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30/08/2015 1 PROFª DRª M ARCELA LUÍSA M ANETTI Administração e Preparação de Medicamentos 1 CONCEITO / OBJETIVO 2 Administração e Preparação de Medicamentos É o processo de preparo e introdução de substância química no organismo humano, visando a obtenção de efeito terapêutico. Medicamento: Toda substância química que modifica uma função do organismo. Funções e finalidades Medicamento é toda substância que, ao ser introduzida no organismo humano, possui efeito • Preventiva ou profilática • Diagnóstica • Terapêutica • Substitutiva 3 Ações dos Medicamentos Ação local: aquele que exerce seu efeito apenas no ponto de aplicação. Ação geral ou sistêmica: para produzir um efeito geral, é necessário que o remédio caia na corrente circulatória, pois através dela o medicamento atinge o órgão ou o tecido sobre o qual tem ação específica. 4 Formas de Medicamentos CÁPSULA ELIXIR LOÇÃO POMADAS SOLUÇÃOSUSPENSÃO XAROPE COMPRIMIDO PASTILHA 5 Fatores que interferem na ação da droga ABSORÇÃO : efeitos psicoquímicos, interação da droga, via de administração e características do paciente. 30/08/2015 2 Fatores que interferem na ação da droga DISTRIBUIÇÃO : Após a absorção a droga segue para o local de ação. Certos tipos de tecidos permitem melhor distribuição das drogas. A concentração de uma droga em um local específico depende: número de vasos sanguíneos, grau de vasodiltação local e fluxo sanguíneo local. Fatores que interferem na ação da droga METABOLISMO E ELIMINAÇÃO Metabolismo e excreção. Fígado, Rim, transpiração, saliva, leite Velocidade metabolização Considerações importantes para o enfermeiro na administração de medicamentos História do paciente e Estado da doença Idade, peso e altura do paciente e Estado nutricional Condições ambientais e fatores psicológicos Formas de administração e vias de administração Armazenamento da droga, hora correta de administração Mudanças metabólicas Resposta a drogas: Inicio da ação, Pico de ação, Duração da ação e Platô Vias de Administração de Medicamentos : escolha rapidez desejada para inicio da ação; natureza e quantidade a ser administrada condições do paciente. Componentes da prescrição médica 11 Toda prescrição de medicamento deve conter: data; nome do paciente; registro; enfermaria; leito; idade; nome do medicamento; dosagem (Dose ou concentração do medicamento (1 cp., 2 amp., 30 mg, 500 m); via de administração (VO, IV, IM, ID, SC); freqüência (4 x/dia, 8/8 hs., ACM, SN, ordem verbal); assinatura do médico. REGRAS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Inteirar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos ao administrá-las: melhor horário; diluição: formas, tempo de validade; ingestão com água, leite, sucos; antes, durante ou após as refeições; incompatibilidade ou não de mistura de drogas; 12 30/08/2015 3 REGRAS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Orientar o paciente quanto: ao nome do medicamento; à ação da medicação; ao procedimento; ao autocuidado (horário, doses, cuidados gerais). Orientar quanto ao perigo da automedicação. Posicionar o paciente adequadamente mantendo-o confortável. 13 REGRAS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Evitar movimentos desnecessários na administração de medicamentos, o que acarreta erros de postura e desconforto físico. Identificar a seringa ou recipiente: Nome do paciente; quarto; leito; via; nome do medicamento. Após a administração do medicamento checar a prescrição imediatamente, evitando administração dobrada do medicamento. Monitorar, anotar qualquer anormalidade após administração do medicamento Ex: vômitos; diarréia; erupções; urticária etc. 14 REGRAS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Os 9 certos da administração segura 1. Paciente certo 2. Medicamento certo 3. Dose certa 4. Via certa 5. Hora certa 6. Compatibilidade medicamentosa 7. Orientação ao paciente 8. Direito a recusar o medicamento 9. Anotação correta 15 Prescrição Médica Situações Especiais Não administração do medicamento: paciente recusa o medicamento situação clínica do paciente não permita a administração do medicamento caso não haja o medicamento no hospital caso o médico tenha suspendido a administração do medicamento. 16 REGRAS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Verificar data de validade do medicamento. Tendo dúvida sobre o medicamento, não administrá-lo; Manter controle rigoroso sobre medicamentos disponíveis. Alguns medicamentos, como antibióticos, hormônios, vitaminas e sulfas, precisam ser guardados corretamente, pois se alteram na presença da luz, do ar ou do calor. 17 Cuidados no Preparo das Medicações Lavar as mãos e utilizar as Precauções universais; Reunir o material – bandeja, copo, seringas e agulhas, fixadores, algodão embebido em álcool; Leia atentamente a prescrição médica antes de preparar e administrar quaisquer medicamentos ou soluções; 18 30/08/2015 4 Cuidados no Preparo das Medicações Sala de medicação deve estar limpa, organizada e bem arrumada; Prepare medicamentos e soluções em um ambiente calmo e silencioso; Evite conversar ao preparar medicamentos; Cuidados com psicotrópicos e entorpecentes; Medicação de baixa temperatura → geladeira 19 Cuidados no Preparo das Medicações Medicamentos com depósito de soluto ou cor alterada, não devem ser administrados Observe as soluções e medicamentos quanto a sinais de decomposição ou deterioração (turvação, cor, odor) Despreze a droga sobre a qual houver dúvida Se houverem interrupções durante o preparo, reinicie o processo Não trocar vias de administração; Não trocar medicamentos por similar; 20 Cuidados no Preparo das Medicações Não medicar quando o rótulo apresentar-se sujo (dificultando a visualizarão) ou sem identificação Quem prepara a medicação, faz a administração (exceto dose certa) Não medicar quando a letra do médico se apresentar ilegível. Sempre que tiver dúvidas quanto a algum item da prescrição médica, procure checar com o médico. Nunca checar administração antes de realizá-la; Transportar os medicamentos em bandejas até o leito do paciente; 21 Cuidados no Preparo das Medicações Não administre o medicamento se: Você acha que a dosagem prescrita está incorreta Você acha que o medicamento está contra-indicado pela condição do paciente ou por interações possivelmente perigosas com outros medicamentos ou substâncias (ex: álcool) Você acha que a via de administração está incorreta ou não está no âmbito de sua prática profissional Administrar o medicamento vai contra a sua consciência profissional (ex: aborto, esterilização) 22 Cuidados no Preparo das Medicações ERRO NA ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO Em casos de erros, o médico deve ser comunicado imediatamente para tomar as medidas necessárias e reparadoras; Registrar o erro na folha do paciente o mais fielmente possível. 23 Cuidados no Preparo das Medicações OMISSÃO OU RECUSA DO AGENTE TERAPÊUTICO Em casos de recusa, verificar o porque, pois na maioria das vezes, a situação pode ser contornada; A recusa também pode ser registrada Em casos de recusa com justificativa, também deve ser anotado no prontuário. Ex. Paciente em jejum com medicação VO 24 30/08/2015 5 VIAS DE ADMINISTRAÇAODE MEDICAMENTOS 1. Gastrointestinal Oral ou bucal Sublingual Gástrica Retal Duodenal 2. Respiratória Nasal 3. Vaginal 4. Cutânea 5. Ocular 6. Auricular 7. Parenteral intramuscular (lM) subcutânea (SC) intradérmica (lD) endovenosa (EV) ou intravenosa (IV) 25 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL VIAS ORAL, SUBLINGUAL, GÁSTRICA E RETAL CONCEITO é a administração de medicamento por via digestiva. OBJETIVOS Obter efeitos locais no trato digestivo. Produzir efeitos sistêmicos após a absorção na circulação sangüínea. 26 VIA GASTRINTESTINAL VIA ORAL CONCEITO é a administração de medicamentos pela boca. FORMAS DE APRESENTAÇÃO FORMA LÍQUIDA: xarope, suspensão, elixir, emulsão, outros FORMA SÓLIDA: comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas outros. 27 VIA GASTRINTESTINAL VIA ORAL Contra-indicações Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes. Em casos de vômito. Quando o paciente está em jejum para cirurgia ou exame 28 VIA GASTRINTESTINAL VIA ORAL Cuidados Importantes Antes de preparar o medicamento certificar-se da dieta, jejum e ou controle hídrico do paciente. Ao manusear vidros com medicamentos líquidos, colocar o rótulo voltado para a palma da mão para evitar sujá-lo. Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente. 29 VIA GASTRINTESTINAL VIA ORAL Cuidados Importantes O copo graduado tem as seguintes medidas (sistema caseiro): 15ml = 1 colher de sopa 10ml = 1 colher de sobremesa 5ml = 1 colher de chá 3ml = 1 colher de café 15ml = 1 medida adulta 5ml = 1 medida infantil 30 30/08/2015 6 VIA GASTRINTESTINAL VIA ORAL Cuidados Importantes Evitar mistura dos medicamentos em forma líquida. Quando o medicamento deixar de ser administrado por estar em falta, por recusa do paciente, jejum, esquecimento, ou erro, fazer a anotação no relatório. 31 VIA GASTRINTESTINAL 32 VIA SUBLINGUAL CONCEITO Consiste em colocar o medicamento sob a língua do paciente. VIA GASTRINTESTINAL 33 VIA SUBLINGUAL Procedimentos e Cuidados Específicos Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares. Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orientá-lo para não deglutir a saliva até dissolver o medicamento, a fim de obter o efeito desejado. Não administrar por VIA ORAL porque o suco gástrico inativa a ação do medicamento. A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral. VIA GASTRINTESTINAL 34 VIA GÁSTRICA CONCEITO É a introdução do medicamento através da sonda gástrica. Procedimentos e Cuidados Específicos Colocar o paciente em posição elevada para evitar aspiração, exceto quando contra-indicado. Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio e aspiração do suco gástrico. VIA GASTRINTESTINAL VIA GÁSTRICA Procedimentos e Cuidados Específicos Introduzir lentamente o medicamento por sifonagem, ou através de seringa, evitando desconforto para o paciente. Não introduzir ar evitando, desta forma, a flatulência. 35 VIA GASTRINTESTINAL VIA GÁSTRICA Procedimentos e Cuidados Específicos Lavar a sonda com 4Oml de água, em média, após a administração do medicamento, a fim de remover partículas aderidas na sonda e introduzir todo medicamento até o estômago. caso a sonda tenha finalidade de drenagem, mantê- la fechada por 30 minutos após a administração de medicamentos. 36 30/08/2015 7 VIA GASTRINTESTINAL VIA RETAL É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso. Observações O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio da enfermagem, desde que seja esclarecido e orientado. Em se tratando de criança, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório. 37 VIA GASTRINTESTINAL 38 VIA RETAL Colocar o paciente em decúbito lateral ou SIMS expondo somente a área necessária para a introdução do medicamento. Afastar a prega interglútea, com auxílio do papel higiênico, para melhor visualização do ânus. Lubrificar as extremidades de sondas quando estas forem utilizadas. Introduzir o produto além do esfíncter anal delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha por trinta minutos, ou o máximo que suportar num prazo inferior a este. Calçar a luva de látex para autoproteção. Administração retal VIA VAGINAL CONCEITO É a introdução e absorção de medicamentos no canal vaginal. O medicamento pode ser introduzido sob a forma de: Velas, tampões, supositórios, comprimidos. Óvulos. Lavagens e irrigação. Cremes ou gel. 40 VIA VAGINAL OBJETIVO Diminuir a infecção vaginal Prevenir infecção vaginal Preparar pacientes para cirurgias dos órgãos genitais. 41 VIA VAGINAL Procedimentos e Cuidados Específicos Respeitar a privacidade da paciente cercando a cama com biombos. Colocar a paciente em posição ginecológica. Colocar o óvulo ou a pomada vaginal no aplicador próprio. Afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar — com auxílio de gazes. Introduzir delicadamente o aplicador, 10cm aproximadamente, e pressionar seu êmbolo. 42 30/08/2015 8 VIA VAGINAL Procedimentos e Cuidados Específicos Retirar o aplicador e pedir à paciente para que permaneça no leito. Lavar o aplicador com água e sabão (o aplicador é de uso individual). Em caso de paciente VIRGEM: qualquer medicação via vaginal pode ser administrada utilizando-se ESPECULO DE VIRGEM, ou uma seringa na qual adapta-se uma sonda uretral nº 4 ou n°6. Fazer higiene íntima, antes da aplicação, se necessário. 43 Administração vaginal VIA TÓPICA OU CUTÂNEA CONCEITO É a aplicação de medicamentos na pele. Sua ação pode ser local ou geral. Ex.: pomadas, linimentos, anti-sépticos. OBJETIVO Obter ação local, principalmente, e sistêmica, eventualmente 45 VIA TÓPICA OU CUTÂNEA Procedimentos e Cuidados Específicos Fazer a limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação do medicamento, se necessário (pele oleosa e com sujidade). Desprezar a primeira porção da pomada. Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente. Observar qualquer alteração na pele: erupções; prurido; edema; eritema etc. Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retirá-lo com auxílio da espátula. Antes de aplicar a pomada, fazer o teste de sensibilidade. 46 Administração tópica VIA NASAL CONCEITO Consiste em levar à mucosa nasal um medicamento líquido. OBJETIVO Facilitar a drenagem de secreções e a aeração. Importante: narinas pérvias 48 30/08/2015 9 VIA NASAL Procedimentos e Cuidados Específicos Preparar o paciente. Paciente em decúbito dorsal: colocar o travesseiro sob o ombro, de modo que a cabeça fique inclinada para trás (cabeça em hiperextensão): Paciente sentado: inclinar a cabeça para trás. Pingar o medicamento nas narinas evitando que o conta-gotas toque na mucosa nasal. Instruir o paciente para que permaneça nesta posição por mais alguns minutos, a fim de que o medicamento penetre profundamente na cavidade nasal. 49 Administração nasal VIA OCULAR É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular - saco conjuntival inferior. 51 VIA OCULAR Procedimentos e Cuidados Específicos Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentadocom a cabeça inclinada para trás. Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas. Afastar a pálpebra inferior com o dedo polegar — com auxílio da gaze — apoiando a mão na face do paciente. Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio. 52 VIA OCULAR Procedimentos e Cuidados Específicos Pedir ao paciente que olhe para cima. Pingar o medicamento no núcleo da conjuntiva ocular (porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas ou o tubo de pomada na conjuntiva. Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior. Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular, a fim de dispersar o medicamento. Remover o excedente do medicamento com a gaze. 53 Administração ocular 30/08/2015 10 VIA AURICULAR CONCEITO É a introdução de medicamento no canal auditivo. OBJETIVOS Prevenir ou tratar processos inflamatórios e infecciosos. Facilitar a saída do cerúmen e corpo estranho. 55 VIA AURICULAR Observação A medicação deve ser administrada à temperatura ambiente. Se estiver na geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário 56 VIA AURICULAR Procedimentos e Cuidados Específicos Posicionar o paciente e lateralizar a cabeça. Posicionar o canal auditivo no adulto da seguinte maneira: segurar o pavilhão auditivo e puxar delicadamente para cima e para trás. Desprezar uma gota de medicamento. Instilar o medicamento no canal auditivo sem contaminar o conta-gotas. Orientar o paciente quanto à manutenção da posição inicial por alguns minutos. 57 Administração otológica/auricular VIA PARENTERAL CONCEITO É a administração de um agente terapêutico por outra via que não seja a do trato alimentar (aparelho digestivo). VANTAGEM: Absorção mais rápida do que VO e tópico Eficiência na dosagem Única via de acesso para as drogas não serem inativadas pelo suco gástrico Uso de menor dose 59 VIA PARENTERAL Vantagens Absorção mais rápida e completa. Maior precisão em determinar a dose desejada. Possui ação sistêmica IV > IM > SC > ID Obtenção de resultados mais seguros Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos. 60 30/08/2015 11 VIA PARENTERAL Desvantagens Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga Em casos de engano pode provocar lesão considerável Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la. Custo mais elevado do que VO e tópicas 61 VIA PARENTERAL PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER Infecções locais ou gerais. Abscesso. Fleimão ou flegmão= inflamação pirogênica, com infiltração e propagação para os tecidos, caracterizando-se pela ulceração ou supuração. Fenômenos alérgicos ao produto usado para anti- sepsia ou às drogas injetadas urticária, edema ou mesmo choque anafilático 62 VIA PARENTERAL 63 PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER Embolias. pode ser devido à falta de aspiração antes de injetar uma droga introdução inadvertida de ar, coágulo, substância oleosa ou suspensões por via intravenosa ou à aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosas causando a rutura de capilares, com consequente microembolias locais ou gerais VIA PARENTERAL PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER Trauma psicológico medo, tensão, choro, recusa do tratamento, podendo chegar à lipotimia Trauma tissular hemorragias, hematomas, equimoses, dor, paresias, parestesias, paralisias, nódulos e necroses 64 Seringas: componentes e tamanhos VIA PARENTERAL 65 VIA PARENTERAL 66 Agulhas: componentes e tamanhos 30/08/2015 12 SERINGAS, AGULHAS, JELCO, BURETA ESCOLHA DA AGULHA: idade; constituição individual, viscosidade da solução 68 VIA PARENTERAL 69 CUIDADOS GERAIS Lavar as mãos Utilizar técnica asséptica no preparo a fim de minimizar o perigo de injetar microrganismos na corrente sangüínea ou nos tecidos Fazer antissepsia da pele Manejar corretamente o material esterilizado Explicar ao paciente quanto ao procedimento utilizar o método de administração corretamente INTRADÉRMICA (ID) 70 MEDICAÇÃO VIA INTRADÉRMICA (ID) Conceito É a introdução de pequena quantidade de medicamento entre a pele e o tecido subcutâneo Finalidade Teste de sensibilidade alérgica e aplicação de vacinas. A angulação da agulha deve ser mínima com relação ao tecido. 71 VIA INTRADÉRMICA (ID) Indicação tratamento tuberculínico, anestesia local, testes de alergia, BCG Área de aplicação face interna do antebraço; região superior do tórax; região escapular locais onde a pilosidade é menor e oferece acesso fácil à leitura da reação aos alérgenos. A vacina BCG intradérmica é aplicada na área de inserção inferior do deltóide direito. 72 30/08/2015 13 VIA INTRADÉRMICA (ID) Volume suportado até 0,5 ml (forma pequena pápula) Agulha 13x3,8 ou 4,5, angulo de 15°, não friccionar Não exceder a penetração da agulha acima de 2 mm. 74 VIA INTRADÉRMICA (ID) Observações 1. Geralmente é feita sem anti-sepsia para não interferir na reação da droga. 2. A substância injetada deve formar uma pequena pápula. 75 MEDICAÇÃO VIA SUBCUTÂNEA (SC) Conceito É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme Finalidade Terapêutica lenta, contínua e segura pela tela subcutânea. A angulação da agulha deve ser de 45° a 90º com relação ao tecido, dependendo do tamanho da agulha e da qualidade do tecido subcutâneo 76 VIA SUBCUTÂNEA ( SC) Certas vacinas, como a anti-rábica, drogas como a insulina, a adrenalina e outros hormônios, têm indicação específica por esta via. Volume suportado: até 2ml (preconizado 1ml pelo COREN) Agulha hipodérmica: 13x3,8 ou 4,5- 90º Agulha 25x6 criança e 25x7 adulto- 45º Evitar aplicação repetida em curto período (mínimo 48 horas); fazer mapeamento-distância mínima de 2cm. 77 VIA SUBCUTÂNEA (SC) ÁREAS DE APLICAÇÃO Os locais mais adequados para aplicação são aqueles afastados das articulações nervos e grandes vasos sanguíneos partes externas e superiores dos braços; laterais e frontais das coxas; região gástrica e abdome; nádegas; costas (logo acima da cintura). 78 30/08/2015 14 Local para aplicação SC 80 81 MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) Conceito É a introdução de medicamentos nas camadas musculares. Finalidade Terapêutica de efeito relativamente rápido Comprimento da agulha suficiente para depositar a medicação no corpo do músculo 82 Medidas de agulhas Espessura da tela subcutânea Soluções aquosas Soluções oleosas e suspensões Adulto: magro normal obeso 25 X 6 ou 7 30 X 6 ou 7 40 X 6 ou 7 25 X 8 ou 9 30 X 8 ou 9 40 X 8 ou 9 Criança: magra normal obesa 20X6 ou 7 25 X 6 ou 7 30 X 6 ou 7 20 X 8 25 X 8 30 X 8 ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR (IM) Determinação do local Quantidade e característica da medicação Quantidade e condição geral da massa muscular Frequência ou número de injeções Fatores que podem impedir o acesso de injeções ou provocar a contaminação do local Capacidade da criança de assumir com segurança a posição necessária. 84 30/08/201515 ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR (IM) 85 Recomendações gerais Trocar agulha Pinçar com polegar e indicador Obesos: afastar primeiro esticando a pele e depois agarrar Introduzir a agulha rapidamente Use técnica de bolha de ar Aspire Injete lentamente Retire a agulha rapidamente, segure a gaze fixamente contra a pele próximo à agulha para evitar puxão do tecido Aplique pressão firme 5. Complicações Gerais Uso repetido de um único local - fibrose do músculo/ contratura muscular Injeções de neurotóxicos próximo a nervos importantes - incapacidade permanente Lesão tecidual; fenômenos alérgicos; embolia Partículas de vidro Infecção: Local e Geral 86 Ângulo da agulha 87 Técnica do traçado Z 88 Deltóide 89 Região deltóide 90 Traçar um retângulo na região lateral do braço a 4 cm do acrômio; O paciente deve estar sentado ou em pé com o braço flexionado em posição anatômica; Contra-indicada em caso de pouco desenvolvimento da musculatura. A angulação da agulha deve ser de 90 com relação ao músculo. Volume indicado é de até 2 ml Calibre: levar em consideração a constituição da pessoa 30/08/2015 16 91 Dorso- Glúteo 92 Região dorsoglútea Traçar linha partindo da espinha ilíaca póstero- superior até o grande trocânter do fêmur e puncionar acima desta linha (relativo ao quadrante superior externo); O paciente pode posicionar-se de pé ou em decúbito ventral com rotação dos pés para dentro; em decúbito lateral, adotar a posição de Sims. A angulação da agulha deve ser de 90 com relação ao músculo. 93 94 95 Região dorsoglútea Calibre: levar em consideração a idade e a constituição da pessoa Volume indicado é de até 4ml Contra indicado antes de deambulação lesão de nervo ciático tecido adiposo e SC espesso. 96 30/08/2015 17 Ventro- Glúteo (Hochestter) 97 Região ventroglútea (Hochsteter) Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente e localizar com o dedo indicador a espinha ilíaca ântero-posterior. Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca, espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o dedo indicador um triângulo. Localizar a punção neste triângulo. O paciente pode ficar em qualquer decúbito. A angulação da agulha é dirigida ligeiramente à crista ilíaca. 98 Região ventroglútea (Hochsteter) Não há contra-indicações de aplicação, pois existe grande espessura muscular sem estruturas importantes, pouco tecido gorduroso e sem possível contaminação fecal. Volume indicado é de até 4 ml Calibre: levar em consideração a idade e a constituição da pessoa Menos doloroso que vasto lateral 99 Face antero-lateral da coxa 100 Face antero-lateral da coxa Traçar uma linha imaginária no terço médio da coxa, delimitado pela linha média anterior e lateral da coxa. Posicionar o paciente em decúbito dorsal com membros inferiores em extensão ou sentado com a perna fletida. A angulação da agulha deve ser de 45 a 90º com relação ao músculo. 101 102 30/08/2015 18 Face antero-lateral da coxa 103 Volume indicado é de até 3 ml. Calibre: levar em consideração a idade e a constituição da pessoa Complicação: trombose da artéria femoral - região mediana da coxa lesão do nervo ciático - agulha longa medialmente no sentido posterior. MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) Distender a pele com o polegar e o indicador e fixar o músculo; Introduzir a agulha em movimento único; Soltar o músculo; fixar o canhão da agulha com os dedos que pinçaram o músculo e aspirar, verificando se não atingiu algum vaso sangüíneo; Injetar a medicação lentamente; Retirar a agulha rapidamente, comprimindo local com algodão e massagear por alguns instantes; 104 Escolha do local para administração da medicação 105 Embora existam controvérsias, segundo CASTELLANOS a ordem de preferência deve ser: 1. Região ventro-glútea (VG): indicada em qualquer idade. 2. Região da face ântero-lateral da coxa (FALC): contra- indicada para menores de 28 dias e indicada especialmente para lactentes e crianças até 10 anos. 3. Região dorso-glútea (DG): contra-indicada para menores de 2 anos, maiores de 60 anos e pessoas excessivamente magras. 4. Região deltoidiana (D): contra-indicada para menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular. VIA INTRAVENOSA É a introdução do medicamento diretamente na corrente sanguínea OBJETIVOS Terapêutica com efeito sistêmico rápido. Administração de drogas que são contra-indicadas pelas demais vias Estabelecer via de acesso venoso rápida Manutenção de acesso venoso Permite infusão de grande volume Obter amostra de sangue 106 VIA INTRAVENOSA VANTAGENS Efeito farmacológico imediato Controle da dose Admite grandes volumes Permite substâncias com pH diferente da neutralidade 107 VIA INTRAVENOSA DESVANTAGENS Efeito farmacológico imediato Material esterilizado Pessoal competente Irritação no local da aplicação Facilidade de intoxicação Acidente tromboembólico 108 30/08/2015 19 VENÓCLISE (punção venosa) Conceito É a infusão de solução dentro da veia, em quantidade relativamente grande Finalidade Infusão de grande volume de líquidos Proporcionar via para administração de medicações. Repor líquidos Manter equilíbrio de eletrólitos Administrar nutrientes 109 Local para Venopunção Condições das veias Relações anatômicas Região distal para proximal Duração das venopunções Estado clínico do paciente Idade do paciente Tipo de procedimento Tipo de dispositivo: escalpe (Butterfly); cateter sobre agulha (jelco); cateter de Hickman, etc 110 Complicações da terapia intravenosa: 111 Flebites, tromboflebites, Embolias Infecções local ou generalizada - Abcessos. Extravasamento - Infiltração medicamentosa; Necrose e/ou Esclerose da veia; Sobrecarga circulatória Reações alérgicas e/ou Choque (pirogênico ou anafilático); Hematomas; Lesão de nervos; 112 113 114 30/08/2015 20 VEIAS PERIFÉRICAS DO BRAÇO E ANTEBRAÇO 115 VEIAS PERIFÉRICAS DO DORSO DA MÃO 116 Administração endovenosa Figura 2 – Identificado o vaso a ser puncionado, providencia- se a anti-sepsia rigorosa da situ de punção. E o garroteamento do membro. Administração endovenosa Figura 3 – Com o cateter angulado perpendicular à pele e paralela à veia efetua-se a punção. Administração endovenosa Figura 4 – Dirigi-se a ponta do cateter à veia, desta forma minimizando a mobilidade desta, favorecendo-se a sua cateterização. Administração endovenosa 30/08/2015 21 Figura 5 – No momento em que o cateter é introduzido à veia há um refluxo de sangue que irá preencher toda a câmara posterior deste. Neste momento retrai-se a agulha e progride-se o jelco. Administração endovenosa Figura 6 – Retira-se a agulha e se observa o refluxo de sangue por este, vindo a seguir a oclusão proximal da veia puncionada afim de enviar um refluxo contínuo. Prepara-se a conexão do equipo de soro previamente montado. Administração endovenosa Figura 7 – Efetua-se a conexão do equipo de soro ao jelco e se observa fluxo, com o livre escoamento do volume infundido, e refluxo, com o retorno de sangue pelo equipo.Administração endovenosa Figura 8 – Estabilização e fixação do cateter à pele. Este procedimento deverá obedecer ao mesmo rigor da punção. Administração endovenosa Figura 9 – acesso venoso no membro inferior (situação inadequada. Administração endovenosa Figura 10 – Exemplo de complicação do acesso venoso periférico, infiltração de soro no subcutâneo. O motivo desta complicação é devido ao tipo de cateter utilizado (scalp). Complicações- Administração endovenosa 30/08/2015 22 Necrose tecidual Complicações- Administração endovenosa Tipos de terapia infusional Bolus: é a administração intravenosa realizada em tempo menor ou igual a 1minuto. Geralmente através de seringa. Infusão rápida: é a administração intravenosa realizada entre 1 e 30 minutos. Algumas podem ser realizadas com seringa, porém para infusões em tempo superior a 10 minutos recomenda-se a utilização de bureta. Tipos de terapia infusional Infusão lenta: é a administração intravenosa realizada entre 30 e 60 minutos. Infusão contínua: é a administração realizada em tempo superior a 60minutos, ininterruptamente. 130 131 Tipos de terapia infusional Administração Intermitente: não contínua, por exemplo de 6 em 6 horas. Para este tipo de terapia é importante a preocupação com a manutenção da permeabilidade do cateter que permanecerá com dispositivo tipo tampinha nos intervalos da medicação. 30/08/2015 23 APRESENTAÇÃO DO MEDICAMENTO 133 134 135 136 137 138
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