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Aula 01 Historia do Direito do Trabalho v2018

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DIREITO DO TRABALHO I – Profª. Me. Roseméri Simon Bernardi
Aula 01 – Evolução Histórica do Direito do Trabalho 
Leitura indicada: 
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 28ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. Parte 1 – Introdução ao Direito do Trabalho; História do Direito do Trabalho, p. 3-12.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 35ª ed. São Paulo: LTr, 2012. Capítulo I.
PAULO, Vicente. Manual de Direito do Trabalho. 12ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, Capítulo 1 – Noções gerais de Direito do Trabalho.
1. ORIGEM DO DIREITO
Segundo Sergio Pinto Martins, ao analisar o que pode acontecer no futuro, é preciso estudar e compreender o passado, estudando o que ocorreu no curso do tempo. “O homem que volta a banhar-se no mesmo rio, nem o rio é o mesmo rio nem o homem é o mesmo homem.” (Heráclito). Isso ocorre por que o tempo passa e as coisas não são exatamente iguais como eram, mas precisam ser estudadas para se compreender o futuro. Para fazer um estudo sobre o que pode acontecer no futuro é necessário não perder de vista o passado. Não se pode romper com o passado, desprezando-o.
O homem, por natureza, tem a necessidade de viver em conjunto com seus semelhantes. O isolamento faz mal ao homem. 
Necessidade de trocar sentimentos e trocar idéias. E por essa troca ser positiva era de se esperar que o homem se vive com seus semelhantes sem prejudicar ninguém, sem que houvesse necessidade de regras de conduta. 
No entanto o homem é também egoísta, segundo Thomas Hobbes “o homem é o lobo do homem”. Busca tirar da convivência o máximo que julgar ser de seu proveito, não lhe importando se este máximo de proveito vai resultar em prejuízo ao seu semelhante. Em contrapartida Aristóteles dizia que “o homem é bom por natureza”. O fato é que os homens são, via de regra, imaturos. 
O Direito decorre da convivência desarmônica entre os homens. Da imaturidade dos homens. Necessidade de regras de conduta.
Inicialmente nasceram regras de conduta nas religiões (racionalidade mítica). Acontece que as religiões não têm como levar a humanidade a obedecer a seus mandamentos. O castigo e o prêmio que prometem são castigo ou prêmio para uma vida futura. Só o temem ou esperam os que crêem nessa vida futura; e mesmo os que crêem, há o perdão se houver arrependimento no momento da morte, e por isto também não temem muito o castigo.
Moral – fruto da educação, no núcleo familiar, na sociedade (o castigo é o desprezo dos semelhantes), mas basta mudar de ambiente para o violador da regra moral se livrar do castigo.
Neste contexto foi necessário surgirem leis – o Direito Objetivo, positivado.
O Direito gira todo em torno das relações entre os homens. Se todas as relações entre os homens estão sujeitas às leis, as decorrentes do trabalho também estão. Daí surge o Direito do Trabalho.
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO NO MUNDO
O homem trabalha desde que apareceu sobre a Terra. Ao caçar, ao lutar em disputa de uma caverna, estava executando trabalho. A história confirma que os indivíduos se agrupam em função do trabalho porque, baseados nele, visam à consecução da sua própria sobrevivência. Nesse aspecto, é valiosa a ponderação de Oliveira Vianna:
[...] a solidariedade humana é, historicamente, um produto do medo, resulta da necessidade de defesa contra os inimigos comuns, feras ou homens. Daí vem que, em qualquer sociedade humana, desde que a pressão de um grande perigo social deixe progressivamente de se fazer sentir, as formas objetivas da solidariedade se reduzem, pouco a pouco, e cada vez mais, às expressões rudimentares. Paralelamente as formas subjetivas decaem e se vão tornando em simples sentimento de grupo inicial cada vez mais restrito, tendendo a circunscrever-se ao pequeno ambiente dos sentimentos intrafamiliares.�
O indivíduo, motivado pelas relatadas necessidades instintivas, sempre optou pela agregação social, inicialmente mediante a constituição de grupos familiares. A família, porém, não apenas aglutinou os indivíduos, mas também fez emergir para eles as noções de poder representativo e, por consequência, a ideia de intermediação no exercício da atividade produtiva. Em outras palavras: os integrantes da entidade familiar, conquanto procurassem exercer suas atividades em função do parentesco que os unia, passaram a trabalhar de acordo com as diretrizes fixadas por um líder — o pater familias.
Esse delicado processo de análise da estrutura organizacional do grupo familiar desvendou os dois possíveis valores que se poderiam, no futuro, atribuir ao trabalho: o valor autotutelar e o valor econômico. 
Os poderes decorrentes da liderança familiar, então, revelaram que relações profissionais poderiam funcionar sob o mesmo esquema — era possível a intermediação do trabalho de uns em favor de outros. Desse modo surgia a clara divisão conceitual do trabalho em dois grandes grupos: trabalho por conta própria, de forte valor autotutelar, e trabalho por conta alheia, de visível valor econômico.
No entanto, o trabalho prestado a si mesmo não é objeto de estudo do Direito do Trabalho. O Direito do trabalho trata do trabalho prestado por um homem em favor das necessidades ou objetivos de outro, e dele recebendo pagamento com que atenda suas necessidades e a de seus dependentes, numa relação eminentemente de subordinação.
2.1 CARÁTER PUNITIVO DO TRABALHO
A primeira notícia de trabalho na Bíblia, no livro do Gêneses, temos diversas passagens que tratam de trabalho, em um momento quando Deus terminou sua obra no sétimo dia e descansou, em outro momento quando Adão ficou responsável por cuidar e cultivar o que Deus tinha criado, observando-se um caráter criador, criativo, satisfatório do trabalho. Quando Adão se alimentou do fruto proibido, passou a trabalhar para se manter, para se sustentar, por ter cometido um pecado, tendo assim o trabalho, um caráter punitivo, um modo de castigo, mas esta é uma visão cristã.
Se o trabalho por conta própria, realizado para fins de sobrevivência, já possuía em si a ideia de pena, o trabalho por conta alheia impôs um sentimento bem mais negativo. É que as ideias mais remotas em torno do assunto sempre relacionaram o trabalho ao sofrimento e à dor. São recentes as concepções do trabalho como atributo de dignidade.
Etmologicamente, a palavra “Trabalho” vem do latim tripalium, que era um instrumento de tortura de três paus ou uma canga que pesava sobre os animais. Era um instrumento usado pelos agricultores para bater, rasgar e esfiapar o trigo, espiga de milho e o linho.
De outro lado, a expressão italiana lavoro e a inglesa labour derivam de labor, que em latim significava dor, sofrimento, esforço, fadiga, atividade penosa. Seu correspondente grego era ponos, que deu origem à palavra pena.
A ressignificação da expressão “trabalho”, como atributo de dignidade e de valor, decorreu de um novo sentido que lhe foi outorgado por aqueles que, sendo submissos (escravos e servos), encontravam nele a chave para a liberdade e por aqueles que, sendo livres, atribuíam a ele o valor de lazer e de aperfeiçoamento do espírito. Nessa ordem de coisas, o trabalho humano evoluiu “do sombrio ermo moral da escravidão para a aspereza relativa da servidão (à pessoa ou à gleba), que imperou na Idade Média, e desta para o remanso do humanismo renascentista e do iluminismo da Idade Moderna, até chegar ao contrato de trabalho concebido no ventre da Revolução Industrial.�
2.2. FORMAS DE EXPLORAÇÃO DO TRABALHO
a) ESCRAVIDÃO
A primeira forma de trabalho foi a ESCRAVIDÃO – o escravo não era considerado sujeito de direito, era res, coisa, propriedade do senhorio. 
Na sociedade pré-industrial não havia um sistema de normas jurídicas de direito do trabalho.
Na Grécia, Platão e Aristóteles entendiam que o trabalho tinha sentido pejorativo, envolvia somente a força física. A dignidade do homem consistia em participar dos negócios da cidade por meio da palavraou da política.
Os escravos faziam o trabalho duro enquanto os outros poderiam ser livres.
Os primeiros a darem uma conotação positiva ao trabalho foram os estóicos. Hesíodo, Protágoras e os sofistas mostram o valor social e religioso do trabalho, que agradaria aos deuses, criando riquezas e tornando os homens independentes.
A ideologia do trabalho manual como atividade indigna do homem livre foi imposta pelos conquistadores dóricos (que pertenciam à aristocracia guerreira) aos aqueus.
Em Roma o trabalho era feito pelos escravos.
A Lex Aquilia (284 a.C.) considerava o escravo como “coisa”. Era visto o trabalho como desonroso.
Os homens livres locavam suas energias ou resultado de trabalho em troca de pagamento – locatio conducto. A locação de serviços é apontada por alguns doutrinadores como precedente da relação de emprego moderna, objeto do direito do trabalho.
Origem jurídica do Direito do Trabalho - Direito Civil - Contratos de Locação de Serviços
b) SERVIDÃO
A era de predomínio da escravidão foi, paulatinamente, cedendo lugar a formas intermediárias de exploração do trabalho, com a gradual pessoalização do trabalhador, até se delinear o sistema denominado SERVIDÃO.
Não diferiu muito a servidão, uma vez que, embora recebendo certa proteção militar e política prestada pelo senhor feudal dono das terras, os trabalhadores também tinham uma condição livre. Eram obrigados a trabalhar nas terras pertencentes aos seus senhores. Camponeses presos às glebas que cultivavam, pesava-lhes a obrigação de entregar parte da produção rural, quase a sua totalidade, como preço pela fixação na terra e pela defesa que recebiam. Feudalismo – Idade Média - (senhores feudais x servos).
Os servos não eram escravos, mas na prática também não eram livres. O trabalhador, enfim, assume o status de pessoa.
c) CORPORAÇÕES DE OFÍCIO – Baixa Idade Média
Com as corporações de ofício da Idade Média as características das relações de trabalho ainda não permitiram a existência de uma ordem jurídica nos moldes com que mais tarde surgiria o direito do trabalho. Houve, no entanto, uma transformação: a maior liberdade do trabalhador. Nas corporações de artesãos agrupavam-se todos os artesãos do mesmo ramo em uma localidade. Cada corporação tinha um estatuto com algumas normas disciplinando as relações de trabalho.
Havia três categorias de membros nas corporações: MESTRES, COMPANHEIROS e APRENDIZES. Os mestres eram os proprietários das oficinas. Os aprendizes trabalhavam já a partir de 12 anos de idade, em pesadas cargas horárias, e estavam sujeitos a punições corporais pelos mestres, que eram os seus responsáveis. Aprendiam com os mestres, mediante pagamento efetuado pelos pais aos mestres.
Quando o aprendiz adquiria os conhecimentos considerados suficientes, passava à condição de companheiro. Os companheiros recebiam dos mestres pagamento por seu trabalho. Era teoricamente possível que se tornassem mestres mediante aprovação no exame de “obra-mestra”, nos termos dos estatutos da corporação. Essa prova era muito difícil e cara. Objetivo: reserva de mercado.
As corporações de ofício têm seu fim com a Revolução Francesa, que apregoa ideais de liberdade de comércio. A Revolução Francesa abrange um período de 10 anos (1789-1799). Promoveu reformas políticas, sociais e econômicas. Fim do feudalismo, abolição da monarquia absoluta, ascensão da classe média (burguesia) – LIBERALISMO ECONÔMICO – competição capitalista.
LIBERALISMO: Corrente política que se afirma na Europa, mas também na América do Norte a partir de meados do século XVIII. Combate o intervencionismo do Estado em todos os domínios. Na economia defende a propriedade e a iniciativa privada, assim como a auto-regulação econômica através do mercado. Na política preconiza um Estado mínimo confinado a simples funções judiciais e de defesa.  
O pensamento liberal é marcado por uma enorme diversidade de ideias, que foram evoluindo de acordo com a própria sociedade.  
JOHN LOCK conta-se entre os pioneiros do liberalismo, ao defender um conjunto de direito naturais inalienáveis do individuo anteriores à própria sociedade: a liberdade, a propriedade e a vida. Entre as grandes referências clássicas do pensamento liberal, conta-se entre outros:
ADAM SMITH (1723-1790):  O papel do Estado na econômica devia de ser reduzido, sendo esta confiada à auto-regulação do mercado. O Estado deve limitar-se a facilitar a produção privada, a manter a ordem pública, fazer respeitar a justiça e proteger a propriedade. Smith defende ainda a concorrência entre os privados, num mercado livre, acreditando que os seus interesses naturalmente se harmonizariam em proveito do coletivo.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - fins do século XVIII (berço do Direito do Trabalho)
Essa palavra — revolução —, apesar do significado normalmente político, foi criada na Renascença, em referência ao lento, regular e cíclico movimento das estrelas, como que a indicar que as mudanças políticas não se poderiam apartar de “leis” universais e implícitas. O movimento estelar de idas e retornos sinalizava no sentido de que a revolução haveria de ser aplicada como instrumento mediante o qual se restabelecesse o justo e ordenado estado natural das coisas, eventualmente perturbado pelos excessos, pelos abusos e pelo desgoverno das autoridades políticas.
O sentido da expressão, entretanto, transformou-se para alcançar não apenas o restabelecimento de um estado natural, mas também a conquista de valores que os novos tempos sempre trazem.
A conscientização coletiva, despertada pelo instinto de autoproteção, gerou profundas modificações em plano secundário. Emergia dos processos revolucionários políticos, sociais e econômicos da época outra revolução, desta vez promovida pelo proletariado contra a burguesia e que se ligava, intimamente, a uma ideologia socialista, de fundo comunista, cujo maior expoente foi Karl Marx. Para ele, o movimento histórico que transformou os servos e artífices em operários assalariados se apresentou explicitamente como suposta libertação da servidão e da coerção corporativa, embora, implicitamente (por colaboração nociva dos historiógrafos burgueses), fosse, na verdade, um processo por meio do qual os recém-libertos apenas se tornaram vendedores de si mesmos depois de terem sido espoliados de todos os seus meios de produção e de todas as garantias para sua existência, antes oferecidas pelas antigas instituições feudais.
Não se sabe, a propósito, se a ideologia produziu o movimento operário ou se o movimento operário produziu a ideologia, mas é certo que a partir da conjugação desses fatores o mundo do trabalho nunca mais foi o mesmo.
Indicadores econômicos: 
a intensificação do Comércio Internacional desde o século XVI, 
a Revolução Agrícola (e a expulsão de vastos contingentes de campesinos para as cidades), 
o surgimento de uma Indústria Têxtil inglesa,
Desenvolvimento da Ciência
Utilização de forças motrizes distintas da força muscular do homem e dos animais
Evolução do maquinismo
Máquinas a vapor
Tear mecânico
Máquina de coser
Especialização do trabalho
A partir de 1880 – eletricidade
PROLETARIADO
O termo proletariado designava, em Roma, os cidadãos de classe mais baixa. Saint-Simon o utilizou no sentido moderno pela primeira vez.
Proletário é um trabalhador que presta serviços em jornadas que variam de 14 a 16 horas, não tem oportunidades de desenvolvimento intelectual, habita em condições subumana, tem prole numerosa e ganha salário baixo.
Mão-de-obra:
Originária do campo
Na Inglaterra, desde o séc. XVI, havia desemprego rural, e a mobilidade do trabalhador do campo para a cidade
1760-1830 (aumento do êxodo rural)
Indústria de minério, metalúrgica, cerâmica e têxtil
Acidentes de trabalho (moléstias)
Condições de trabalho
Jornadas excessivas (1792 – lampião à gás)
Exploração de mulheres e menores
Baixos salários
Acidentes freqüentes
Insegurança
Ausênciade seguridade social e normas regulamentadoras do trabalho
Servidão velada
Indústria escocesa – os trabalhadores eram comprados ou vendidos com os filhos – decretos parlamentares de 1774 e 1799
Fim do século XVIII – proporção de trabalho no estabelecimento Dollfus-Mieg: 100 homens; 40 menores; 340 mulheres.
Sweating system – sistema do suor – trabalho prestado a domicílio no ramo da tecelagem, do calçado e da indumentária, com remuneração por unidade de obra.
1830 – costureiras – máquina de coser – inventor Thimonnier – sem força muscular
PENSAMENTOS ECONÔMICOS:
Mercantilismo
Riqueza: ouro e prata
Liberalismo – teoria contratualista
John Locke, Jean-Jacques Rousseau, Montesquieu, Voltaire, Adam Smith, Stuart Mill e outros
Corporações de ofício - hierarquia
Movimento sindical – Inglaterra
Intervencionismo
1891 - Papa Leão XIII - encíclica Rerum Novarum 
Leão XIII, para escândalo dos pensantes da época, defendia a tese revolucionária do direito dos operários de se associar para a defesa de suas reivindicações; defendia, contra o pensamento liberal, a tese do dever do Estado de interferir no campo social e econômico, para a proteção dos que não possuíam meios de defesa, e denunciava também (aí de modo conveniente) o “grave perigo” representado pelo socialismo, que, segundo a concepção daquele momento, abalaria valores fundamentais da sociedade e da cultura.
O Papa Leão XIII, na verdade, percebeu a seriedade da situação, que inclusive ameaçava projetar para dentro da Igreja as tensões entre capitalismo e socialismo que já distendiam as estruturas da sociedade civil. Divididos entre liberais e sociais, os católicos viram seu Pontífice, por meio do referido documento, procurar a definição de uma linha média, equidistante dos extremos que se afrontavam. O texto foi importante para garantir a sobrevivência da Igreja Católica num mundo novo, pleno de novos desafios e de novos conflitos.
CONSTITUCIONALISMO SOCIAL
1917 - CONSTITUIÇÃO DO MÉXICO – A primeira Constituição do mundo que dispõe sobre direito do trabalho é a do México, que no art. 123 disciplina a jornada diária de 8 horas, a jornada máxima noturna de 7 horas, a proibição do trabalho de menores de 12 anos, a limitação da jornada do menor de 16 anos a 6 horas, o descanso semanal, a proteção à maternidade, o direito ao salário mínimo, à igualdade salarial, à proteção contra acidentes no trabalho, direito de sindicalização, de greve, de conciliação e arbitragem dos conflitos, de indenização de dispensa e de seguros sociais. A Constituição mexicana de 1917 dedicou 30 artigos aos direitos sociais e do trabalhador. Constou também das recomendações do Tratado de Versalhes, de 1919, do qual se originou a Organização Internacional do Trabalho - OIT, como órgão da antiga Liga das Nações, hoje órgão da Organização das Nações Unidas. 
1919 - CONSTITUIÇÃO DE WEIMAR - A segunda Constituição foi a da Alemanha, a de Weimar, que repercutiu na Europa, considerada a base das democracias sociais. Disciplina a participação dos trabalhadores nas empresas, a criação de um direito unitário do trabalho, a liberdade de coalizão dos trabalhadores para a defesa e melhoria das suas condições de trabalho, o direito a um sistema de seguros sociais, o direito de colaboração dos trabalhadores com os empregadores na fixação dos salários e demais condições de trabalho e a representação dos trabalhadores na empresa. A Constituição alemã de Weimar, de 1919, modelo clássico de organização de um Estado social-democrata, também procurou garantir direitos básicos ao trabalhador. 
1919 - TRATADO DE VERSALHES ou também chamado de TRATADO DA PAZ, pôs fim à 1ª Guerra Mundial. Previu a criação da OIT. O Brasil foi membro fundador da OIT.
1927 - CARTA DEL LAVORO – A Carta del Lavoro da Itália, de 1927, foi a base dos sistemas políticos corporativistas, não só da Itália, mas da Espanha, Portugal e Brasil, tendo como princípio a intervenção do Estado na ordem econômica, o controle do direito coletivo do trabalho e, em contrapartida, a concessão, por lei, de direitos aos trabalhadores. O lema da Carta del Lavoro, ao proclamar “tudo dentro do Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado”, é, por si, suficientemente expressiva para dar a idéia das concepções do corporativismo. Os sindicatos não tiveram autonomia, e a organização sindical, modelada pelo Estado, impediu a sua liberdade de organização e de ação. Se, de um lado, a forte presença estatal promoveu a tutela dos assalariados por meio de ampla legislação de fundo paternalista, por outro lado, com o dirigismo exercido sobre o movimento sindical, o Estado prejudicou o desenvolvimento sindical. 
1948 - Declaração Universal dos Direitos do Homem - limite razoável do trabalho, férias remuneradas periódicas, repouso e lazer, etc.
NEOLIBERALISMO – o neoliberalismo prega que a contratação e os salários dos trabalhadores devem ser regulados pelo mercado, pela lei da oferta e da procura. O Estado deve deixar de intervir nas relações trabalhistas, que seriam reguladas pelas condições econômicas. Entretanto, o empregado não é igual ao empregador e, portanto, necessita de proteção.
Surge nova teoria pregando a necessidade de separação entre o econômico e o social, o que é verificado hoje no Brasil na Constituição de 1988, que não mais trata dos dois temas de forma reunida, mas separadamente. Da mesma forma, preconiza-se um Estado neoliberalista, com menor intervenção nas relações entre as pessoas.
Há também uma classificação que divide os direitos em gerações. Os direitos de primeira geração são aqueles que pretendem valorizar o homem, assegurar liberdades abstratas, que formariam a sociedade civil. Os direitos da segunda geração são os direitos econômicos, sociais e culturais, bem como os direitos coletivos e das coletividades. Os direitos de terceira geração são os que pretendem proteger, além do interesse do indivíduo, os relativos ao meio ambiente, ao patrimônio comum da humanidade, à comunicação, à paz. Melhor seria falar em fases, que são conquistas de direitos.
PRIMEIROS DESTINATÁRIOS DAS LEIS TRABALHISTAS
As primeiras leis trabalhistas na Europa foram motivadas pela necessidade de coibir os abusos perpetrados contra o proletariado e, mais diretamente, a exploração do trabalho dos menores e das mulheres. A falta de leis permitiu a utilização do trabalho de menores de 8, 7 e até 6 anos de idade nas fábricas e jornadas de trabalho excessivas para as mulheres. Desse modo, surgiram leis sobre idade mínima para trabalho na indústria e duração diária do trabalho. Leis de previdência e assistência social também foram elaboradas, iniciando a área do direito social hoje denominada seguridade ou segurança social, abrangendo previdência e assistência social.
Dentre as leis ordinárias destaque-se, na Inglaterra, a “Lei de Peel”(1802), de proteção aos menores nas fábricas, limitando a 12 horas a sua jornada diária de trabalho; na França, a lei proibindo o trabalho de menores de 8 anos (1814); na Alemanha, a lei proibindo o trabalho de menores de 9 anos (1939) e as leis sociais de Bismarck (1833); na Itália, as leis de proteção ao trabalho da mulher e do menor (1886).
Mais tarde, as leis trabalhistas não se restringiram a textos eventuais e específicos. Tornaram-se, em alguns países, códigos, inspirados no Code du Travail da França.
ESPÉCIE DE DIREITO SOCIAL
O direito do trabalho foi o primeiro dos direitos sociais a emergir e, sem dúvida, por conta de sua força expansiva, o estimulante da construção de tantos outros direitos sociais, entre os quais aqueles que dizem respeito à previdência social, à saúde, à assistência social, à educação, à segurança, à moradia e ao lazer.
O processo construtivo do direito do trabalho e, por consequência, dos demais direitos sociais decorreu do conflito de classes. Sua edificação e crescimento, por outro lado, provieram de uma pletora de acontecimentos historicamente favoráveis. Sem dúvida, no tocanteà história constitutiva do direito do trabalho, pode-se dizer que é incrível o poder que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer. O ramo jurídico ora em análise parece efetivamente ter emergido pela força do inevitável, do inexorável. Ele tinha de acontecer, por isso aconteceu: múltiplos fatores alinharam-se e contribuíram para a edificação dos direitos sociais, especialmente para a construção de um sistema jurídico capaz de proteger os trabalhadores dos abusos perpetrados por seus patrões. Se o direto do trabalho, como regulação normativa de origem estatal ou convencional, não tivesse acontecido, certamente a história que envolvia conflitos entre capital e trabalho seria diferente.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO – Aula 01 (não precisa entregar)
Qual a origem etmológica da palavra TRABALHO? E da palavra LABOR?
Etmologicamente, a palavra “Trabalho” vem do latim tripalium, que era um instrumento de tortura de três paus ou uma canga que pesava sobre os animais. Era um instrumento usado pelos agricultores para bater, rasgar e esfiapar o trigo, espiga de milho e o linho.
De outro lado, a expressão italiana lavoro e a inglesa labour derivam de labor, que em latim significava dor, sofrimento, esforço, fadiga, atividade penosa. Seu correspondente grego era ponos, que deu origem à palavra pena.
2 Quais foram as primeiras formas de exploração do trabalho humano? Explique.
A primeira forma de trabalho foi a ESCRAVIDÃO – o escravo não era considerado sujeito de direito, era res, coisa, propriedade do senhorio. 
SERVIDÃO. Não diferiu muito a servidão, uma vez que, embora recebendo certa proteção militar e política prestada pelo senhor feudal dono das terras, os trabalhadores também tinham uma condição livre. 
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO – Baixa Idade Média - Com as corporações de ofício da Idade Média as características das relações de trabalho ainda não permitiram a existência de uma ordem jurídica nos moldes com que mais tarde surgiria o direito do trabalho. Houve, no entanto, uma transformação: a maior liberdade do trabalhador.
3. Como era a estrutura e qual o objetivo das Corporações de Ofício? Quando deixam de existir?
Cada corporação tinha um estatuto com algumas normas disciplinando as relações de trabalho. Havia três categorias de membros nas corporações: MESTRES, COMPANHEIROS e APRENDIZES. Os mestres eram os proprietários das oficinas. Os aprendizes trabalhavam já a partir de 12 anos de idade, em pesadas cargas horárias, e estavam sujeitos a punições corporais pelos mestres, que eram os seus responsáveis. Aprendiam com os mestres, mediante pagamento efetuado pelos pais aos mestres. Quando o aprendiz adquiria os conhecimentos considerados suficientes, passava à condição de companheiro. Os companheiros recebiam dos mestres pagamento por seu trabalho. As corporações de ofício têm seu fim com a Revolução Francesa, que apregoa ideais de liberdade de comércio. A Revolução Francesa abrange um período de 10 anos (1789-1799).
4. Por que a Revolução Industrial causou profundas alterações nas relações de trabalho?
Por que transformou os servos e artífices em operários assalariados se apresentou explicitamente como suposta libertação da servidão e da coerção corporativa, embora, implicitamente (por colaboração nociva dos historiógrafos burgueses), fosse, na verdade, um processo por meio do qual os recém-libertos apenas se tornaram vendedores de si mesmos depois de terem sido espoliados de todos os seus meios de produção e de todas as garantias para sua existência, antes oferecidas pelas antigas instituições feudais.
5. Quais eram as condições de trabalho no período da Revolução Industrial?
6. O que vinha a ser o Proletariado?
Proletário é um trabalhador que presta serviços em jornadas que variam de 14 a 16 horas, não tem oportunidades de desenvolvimento intelectual, habita em condições subumana, tem prole numerosa e ganha salário baixo.
7. A Revolução Industrial foi o berço do Direito do Trabalho. Cite três invenções que revolucionaram os meios de produção:
a) Máquinas a Vapor______________________
b) Máquinas de Coser______________________
c) Energia elétrica______________________
8. Quais os pensamentos econômicos que afloraram com a Revolução Industrial?
Karl Maxx com A conscientização coletiva, despertada pelo instinto de autoproteção, gerou profundas modificações em plano secundário.
9. Em 1891 o Papa Leão XVIII publicou a encíclica _ Rerum Novarum __ solicitando a intervenção do Estado nas relações empregatícias.
10. O que foi o Constitucionalismo Social? Cite dois exemplos.
11. A OIT – Organização Internacional do Trabalho é criada em 1919 por ocasião do Tratado da Paz, que pôs fim à 1ª Guerra Mundial, também conhecido como _TRATADO DE VERSALES_
12. O que a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, contribuiu para o Direito do Trabalho?
Contribuiu com limite razoável do trabalho, férias remuneradas periódicas, repouso e lazer, etc.
13. Quais foram os primeiros destinatários das leis trabalhistas? 
Mulheres e Menore.
� OLIVEIRA VIANNA, Francisco José de. Populações meridionais do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.
� PINTO, José Augusto Rodrigues. O trabalho como valor. Revista LTr, São Paulo, v. 12, n. 64, p. 1490.

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