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Teoria dos Círculos Éticos e Atributos das Normas Jurídicas

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Introdução ao Estudo do Direito (aula)
Teoria dos círculos éticos:
Trata-se da parte da teoria geral do direito que examina os diversos padrões de relacionamento do direito com a moral ao longo da evolução do pensamento jurídico.
Concêntricos
Trata-se da primeira forma de representação das relações do direito com moral (idade antiga e idade média). Segundo ela, o direito faria parte do núcleo do mundo moral, havendo pois uma coincidência necessária na regulação da vida humana. 
Embora tenham mérito de propiciar o exame da conexão do direito com a moral, tal visão não reconhece as esferas de autonomia ou de independência. 
Essa visão foi influenciada pelo jus naturalismo (doutrina dos direito naturais)
 Moral
 Direito
Separados
 Moral Direito
Trata-se de concepção típica da idade moderna, que se consolidou após as revoluções liberais burguesas dos séculos XVII e XVII. Tal visão, influenciada pelo positivismo jurídico sustentava que essa separação permitiria uma maior racionalidade, objetividade e previsibilidade no funcionamento da ordem jurídica. Buscava-se evitar que a moralidade social interferisse no processo de interpretação e aplicação do direito.
Embora tal visão tenha propiciado a formação de um Estado de direito baseado no respeito à segurança jurídica, esse afastamento do direito em fase da moral gerou profundas injustiças, a exemplo de regimes totalitários do inicio do século XX.
Secantes
 Moral Justiça Direito
 
Após a segunda grande guerra mundial, sob a influência do pós-positivismo jurídico, o direito foi reaproximado da moral. Foi retomado o debate sobre a justiça, à luz dos direitos humanos fundamentais. Critica-se tal visão pela insegurança gerada na zona de intercessão do direito com a moral.
 Atributos das Normas Jurídicas
Validade
Consiste na adequação vertical de uma norma jurídica inferior a uma norma jurídica superior. Uma norma jurídica só será valida se for criada por uma norma jurídica superior. A norma superior determina qual deve ser a forma da norma inferior e também qual o órgão competente para cria-la.
Existem dois tipos de validade:
Validade Formal (competência e procedimento)
Tem haver com forma, formatação do procedimento que deve acontecer. 
Competência: Habilitação para criação de uma norma inferior. 
Exemplo: Manifestação de uma ação que cabe a outra pessoa manifestar. 
Procedimento: Conjunto de ritos que devem ser observados para a criação da norma jurídica.
Validade Material (conteúdo)
Conteúdo: Compatibilidade do conteúdo de uma norma inferior com o conteúdo de uma norma superior.
Exemplo: Uma norma inferior não pode desrespeitar a matéria de uma norma superior
Vigência 
É o tempo de validade de norma jurídica, podendo ser ela determinada (previsão do termino de validade) ou indeterminada (ausência de previsão do termino de validade). Exemplos de norma determinada são os contratos de trabalho com previsão de termino.
Caducidade VS revogação
Caducidade é a cessação da norma de vigência determinada. Exemplo disso é a celebração de um contrato para um trabalho de 2 meses, que ao chegar ao final, o contrato caduca.
Revogação é a substituição de uma norma jurídica por outra norma jurídica, de igual ou superior hierarquia que trata do mesmo tema de modo diverso. Exemplo é a constituição que revogou a constituição anterior. Ela ocorre diante de normas de vigência indeterminada.
Tipos de revogação:
- Revogação Total VS Revogação Parcial
A Revogação Total ocorre quando se dá a modificação global do diploma normativo anterior, exemplo é a Revogação Total código civil 1916 pelo código civil de 2002. 
Revogação Parcial quando o novo diploma normativo modifica o diploma normativo anterior m alguns dispositivos, exemplo é a revogação parcial do código comercial de 1850 pelo código civil de 2002.
 
- Revogação Expressa VS Revogação Tacita
A Revogação Expressa ocorre toda vez que houver uma modificação textual da norma anterior, exemplo disso é o artigo 2045 do código civil de 2002. 
Revogação Tacita ocorre toda vez que o novo diploma normativo se revela incompatível com o diploma anterior, sem que haja uma alteração textual dos seus dispositivos. Exemplo disso é a antiga lei de imprensa versus a Constituição Federal de 1988, a antiga lei de imprensa foi criada na ditadura militar, e previa a censura, já a Constituição federal tratou da liberdade. 
Obs: No direito brasileiro encontram-se os 4 tipos de revogação (artigo segundo da LINDB) Lei de introdução as normas do Brasil.
- Revogação VS Repristinação
Trata-se da restauração dos efeitos jurídicos de uma norma revogada, em face da revogação da norma revogadora. No Brasil admite-se apenas a repristinação expressa (artigo segundo da LINDB)
- Vigência VS Incidência 
Trata-se da relação entre o momento de publicação de uma norma jurídica e o momento de inicio de vigência, será imediata a incidência quando houver coincidência desses momentos. Exemplo disso é a Constituição Federal de 1988. Por sua vez terá incidência imediata toda vez que a vigência iniciar-se após a sua publicação, sendo previsto um caso de Vacatio Legis (exemplo o código de processo civil atual).
Obs: No direito brasileiro, se a lei for omissa será aplicado o artigo primeiro da LINDB, 45 dias de Vacatio Legis para brasileiros em solo interno, e três meses para brasileiros no exterior. 
Vigor
É quando a sociedade é obrigada a seguir determinada norma Forca vinculante da norma jurídica, que traduz a capacidade da norma de regular os fatos ocorridos durante a sua vigência. Materializa os princípios da segurança jurídica da irretroatividade normativa de que o tempo rege o ato (em latim tempus regit actum).
Obs: a sistemática geral do vigor comporta importantes exceções. As principais são encontradas no âmbito do direito penal, do direito do trabalho, do direito do consumidor, do direito tributário, nesses ramos jurídicos a norma pode retroagir para tutelar sujeitos vulneráveis.
Eficácia
É a possibilidade concreta de produção de efeitos jurídicos. Pode ser tanto uma eficácia técnica (aplicabilidade) quanto uma eficácia social chamada de efetividade.
Eficácia técnica – será aplicável a norma jurídica toda vez que ela não necessitar da criação de outra norma jurídica para a produção dos seus efeitos.
Eficácia social - É a adequação fática da norma jurídica. Existem normas efetivas quando seus preceitos são observados pelos agentes sociais. Exemplo disso é o código de transito brasileiro em Brasília, lá é uma das poucas cidades onde o código de transito é observado.
Legitimidade
É a adequação valorativa de uma norma jurídica ao sentimento de justiça de uma dada sociedade. Será portanto legitima aquela norma considerada justa pela maioria da sociedade num dado contexto histórico social. 
Obs: Não se pode confundir legitimidade com efetividade, ou seja, a norma jurídica legitima nem sempre é efetiva. 
 Constituição
 LegislaçãoVALIDADE
 Atos Administrativos
 Contratos; Testamentos; 
 Decisões judiciais

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