J 10 Epirogênese

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10 - Epirogênese 
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E P I R O G Ê N E S E 
 
 
 
 EPIROGÊNESE 
 
 
 Este termo foi introduzido por S. K. GILBERT, em 1980, e caracteriza-se por 
movimentos no sentido vertical (de subida ou descida), de vastas áreas continentais, 
sem perturbar localmente a disposição e a estrutura geológica das formações que 
compõem os blocos afetados por estes movimentos. 
 Na Epirogênese pode-se observar, simultaneamente, levantamentos de certas 
partes dos continentes acompanhados de abaixamentos de outras partes, sempre 
através de movimentos verticais. 
 
 
 
 
 
 
 
 C r o s t a 
 M a n t o 
 
 
 TIPOS DE MOVIMENTOS EPIROGENÉTICOS 
 
 O movimento Epirogenético pode ser considerado Positivo ou Negativo. 
 
 Movimento Epirogenético Positivo 
 
 Ocorre quando o bloco continental levanta-se, determinando o recuo do mar. 
Ocorre uma Regressão Marinha. 
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 Regressão Marinha 
 
 Movimento Positivo 
 
 
 
 
 
Movimento Epirogenético Negativo 
 
 Ocorre quando o bloco continental abaixa, o que ocasiona o avanço do mar que 
transgride por sobre o continente. Ocorre uma Transgressão Marinha. 
 
 
 Transgressão Marinha 
 
 
 
 Movimento Negativo 
 
 
 
 
 EVIDÊNCIAS DA EPIROGÊNESE 
 
 São as formas de como se identifica e se percebe que ocorreu a Epirogênese. 
As Evidências podem ser Diretas ou Indiretas. 
 
Nível do Mar 
Nível do Mar 
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Evidências Diretas da Epirogênese 
 
 São determinadas através de mudanças altimétricas que realmente podem ser 
medidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Evidências Indiretas da Epirogênese 
 
 São mais fáceis de serem observadas quando o mar recua, pelo fato de as 
evidências ocorrerem acima do nível do mar. São observadas a partir de marcas 
deixadas pelo mar nos continentes. As evidências mais convincentes são as 
formações fossilíferas marinhas situadas a dezenas de metros acima do nível do mar. 
 
 EPIROGÊNESE E MORFOLOGIA 
 
 A modelagem da superfície terrestre pode ser motivada por Forças 
Endogenéticas e Forças Exogenéticas. As Endogenéticas são governadas pela 
 
 
 
 Colunas do templo de 
Serápis, Nápoles, onde se 
observam as marcas deixadas 
por amelibrânquios, o que 
demonstra que num curto 
período de tempo ocorreu o 
abaixamento da região, 
submergindo as colunas, e o 
levantamento posterior. 
Percebe-se ainda um ligeiro 
efeito da erosão na parte 
superior da primeira coluna. 
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Epirogênese e as Exogenéticas são causas externas, que podem ou não depender da 
Epirogênese. Sendo assim, o gradiente da superfície terrestre é função da 
Epirogênese, enquanto que o volume de água é uma causa climática, puramente 
Exogenética. Ambas interagem esculpindo a superfície dos continentes. Logo, o 
levantamento de blocos continentais faz aumentar o gradiente fluvial, estimulando 
assim a erosão vertical. 
 Os levantamentos, arqueamentos e abaixamentos dos blocos continentais 
podem mudar a configuração da drenagem ou dos desníveis dos rios, ocasionando o 
aumento ou a diminuição do desgaste erosivo e conseqüentemente do transporte dos 
detritos, influindo assim no fenômeno da denudação. 
 
 com o aumento da ascensão : aumenta a erosão fluvial no fundo dos 
vales, e os vales tornam-se abruptos e a morfologia é mais acentuada. 
 com a diminuição da ascensão : diminui a erosão fluvial no fundo dos 
vales, aumentando a erosão nas laterais, tornando os flancos dos vales mais suaves. 
 
 
 EPIROGÊNESE E SEDIMENTAÇÃO 
 
 Se por um lado o levantamento continental estimula os fatores de denudação, 
aumentando a capacidade de transporte fluvial, por outro lado, como conseqüência, 
estimula a sedimentação nas regiões mais baixas que podem ou não estarem sujeitas a 
um abaixamento epirogenético. 
 
 TEORIAS EPIROGENÉTICAS 
 
 Teoricamente os movimentos verticais, ascendentes ou descendentes de áreas 
da crosta terrestre podem ser explicados pela Isostasia, seja por causa da 
sedimentação, seja pelos grandes derrames de lavas, seja pelas grandes capas de gelo 
que fazem aumentar o peso de uma região, ou seja ainda por causa da erosão ou do 
alívio de peso proveniente do degelo. 
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Isostasia : Teoria segundo a qual a terra tende a tomar permanentemente 
uma forma de equilíbrio através da compensação de pressões, isto é, quando se 
faz uma sobrecarga em uma região, a massa de SiAl (crosta superior) é 
obrigada a penetrar no SiMa (crosta inferior), como compensação, outras 
regiões próximas sofrem necessariamente uma elevação. 
 
 Um dos principais adversários das teorias epirogenéticas, baseadas na Isostasia 
foi E. SUESS, ele acreditava que as grandes variações da linha da praia fossem 
provocadas por oscilações do nível do mar. Ele baseava suas explicações na Eustasia. 
 
 Eustasia : Termo utilizado para designar variações lentas do nível dos 
mares. Pode mascarar e confundir a Epirogênese. A Eustasia apresenta várias 
causas, entre elas: 
 
 Causas Cósmicas : 
 O aumento da velocidade de rotação determina um achatamento maior dos 
pólos, fazendo com que ocorra o deslocamento das massas de água para as zonas 
equatoriais, o que provoca um aumento do nível do mar, provocando uma 
transgressão marinha. Com a diminuição da velocidade de rotação, ocorre o 
contrário, ou seja uma regressão marinha. 
 
 Causas Geológicas : 
 São várias as possíveis causas geológicas dos movimentos eustáticos. 
 - abaixamento tectônico do fundo do mar, provocaria uma regressão do mar. 
 - Sedimentação intensa e o conseqüente entulhamento de bacias marinhas, poderia 
ocasionar a subida do nível do mar. 
 - Glaciações regionais também podem ser responsáveis pelas oscilações do nível do 
mar. A fixação da água nos continentes, pela congelação, determinaria o abaixamento 
do nível do mar, o degelo restituiria a água fazendo subir o nível do mar.