humano. • As glândulas endócrinas liberam hormônios diretamente na corrente sanguínea, ex: tireóide, ovário. HIPÓFISE • A glândula hipófise localiza-se no encéfalo, mais precisamente na fossa hipofisária do osso esfenoide. • Tem o tamanho de uma ervilha e é considerada uma das mais importantes, pois libera muitos hormônios com caráter regulador das demais glândulas do corpo. • É dividida em parte anterior (adeno-hipófise) e posterior (neuro-hipófise). HORMÔNIOS DA ADENO-HIPÓFISE • Hormônio somatotrófico ou hormônio do crescimento (GH): promove o crescimento geral do corpo. • Hormônio tireotrófico (TSH): regula o funcionamento da glândula tireóide. • Hormônio adrenocórticotrofico (ACTH): regula o funcionamento da glândula supra-renal. • Hormônio lactogênio (prolactina): regula a produção de leite pelas glândulas mamárias. • Hormônio folículo-estimulante (FSH): controla o amadurecimento dos ovários da mulher e induz no homem a produção de espermatozóides. • Hormônio luteinizante (LH): induz a formação do corpo lúteo nos ovários. HORMÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE • Hormônio anti-diurético ou vasopressina (ADH): age aumentando a absorção de água dos rins para o sangue. • Ocitocina: determina a contração da musculatura uterina no momento do parto e facilita a expulsão do feto. Age também nas glândulas mamárias na expulsão do leite. GLÂNDULA PINEAL • Essa glândula é também denominada epífise, está localizada abaixo do esplênio do corpo caloso e faz parte do diencéfalo. • Produz o hormônio melatonina que participa do controle circadiano (dia e noite). TIREÓIDE • Essa glândula localiza-se no plano mediano do pescoço, abraçando parte de traquéia e da laringe. Tem a forma de H ou U, apresentando dois lobos, direito e esquerdo, unidos por um tecido glandular, chamado istmo. • O hormônio TSH da adeno-hipófise atua sobre a tireóide regulando seu funcionamento. Os hormônios liberados pela tireóide são: • Triiodotironina (T3): regula a quantidade de iodo no organismo. • Tiroxina (T4): regula a velocidade do metabolismo celular no corpo humano. Calcitonina: regula o nível de cálcio no sangue, retirando o excesso e armazenado no osso. PARATIREÓIDE • Essas glândulas localizam-se geralmente, na parte posterior de cada lobo da glândula tireóide. • Seu número varia de 2 a 6 e cada uma delas mede no máximo 6 milímetros. • O hormônio liberado por essa glândula é o Paratormônio (HPT) que aumenta a concentração de cálcio no plasma sanguíneo e diminui a concentração de fosfato. PÂNCREAS • Este localiza-se na cavidade abdominal, abraçado ao duodeno, em posição retroperitoneal. • O pâncreas é um órgão com funções exócrinas e endócrinas. • A porção periférica do órgão apresenta grupos de células chamadas de Ilhotas de Langerhans do pâncreas, que são constituídas por células alfa-pancreáticas (produzem o glucagon) e beta-pancreáticas (produzem a insulina). • Esses dois hormônios regulam a concentração de glicose no sangue, a insulina retira o excesso e o glucagon repõe quando falta. SUPRA-RENAL • As supra-renais são bilaterais, estando localizadas sobre o pólo superior dos rins. • Esta é dividida em uma porção central chamada medula e outra periférica chamada córtex. • O hormônio ACTH da adeno-hipófise atua sobre as supra-renais regulando seu funcionamento. • O córtex produz os hormônios: Corticosterona (cortisol)- atua no metabolismo da glicose, lipídeos e proteínas para o gasto energético. Aldosterona- atua nos rins regulando a quantidade de íons sódio, potássio e água que devem ser reabsorvidas ao sangue. • A medula produz os hormônios: Adrenalina e Noradrenalina - Ambos atuam juntamente com o sistema nervoso autônomo simpático em situações inesperadas, medo, susto, raiva, causando aumento do batimentos cardíacos, arrepio dos pelos, boca seca, dilatação das pupilas, entre outras. OVÁRIOS • Os ovários são em número de dois, de formato ovóide, localizado do lado direito e esquerdo do útero, pesos pelo ligamento largo e liberam óvulos. • Os hormônios FSH e LH da adeno-hipófise atuam sobre os ovários após a puberdade, para que eles liberem seus dois hormônios: estrógeno e progesterona. • Estes hormônios determinam os caracteres sexuais secundários femininos, estimula o impulso sexual, prepara a mucosa uterina para a fixação do embrião no útero. TESTÍCULOS • Os testículos são em número de dois, localizados na bolsa escrotal e produz espermatozóides. • Os hormônios gonadotróficos (FSH e LH) da adeno- hipófise atuam nos testículos após a puberdade para que eles produzam seu próprio hormônio: Testosterona. • Este hormônio determina os caracteres sexuais secundários masculinos e o desenvolvimento normal do aparelho reprodutor. SISTEMA TEGUMENTAR CONCEITO E FUNÇÕES • Este sistema trata-se do revestimento do corpo humano, que inclui o estudo da pele e seus anexos (pelos, unhas e mamas). • Apresenta função de proteção, órgão sensitivo do tato (por possuir inúmeras terminações nervosas) e participa da regulação da temperatura corporal. PELE • A pele do adulto tem área total aproximadamente de 2 m², apresentando espessura variável (1 a 4 mm) conforme a região. Ela é mais espessa nas superfícies que sofrem mais pressão ou descarga de peso, como por ex. a palma das mãos e a planta dos pés, já nas pálpebras elas são muito finas. • A elasticidade da pele também depende da região, sendo mais elástica na pele mais fina e menos elástica na pele mais grossa. • O fator etário (idade) condiciona a espessura e a elasticidade da pele, bem como fatores extrínsecos como sol, vento e ingestão de substâncias químicas. CAMADAS DA PELE • A pele apresenta duas camadas: • a epiderme (mais superficial) e a derme (mais profunda). • Essas ficam sobre um tecido de sustentação, composto por tecido conjuntivo e células adiposas, chamado de tela subcutânea EPIDERME • A epiderme é composta por cinco camadas de células. As células da camada mais profunda, em contato com a derme, se proliferam constantemente, portanto as células da epiderme estão continuamente sendo substituídas e nas camadas mais superficiais elas morrem e se convertem em escamas de queratina que se desprendem da superfície epidérmica. • As camadas da epiderme da mais profunda para a mais superficial são: Camada basal ou germinativa, camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e camada córnea DERME • A derme é rica em fibras colágenas e elásticas que conferem à pele sua capacidade de distender-se quando tracionada, voltando ao normal desde que cesse a tração. • É muito irrigada com extensas redes de capilares sanguíneos e apresenta também inúmeras terminações nervosas capazes dedetectar as mais diferentes sensações (calor, frio, dor, pressão suave, pressão profunda, vibrações de alta e baixa frequência, texturas, formas). • Essas terminações que fazem da pele o órgão sensitivo do tato. As principais terminações sensitivas são: Corpúsculo de Paccini, corpúsculo de Ruffini, corpúsculo de Meissner, corpúsculo de Krause, discos de Merkell e Terminações nervosas livres DERME • Encontra-se ainda nesta camada as glândulas sudoríparas e sebáceas, o folículo piloso e o músculo eretor do pelo. • As glândulas sebáceas se encontram na superfície da derme, anexa à um folículo piloso e libera sebo (lubrificante natural da pele e pelos). Nas peles glabas (sem pelos) não encontramos glândulas sebáceas. • As glândulas sudoríparas se encontram na profundidade da derme ou na tela subcutânea, liberam o suor por meio de um ducto tortuoso que se abre na superfície da pele e sua função é a regulação da temperatura corporal. • O músculo eretor do pelo encontra-se fazendo um ângulo entre o folículo piloso e a superfície da derme, quando este contrai os pelos arrepiam. TELA SUBCUTÂNEA • A tela subcutânea é um tecido de sustentação da pele. • É rica em tecido adiposo (células de gordura) e tecido conjuntivo fibroso. • A quantidade de tecido adiposo varia nas diferentes partes do corpo, é mais espessa no sexo feminino do que no masculino em função da ação dos hormônios androgênicos. • A tela subcutânea contribui para impedir a perda de calor (serve de isolante térmico) e constitui reserva de material nutritivo (toda caloria ingerida com os alimentos que não são gastas como fonte de energia, são armazenadas neste tecido). ANEXOS DA PELE - PELOS • Os pelos e cabelos são características fundamentais nos seres humanos e cobrem consideravelmente parte da pele. • Sua função principal função é o aquecimento da pele, pois retém uma camada de ar quente na superfície da pele. Em algumas regiões do corpo serve como filtro contra partículas de poeiras e insetos, como na abertura do nariz, ouvido e olhos. • No pelo distingue-se duas partes: a haste e a raiz, estando a haste acima da pele e a raiz alojada num tubo epidérmico denominado folículo piloso, que mergulha na derme ou na tela subcutânea. • A base do folículo é dilatada, constituindo o bulbo piloso ANEXOS DA PELE - UNHAS • As unhas são placas curvas, queratinizadas, dispostas na superfície dorsal das falanges distais, com função protetora. • Apresenta uma parte distal chamada corpo, e uma proximal oculta chamada raiz. • A unha repousa sobre o leito ungueal, que é uma área abundantemente vascularizada e inervada FIM ! •OBRIGADA!
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