Buscar

Aproximações e divergências entre os Clássicos da Sociologia: Marx, Weber e Durkheim

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APROXIMAÇÕES E DIVERGÊNCIAS ENTRE OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA – MARX, WEBER E DURKHEIM
Victor Leite
Weber tem o posto de principal homem da sociologia alemã. Ele foi o sujeito que pensou sobre os modos positivistas de concepção de leis sociais e os questionou. Segundo Weber, ciência social - a ideia - não deveria reduzir realidade prática a lei. Isso porque na escolha do tema, tanto como na explicação do acontecimento concreto, o cientista toma diversos fatores ligados à realidade dos fatos, assim como os seus próprios valores para assim ter um sentido à realidade particular. Inevitavelmente, sua subjetividade estará subliminar nas suas formulações. Para Weber, a ação é toda a conduta humana brindada de um significado subjetivo dado por quem a coloca em prática. A ação social é toda conduta brindada de um sentido para quem a realiza. A mesma deve ser executada com alguma intenção. 
A partir disto, Weber predispõe tipos ideais de ação social que podem se enquadrar na sociedade. Em síntese, ele compreendeu (e explicou) a relação social, a conduta plural que tem na sua orientação uma resposta recíproca. Tem no seu cerne materiais significativos que estão ociosos, na chance de que se agirá socialmente de certo modo. Entretanto, este contrato social não obriga ninguém a dar um sentido nas ações. Todos sabem deste contrato mesmo que não haja correspondência do que se trata.
Marx fala de razão, confrontando os neo-hegelianos. Eles, com sua "ilusão de consciência", mesmo abandonando aos poucos o sistema de Hegel, estão iludidos com sua própria falácia, dando a impressão que eram a "Revolução Francesa da filosofia". Para os neo-hegelianos, a mudança da ideia - a criação da nova consciência - se daria do dia para a noite e assim infra e superestrutura andariam juntas e estariam paralelas e equivalentes. Marx e Weber não chegam próximos um do outro quando falam das relações do comportamento humano. Para Weber, a relação subjetiva é deliberada pelo comportamento de terceiros. Weber também se esmerou com instrumentos metodológicos que dariam ao cientista uma investigação dos fenômenos íntimos sem se perder na vastidão descomunal dos aspectos por inteiro. O principal instrumento é o tipo ideal que passa a cumprir duas funções, sendo que a primeira é escolher a dimensão do objeto a ser analisado e depois apresentar de uma maneira pura, sem suas sutilezas. A concepção da sociedade, segundo Marx, passa por estágios e estes estágios que se transformam carregam consigo resquícios do estágio anterior. Esta relação dialética não é descrita por Weber. 
Durkheim diferencia-se de Marx afirmando que o socialismo é representante de um movimento que tinha como intento reestruturar a moralidade na sociedade por meio de método científico, deixando de lado a questão político-econômica que Marx tanto enfatiza nos seus escritos. Para Durkheim, existem pontos de estudo que a sociologia deve dar atenção, os fatos sociais que são a coerção social, exterioridade e o poder de generalização, que apresentam autonomia, exteriores aos sujeitos tornam-se intrínsecos e subjetivos até se tornarem hábitos.
Referências bibliográficas
1. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber / Tania Quintaneiro, Maria Ligia de Oliveira Barbosa, Márcia Gardênia de Oliveira. - 2. ed. rev. amp. - Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.
2. TESKE, Ottmar (Coord). Sociologia: textos e contextos. Canoas: Ed. da ULBRA, 1999.
3. A ideologia alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas (1845-1846) / Karl Marx, Friedrich Engels; supervisão editorial, Leandro Konder; tradução, Rubens Enderle, Nélio Schneider, Luciano Cavini Martorano. - São Paulo: Boitempo, 2007.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes