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"Segmento Empresarial e suas tributações”
GABRIEL ROGÉRIO DE FARIA PANASSOLO¹; JULIANO VARANDAS GROPPO².
Aluno do 6º semestre do curso de Ciências Contábeis;
Professor formado em Matemática com especialização em Gestão Estratégica de Negócios;
Resumo
Este artigo irá discutir todos os aspectos envolvidos na criação e/ou participação de uma empresa, fornecendo e demonstrar para o empresário e/ou empreendedor como proceder em conformidade com os meios de negócios corporativos, qual empresa e abrir modo ou se associar e como juntar o sistema tributário mais adequado e vantajoso para sua entidade, aplicando a forma sensata, já que o mesmo se tornou indispensável no cotidiano das empresas, e aplicá-lo como especificadas na legislação.
Além disso, serão abordadas as especificações vigentes de cada organização, sendo inclusos, seus principais pontos e derivados, qual a capacidade, composição e os limites dos faturamentos aos quais essas entidades comportam.
Por fim, sendo apresentadas as tributações e taxações dos impostos aos quais serão pagos por essas respectivas empresas, diferenciando-os com base nos faturamentos brutos obtidos ao fim de seus períodos ou ano-calendário, sendo ele o que irá diferir uma entidade da outra, tanto em seu âmbito empresarial quanto em seu aspecto tributário.
Palavras-Chave: Empresa; Tributações; Impostos.
Abstract
This article will discuss all aspects involved in creating and/or participation of an enterprise, providing and demonstrate to the entrepreneur and/or entrepreneur how to proceed in accordance with the corporate business, which company and open way or join and how to join tax system more suitable and advantageous to your entity, applying the sensible way, since the same has become indispensable in the daily life of the companies, and apply it as specified in the legislation.
In addition, existing specifications will be addressed to each organization, being included, its main points and derivatives, which the ability, composition and the limits of the revenues to which these entities Act. 
Finally, being presented the taxation and levies of taxes which are paid by these respective companies, differentiating them based on gross revenues obtained after their periods or calendar year, being that will differ from one entity to the other, both in your business scope as in your tributár aspect.
Keywords: Company; Taxation; Taxes.
Introdução
Dentro do cenário nacional, é possível constituir diversos segmentos empresariais, os quais diferem em suas próprias características, podendo ser enfatizado, o limite de faturamento, capacidade de sócios, entre outras mais.
Cada entidade, seguindo seus ideais, poderá optar por diferentes tipos de regimes tributários, os quais irão auxiliar empresários e ou empreendedores a desembolsar menos capital se bem escolhido.
Para um desígnio correto do regime a ser enquadrado, contador da empresa deve estar ciente sobre a incidência desses impostos, fazendo com que a organização em questão se mantenha na legitimidade fiscal.
Objetivo Geral
Identificar o melhor segmento empresarial para o empresário dar início para com suas atividades, e auxiliar na escolha do regime de tributação adequado, ou seja, adaptar-se ao que haverá menor desembolso com pagamento de tributo.
Objetivos Específicos
Evidenciar quais as espécies tributárias existentes; 
Descrever os princípios norteadores do de cada regime tributário; 
Caracterizar os regimes de tributação existentes no Brasil;
Realizar um planejamento tributário adequado;
Analisar a aplicação prática dos regimes de tributação para uma empresa, fazendo um comparativo entre eles.
Metodologia
Este artigo teve início através da solicitação do professor orientador, seu conteúdo dissemina-se a partir das informações coletadas em aula fornecidas pelo orientador citado e através de pesquisas prévias, com intuito de proporcionar maior entendimento e conhecimento sobre os pontos datados anteriormente.
Tipos de empresas existentes no Brasil
No Brasil, é possível constituir empresas das mais distintas naturezas jurídicas, as quais se diversificam de acordo com seu porte e enquadramento tributário. Dentre as principais estão: Microempresário Individual – MEI, Sociedade Limitada – LTDA, Sociedade Anônima – SA e Empresa de Pequeno Porte – EPP, Microempresa – ME, Eireli - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, Empresário Individual, Sociedade Empresária, Sociedade Simples.
Ao compreender a constituição de cada empresa, será possível identificar a que melhor se adeque ao seu negócio.
Microempresário Individual – MEI 
É a empresa que possui um só funcionário, onde o faturamento anual tem que ser de até R$ 60.000,00, sendo a razão social composta pelo nome do proprietário da empresa. No caso do Microempresário Individual, este responderá de forma ilimitada por todas as dívidas contraídas pelo empreendimento.
Sociedade Limitada – LTDA
A maior parte das empresas no Brasil são desse segmento. A sociedade LTDA é composta por no mínimo dois sócios. Para a constituição da empresa é necessário a celebração de um contrato social e seu registro na junta comercial do estado. O diferencial da referida sociedade, é que a responsabilidade dos sócios se resume ao limite do capital da empresa. Não há limite de faturamento para esse tipo de sociedade.
Sociedade Anônima – S.A.
A empresa S.A. é aquela que possui seu capital distribuído em ações, ou seja, uma pessoa, ao comprar uma ação, torna-se sócio/acionista da empresa. Uma particularidade das empresas S.A. é a possibilidade da emissão de ações que podem ser negociadas na bolsa de valores. Esse tipo societário é divido em empresas de capital aberto (negociado em bolsa) ou capital fechado (não negociado em bolsa). Também não está sujeita a nenhum limite de faturamento.
Microempresa – ME
É considerada uma microempresa o empreendimento que possua faturamento bruto anual menor ou igual a R$ 360.000,00.
Empresa de Pequeno Porte – EPP
Para ser considerada uma EPP, é necessário que a empresa tenha um faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000.00.
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – Eireli
É uma categoria empresarial que permite a constituição de uma empresa com apenas um sócio: o próprio empresário.
Essa modalidade foi criada em 2011 e surgiu com o propósito de acabar com a figura do sócio “fictício”, prática comum em empresas registradas como sociedade limitada, que antes só poderiam ser constituídas por, no mínimo, duas pessoas, e agora podem ser abertas com um único sócio.
A Eireli permite a separação entre o patrimônio empresarial e privado. Ou seja, caso o negócio contraia dívidas, apenas o patrimônio social da empresa será utilizado para quitá-las, exceto em casos de fraude.
Isso é garantido pela exigência de um capital mínimo de 100 vezes o valor do salário-mínimo no momento do registro da empresa.
Por muito tempo, empreendedores que criavam micro e pequenas empresas, as MPEs, escolhiam a sociedade limitada. Agora, a Eireli é mais vantajosa para eles.
Empresário individual
O empreendedor ou empresário individual, anteriormente conhecido como firma individual, é o empresário que exerce em nome próprio uma atividade empresarial, sendo o titular do negócio.
Este é um modelo para quem não pensa em ter sócios, ideal para profissionais autônomos, freelancers e profissionais liberais que desejam formalizar suas atividades.
A razão social da empresa deve ser composta pelo nome civil do proprietário (que pode ser completo ou abreviado), podendo ser adicionado outro nome em referência à atividade econômica ou à forma como é conhecido no ambiente empresarial.
Neste tipo de empresa, o patrimônio da pessoa natural e da organização são os mesmos, portanto, em caso de dívidas, o titular responde de forma ilimitada pelos compromissos financeiros.
Sociedade Empresáriae Sociedade Simples
Uma aglutinação de esforços de diversos agentes, interessados nos lucros que uma atividade econômica complexa, de grande porte, que exige muitos investimentos e diferentes capacitações, promete propiciar. É a que explora uma empresa, ou seja, desenvolve atividade econômica de produção ou circulação de bens e serviços, normalmente sob a forma de sociedade limitada ou sociedade anônima. Duas são as espécies de sociedades no direito brasileiro: a simples e a empresária. 
A sociedade empresária, é a pessoa jurídica que explora uma empresa. A própria sociedade é titular da atividade econômica. O termo é diferente de sociedade empresarial, que designa uma sociedade de empresários. No caso em questão, a pessoa jurídica é o agente econômico organizador da empresa. É incorreto considerar os integrantes da sociedade empresária como os titulares da empresa, porque essa qualidade é a da pessoa jurídica, e não de seus membros.
No Direito Societário, empresário, para todos os efeitos, é a sociedade, e não seus sócios. Estes serão chamados de empreendedores (investem capital e são responsáveis pela concepção e condução do negócio) ou investidores (aquele que contribui apenas com o capital para o desenvolvimento da empresa.
Sociedade empresária é um conceito mais amplo que sociedade comercial, pois abarca uma das maneiras de organizar, a partir de investimentos comuns de mais de um agente, a atividade econômica de produção ou circulação de bens e serviços.
Enquanto isso, a sociedade simples remete a parcerias entre profissionais prestadores de serviços, constituindo casos nos quais eles mesmos exercem a atividade para a qual a sociedade existe. Exemplos são sociedades entre médicos, advogados e outros profissionais cujas atividades, ou seja, profissões, correspondem à própria finalidade da união. 
Dessa forma, esse tipo de sociedade explora prioritariamente atividades de prestação de serviços de natureza notadamente intelectual e/ou cooperativa. O objeto descrito no contrato social de uma parceria desse tipo, portanto, deve necessariamente não corresponder a atividades mercantis.  Em geral, o conceito de sociedade simples está ligado a atividades de natureza científica, literária, artística, entre outras.
De forma resumida, então, a sociedade simples é constituída por pessoas exercendo suas profissões, sendo de "caráter pessoal" a prestação de serviços feita por elas. Por isso, as cooperativas e associações, independentemente do número de participantes, serão sempre consideradas sociedades simples (pois os profissionais exercem a atividade fim da parceria). 
A sociedade empresarial se diferencia da simples justamente por ter como finalidade o exercício profissional de atividades econômicas voltadas para a produção e circulação de produtos ou serviços. 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e suas abrangências
Podem ser classificados como ME ou EPP, o empresário individual, a Eireli, a sociedade empresária e a sociedade simples, ou seja, qualquer sujeito que pratique atividade econômica poderá ser abrangido por esta legislação, desde que obedeça a receita bruta anual, esteja inscrito no órgão competente e não se encontrem nas proibições da LC 123/06.
O Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar nº 123/2006) conceitua as Microempresas, as Empresas de Pequeno Porte e o Microempreendedor, da seguinte forma:
Art. 3 º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I – No caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II – No caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses.
§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados.
Se o empresário individual obtiver receita bruta anual de até R$60.000,00 (sessenta mil reais), poderá se enquadrar nos benefícios da LC 123/2006 que concede tratamento simplificado. Estará dispensado de escrituração contábil, mas só poderá ter um único empregado e um único estabelecimento, não podendo ser registrado em mais de uma Junta Comercial. Será denominado de Microempreendedor Individual (MEI).
Tipos de impostos amortizados pelas entidades
Para a empresa dar início para com suas atividades, antes de mais nada, é imprescindível ter conhecimento dos principais impostos pagos pelos sócios e proprietários da mesma. É de extrema importância o contador da empresa estar atualizado sobre a incidência desses impostos, para que a empresa mantenha a legitimidade fiscal.
Os impostos arrecadados atualmente são divididos a níveis federal, estadual e municipal, apresentados a seguir:
Tributos federais:
IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas
É a tributação que incide sobre a renda bruta de empresas de todos os portes e segmentos do mercado nacional. As alíquotas são as seguintes: 6% (quando sobre o lucro acumulado inflacionário) ou de 15% (quando sobre o lucro real). 
Empresas de todas as áreas do mercado estão sujeitas ao pagamento do IRPJ, assim como negócios essencialmente rurais, empresas estatais, empresas registradas ou não, empresas de sociedade mista e até mesmo estabelecimentos que estão em estados críticos que podem levar a falência. A declaração deste tipo de imposto pode ser tanto trimestral como anual. 
Quando trimestral, o tributo deve ser pago no último dia dos seguintes meses: março, junho, setembro e dezembro.
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro
Assim como o IRPJ, a contribuição social federal tem apuração e pagamento definidos pela opção de tributação (lucro real, presumido ou arbitrado). Sua administração e fiscalização compete à Receita Federal. É uma tributação federal brasileira com incidência na renda líquida de pessoas jurídicas. A alíquota da CSLL varia de 9 a 20%, o que irá depender dos lucros líquidos do período de base antes mesmo da provisão do IR.
PIS/Pasep – Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público
A contribuição federal, administrada e fiscalizada pela Receita Federal, é apurada mensalmente sobre o valor do faturamento mensal de empresas privadas, públicas e de economia mista ou da folha de pagamento das entidades sem fins lucrativos. A alíquota varia de 0,65% a 1,65%. O prazo de recolhimento é até o último dia útil da quinzena do mês seguinte.
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
É um tributo cobrado de empresas brasileiras de todos os portes e segmentos do mercado – com exceção às micro e pequenas empresas registradas no regime do Simples Nacional (que diminui as tributações para tais empresas com o objetivo de legalizá-las). 
Basicamente, as empresas devem pagar este imposto para auxiliarem ogoverno federal no financiamento de programas de seguridade social – como previdência social, assistência social e saúde pública, por exemplo. 
Essa contribuição é baseada nos rendimentos brutos anuais da empresa. Para as empresas com regime de lucros não cumulativo, a alíquota é de 7,6%. Já para empresas que optarem pela incidência do tipo cumulativa, a alíquota é menor: de 3%.
INSS – Previdência Social
O INSS é um dos impostos mais populares em âmbito nacional. Basicamente, essa tributação é destinada ao Instituto Nacional do Seguro Social, que pertence ao Ministério da Previdência Social (órgão do governo federal). 
O INSS foi criado no ano de 1988 e é dotado de inúmeras funções, sendo a mais popular entre elas a responsabilidade pela aposentadoria social. O imposto é recolhido tanto das empresas (pessoas jurídicas) como dos trabalhadores (pessoas físicas). 
Entre os pagamentos realizados pelo INSS destacam-se: aposentadoria, pensão por morte, auxílio doença, auxílio acidente e demais benefícios também previstos em lei. O INSS é um tributo descontado em folha de pagamento e a alíquota varia de 8 a 11%.
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
O IPI  também é um tributo de competência da União. Basicamente, os contribuintes do IPI são os importadores, comerciantes ou arrematadores. Ele é destinado, exclusivamente, aos donos de indústrias. 
Esse tipo de tributação recai tanto no valor do produto importado como do produto industrializado nacional. Além disso, no caso de produtos levados a leilão (por abandono ou apreensão), o imposto também é cobrado. Apurado a cada dez dias, é recolhido até o 3º dia útil do decêndio seguinte –  no caso de cigarros e bebidas – ou até o último dia útil do decêndio subsequente – para os demais produtos.
Tributos estaduais:
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços 
É um imposto instituído em todo Brasil. Cada estado, por sua vez, pode alterar a tabela de valores a serem tributados por conta própria. 
O ICMS é um tributo que incide sobre os mais variados tipos de serviços prestados em âmbito nacional – como serviços de importação, telecomunicações, transportes interestaduais ou intermunicipais, prestação de serviços e assim por diante. 
Ele também incide na circulação de alimentos, eletrodomésticos, roupas, veículos e outros. Os contribuintes do ICMS são pessoas jurídicas, ou seja, empresas cadastradas na Secretaria de Estado da Fazenda. A inscrição do estabelecimento é obrigatória antes mesmo do início de suas atividades. 
Basicamente, qualquer empresa que atue na transferência, venda, transporte ou qualquer outra operação comercial/de circulação de mercadorias deve contribuir para o ICMS.
Tributos municipais:
ISS – Imposto sobre Serviços
É um tributo que incide sobre empresas de todos os portes e segmentos instalados na cidade em questão. O ISS foi criado em substituição do ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). Basicamente o ISS é um tributo de competência do Distrito Federal e dos municípios regido pela Lei Complementar de número 116, implementada em agosto de 2003. 
De acordo com a Constituição Federal, a alíquota mínima de cobrança é de 2% com base nos rendimentos brutos da empresa. Não só as empresas de todos os portes prestadores de serviços devem pagar esse imposto, como também, profissionais autônomos deste segmento. Geralmente, a alíquota é de 5% em cima do valor da nota fiscal de cada serviço prestado. 
Em alguns municípios brasileiros a alíquota é de apenas 2% (alíquota mínima, de acordo com a a emenda constitucional) para estimular a prestação de determinados serviços, como é o caso de serviços na área de informática, por exemplo.
Todos os profissionais com ensino superior completo – como é o caso de médicos, advogados, administradores, engenheiros, cientistas políticos, arquitetos, comunicadores e outros – que atuam sem vínculo empregatício (ou seja, sem carteira assinada) também devem contribuir com o pagamento do ISS.
Regime tributário
Regime tributário é um conjunto de leis que conduz e adverte os tributos aos quais devem ser pagos ao governo. Por conta disso, é necessário escolher o regime ideal para a sua empresa, com intuito de evitar problemas num futuro próximo.
Simplificando, regime tributário é o sistema de cobrança de impostos da sua empresa, delimitado de acordo com seu volume de arrecadação. Dependendo do tipo de negócio, opta-se por um tipo de regime tributário.
A seleção do regime tributário é um dos passos mais importantes para o sucesso de uma empresa. Uma opção mal elaborada nesta etapa do procedimento pode originar a necessidade do pagamento de um conjunto de impostos inadequado, comprometendo a saúde financeira do negócio, ou até mesmo originando problemas fiscais para com a Receita Federal.
Há três tipos de regimes de tributação que podem ser adotados pelas entidades: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. O indicado é que a escolha seja supervisionada e analisada por um contador, o qual tem experiência e conhecimento em relação ao assunto e pode lhe dar as devidas instruções e identificar qual a melhor opção para o seu negócio, por meio de estudos de diversos fatores específicos, como análise de porte do negócio, área de atuação, estudo de mercado, planejamentos de rendimento, entre outros.
Simples Nacional
É um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, previsto na Lei Complementar nº 123, de 2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007. Neste caso, enquadram-se empresas com receita bruta de até R$3.600.000,00. Além disso, caso o faturamento for menor do que R$600.000,00, a empresa pode optar pelo Supersimples. Este regime apresenta alíquotas reduzidas, pois há a união de oito impostos e contribuições: PIS, COFINS, IPI, ICMS, CSLL, ISS, Imposto de Renda da pessoa jurídica e, em alguns casos, INSS patronal. Contudo, nem sempre este é o regime mais vantajoso, especialmente para empresas prestadoras de serviços, que recolhem à parte a contribuição do INSS e por isso suas alíquotas variam conforme a folha de pagamento.
Contudo, a legislação proíbe que alguns sujeitos possam optar pelo simples nacional. De tal modo, estão proibidos de optarem pelo supersimples:
(a) sociedade cujo capital participe outra pessoa jurídica;
(b) sociedade que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica estrangeira;
(c) sociedade, cujo sócio ou titular seja, administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$3.600.000,00;
(d) sociedade constituída na forma de sociedade anônima;
(e) sociedade constituída na forma de cooperativa, exceto a sociedade cooperativa de consumo;
(f) sociedade que exerça atividades de banco comercial, de investimento e de desenvolvimento de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
(g) sociedade resultante ou remanescente de cisão (ou qualquer outra forma de desmembramento) de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário anteriores.
(h) sociedade constituída sob a forma de sociedade anônima.
Lucro Real
Este outro modelo de tributação disponível é obrigatório para empresa em determinadas condições. O lucro real é o regime tributário em que a tributação é calculada sobre o lucro líquido do período de apuração, considerando valores a adicionar ou descontar conforme as compensações permitidas pela lei. Assim, antes de afirmar qual foi a lucratividade real, é preciso verificar o lucro líquido de cada ano ou período, conforme a legislação.
Em outras palavras, para a apuração desse valor, a empresa terá que saber exatamente qual foi o seu lucro auferido para realizar a base de cálculo do IRPJ eda CSLL. Dessa forma, os encargos irão diminuir ou aumentar de acordo com a apuração, sendo que, se forem computados prejuízos durante o ano, a empresa fica dispensada do pagamento.
O regime adotado no lucro real não é cumulativo para o PIS e o COFINS. Apesar de a alíquota dessas contribuições ser superior ao lucro presumido — 9,25% sobre o faturamento —, aqui existe a possibilidade de descontar créditos com base em alguns fatores — como o montante da depreciação dos ativos, o consumo de energia elétrica, dentre outros. Para concluir, lembramos que, no lucro real, a empresa fica obrigada a apresentar à Receita Federal alguns registros específicos do seu sistema contábil e financeiro.
Lucro Presumido
Lucro presumido é uma fórmula de tributação simplificada para determinar a base de cálculo do imposto de renda (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). Ela pode ser adotada por empresas que não estiverem obrigadas a adotar o regime do lucro real para o ano-calendário em questão.
Nesse regime de tributação, a apuração do IRPJ e da CSLL tem uma base de cálculo prefixada pela legislação, com uma margem de lucro específica, que muda de acordo com a atividade da sua empresa. As margens presumidas são, basicamente, de 8% para as atividades de cunho comercial e de 32% para a prestação de serviços.
Apesar de ficar dispensado do lucro efetivamente auferido — exceto o proveniente de algumas situações especificas, como os ganhos com aplicações financeiras —, o grande risco do modelo de lucro presumido é a possibilidade de a sua empresa acabar pagando mais impostos do que deve, caso as margens de lucro efetivas forem menores do que a estabelecida pela legislação.
Além disso, não podemos nos esquecer de que, nesse regime, as arrecadações do PIS e do COFINS deverão ser cumulativas. Em outras palavras, os pagamentos de alíquota de 3,65% sobre o faturamento não geram abatimentos de crédito.
Planejamento Tributário
Denomina-se planejamento tributário “um conjunto de sistemas legais com intuito de diminuir o pagamento de tributos”, ou seja, o enquadramento tributário da sua empresa. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos dentro dos parâmetros da lei.
Como realizar o planejamento tributário
Para dar início ao seu planejamento, essencialmente, é necessária a obtenção das seguintes informações:
Previsão de faturamento (receita bruta);
Previsão de despesas operacionais;
Margem de lucro;
Valor da despesa com empregados.
Com essas informações adquiridas, elas darão o direcionamento para a escolha do enquadramento tributário de sua empresa. Comparando-as dentre os regimes tributários disponíveis e escolherá o mais vantajoso para com a sua organização e que encontre-se enquadrado em seu ramo de atividade e faturamento.
Como decidir o melhor regime de tributação 
Muitos fatores podem ser decisivos para a continuidade de uma empresa, tais como estratégia do negócio, concorrência e situação econômica do país.
Na maioria das vezes, esses fatores não podem ser controlados pelos administradores. Mas um fator que pode ser decisivo para a continuidade da sua empresa e que, na maioria das vezes, está sob o controle dos administradores é a adoção do Regime de Tributação mais eficiente.
Claro que, em um sistema tributário complexo como o do Brasil, são vários os fatores determinantes para a tomada dessa decisão, que envolve desde a expectativa de faturamento para o próximo ano até o local em que a empresa estará instalada, quantidade de funcionários, ramo de atividade etc.
Nesse artigo iremos trazer apenas os principais e mais comuns pontos que devem ser analisados, ressaltando que a empresa, sempre que possível, deve procurar um profissional especializado para realizar um estudo completo que envolva todas as variáveis de seu negócio.
Ainda, devemos destacar que não trataremos aqui dos tributos estaduais (ICMS) e municipais (ISS), pois podem variar significativamente de um estado para outro.
Isto posto, passemos a analisar os principais regimes de tributação dos impostos federais – a saber, o Lucro Real, o Lucro Presumido e o Simples Nacional.
Aplicação do Regime Tributário, Me, EPP e MEI
Cada entidade tem suas peculiaridades, com isso uma análise aprofundada e criteriosa de um profissional da área é essencial. Com isso, alguns caminhos podem ser apontados e indicando como proceder.
O ponto de início para com essa análise, se baseia na receita anual da empresa, se a organização possuir faturamento bruto inferior a R$ 3.600.000,00, o empreendedor ou empresário tem a alternativa de optar pelo Simples Nacional. O ramo de atuação também é levado em consideração, já que o sistema não abrange todos os segmentos empresariais, com isso em mente, é necessário que ocorra uma verificação no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômica). Com a nova Lei do Simples que está sendo estudada, algumas alterações estão para advir, tendo como principal modificação a faixa de transição passando a ser de R$ 4.800.000,00 de faturamento.
De forma genérica, o Simples Nacional oferece possibilidades de menor tributação, e maior facilidade na concepção da legislação tributária, previdenciária e trabalhista.
Também é possível simplificar o pagamento de múltiplos tributos mediante uma única guia e, ainda, tributar as receitas à medida do recebimento das vendas.
Além do Simples, o empreendedor ainda conta com outras formas de tributação: o lucro real e o lucro presumido. No caso deste último, a apuração do IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) têm por base de cálculo uma margem de lucro pré-fixada pela legislação, de acordo com a atividade da empresa. Nesse caso, fica dispensado o cálculo do lucro efetivamente auferido em sua atividade, exceto o derivado de situações específicas, como ganho de capital e lucros com transações financeiras, entre outras.
Já quando ponderamos sobre o regime de lucro real, a empresa deve calcular o IRPJ e a CSLL sobre o lucro efetivamente auferido (com os ajustes previstos na legislação). Nesse caso, como não há uma margem de lucro presumida, se a empresa apurar prejuízos ao longo do ano, ficará dispensada do recolhimento desses tributos. Nesta tributação, o empresário ainda tem a obrigação de apresentar à Receita Federal diversas declarações e controles que não são exigidos para companhias que optam pelo lucro presumido.
Todavia, o MEI (Microempreendedor Individual), tem isenção nos tributos federais, além de pagar ínfimos valores pelos impostos estaduais e municipais. Para se ter uma ideia, o MEI não paga IRPJ, CSLL, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) patronal, PIS e COFINS, enquanto paga o valor simbólico de R$ 5 como ISS (Imposto Sobre Serviços), além de R$ 1 como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias). Além disso, há o percentual de 11% sobre o salário mínimo para custear o INSS. Mas, para se encaixar nesse tipo de tributação, seu faturamento não deve ultrapassar os R$ 5.000 mensais, totalizando R$ 60 mil anuais. No entanto, mudanças estão por vir, como o aumento do teto para R$ 81 mil.
Considerações Finais
Tendo em vista os aspectos abordados, o regime tributário representa hoje a principal dúvida do empresário e ou empreendedor quanto a sua escolha e implementação. 
A imprescindibilidade do planejamento tributário está diretamente relacionada com a alta carga tributária nacional, com o planejamento adequado, será possível reduzir a carga tributária brasileira, com isso, enfatizar-se-á para a redução da evasão fiscal, logo, a correta escolha do regime de tributação das empresas, o tornará um mecanismo eficaz de redução do custo tributário que as mesmas são submetidas.
No presente estudo, objetivou-se equiparar as distintas modalidades de tributação existentes em âmbitonacional, bem como evidenciar em qual delas a empresa estudada teria menor desembolso tributário, e quais as categorias de entidades viventes, disseminando suas composições e capacidades.
Portanto, deve-se ressaltar o quão importante é o planejamento tributário para com as empresas, fazendo a escolha correta, a entidade em questão só tem a ganhar, tanto em âmbito tributário quanto comercial.
Referências Bibliográficas
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https://menezeseguimaraesadvocacia.jusbrasil.com.br/artigos/116490691/o-tratamento-diferenciado-das-micro-e-pequenas-empresas-me-e-empresas-de-pequeno-porte-epp-no-certame-licitatorio
https://portal.conlicitacao.com.br/licitacao/artigos/beneficios-concedidos-as-mpes-perante-as-licitacoes-lei-no-1232006/
http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2011/11/diferencas-entre-tipos-de-empresas
http://www.fordoctor.com.br/conheca-os-tipos-de-empresas-no-brasil/

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