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DIREITO INGLES RESUMO

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DIREITO INGLES
Em meados do séc. V, a Inglaterra pertencia, em sua maioria, aos romanos. No entanto, o que a diferenciava de outros territórios dominados por esse povo é que a população não aceitou a cultura romana, a miscigenação não aconteceu. Dessa forma, o Direito Romano não teve influência no direito dos povos da Bretanha e muito menos na língua falada por eles. Já no final do séc. VI, após ter sido invadida pelos Germânicos, a Inglaterra converte-se ao cristianismo, aderindo ao Direito anglo-saxônico. Nesse período, o direito em vigor não é comum a toda a Inglaterra, embora o país estivesse submetido a um único soberano. 
Em 1066, a Inglaterra foi invadida por um exército da Normandia (França) e governada pelo seu líder, Guilherme, “O conquistador”, até 1087. Sob seu governo, foi introduzido e ampliado o feudalismo de forma mais completa que em qualquer outro lugar. Assim, a Inglaterra foi dividida em grandes feudos, os Condados, que eram comandados por condes. Os condes estavam sob comando do rei e os condados eram “fiscalizados” pelos xerifes – funcionários do rei que tinham autoridade sobre os senhores feudais (condes), os comerciantes e os camponeses. Apesar da implementação do feudalismo, o Direito anglo-saxônico permaneceu em vigor com a possibilidade de um centralismo que antes não existia, dando novas feições ao Direito Inglês.
Nas décadas seguintes, o poder real se fortaleceu tanto com as ações dos sucessores de Guilherme que foi possível que Henrique II impusesse leis válidas em todo o reino. Henrique obteve sucesso na unificação da Inglaterra e utilizou a lei para ter êxito no empreendimento. Em seu reinado, ele conseguiu nomear juízes para presidir os tribunais locais e submeter os clérigos à legislação comum. Posteriormente, Ricardo I, seu filho, assumiu o trono, mas não foi capaz de continuar concentrando o poder, pois vivia para a guerra, era um homem de armas. 
Quando Ricardo foi para as Cruzadas, seu irmão, João, assumiu o trono como Príncipe Regente e acabou criando uma inimizade com os nobres que o trouxe problemas quando se tornou rei, após a morte de Ricardo. João buscou criar impostos e aumentar os já existentes para afrontar os nobres e, como resposta, os nobres e o clero se reuniram e redigiram a Magna Carta (outorgada pelo próprio rei, sob pressão). O documento limita o poder do rei e unifica a Inglaterra, eliminando a fragmentação do feudalismo. É perceptível também uma grande preocupação com a justiça, estabelecendo o sistema de julgamento por júri, além de indicar uma proporcionalidade entre delito e pena. 
A partir de 1265, o Conselho de Nobres – que ganhou grande poder com a Magna Carta – passou a ser chamado de Parlamento. Seu poder era tão grande, que em determinados momentos da história, substituiu reis e comandou o país sozinho. Nos séculos seguintes, os reis eram obrigados a jurar obediência à Magna Carta, que passou a ser um pouco esquecida após a entrada no poder da Dinastia Tudor. Ao longo dos governos da Dinastia Tudor, o absolutismo na Inglaterra se fortaleceu e um novo conflito com o Parlamento se iniciou. Com isso, em 1628, o Parlamento confeccionou a Petição de Direitos, um documento para “lembrar” Carlos I de suas atribuições e limites como rei. Esse conflito resultou na Revolução Puritana, que fortaleceu o parlamentarismo e enfraqueceu completamente o poder real, permanecendo assim até os dias de hoje. O Direito inglês é atualmente dividido em Common Law – direito geral, corresponde a um direito costumeiro –, Statute Law – direito especial que só disciplina as matérias que contempla – e Equity – um meio de atenuar as regras das outras duas divisões e de facultar a evolução do direito.

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