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C 3 Tempo Geológico

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3 - Tempo Geológico 
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TEMPO GEOLÓGICO 
 
 A noção de tempo é fundamental em Geologia, pois, como não 
possuímos meios precisos para medir o tempo, costuma-se empregar a expressão 
“geológicamente falando”, com os adjetivos “grande ou pequeno”, “longo ou 
curto”, para designarmos intervalos ou lapso, que do ponto de vista humano 
significam longos períodos. Assim, um milhão de anos, pode em Geologia, dizer 
respeito a um lapso de tempo relativamente curto. 
 Com relação ao tempo, existe em Geologia, dois conceitos fundamentais, 
que se contrariam, que são: 
 Teoria do Catastrofismo : Segundo esta teoria, o desaparecimento de certos 
animais e o surgimento de outros, só era compreendido através de catástrofes, hoje se 
sabe que, estes fatos ocorrem justamente em função do tempo. 
 Teoria do Atualismo (Uniformitarismo Atual) : Esta teoria diz que o presente 
é a chave do passado, ou seja, se entendermos como as coisas acontecem atualmente, 
podemos explicar como aconteceram em épocas passadas. 
 
TIPOS DE DATAÇÕES DAS ROCHAS 
 
 Datações Relativas : São aquelas que nos apresentam as idades das rochas 
apenas em termos posicionais. Baseia-se no princípio da Superposição de Camadas, o 
qual diz que, as camadas inferiores são sempre mais antigas que as superiores. 
 Datações Absolutas : São aquelas que nos apresentam as idades das rochas em 
termos quantitativos. Baseia-se nos Métodos Radiogênicos (Radiométricos). 
 
PROCESSOS PARA CÁLCULO DA IDADE DA TERRA 
 
 Desde muito tempo o homem tenta dar uma idade a Terra. Vários são os 
métodos, que foram agrupados em três tipos de processos: 
 Processos Geológicos: 
 - Salinidade dos Oceanos - Sedimentação - Denudação 
3 - Tempo Geológico 
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 Processos Astronômicos: Estes procuravam dar idade a todo o sistema solar. 
 - Perda do Calor do Sol e da Terra 
 - Evolução das Órbitas dos Planetas e Satélites 
 Processos Físicos: Com a descoberta da radioatividade, os cálculos do tempo 
geológico tornaram-se mais precisos e confiáveis. Estes processos baseiam-se nos 
Métodos Radiogênicos (Radiométricos), que constituem nas transformações dos 
minerais radioativos. São fundamentados na Meia-Vida dos elementos. 
 
Elementos Radioativos e a Datação Absoluta 
 
 Com o descobrimento da radioatividade, foi possível empregar um método 
físico para se determinar a idade dos Eons, Eras, Períodos e Épocas Geológicas 
(Unidades Geocronológicas). 
 Os Elementos radioativos possuem a propriedade de se desintegram 
naturalmente, isto é, seus átomos transformam-se em outros átomos de maneira 
espontânea, desprendendo energia, a este processo dá-se o nome de Decaimento 
Radioativo. O elemento radioativo é conhecido como Elemento Pai ou Nuclídeo-
pai; o novo elemento formado com núcleo atômico estável é denominado 
Elemento-filho ou nuclídeo-filho (ou radiogênico). 
 Durante o decaimento radioativo, cada elemento-pai, leva um determinado 
tempo para se transformar em elemento-filho. 
Meia-Vida: Tempo necessário para que átomos de elementos radioativos 
(elemento pai) reduzam sua massa à metade, transformando a outra metade outros 
elementos estáveis, não radioativos (elemento filho). 
Exemplo de cálculo de idade das rochas a partir do método U-Pb. 
 
 
 4,6x109 anos 0,125 g U 
 4,6x10
9
 anos 0,25 g U 
 4,6x10
9
 anos 0,5 g U 0,875 g Pb 
 1g U 0,75 g Pb 
 0,5 g Pb 
Meia Vida 
3 - Tempo Geológico 
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Por exemplo, depois de decorrido o tempo de uma meia vida, um elemento 
com 1 g de átomos de Urânio-U instáveis terá 0,5 g de átomos Urânio-U instáveis 
(radioativos) e 0,5 g de átomos estáveis de Chumbo-Pb (radiogênicos). Após duas 
meia-vida haverá apenas 0,25 g de átomos instáveis de Urânio e 0,75 g átomos 
estáveis de Chumbo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O conhecimento da meia-vida dos vários elementos radioativos e da atual razão 
entre o número de átomos dos elementos pai e filho que permite a determinação de 
idades de minerais e rochas da Terra através da fórmula: 
ER
entovidadoelemPxmeia
T


 
 
T = Tempo de formação da rocha. 
P = Produto estável final de um elemento radioativo expresso em gramas. 
ER = Elemento radioativo também expresso em grama. 
Decaimento radioativo e o conceito de meia-vida. 
3 - Tempo Geológico 
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Isótopos mais utilizados em datação radiométrica e suas respectivas meias-vidas. 
 
Elemento-Pai (radioativo) Elemento-filho (estável) Meia-vida (bilhões de anos) 
Potássio 40 (
40
K) Argônio 40 (
40
Ar) 1,3 
Rubídio 87 (
87
Rb) Estrôncio 87 (
87
Sr) 48,8 
Somário 147 (
147
Sm) Neodímio 143 (
143
Nd) 106 
Tório 232(
232
Th) Chumbo 208 (
208
Pb) 14,01 
Urânio 235 (
235
U) Chumbo 207 (
207
Pb) 0,704 
Urânio 238 (
238
U) Chumbo 206 (
206
Pb) 4,47 
Rênio 187 (
187
Re) Ósmio 187 (
187
Os) 42,3 
Carbono 14 (C14) Carbono 12 (C12) Datações Recentes 
 
 
 
TEMPO GEOLÓGICO : Tempo decorrido desde o final da fase formativa da terra 
até os dias de hoje. 
ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO : Arranjo das unidades geocronológicas por 
ordem de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Tempo Geológico 
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ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO 
 
EONS ERAS PERÍODOS ÉPOCAS DURAÇÃO CARACTERÍSTICAS 
F 
A 
 N 
E 
 R 
 O 
 Z 
 Ó 
I 
C 
O 
 
 
C 
E 
N 
O 
Z 
Ó 
I 
C 
A 
 
Quaternário 
 
 
 
 
Terciário 
Holoceno 
 
Pleistoceno 
 
Plioceno 
Mioceno 
Oligoceno 
Eoceno 
Paleoceno 
11.000 
1 M.A. 
 
 
 
70 M.A. 
 
- Glaciações 
- Aparecimento do Homem 
 
- Desenvolvimento de Mamíferos 
 
- Desenvolvimen. de Protozoários 
- Desaparecimento dos Grandes 
 Répteis 
M 
E 
S 
O 
Z 
Ó 
I 
C 
A 
 
Cretáceo 
 
Jurássico 
 
Triássico 
 
 
 
 
 
 
230 M.A. 
 
- Continentes do Hemisfério Sul 
 com as formas atuais 
 
- Grande desenvolvimento dos 
 Répteis 
 
- Aparecimento de Pássaros 
 
- Estabelecimento de zonas 
 climáticas, estações 
P 
A 
L 
E 
O 
Z 
Ó 
I 
C 
A 
 
Permiano 
Carbonífero 
 
Devoniano 
 
Siluriano 
Ordoviciano 
Cambriano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
600 M.A. 
 
- Aparecimento de Anfíbios 
- Abundância de Flora 
- Desenvolvimento de Cobertura 
 Vegetal 
- Aparecimento de Peixes 
- Surgimento de Invertebrados 
- Domínio dos Trilobitas 
- Grande número de fósseis 
- Vida Aquática 
P
ro
te
ro
zó
ic
o
 
P. 
C. 
SUP. 
Algonquiano 
 
 
2,5 B.A. 
 
- Existência de Algas e Bactérias 
 
- Economicamente importante, 
Jazidas de Fé, Au, Ni, etc. 
A
rq
u
ea
n
o
 
P. 
C. 
INF. 
Arqueano 
 
 
4,5 a 5,0 B.A. 
- Sem registro fossilífero 
 
- Sem organismos vivos 
 
 P.C.SUP. = Pré-Cambriano Superior P.C.INF. = Pré-Cambriano Inferior 
 
3 - Tempo Geológico 
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EON FANEROZÓICO 
É considerado o fim do éon Proterozóico e o início do Fanerozóico (que 
significa "vida evidente") o momento, há 570 milhões de anos, em que, em tempo 
relativamente curto, proliferaram e se desenvolveram animais e plantas pluricelulares. 
 O Eon Fanerozóico ocupa somente 12 por cento da história da Terra mas 
apropria-se da maior quantidade
da escala do tempo geológico e contém todas as 
subdivisões. 
 
EON PROTEROZÓICO 
Na escala de tempo geológico, o Proterozóico (do latim "primeira vida") é o 
éon que está compreendido entre 2,5 Bilhões e 600 milhões de anos, 
aproximadamente. O éon Proterozóico sucede o éon Arqueano e precede o éon 
Fanerozóico. 
Foi uma fase de transição da Terra, durante a qual o oxigênio se acumulou 
primeiramente na litosfera (formando os óxidos, principalmente de silício e ferro, 
presentes nos minerais) e depois na atmosfera (na forma de gás oxigênio). Somente 
depois que os elementos ávidos de oxigênio nas rochas se oxidaram foi possível um 
acúmulo do gás na atmosfera. 
 
EON ARQUEANO 
Nesse período começam a surgir pequenos seres unicelulares no oceano, as 
algas primitivas e bactérias que assimilam o dióxido de carbono da atmosfera 
transformando-o em oxigênio livre, alterando lentamente a composição da atmosfera 
que, nesse período, era composta basicamente por nitrogênio e vapor de água. São 
deste período os fósseis mais antigos da terra.

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