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GESTÃO PARTICIPATIVA DOS RISCOS DE ACIDENTE DE TRABALHO E USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CAMPUS CINOBELINA ELVAS – BOM JESUS (PI) 
CURSO: BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO PARTICIPATIVA DOS RISCOS DE ACIDENTE DE TRABALHO E USO 
DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. 
 
 
 
 
 
 
Vanessa Paiva Zoccal Ferrari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOM JESUS, PI 
JUNHO – 2017 
 
 
VANESSA PAIVA ZOCCAL FERRARI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO PARTICIPATIVA DOS RISCOS DE ACIDENTE DE TRABALHO E USO 
DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Departamento de Engenharias da Universidade Federal 
do Piauí, Campus “Prof.ª Cinobelina Elvas”, como parte 
dos requisitos para obtenção do título de Bacharelado em 
Engenharia Florestal. 
 
 
 
Orientador: Prof. Dr.Robson José de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
BOM JESUS, PI 
JUNHO – 2017 
 ii 
 
 
VANESSA PAIVA ZOCCAL FERRARI 
 
 
 
 
GESTÃO PARTICIPATIVA DOS RISCOS DE ACIDENTE DE TRABALHO E USO 
DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Departamento de Engenharias da Universidade Federal 
do Piauí, Campus “Prof.ª Cinobelina Elvas”, como parte 
dos requisitos para obtenção do título de Bacharelado em 
Engenharia Florestal. 
 
 
 
Aprovado: ____/_____/_______. 
 
 
 
_________________________________________________________ 
Prof. Dr.Robson José de Oliveira 
CUPCE/UFPI 
(Orientador) 
 
 
_________________________________________________________ 
Esp. Elisabete Oliveira da Silva 
Membro Convidado 
 
 
__________________________________________________________ 
Pesquisador Pos.Doc.Giovani Levi Sant`Anna 
 Membro Convidado 
iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A DEUS, “causa primária de todas as coisas e 
origem de tudo que existe no universo”, pela 
presença constante em minha vida, auxiliando-
me a vencer mesmo aqueles obstáculos que 
pareciam intransponíveis. Ao meu esposo, 
Emerson Ferrari pela tolerância em muitos 
momentos de dificuldades, aos meus amados 
filhos; Bruno e Bruna Ferrari, pela motivação 
em todos os momentos dessa minha trajetória. 
 
iv 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Como dizer “obrigado” se há tantos a quem agradecer? 
 Em primeiro lugar agradeço a Deus por me conceder sabedoria, inspiração e 
perseverança no decorrer da realização deste trabalho, após agradeço a todos os 
professores que me proporcionaram conhecimento para tal empreitada e em especial a 
meu orientador, professor Robson José de Oliveira e aos outros membros da banca 
Elisabete Oliveira da Silva e Giovani Levi Sant‟Anna pela disposição em ajudar, 
colaboração, confiança, ensinamento e amizade. 
Agradeço a minha família pelo apoio e paciência em muitos momentos de 
estudos, aos amigos que fiz durante a graduação e que em algum momento podemos 
trocar ensinamentos e incentivos ; e a todos que direto ou indiretamente contribuíram 
para que este sonho se concretizasse. 
A todos que compartilharam momentos inesquecíveis de alegria durante o 
período de graduação, no qual ficará marcado por toda minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Seja grande nos atos como tem sido em pensamento. 
 Harmonize a ação à palavra, e a palavra à ação.” 
William Shakespeare 
v 
 
 
SUMÁRIO 
 Páginas 
1. INTRODUÇÃO................................................................................... 
 1.1 Crescimento do armazenamento no Brasil e no Piauí.................. 
2. OBJETIVOS...................................................................................... 
 2.1. Objetivo geral....................................................................... 
 2.2. Objetivo específico................................................................. 
11 
12 
 15 
 
 15 
 15 
3. JUSTIFICATIVA................................................................................ 
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................... 
15 
 18 
 4.1. Segurança Trabalho..................................................................... 18 
 4.2. Perigo e risco............................................................................ 18 
 4.2.1. Identificação dos riscos dos Espaços Confinados................ 19 
 4.2.2. Riscos encontrados nos Espaços Confinados........................ 19 
 4.3. Acidente no trabalho................................................................... 22 
 4.3.1.Classificação dos acidentes ................................................... 22 
 4.4. Causas dos acidentes.............................................................. 22 
5. ASPECTOS NORMATIVOS RELACIONADOS AO TRABALHO EM 
AMBIENTE CONFINADO.......................................................................... 
6. EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS PARA SEGURANÇA DO 
TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS.................................................. 
 6.1 Tipos de equipamentos ................................................................ 
 6.1.1.Equipamento de proteção coletiva........................................... 
 6.1.2. Equipamento de proteção individual....................................... 
7. METODOLOGIA........................................................................... 
8. RESULTADO E DISCUSSÃO........................................................... 
 8.1.Descrição dos espaços confinados............................................... 
 8.2.Medidas preventivas sugeridas..................................................... 
 8.3 Relação custo x benefício dos EPIs............................................. 
9. CONCLUSÃ0 ................................................................................... 
 
23 
 
26 
26 
27 
 27 
 28 
 
 29 
 29 
 
 36 
 39 
 40 
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 42 
ANEXOS.................................................................................................. 45 
 
 
 
 LISTA DE TABELAS 
 
 
 
 
TABELA 1- Comparativo de área, produtividade e produção no Piauí ...... 14 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
ANEXO I- NR 33- Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados ............ 47 
ANEXO II- Check list NR 33……………………………………………………………........ 60 
ANEXO III- APR- Análise Preliminar de risco................................................................. 63 
ANEXO IV- PET – Permissão de entrada e trabalho.................................................. . 65 
ANEXO V- Orçamento C&A Equipamento de proteção individual (EPI)...................... 66 
ANEXO VI- Sinalização para identificação de espaçoconfinado.................................. 67 
ANEXO VII- Protegildo........................................................................................... ...... 68 
ANEXO VIII- Equipamento de proteção espaços confinados ....................................... 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 - Estimativa de área plantada de soja Safra 2016/17 . ........................ 13 
FIGURA 2 - Estimativa de produção de soja Safra 2016/17 .. .............................. 13 
FIGURA 3 - Silo Armazenador. ............................................................................ 30 
FIGURA 4 - Silos Armazenadores . ...................................................................... 30 
FIGURA 5 - Escada exterior.. ............................................................................... 31 
FIGURA 6 - Vista de cima ............................................................................... ......31 
FIGURA 7 - Teto interior ........................................................................................31 
FIGURA 8 - Parede interna do silo ....................................................................... 31 
FIGURA 9 - Rosca giratória interna silo.................................................... .............31 
FIGURAS 10,11 e 12 - Entrada para moega,moega............................................. 32 
FIGURA 13- Poço do elevador ............................................................................. 32 
FIGURA 14 - Elevador de grãos metálico.............................................................. 33 
FIGURA 15 - Parte inferior do elevador ................................................................ 33 
FIGURA 16 - Impurezas grãos de soja ..................................................................33 
FIGURA 17 – Soja peneirando.................................................. ............................33 
FIGURA 18 - Máquina de pré limpeza trabalhando. ..............................................34 
FIGURA 19 - Máquina de pré limpeza sem trabalho. ........................................... 34 
FIGURA 20 - Silo secador .................................................................................... 34 
FIGURA 21 - Fornalha em funcionamento ........................................................... 34 
FIGURA 22 - Abastecimento da fornalha.............................................................. 35 
FIGURAS 23 Tampa (boca) fornalha.. ................................................................. 35 
FIGURA 24 -Balança .......................................................................................... .36 
FIGURA 25 - Motor gerador de energia... ............................................................ 37 
FIGURA 26 - Vista expedição ............................................................................... 37 
FIGURA 27- Silos secadores................................................................................. 37 
FIGURA 28 - EPI na caixa ................................................................................... 39 
FIGURA 29 – Treinamento de funcionários .......................................................... 39 
 
vii 
 
 
 
RESUMO 
 
Devido ao aumento na produção de grãos, houve um acréscimo em 
investimentos na construção de silos armazenadores e secadores. Os silos são 
importante para assegurar que a qualidade desses grãos não sejam comprometida. 
O trabalho realizado em um espaço confinado é agravado principalmente pelas 
características físicas de acesso e permanência, de restrições de entrada e saída, 
pelos contaminantes gerados no próprio desenvolvimento das atividades laborais, pela 
ausência ou insuficiência de circulação do ar, pelos riscos físicos, químicos, biológicos, 
atmosféricos e mecânicos, tornando esse trabalho ainda mais perigoso, por isso é de 
suma importância que esse trabalho seja elaborado de acordo com as normas de 
segurança e prevenção de acidentes de trabalho. Os riscos presentes em um espaço 
confinado, podem levar á acidentes nestes ambientes que podem ser fatais. Diversos 
fatores podem contribuir para a ocorrência de acidentes, tais como negligência, 
desqualificação e violação das normas e dos procedimentos de segurança. 
O gerenciamento de riscos deve ser tratado como a parte indispensável da 
gestão estratégica de qualquer empresa, sendo um processo pelo qual as empresas 
lidam com os riscos inerentes às suas atividades. A aplicação dos princípios desse 
gerenciamento, por meio de normas de saúde, higiene e segurança permite a 
identificação dos perigos, avaliação e controle dos riscos relacionados ao processo, de 
modo a prevenir a ocorrência de acidentes. A partir desse gerenciamento é primordial o 
monitoramento das atividades para verificar se estão trabalhando de acordo com as 
normas recomendadas, para assim minimizar esses tipos de acidentes. 
 O presente trabalho teve como objetivo principal identificar em silos 
armazenadores de grãos (espaços confinados) da empresa Fazenda União no 
Município de Currais –PI, riscos existentes, e se trabalham de acordo com a 
conformidade da Normas Regulamentadora NR-33; e também levantar dados sobre a 
venda de equipamentos de segurança no trabalho na região do Município de Bom 
Jesus-PI. 
 
 
 
Palavras-chave: Armazenamento, segurança, trabalho. viii 
ABSTRACT 
 
Due to the increase in grain production, there was an increase in investments in 
the construction of storage silos and dryers. Silos are important to ensure that the 
quality of these grains are not compromised. 
Work carried out in a confined space is aggravated mainly by the physical 
characteristics of access and permanence, entry and exit restrictions, contaminants 
generated in the development of work activities, absence or insufficiency of air 
circulation, physical, chemical, Biological, atmospheric and mechanical, making this 
work even more dangerous, so it is of the utmost importance that this work be prepared 
according to safety standards and prevention of accidents at work. Risks present in a 
confined space can lead to accidents in these environments that can be fatal. Several 
factors can contribute to the occurrence of accidents, such as negligence, 
disqualification and violation of safety rules and procedures. 
Risk management should be treated as an indispensable part of any company's 
strategic management, being a process by which companies deal with the risks inherent 
in their activities. The application of the principles of this management through health, 
hygiene and safety standards allows the identification of hazards, evaluation and control 
of risks related to the process, in order to prevent the occurrence of accidents. From this 
management it is essential to monitor the activities to verify if they are working 
according to the recommended norms, in order to minimize these types of accidents. 
The present work had as main objective to identify grain storage (confined space) 
silos of the company Fazenda União in the Municipality of Currais-PI, existing risks, and 
if they work according to the compliance of Norms Regulamentadora NR-33; And also 
to collect data on the sale of safety equipment at work in the region of Bom Jesus-PI. 
 
Key words: Storage, safety, work. 
 
 
 
 
 
ix
 
1. INTRODUÇÃO 
Muitas vezes não imaginamos como os grãos chegam em nossa mesa e 
nem quais são os processos que sofrem para ficarem aptos para o comércio. Depois 
da colheita, passam por vários processos, como a retirada de impurezas existentes , 
secagem, transporte e descarga;quando os grãos serão transferidos para o interior 
dos silos ou armazéns graneleiros. Para chegarem aos silos, os grãos passam pela 
moega, espécie de bacia, piscina ou reservatório em que são descarregados pelos 
caminhões após a colheita e são transferidos por meio de correias transportadoras. 
Todo esse processo é feito em um local complexo, onde o trabalho é exaustivo e 
muitas vezes ,passando por lugares que oferecem riscos á saúde do trabalhador. 
Durante a etapa de armazenamento, outras operações ainda são realizadas 
para a adequada conservação do produto. Uma delas é a aeração, processo para 
diminuir e uniformizar a temperatura dos grãos. 
 A armazenagem dos produtos agrícolas, feita a granel, pode ser realizada, 
basicamente em dois tipos de silos, os horizontais, que costumam ser construídos de 
concreto, e os silos metálicos cilíndricos. Os fatores que costumam predominar na sua 
implantação são os valores dos investimentos necessários para a obra e a 
funcionalidade da unidade armazenadora. 
 Por ser uma atividade de riscos, a segurança deve ser uma preocupação diária 
para as empresas e fazendas que possuem esse tipo de armazenagem. Investir em 
prevenção de acidentes no trabalho é essencial para um melhor desempenho das 
atividades e para atender as normas regulamentadoras e as leis trabalhistas 
procurando evitar o desperdício de recursos, tanto humano como material. 
Saber mais sobre segurança no trabalho permite compreender os riscos 
existentes nos ambientes de trabalho, e compreender estratégias para minimizar ou 
neutralizar possíveis agentes nocivos que podem ser encontrados nesse tipo de 
armazenagem em espaços confinados. 
Acidentes de trabalho não ocorrem apenas com trabalhadores mais jovens, mais 
também com trabalhadores mais experientes, pois todos estão vulneráveis a algum 
acidente, a partir do momento que haja alguma imprudência. A falta de informações 
13 
 
sobre os meios de prevenção são os maiores causadores de acidentes nos espaços 
confinados, porém nem sempre seja esse o motivo. 
Segurança e saúde do trabalho é um procedimento obrigatório no Brasil, tanto 
pelas empresas públicas e privadas, e também pelos órgãos públicos da administração 
direta e indireta. 
De acordo com a Constituição da Republica Federativa Brasil – promulgada em 
05/10/1988 CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS ART. 7° ,estabelece no artigo 7º 
a qual diz respeito no Capítulo II sobre os Direitos Sociais, garantias aos direitos dos 
trabalhadores: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social” e elencando como medida protetiva em seu 
inciso XXII, redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança, [...] “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene e segurança” 
 
1.1 Crescimento do armazenamento no Brasil e no Piauí 
O Brasil passa por um grande crescimento na área agrícola, principalmente a 
produção de grãos, com isto é necessário que as unidades de armazenamento de 
grãos cresçam na mesma proporção, para que a demanda seja suprida; porém torna-
se necessário a criação der uma gestão para melhorar as condições de 
armazenamento e os serviços desenvolvidos no ambiente de trabalho preocupando 
não só com a qualidade do produto, mais também com a qualidade de vida das 
pessoas que trabalham nesses locais. 
De acordo com dados da CONAB, para a safra 2016/17 a estimativa é de 234,33 
milhões de toneladas de grãos. Crescimento de 25,6% em relação à safra 2015/16, o 
que equivale a 47,72 milhões de toneladas. Estão entre esses grãos a cultura de feijão, 
arroz, milho, trigo, soja, algodão e amendoim. A área plantada está estimada em 60,49 
milhões de hectares, o crescimento previsto é de 3,7% se comparada com a safra 
2015/16. 
A estimativa para a soja, que é um dos grãos mais produzidos no Piauí, é de 
113,92 milhões de toneladas para safra 2016/17, de acordo com dados obtidos pela 
CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) em seus dados sobre o 
14 
 
levantamento da safra 2016/2017, em seu 9º levantamento, publicado em junho de 
2017. 
 
Figura 1- Estimativa de área plantada de soja 2016/17 
 
Fonte : CONAB 
 
Figura 2- Estimativa de produção de soja Safra 2016/17 
 
Fonte: CONAB 
A soja e o milho são as principais culturas produzidas no país, correspondem a 
quase 90% do que é produzido em grãos (CONAB).Assim como na região Sul do Piauí, 
a produção agrícola está em crescimento exponencial, segurança no trabalho ainda 
está sendo pouco utilizada, uma vez que a fiscalização ainda é precária. 
Para que esses grãos consigam manter a qualidade e conseguir uma boa 
competitividade, é primordial a construção de silos ou armazéns. Se forem mal 
armazenados, perderão com essas duas modalidades por isso o aumento no número 
de construção de silos. Infelizmente devido á sua dimensão e complexidade, podem 
ser fontes de vários e graves acidentes do trabalho. 
0
10000
20000
30000
40000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
E
M
 
M
I
L
 
H
a
 
LEVANTAMENTOS 
 
Série 1
Série 2
Série 3
Série 4
Série 5
Série 6
0
50000
100000
150000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
E
M
 
M
I
L
 
T
N
 
LEVANTAMENTOS 
Série 1
Série 2
Série 3
Série 4
Série 5
Série 6
15 
 
Tabela 1- 
Comparativo de área, produtividade e produção no Piauí 
Região Área 
(Em mil/há) 
Produtividade 
(Em kg/há) 
Produção 
(Em mil (t)) 
 Safra 
2015/ 
16 
Safra 
2016/ 
17 
Var
% 
Safra 
2015/ 
16 
Safra 
2016/ 
17 
Var% Safra 
2015/ 
16 
Safra 
2016/ 
17 
Var
% 
Piauí 1360 1475,5 8,50 1089 2430 123,1 1480 3585 142 
Nota estimativa junho 2017 
Fonte: CONAB 
Nas unidades armazenadoras de grãos (ambientes confinados), são frequentes 
a ocorrência de acidentes de trabalho tais como queda de altura, asfixia, incêndios e 
explosões. O ambiente confinado em questão apresenta riscos de acidentes como 
quedas, devido à necessidade de trabalho em altura, asfixia devido a soterramentos 
nos grãos, intoxicação por produtos químicos, choque elétrico e grande risco de morte 
iminente decorrente de possíveis explosões e incêndios. 
De acordo com Weber (2005), dentro do processo de armazenagem o silo é um 
componente indispensável para a indústria, sendo ele o responsável por guardar, e 
garantir a qualidade dos grãos, possibilitando assim a comercialização em qualquer 
época do ano. No entanto, os silos, devido a sua complexidade e dimensão, podem ser 
centros de grandes acidentes do trabalho, por serem caracterizados espaços 
confinados, lugares fechados, enclausurados, perigosos e traiçoeiros (AMARILLA et al., 
2012). 
É muito importante ter uma gestão de segurança no trabalho, é o que ajuda a 
minimizar a possibilidade de que os funcionários fiquem vulneráveis a vários riscos 
existentes nestes locais, alguns podendo levar à acidentes fatais. 
Para implantar um programa de gestão de segurança é preciso, fazer um 
levantamento amplo, sobre as condições do ambiente de trabalho e as ocorrências de 
acidentes naquele local, para que possa determinar os locais que devem ser estudados 
com mais rigor e assim elaborar programas de prevenção de acidentes. Para se fazer 
este estudo de segurança em um espaço confinado todos os locais devem ser 
16 
 
considerados inseguros, até que sejam providas condições mínimas de segurança e 
saúde. Estas condições são impostas pelo MTE - Ministério do Trabalho e Emprego 
através da norma regulamentadora NR- 33 Segurança e Saúdenos Trabalhos em 
Espaços Confinados aprovada pela PORTARIA TEM Nº 202, DE 22 DE DEZEMBRO 
DE 2006 (MTE 2006). 
Diante dessas condições de trabalho, a presente monografia tem por objetivo 
principal identificar em silos armazenadores de grãos (espaços confinados) da empresa 
Fazenda União no Município de Currais –PI, riscos existentes, e se trabalham de 
acordo com a conformidade da Normas Regulamentadora NR-33; e também levantar 
dados sobre a venda de equipamentos de segurança no trabalho na região do 
Município de Bom Jesus-PI. 
 
2. OBJETIVO 
2.1 Objetivo Geral 
Identificar a existência de riscos aos operadores de silos em atividade de 
armazenamento de grãos e verificar se as técnicas de segurança de trabalho estão em 
conformidades com as Normas. 
 
 2.2 Objetivo Específico 
Essa monografia tem como objetivos específicos: 
 Sugerir alguns requisitos de normatizações para reduzir ou minimizar acidentes 
de trabalhos sob a ótica da ABNT, ressaltando aspectos legais e medidas de 
proteção ao trabalhador; 
 Identificar quais são os equipamentos mais vendidos na região de Bom Jesus, 
PI. 
 
3. JUSTIFICATIVA 
A preocupação com o bem-estar, a saúde e a segurança do ser humano no 
trabalho, seja este pesado ou leve, vem se acentuando no decorrer dos últimos anos, o 
que se justifica, visto que quando o trabalho representa apenas uma obrigação ou 
17 
 
necessidade, a situação é desfavorável, tanto para o empregado quanto para o 
empregador (GRANDJEAN,1988). 
Muitas empresas deixam de investir em segurança e saúde do trabalhador em 
função dos custos. No entanto, deixam de considerar que os acidentes levam as 
perdas econômicas diretas e indiretas extremamente altas que podem levar a empresa 
ter perdas de negócios futuros incalculáveis, e também de ter complicações financeiras 
pelo motivo de indenizações. 
Segundo Caçador (1997), na Inglaterra estudos indicam que essas perdas 
podem chegar a valores superiores a 10% do lucro bruto de uma empresa em apenas 
uma ocorrência. Este mesmo autor cita que segundo estatísticas internacionais, o 
Brasil ocupa uma das piores posições no mundo neste aspecto. 
Segundo o diretor do SINAFT (Sindicato Nacional dos auditores fiscais do 
trabalho), Francisco Luís Lima (2016), as medidas protetivas e preventivas são 
fundamentais, já que os acidentes de trabalho resultam em média 25 mortes por ano 
no Piauí. "Infelizmente grande parte das empresas e até o setor público estão 
terceirizando cada vez mais. Precisava que o país inteiro compreendesse que a 
terceirização tem sido muito maléfica para os trabalhadores". 
Luís Lima disse ainda que é necessária a conscientização. Segundo ele, "a cada 
ano, são 317 milhões de vítimas não mortais de acidentes de trabalho no mundo, são 
123 vidas perdidas por minuto. Somente no Piauí, no mês de agosto de 2016, a 
Fundação Municipal de Saúde de Teresina registrou 514 acidentes de trabalho, com 
base na chegada desses trabalhadores no Hospital de Urgências da capital. Durante 
essas auditorias detectaram falta de treinamento, alojamentos insalubres, água para 
consumo contaminada, ameaças de demissão quando não se cumpre a meta, entre 
outros problemas graves que acabam resultando em acidentes e doenças 
ocupacionais". 
De acordo com Pascal Gomes Neto, presidente da Associação Piauiense de 
Medicina do Trabalho, „ressaltou que 30 a 50 % dos acidentes de trabalho ainda são 
subnotificados no Piauí, o que implica diretamente na redução do número de acidentes 
ocorridos no Estado, que são divulgados pelos relatórios anuais. 
18 
 
Conforme José Camilo Silveira (2016), Auditor-Fiscal do Trabalho, coordenador 
do Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalhador. "Se compararmos os índices 
fornecidos pelo Anuário da Previdência Social, vamos perceber que o número de 
acidentes de trabalho reduziu, no entanto, não devemos nos iludir, pois essa redução 
se deve à crise econômica vigente, que acabou por impactar na diminuição da 
quantidade de obras iniciadas em todo o país, especialmente no âmbito da construção 
civil. Na verdade, ainda há uma subnotificação do número de acidentes, o que acaba 
interferindo na divulgação dos números oficiais ". 
 Segundo dados do anuário da Previdência Social do ano de 2013, no Piauí foram 
registrados 4.445 acidentes de trabalho, 27 óbitos e 202 incapacidades permanentes. 
Em 2015 foram registrados 3.772 acidentes de trabalho, 20 óbitos e 141 incapacidades 
permanentes. 
De acordo com Soares (2012), os acidentes fatais que ocorreram em espaços 
confinados no Brasil, tiveram diversos fatores contribuindo para a ocorrência desses 
eventos, tais como negligência, desqualificação e violação das normas e 
procedimentos de segurança. Os acidentes típicos com lesão, em sua maioria são de 
trabalhadores terceirizados sem qualificação e treinamento desejável e a falta 
comprometimento das organizações convergem para um mesmo sentido, o aumento 
dos riscos de acidentes em todas as frentes de trabalho, principalmente em espaços 
confinados. 
O espaço confinado é um espaço com acessos limitados, ventilação inadequada 
ou deficiente e não sendo projetado para presença humana contínua, representa sérios 
riscos à saúde dos trabalhadores que entram nele para execução de trabalhos, 
rotineiros ou não, e espaços confinados podem ser classificados de acordo com o risco 
que este oferece ao trabalhador (SOLDERA, 2012): 
Espaços Classe A: Os espaços confinados que apresentam a possibilidade de 
ausência de oxigênio, risco explosões ou serem tóxicos; 
Espaços Classe B: Os espaços confinados que não representam riscos 
imediatos à vida ou à saúde, mas possuem riscos de lesões e doenças de trabalho, 
tendo a necessidade de procedimentos de resgate e utilização de EPIs; 
19 
 
Espaços Classe C: Os espaços confinados, onde os risco de acidentes são 
insignificantes, uma vez que o procedimento de trabalho é de forma simples. 
De acordo com a norma NR-33, espaço confinado é classificado como “qualquer 
área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios 
limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover 
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.” (NR 
33, 2012). 
 
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
4.1 Segurança no trabalho 
A segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que 
são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem 
como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. 
 
4.2 Perigo e Risco 
Para compreender à noção de avaliação de risco existem dois conceitos 
importantes a distinguir: o de perigo e o de risco. 
O perigo é uma condição que devido suas características físicas ou químicas, 
em qualquer estado da matéria (sólido, liquido ou gasoso) tem um potencial de causar 
danos às pessoas, ao patrimônio e ao meio ambiente. As atividades produtivas têm 
seus perigos associados aos tipos de atividades características de seus processos. O 
conceito de perigo para a (OHSAS 18001, 2012) é uma “Fonte, situação ou ato com 
potencial para provocar danos ao ser humano em termos de lesão ou doença ou uma 
combinação destas. A identificação de perigo é resultado coletas de informações, 
requisitos legais, normas técnicas de associações nacionais e internacionais, 
procedimentos de segurança, processos e boas práticas. A identificação da exposição 
dos trabalhadores ou de terceiros aos riscos são derivados de um processo de 
identificação prévia dos seus perigos e a definição de suas características". 
Risco é uma situação com o potencial de consequências indesejáveisque 
podem resultar em perdas econômicas, danos ambientais ou lesões à vida humana e á 
saúde. Para OHSAS 18001 (2012), o risco é definido como uma: Combinação da 
20 
 
probabilidade de ocorrência de um evento ou exposição (os) perigosa(s) com a 
gravidade da lesão ou doença que pode ser ocasionada pelo evento ou exposição (os). 
Os riscos de um determinado processo são avaliados em termos da probabilidade de 
ocorrência de um acidente acontecer (frequência) e suas consequências (gravidade). 
Essa certificação está baseada nos riscos que as atividades de uma organização 
podem trazer á saúde dos colaboradores, assim, a implantação do Sistema de Gestão 
de Segurança e Saúde Ocupacional deverá contemplar todas as suas atividades. 
De acordo com CHU, (2014), a análise de riscos consiste na determinação das 
consequências e suas probabilidades para eventos identificados de risco, levando em 
consideração a presença e a eficácia de quaisquer controles existentes. As 
consequências e suas probabilidades são então combinadas para determinar um nível 
de risco. 
 
4.2.1 Identificação dos riscos dos espaços confinados (EC) 
A identificação dos riscos existentes em cada espaço confinado é de 
fundamental importância para a elaboração de procedimentos de trabalho e adoção 
das medidas necessárias para a entrada, realização da atividade e saída do seu 
interior. 
A avaliação dos riscos, antes da autorização de entrada, através da Análise 
Preliminar de Riscos (APR) e a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho (PET) 
são indispensáveis para definir medidas adicionais para que o trabalho seja executado 
de forma segura (GARCIA; KULCSAR NETO, 2013). 
 
4.2.2 Riscos encontrados nos espaços confinados 
Riscos ambientais - De acordo com as características verificadas na estrutura 
dos espaços confinados, os trabalhos realizados nestes locais são submetidos a 
diferentes tipos de riscos ambientais. Consideram-se riscos ambientais os agentes 
físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de 
sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de 
causar danos à saúde do trabalhador. (NR-9 Programa De Prevenção De Riscos 
Ambientais” do Ministério do Trabalho e Emprego) 
21 
 
Riscos físicos - Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a 
que possam estar expostos os trabalhador como: ruído, vibrações, pressões anormais, 
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes. Nos espaços 
confinados são mais comuns riscos físicos como: ruído, calor, radiações não ionizantes 
e umidade, que são encontrados com frequência. 
- Ruído: O nível de pressão sonora muitas vezes provoca efeitos indesejáveis pela sua 
reflexão nas paredes e teto do espaço confinado; 
- Calor: É intensificado pela circulação reduzida do ar, aquecimento de superfícies e 
equipamentos no interior do espaço confinado e radiação solar constante; 
- Radiações não ionizantes: Radiações como a infravermelha e a ultravioleta, estão 
presentes em intensidades elevadas nas operações de soldagem. 
Riscos químicos - Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos 
ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de 
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade 
de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou 
por ingestão. Os agentes químicos são classificados (aerodispersóides, gases ou 
vapores) são substâncias, elementos, compostos ou resíduos químicos que, durante 
sua fabricação, armazenamento, manuseio e transporte e pela decomposição de 
matéria orgânica, por vazamentos, ou pela atividade desenvolvida no espaço 
confinado, (MTE, 2013). 
Riscos biológicos - Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, 
bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. Espaços confinados possuem 
condições propícias para a proliferação de microrganismos e algumas espécies de 
animais, em virtude da umidade alta, iluminação deficiente, água estagnada e presença 
de nutrientes. Ratos, morcegos, pombos e outros animais que possuem acesso fácil a 
espaços confinados, e os utilizam como abrigo contra seus predadores, são vetores de 
doenças transmissíveis ou hospedeiros intermediários. Cobras, insetos e outros 
artrópodes podem provocar intoxicações e doenças. As poeiras presentes nos espaços 
confinados podem conter material biológico potencialmente patogênico, pela presença 
de excrementos, urina, saliva e demais fluidos orgânicos provenientes desses animais, 
(KULCSAR; GARCIA, 2013). 
22 
 
Riscos ergonômicos - os espaços confinados, não são projetados para 
ocupação humana e o acesso é dificultado devido às características de entrada e 
permanecia nestes ambientes, o que faz com que o trabalhador tenha que adaptar ao 
ambiente e não o ambiente de trabalho ao trabalhador, caracterizando um risco à 
segurança e saúde do trabalhador. 
A Norma Regulamentadora “NR 17 – Ergonomia”- Portaria SIT n.º 13, de 21 de 
junho de 2007 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece parâmetros que 
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do 
homem: 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que 
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente. A NR 17 cita no item a seguir o que cabe ao empregador ao que 
se refere às condições ambientais dos postos de trabalhos: 17.1.1. As condições de 
trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de 
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de 
trabalho e à própria organização do trabalho. Muitas doenças ocupacionais estão 
relacionadas a seus postos de trabalho, e que constituem o principal grupo de 
problemas à saúde, reconhecidos pela sua relação laboral, assim tornando o trabalho 
nestes espaços confinados ainda mais complexo. 
Riscos mecânicos - De acordo com (KULCSAR; GARCIA, 2013), os riscos 
mecânicos incluem trabalho em altura, instalações elétricas inadequadas, contato com 
superfícies aquecidas, maquinário sem proteção, impacto de ferramentas e materiais, 
inundação, superfícies inclinadas, desabamento, e formação de atmosfera explosiva, 
que podem causar quedas, choques elétricos, queimaduras, aprisionamento e lesão 
em membro ou outra parte do corpo, afogamento, engolfamento, asfixia, incêndio e 
explosão. 
4.3 Acidente no trabalho 
Barbosa Filho (2008) transcreve o conceito de acidente de trabalho conforme a 
lei 8.213 de 24 de julho de 1991, da Previdência Social que estabelece em seu art.19 
que: 
 “Acidente do trabalho é o que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa 
ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.11 desta Lei, 
23 
 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou 
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. 
 
4.3.1 Classificação dos acidentes 
Conforme lei 8.213 de 24 de julho de 1991, da Previdência Social os acidentes 
de trabalho são classificados : 
a) Acidente Pessoal: acidente sofrido pelo empregado no desempenho de suas 
tarefas habituais, no ambiente de trabalho ou fora deste quando estiver a serviço do 
empregador. 
b) Acidente de Trajeto: acidente sofrido pelo empregado no percurso de sua 
residência para o local de trabalho ou vice-versa, desde que o trajeto seja considerado 
o habitual e o horário da ocorrência seja condizentecom o início ou o término de suas 
atividades profissionais. 
c) Acidente Material: envolve apenas máquinas, equipamentos, ferramentas, 
veículos, estruturas, produtos, etc, sem provocar lesões pessoais, causando, todavia, 
prejuízo à empresa. 
d) Acidente Material e Pessoal: provoca danos às máquinas, equipamentos, 
ferramentas, etc., provocando lesões pessoais. 
e) Acidente Pessoal sem Lesão: sofrido pelo empregado, mas que não resulta 
em lesões pessoais. 
f) Acidente Material Sem Danos: envolve máquinas, ferramentas, veículos, 
produtos, etc., mas sem lhes causar danos. 
 
4.4 Causas dos acidentes 
De acordo com a lei 8.213 de 24 de julho de 1991, da Previdência Social, 
acidente no local de trabalho deve-se principalmente a duas causas: 
a) Ato inadequado: é o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que 
está fazendo, que está contra as normas de segurança. Alguns exemplos de atos 
inadequados: subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas, ligar tomadas 
de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e dirigir a altas velocidades, fazer 
brincadeiras impróprias. 
24 
 
b) Condição insegura: é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo 
e ou risco ao trabalhador. São exemplos de condições inadequadas: instalação elétrica 
com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime de 
obras de construção civil feitos com materiais inadequados. 
 
5. ASPECTOS NORMATIVOS RELACIONADOS AO TRABALHO EM AMBIENTE 
CONFINADO 
É criada em 08 de junho de 1978 a Portaria nº 3.214 que aprova as Normas 
Regulamentadoras – NR, que são relativas à Segurança e Medicina do Trabalho onde 
torna obrigatório o seu cumprimento por parte das empresas regidas pela CLT. 
Para exemplificar, cito algumas das Normas Regulamentadoras, de acordo com 
o Ministério do Trabalho: 
NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho: 
Institui a obrigatoriedade das organizações públicas e privadas, que possuam 
funcionários regidos pela CLT( Consolidação das Leis do Trabalho), de organizarem e 
cultivarem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho (SESMT), com a finalidade de promover a saúde e proteger a 
integridade do trabalhador no local de trabalho. A sustentação legal, ordinária e 
específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT. 
Exemplo da NR- 04 não são todas as empresas que deverão compor uma CIPA. 
NR-05- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes- CIPA: 
Trata da participação efetiva dos funcionários nas medidas preventivas, onde 
serão treinados e preparados para tanto. De acordo com seu número de funcionários e 
riscos será feito pela NR-05 o enquadramento da empresa. 
Vale ressaltar que as empresas desobrigadas de implantar CIPA, precisam 
indicar um funcionário para realizar o treinamento e ser o membro da empresa que 
garantirá que as medidas de segurança sejam implantadas e seguidas por todos os 
funcionários. 
 
NR-06- Equipamento de Proteção Individual- EPI: 
25 
 
Define quais são os equipamentos que poderão ser utilizados para se garantir a 
proteção do trabalhador quando outras medidas não forem possíveis ou suficientes. 
Esses EPI‟s são classificados conforme o órgão do corpo humano que está exposto e 
que deverá ser protegido (cabeça, olhos, aparelho respiratório, ouvidos, tronco, braços, 
mãos, pernas, pés). 
NR-07 – PCMSO- Programa de controle Médico de Saúde Ocupacional: 
O PCMSO é um programa de exames médicos onde o médico procurará 
antecipadamente, identificar se existem indícios de que o ambiente de trabalho possa 
estar causando danos à saúde dos trabalhadores. Para isso, somente uma avaliação 
simples, não é suficiente. Muitas empresas equivocam-se na hora de atender a NR-07, 
talvez por terem sido informadas ou pelo alto custo, optam por realizar apenas o ASO, 
Atestado de Saúde Ocupacional, na admissão e na demissão e o periódico, uma vez 
ao ano. Não é isso que exige a NR-07. 
O ASO deverá ser realizado acompanhado dos exames complementares nos 
seguintes casos: Admissão, periódico, mudança de função e retorno ao trabalho após 
afastamento superior a 30 dias, além disso, ele deve ser feito também na demissão do 
trabalhador. 
NR-09 – PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: 
Embora esteja previsto apenas na Norma Regulamentadora de número 9, está é 
a mais importante e completa de todas as 33 normas regulamentadoras. É nela que 
são apontados os riscos ambientais que deverão ser identificados e monitorados pelas 
empresas, a forma como deverão ser realizados esses procedimentos e sua 
periodicidade. Através do PPRA que serão tomadas as medidas para prevenção de 
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, é nele também que serão englobadas 
todas as demais NR‟s. Se tivermos um PPRA bem elaborado, que identifique de 
maneira adequada cada risco ambiental, em cada setor de trabalho e aponte as 
medidas de proteção e prevenção para cada um desses riscos, o PCMSO (Programa 
de Controle Médico de Saúde Ocupacional) na (NR-07), apenas será uma ferramenta 
de apoio que avaliará as medidas sugeridas pelo PPRA. De maneira antecipada 
serão identificados os indícios que poderão originar uma doença relacionada ao 
26 
 
trabalho ou um acidente e serão apontadas todas as medidas que a empresa poderá 
tomar para evitar tal situação. 
NR-10 – Segurança em instalações e serviços de eletricidade: 
A partir da 10ª, as Normas Regulamentadoras passam ser mais específicas para 
cada ramo de atividade. A NR- 10 trata dos serviços com eletricidade, dimensiona 
conforme a voltagem, a tensão a que está exposto o trabalhador e aponta quais serão 
as medidas que deverão ser tomadas em cada situação, tanto com relação ao 
ambiente, como com relação ao funcionário. Esta NR passou por algumas alterações 
importantes recentemente que especificaram a habilitação e os treinamentos periódicos 
que deverão passar os trabalhadores que estarão expostos à eletricidade. Torna-se 
obrigatório o exame médico admissional, para constatar se o empregado (no momento 
da contratação) apresenta algum problema de saúde, e se apresenta condições para 
desenvolver e executar as tarefas para as quais está sendo contratado; exame 
periódico, para que seja feito um acompanhamento e um controle de qualquer 
problema de saúde que o trabalhador possa vir a desenvolver durante o exercício de 
sua atividade; e o exame admissional, onde a empresa irá eximir-se de qualquer 
responsabilidade relacionada à saúde ocupacional, que o empregado venha a 
reclamar, posteriormente, judicialmente contra a empresa. O item 10.13.2 da NR-10 
estabelece: “É de responsabilidade dos contratantes manterem os trabalhadores 
informados sobre os riscos que estão expostos, instruindo-os quanto aos 
procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados”. 
NR-33- Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: 
A NR-33 (2012) estabelece os requisitos mínimos para o reconhecimento, 
avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes no espaço confinado, de 
forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. A norma tem como objetivos 
atender assuntos como as responsabilidades dos trabalhadores, a gestão de 
segurança e saúde dos trabalhadores em espaços confinados e situações de 
emergência e salvamento (BRASIL, 2012). 
De acordo com a norma NR-33, espaço confinado é classificado como “qualquer 
área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios 
limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover 
27 
 
contaminantesou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.” (NR 
33, 2012). 
“A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada 
e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e 
medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados” (NR33,2012). 
NR 35 – Norma Regulamentadora para Trabalho em Altura: 
Em 26 de março de 2012, foi publicada a Portaria SIT nº 313, que veiculou a 
NR-35, Norma Regulamentadora para Trabalho em Altura, e criou a Comissão 
Nacional Tripartite Temática da NR- 35, com o objetivo de acompanhar a 
implementação da Norma e, dentre outros, propor alterações ao texto regulamentar. O 
texto da NR-35 foi concebido como uma norma geral de gestão para trabalho em 
altura, que é complementado nas suas lacunas por normas técnicas oficiais, que, por 
sua vez, na sua ausência ou omissão, se complementam com normas internacionais 
aplicáveis. 
Segundo a NR 35 – Trabalho em altura, define requisitos mínimos e as medidas 
de proteção para o trabalho em altura, considera que todo trabalho executado acima de 
2,00 metros de diferença do nível inferior, onde a risco de queda, são tratados como 
trabalho em altura, obedecendo assim os procedimentos necessários á manutenção da 
segurança e saúde dos trabalhadores. 
Conforme a norma da ABNT NBR 15475 “Acesso por corda – qualificação e 
certificação de pessoas” consiste em um sistema de qualificação e certificação para 
profissionais que exercem a atividade de acesso por cordas, diretamente relacionados 
com os trabalhos em altura, complementando a parte técnica que envolve o trabalho 
em espaço confinado. 
 
6. EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS PARA SEGURANÇA DE TRABALHO EM 
ESPAÇOS CONFINADOS 
Para trabalhar com segurança e minimizar os números de acidentes de trabalho 
em espaços confinados é necessário a utilização dos equipamentos de proteção, tanto 
individual, como de uso coletivo. 
 
28 
 
6.1 Tipos de equipamentos 
6.1.1 Equipamentos de proteção coletiva 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva são dispositivos destinados a preservar 
a integridade física e a saúde dos trabalhadores através de sinalizações, indicações e 
qualquer mecanismo que forneça proteção ao grupo (BARROS, 2010). Dentre os 
principais EPC‟s podem ser destacados o cone de sinalização, combinado com a fita 
de sinalização ou com o STROBO, que delimitam e isolam a área do trabalho. Além 
destes, com a mesma finalidade podem ser utilizadas grades metálicas dobráveis. Em 
adição aos equipamentos de proteção coletiva destinados a sinalização recomenda-se 
principalmente durante as manobras de desligamento ou religamento de equipamentos, 
a utilização de estrados ou tapetes de borracha. Outro equipamento de proteção 
coletiva utilizado são as placas de sinalização e cartões de travamento, com a função 
de orientar, alertar, avisar e advertir os trabalhadores a respeito dos riscos e perigos 
existentes, proibindo o acesso de pessoas estranhas à atividade que esta sendo 
desenvolvida. (BARROS, 2010). 
 
6.1.2 Equipamentos de proteção individual 
Seguindo as instruções da NR-06 os equipamentos de proteção individual 
utilizados pelos trabalhadores devem possuir a indicação do Certificado de Aprovação 
(CA), expedido pelo órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, que possua 
competência nacional em matéria de segurança e saúde do trabalho, além de passar 
por periódicos testes de qualidade e funcionamento (BRASIL, 2011). 
A Norma Regulamentadora NR-33 recomenda a implementação de um 
programa de proteção respiratória: 33.3.3 [...] p – implementar um programa e proteção 
respiratória de acordo com a análise do risco, considerando o local, a complexidade e o 
tipo de trabalho a ser desenvolvido. Sempre que for necessária a utilização de 
Equipamento de Proteção Respiratória (EPR), a empresa deve elaborar e implementar 
um Programa de Proteção Respiratória (PPR), conforme estabelece a Instrução 
Normativa Nº 1, de 11/04/1994. O PPR tem como finalidade a proteção respiratória 
adequada do trabalhador, durante o uso do respirador selecionado, (KULCSAR, 2013). 
29 
 
Os equipamentos de proteção respiratória para espaços confinados são 
respiradores purificadores de ar, que incluem as peças faciais completas e semi-faciais 
filtrantes ou um quarto facial e que utilizam filtros químicos ou mecânicos. Os EPR 
mecânicos são comumente utilizados para reter partículas sólidas ou líquidas 
(aerodispersóides). As utilizações dos filtros químicos são mais comumente utilizadas 
para contaminantes gasosos como gases e vapores. Também são utilizados os 
respiradores de adução de ar, que são respiradores que utilizam o ar de uma fonte 
externa do ambiente, que pode ser por ar natural, respirador de linha de ar comprimido 
ou aparelhos autônomos ou máscaras autônomas. 
Os envolvidos em trabalhos em Espaços Confinados devem usar os seguintes 
EPI‟s: calça; camisa; capacete com jugular; luvas (PVC ou raspa); cinto de segurança 
paraquedista; abafador auricular; protetor auditivo; avental; talabarte em y; botas de 
segurança com solado antiderrapante ou de borracha; óculos de segurança; respirador 
para partículas sólidas. 
 
7. METODOLOGIA 
O trabalho foi feito na da empresa Fazenda União, com visita técnica no 
ambiente de trabalho in loco, para analisar e registrar com fotos o procedimento de 
como é o funcionamento de um silo (Armazém) e silo secador acompanhando todos os 
setores na área para identificar os possíveis erros e não conformidades, e aplicação do 
check-list (ANEXO II). 
Utilizei de pesquisa bibliográfica para informar sobre as normas de segurança de 
trabalho, e também para alguns conceitos relevantes no que se refere ao tema 
proposto. A pesquisa foi elaborada a partir de livros, artigos, legislação e normas 
nacionais e internacionais, cujas fontes de consulta incluem a Internet, através de 
páginas oficiais de organizações, abordando temas que buscam detalhar o assunto a 
ser trabalhado, principalmente a NR 33 (ANEXO I). 
30 
 
Para a identificação dos riscos existentes em cada espaço confinado foi 
necessário a elaboração de procedimentos de trabalho e adoção das medidas para a 
entrada e realização da atividade, e também a saída do seu interior, devido ao local ser 
muito complexo, por isso a elaboração da (APR) Análise Preliminar de Riscos (ANEXO 
III) e a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho (PET) (ANEXO IV) que são 
medidas adicionais indispensáveis para que o trabalho seja executado de forma 
segura. 
A análise no preço dos equipamentos de segurança, foi feito um orçamento 
(ANEXO V) no custo de EPI, na empresa Equip e C&a Ltda. ME, no município de Bom 
Jesus-PI. 
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Foi realizado um levantamento e identificação dos espaços confinados, com uma 
proposta de análise dos riscos inerentes as atividades nestes locais. 
A Análise Preliminar de Riscos (APR) (Anexo III) identifica e descreve os riscos, 
associáveis às instalações e seus potenciais desdobramentos em cenários acidentais 
com danos a pessoas, instalações ou meio ambiente. 
Em ambientes confinados usados para armazenagem de grãos, descumprir as 
Normas Regulamentadoras, neste caso, mais especificamente a NR-33(Anexo I), pode 
resultar na ocorrência de acidentes graves e/ou fatais como incêndios e explosões. 
Além de riscos de incêndios e explosões em armazenadores de grãos, há o risco 
de soterramento, que geralmente ocorre quando o operador deixa de usar o cinto de 
segurança, o que impede a retirada do mesmo caso fique preso nos grãos. Neste caso 
deve-se estabilizar os grãos para que faça a retirada do trabalhador. 
 
8.1Descrições dos espaços confinados 
São três silos para depósito de produtos a granel, sendo cada um com 
capacidade para 30.000 sacas, todos com base em concreto e o restante da estrutura 
31 
 
em metal, com forma circular e para se ter acesso a seu interior há uma boca de visita 
com 0,6 x 0,6m 26 localizado a 1,70m de altura do chão e outra abertura na parte 
superior com for forma retangular e 0,60 x 0,40m de abertura. 
Para se ter acesso à parte superior dos silos há uma escada fixa na estrutura 
com 14m de altura, com proteção contra quedas a partir de 2m de altura a partir da 
base. Há também uma escada fixa em metal na parte superior do silo, sem proteção 
contra quedas de alturas. Na parte interna dos silos há uma escada fixa com 14m de 
altura; porém, sem sistema de proteção contra quedas de alturas. 
Abaixo dos silos há um túnel com 11 m de comprimento, 2 m de altura e 1,20m 
de largura. Para se ter acesso ao seu interior há uma entradas, pelo poço do elevador 
que se encontra entre os silos. Sobre os silos há uma fita transportadora de produtos, 
inclusa há uma passarela paralela à fita para a circulação. Para se ter acesso à fita, 
utiliza-se as escadas dos próprios silos. As figuras a seguir ilustram todo o processo. 
 
 
 
Figura 3 : Silo armazenador Figura 4: 3 Silos armazenadores 
 
Fonte: Ferrari 
 
 
Os silos são construídos um ao lado do outro, para facilitar na execução de todo 
processo de armazenamento e secagem dos grãos. 
A sua estrutura não oferece nenhuma ergonomia ao trabalhador, uma vez que o 
acesso ao local de trabalho é dificultoso, e restrito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Escada externa Figura 6: Vista de cima 
 
Fonte: Ferrari 
 
 
 
Figura 7,8 e 9: Teto interior do silo; Parede interna do silo; Rosca giratória 
respectivamente. 
 
Fonte: Ferrari. 
 
A moega possuí uma área com 7,5m x 5m; com boca de visita de 0,5m x 1m, 
piso em concreto bruto e barrotes de barras de ferro 3/4; cobertura com zinco; 
iluminação natural e artificial; ventilação natural. Neste setor há uma moega para 
recebimento de grãos com capacidade para 2000 sacas, nela há um poço do elevador 
com 2,5m x 2m de boca e 12 m de profundidade. 
 
 
 
33 
 
 
FIGURAS: 10,11 e 12- Entrada para moega, moega (respectivamente) 
 
Fonte: Ferrari 
 
Poço de elevador de expedição em concreto armado em suas paredes, com um 
único acesso pelo topo de 0,60 x 1,20, sua superfície é gradeada metálica com 
profundidade de 4,00 m e dimensões internas de 3,50m x 4,30 m. Tem um elevador de 
grãos metálico, tipo canecas, centralizado no mesmo. Seu acesso ao interior é feito por 
alçapão. Não têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que impeça a 
visualização do trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate, mas possui 
iluminação fluorescente. 
 
 
Figura 13- Poço de elevador 
 
Fonte: Ferrari 
 
O elevador de grãos metálico, tipo canecas, centralizado no mesmo possui 
acesso ao interior é feito por alçapão. O poço do elevador é em concreto armado em 
suas paredes, com um único acesso pelo topo de 0,55x 1.60, sua superfície gradeada 
34 
 
metálica com profundidade de 12,00 m e dimensões internas de 2,40m x 3,00 m. Não 
têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que impeça a visualização do 
trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate e iluminação fluorescente. 
 
 
 
Figura 14 : Elevador de grãos metálico Figura 15: Parte inferior do elevador 
 
Fonte: Ferrari 
 
A limpeza de grãos é uma operação que reduz mecanicamente a quantidade de 
materiais indesejados da massa de grãos. Muitas vezes, a má condução do processo 
de colheita faz com que os grãos chegam às unidades de beneficiamento com índices 
de impurezas elevados, dificultando os processos de secagem e armazenagem. As 
máquinas de limpeza, podem ser classificadas quanto tipo de operação: pré-limpeza, 
limpeza e classificação. 
 
 
Figura 16: Impurezas grãos soja Figura 17: Soja peneirando 
Fonte: Ferrari 
35 
 
A peneiração é a operação em que os corpos são colocados sobre um tela ou 
chapa perfurada, e por ação de um movimento vibratório ou oscilatório, faz com que 
corpos menores passem pelos orifícios da peneira. As peneiras são chapas perfuradas 
inclinadas de 4 a 10º, com furos de dimensões que dependem do produto que está 
sendo peneirado. Normalmente as peneiras são montadas sobre um quadro metálico 
ou de madeira, e no interior do quadro são alocados esferas de borracha para a 
limpeza da peneira durante o trabalho. Acoplado a caixa de peneiras, está o 
acionamento motorizado, que gera o movimento vibratório, ou oscilatório das peneiras. 
Para completar o fluxo de grãos nas máquinas tem-se é sistema de carga da 
máquina, onde se da à carga dos grãos e serve para manter o fluxo do produto sempre 
contínuo, servindo também para fazer a distribuição uniforme dos grãos sobre as 
peneiras e as bicas de descarga, que descarregam as impurezas de acordo com a 
separação efetuada, assim como os grãos, que seguem com o transportador para o 
próximo processo da unidade armazenadora. 
As máquinas de pré-limpeza fazem uma operação preliminar que reduz em torno 
de 4 % o teor de impurezas da massa de grãos. A limpeza é uma operação terminal 
que reduz para 1% o teor de impurezas final da massa. Já a classificação é a operação 
que sofre os grãos já limpo, a fim de classifica-lo conforme os parâmetros necessários. 
 
 
Figura 18: Maquinas pré limpeza trabalhando Figura19: Maq.sem trabalho 
Fonte: Ferrari 
 
Outro processo é a secagem, que tem por finalidade retirar água contida nos 
grãos. É definida como um processo simultâneo de transferência de calor e massa 
(umidade) entre o produto e o ar de secagem. A remoção da umidade deve ser feita em 
36 
 
um nível tal que o produto fique em equilíbrio com o ar ambiente onde está 
armazenado e deve ser feita de modo a preservar a aparência, a qualidade nutritiva e, 
no caso dos grãos, a viabilidade como semente. 
É muito importante a secagem dos produtos agrícolas à medida que cresce a 
sua produção. Dentre as principais vantagens da secagem eficiente destacam-se: 
permite antecipar a colheita, disponibilizando a área para novos cultivos; minimiza as 
perdas do produto no campo; permite armazenagem por períodos mais longos, sem 
perigo de deterioração do produto; o poder germinativo é mantido por longos períodos, 
e impede o desenvolvimento de microrganismos e insetos. 
 
 
Figura 20: Silo secador Figura 21: Fornalha em funcionamento 
Fonte: Ferrari 
 
 
Figura 22: Abastecimento da fornalha Figura 23: Tampa (boca)da fornalha 
Fonte: Ferrari 
37 
 
Para aumentar a temperatura do ar de secagem são utilizadas junto ao secador, 
fornalhas. As fornalhas são acopladas ao secador, é o local emque se dá a queima do 
combustível para a geração do calor necessário ao processo de secagem. São 
projetadas de forma adequada para cada tipo de combustível a ser utilizado e 
dimensionado para a quantidade de calor a ser gerado por hora. 
Os sistemas de aquecimento de ar por fornalha são de fogo indireto, onde a 
câmara de combustão aquece uma tubulação interna pela qual passa o ar que se 
aquece indiretamente através da tubulação. Nesse caso, os gases da combustão não 
passam pela massa de grãos. 
Uma atividade também feita é a expedição, que ocorre a partir dos silos, onde o 
grão será transportado por meio de correias e elevadores até a descarga da expedição, 
depois de carregado, é feita a pesagem do caminhão para aferição e encaminhado ao 
destino final. 
As atividades que constituem o beneficiamento de grãos devem ser integradas, 
a fim de permitir o movimento de grãos com o mínimo de interrupção. As capacidades 
dos equipamentos devem ser coerentes com o fluxo de grão, e a sua localização deve 
levar em conta a obter-se o máximo proveito de espaço, porém permitindo o fácil 
acesso para inspeção e reparos, e a possibilidade de expansão. 
 
Figura 24: Balança Figura 25: Motor gerador energia 
Fonte: Ferrari 
 
 
38 
 
 
Figuras: 26 e 27- Vista expedição e silos secadores 
Fonte: Ferrari 
 
8.2 Medidas preventivas sugeridas 
Além do uso dos Equipamentos adequados, existem diversas medidas de 
proteção que devem ser adotadas para evitar acidentes em Espaços Confinados. 
Essas medidas podem ser classificadas como Técnicas; Administrativas e Pessoais: 
Medidas Técnicas: 
 Evitar a entrada de pessoas não autorizadas nos Espaços Confinados; 
 Antecipar, conhecer, avaliar e controlar os riscos nos Espaços Confinados; 
 Monitorar a atmosfera nos Espaços Confinados antes e durante os trabalhos; 
 Utilizar equipamentos de medida direta, testados, com alarmes e protegidos 
contra interferências; 
A utilização do documento PET, contendo o conjunto de medidas de controle, 
para à entrada e realização do trabalho, de forma segura, em Espaços Confinados, 
também contém as medidas de emergência e de salvamento nesses ambientes. 
Nenhum trabalho pode ser iniciado sem a PET, que possui data de início e término dos 
trabalhos, para cada nova entrada no Espaço Confinado, é necessária uma nova PET, 
ainda que o prazo da anterior ainda não tenha vencido. 
Medidas Administrativas: 
 Manter cadastro atualizado dos Espaços Confinados e seus riscos; 
 Definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar riscos; 
 Implementar procedimento de trabalhos em Espaços confinados; 
39 
 
 Adaptar modelo de Permissão de Entrada e Trabalho (PET); 
 Designar os trabalhadores que integrarão as equipes de operações em 
Espaços Confinados e capacitá-los; 
 Implementar o Programa de Proteção Respiratória; 
 
Medidas Pessoais: 
 Exames médicos específicos, com emissão do ASO; 
 Capacitação de todos os envolvidos nos trabalhos; 
 Proibir trabalhos realizados individualmente ou isoladamente; 
 Fornecer todos os equipamentos e instrumentos de proteção previstos na PET. 
Ao fornecer esses equipamentos o empregador deverá obter um termo de 
recebimento assinado pelo funcionário para que fique ciente que deverá utiliza-los. 
De acordo com a NR-33, a capacitação deve ser anual e deve ser ministrada por 
instrutores com proficiência no assunto comprovada. A carga horária varia, de acordo 
com o tipo de atuação do trabalhador: 
 Trabalhadores Autorizados e Vigias – mínimo 16h; 
 Supervisores de Entrada – mínimo 40h. 
Ao fazer a capacitação, deverá também receber uma cópia da certificação 
contendo todos os dados pessoais do funcionário. 
Apenas fazer a capacitação, não está isento de futuros acidentes, pois muitas 
vezes um simples descuido, ou negligência pode levar ao acidente. 
 
Figura 28: EPI novo Figura 29: Treinamento funcionários 
Fonte: Ferrari 
40 
 
De acordo com a NR-33, o empregador deve elaborar e implementar 
procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, 
no mínimo: 
 Capacitação de equipe de salvamento; 
 Descrição de possíveis acidentes; 
 Descrição de medidas de salvamento e primeiros socorros; 
 Correta utilização de equipamentos de emergência, resgate, primeiros socorros 
e transporte; 
 Acionamento de socorro especializado; 
 Simulações anuais de salvamento 
O empregador tem como responsabilidades, segundo a NR 33 os seguintes 
requisitos: 
 A empresa deve ter um responsável técnico responsável pelo cumprimento da 
NR-33 (Anexo I); 
 Os espaços confinados presentes na empresa devem ser identificados, assim 
como os riscos específicos de cada um; 
 E necessário implementar a gestão de segurança, de forma que garanta 
permanentemente boas condições de trabalho no ambiente; 
 Garantir que os trabalhadores sejam capacitados para as atividades no local, 
tanto os da própria empresa como de empresas contratadas; 
 A atividade dentro do espaço confinado só poderá ocorrer após a emissão da 
Permissão de Entrada e Trabalho (PET) (Anexo IV); 
 Garantir que empresas contratadas estejam em conformidade com a NR-33; 
 Em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente, nenhuma 
atividade deve ser desenvolvida, procedendo ao imediato abandono do local; 
41 
 
 Ter as informações do local confinado, sempre atualizadas para cada entrada. 
Além do empregador, os trabalhadores também tem suas responsabilidades de 
acordo com a NR 33: 
 A colaboração com a empresa cumprindo a norma regulamentadora; 
 Utilizar os equipamentos oferecidos pela empresa para a prevenção de 
acidentes; 
 Comunicar com a empresa sobre situações de riscos que sejam desconhecidas 
por ela; 
 Colocar em prática as orientações passadas em treinamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
8.3. RELAÇÃO CUSTO BENEFÍCIO X PREÇO DO EPI 
Conforme orçamento (ANEXO I) na loja Equip. e C&a Ltda., localizada na Av. 
Ademar Diógenes, no Município de Bom Jesus-PI, os preços dos principais 
equipamentos de segurança não possuem um custo tão elevado, que seja 
compensatório a Fazenda União não fazer o uso desses equipamentos. Uma vez que 
por se tratar de vidas, o custo benefício para se obter um trabalho com segurança, 
responsabilidade, satisfaz o propósito da Fazenda que é de trabalhar dando medidas 
compensatórias quanto ao resultado do que se ganha entre os períodos de safra; e 
para se obter mais lucros, conforme citei no inicio do trabalho; quando se trabalha com 
medidas e prevenção de acidentes de trabalho, reduz o custo operacional; pois 
reduzindo os problemas como indenizações, pensões; já está aumentando o lucro no 
final do ciclo. 
 
9. CONCLUSÃO 
 
A presente monografia buscou identificar a existência de riscos na segurança do 
trabalho nas unidades de beneficiamento e armazenagem de grãos na Fazenda União, 
e propor sugestões para amenizar esses riscos e tentando minimizar os acidentes 
nesse local de trabalho, de acordo com as normas de trabalho em espaços confinados. 
A execução da Análise Preliminar de Risco (APR) durante a execução desse 
trabalho traz uma visão sistêmica do processo e operação do armazenagem, 
possibilitando identificar as necessidades e atributos de segurança a serem 
consideradas durante a execução de qualquer trabalho nesses espaços confinados. 
Pelo preço que custa o equipamento de segurança, a Fazenda não pode deixar 
de ter pessoascompetentes á estarem fiscalizando o uso correto desses 
equipamentos, monitorando á todo momento, e quando não estiver utilizando de 
acordo com as normas, suspender a função desse trabalhador, para que assim 
diminuam a possibilidade que se ocorra acidente de trabalho, uma vez que quando 
ocorridos nesses locais, devido à complexidade do local, pode ser fatal. Muitas vezes 
os empregadores até compram esses equipamentos de segurança, mais depois não 
faz o monitoramento correto quanto ao seu uso diário. 
43 
 
Com a conclusão desta monografia, a Fazenda União empresa terá subsídios 
para melhorar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, 
através da adoção de medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de 
emergência e salvamento, norteados pelas Normas regulamentadoras, de forma a 
garantir ambientes com condições seguras e adequadas de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
10- REFERENCIAS 
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Riscos na Operação de Silos Metálicos. VIII Congresso Nacional de Excelência em 
Gestão. Junho/2012. 
 
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medicina-do-trabalho-apimt/>. Acesso em: 09 Junho 2017. 
 
BARBOSA FILHO, Antônio Nunes. Segurança do trabalho & gestão ambiental. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2018. 
 
BARROS, B. F. NR-10 Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e 
Serviços de Eletricidade: Guia Prático de Análise e Aplicação. 1ª Edição. São Paulo: 
Érica, 2010. 
 
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Proteção Individual. Brasília, 2011. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 33 (NR 33): 
segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados. Brasília: 2012. 
 
CAÇADOR, S.S. Segurança e saúde no trabalho das indústrias madeireiras de Lavras 
– MG. Lavras, UFLA, 1997. Monografia, UFLA. 39 p. 
 
CHU, JORGE NOBRE. Análise de Riscos nas Indústrias Petroquímicas: Atmosferas 
explosivas. Instituto Politécnico de Setúbal/Escola Superior de Ciências Empresariais. 
(Mestrado em Segurança e Higiene do Trabalho). Setúbal, 2014.82. 
 
GARCIA, S. A. L.; KULCSAR NETO, F. Guia técnico da NR 33.– Ministério do Trabalho 
e Emprego: Fundacentro. Brasília/DF, janeiro de 2013. 
45 
 
 
GRANDJEAN, E. Fitting the task to the man. London: Taylor & Francis, 1988.363 p. 
 
KULCSAR NETO, F. Espaços confinados: livreto do trabalhador: NR 33 - 
segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados. São Paulo: 
Fundacentro, 2009. p. il. color. ; 24 cm. ISBN 978-85-98117-45-4. 
 
Ministério da Previdência e Assistência Social. Indicadores de acidentes do trabalho 
segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), Brasil, 2005. 
Disponível em:<http://www1.previdencia.gov.br/anuarios/aeat-2005/14_08 
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NR – Norma Regulamentadora NR 4 – Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho. Disponível em: 
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NR – Norma Regulamentadora NR6– Equipamento de Proteção Individual. Disponível 
em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 
11 março 2017. 
 
NR – Norma Regulamentadora NR7– Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-
regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 11 março 2017. 
 
46 
 
NR – Norma Regulamentadora NR9– Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 
Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. 
Acesso em: 11 março 2017. 
 
NR – Norma Regulamentadora (2004). NR 10 – Serviços em Eletricidade. Disponível 
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11 março 2017. 
 
NR – Norma Regulamentadora (2012e). NR 33 – Segurança e saúde no Trabalho em 
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35: Trabalho em altura. Brasília - DF, 2012. Disponível em: 
<http://www.mte.gov.br/legislação/nr.pdf [01 á 36]>. Acesso em: 02/04/2017. 
 
NBR 14787: Espaço confinado - Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de 
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NBR 15475: Acesso por corda – Qualificação e certificação de pessoas. Rio de Janeiro, 
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em: 22/06/2017. 
 
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30/05/2017. 
 
http://www.protecao.com.br/noticias/. E http://www.protecao.com.br/PIAUI 
 
RANGEL, Este lito JR. Estelito. Atmosfera explosiva. O setor elétrico. Disponível em: 
<http://www.internex.eti.br/estellitopremioabracopel2009.pdf>. Acesso em: 26/04/2015. 
47 
 
 
SINAIT-Sindicato Nacional dos auditores fiscais do trabalho. Disponível em 
:https://www.sinait.org.br/ 
 
SOARES, L. DE C.; ALVAREZ, D; FIGUEIREDO, M. Gestão do trabalho, saúde e 
segurança na indústria petrolífera offshore da bacia de campos: pistas a partir da 
análise crítica de um acidente de trabalho. Rio de Janeiro, 2008. xxviii encontro 
nacional de engenharia de produção. 
 
SOLDERA, R. B. Implantação da NR33 em uma Unidade Armazenadora de Grãos. 
2012. Monografia (Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho) – 
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. 
 
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/Clt.pdf. 
 
WEBER, É. A. Excelência em beneficiamento e armazenagem de grãos. Rio 
Grande do Sul: Ed. Salles, 2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
ANEXOS 
ANEXO I 
NR-33 SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS 
Publicação D.O.U. Portaria MTE n.º 202, 22 de dezembro de 2006 
27/12/06.Alterações/Atualizações Portaria MTE n.º 1.409, 29 de agosto de 2012 
31/08/12 
33.1 Objetivo e Definição 
33.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para 
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e 
controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e 
saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. 
33.1.2 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação 
humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação 
existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência 
ou enriquecimento de oxigênio. 
33.2 Das Responsabilidades 
33.2.1 Cabe ao Empregador: 
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma; 
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; 
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; 
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, 
por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e 
salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes

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