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O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL FINAL-

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Cynthia Rodrigues
Gabriela Cardoso
Julianno Rogery
Luana Pessi
Vinicius Eloi
Raquel Silva
 
 
 
 
 PROJETO INTEGRADO: O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
 E A DÍVIDA PUBLICA 
 
 São Paulo 
 2017
 
 Listas de Tabelas
Cynthia Rodrigues
Gabriela Cardoso
Julianno Rogery
Luana Pessi
Vinicius Eloi
Raquel Silva
 Universidade Anhembi Morumbi - Anhembi
Trabaho apresentado ao curso de economia , desenvolvido para a disciplina de Projeto Integrado. 
Orientador: Rocco Di Nizzo Neto
 São Paulo 
 2017
Tabela 1 – Dívida púbica em relação ao PIB	21
 Sumário 
1 Introdução	5
2 Divisão e regulamentação	6
3 História do Bancen e suas funções 	8
 3.1 História	8
 3.2 Funções	9
4 História da Dívida Pública	11
5 Aplicação da Dívida Publica	15
 5.1 Os títulos publicos 	15
 5.2 O Tesouro Nacional	15
 5.3 O Tesouro Direto	17
 5.4 Os Títulos Públicos e pessoas jurídicas 	18
6 A Dívida Pública 	19
 6.1 A taxa de depósito compulsório 	19
 6.2 Selic 	19
 6.3 Inflação	20
7 Dívida e PIB	21
8 Rating 	22
Conclusão	23
Referências 	25
1 Introdução
 O sistema financeiro nacional é responsável pelo gerenciamento de toda a atividade econômica do país, ele movimenta em torno de 400 bilhões de reais segundos dados da tabela matriz insumo-produto. Possui participação aproximada de 5,43% no PIB nacional de 2010.
 Com o inicio do plano real em 1993 e o controle da inflação o sistema financeiro nacional passou a obter maior participação nas decisões econômicas no país, com aumento da possibilidade de exercer outras funções.
 O sistema financeiro nacional se divide em dois grandes subsistemas, o normativo e o supervisores que irão normatizar e supervisionar o sistema financeiro nacional. E o de intermediações que englobam as instituições financeiras bancárias e não bancárias. Além disso, é dentro do SFN que temos os órgãos responsáveis pela administração e gestão da divida publica brasileira, sendo o principal deles o Bacen e o Tesouro Nacional, que juntos estabelecem todas as normas e diretrizes da emissão de títulos públicos e o seu pagamento. 
2 Divisão e Regulamentação 
 
 
 O sistema financeiro nacional atualmente é dividido em setores da economia, sendo eles os órgãos normativos, supervisores, operadores, os seguros privados e previdência privada. Os principais responsaveis pelo gerenciamento da dívida publica e pelos títulos públicos são os orgãos normativos e os supervisores. 
 
Orgão Normativo – É o que regula e controla o subsistema operativo através de normas legais expedidas pelas autoridades monetárias, ou pela oferta seletiva de crédito levada a efeito pelos agentes financeiros. É constituído pelas instituições financeiras privadas ou públicas, que atuam no mercado financeiro. Além disso a regulação desse órgão é feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
 Ex.: Conselho Monetário nacional (CMN)
Supervisores - As entidades supervisoras, assumem diversas funções executivas, como a fiscalização das instituições sob sua responsabilidade, assim como funções normativas, com o intuito de regulamentar as decisões tomadas pelas entidades normativas ou atribuições outorgadas a elas diretamente pela Lei. A regulação desse órgão é feito pelo Banco Central Do Brasil.
 Ex.: Banco Central do Brasil – BCB
Operadores - Há ainda as entidades operadoras, que são todas as demais instituições financeiras, monetárias ou não, oficiais ou não, como também demais instituições auxiliares, responsáveis, entre outras atribuições, pelas intermediações de recursos entre poupadores e tomadores ou pela prestação de serviços.
  Ex.: Banco do Brasil 
 Imagem 1- Esquema do SNF (www.bbc.gov.br- acesso 01/10/17) 
 Historia do Bacen e suas funções
 3.1 História
 O Banco Central do Brasil é um órgão publico criado em 1964 sendo uma autarquia diretamente responsável pela politica monetária do país e uma das principais instituições do Sistema Financeiro Nacional junto com o Conselho Monetário e o Tesouro Nacional.
Antes de sua criação, as funções hoje desempenhadas pelo BC eram divididas pelo Banco do Brasil, Tesouro Nacional e pela Superintendência da Moeda e do Credito (SUMOC).
 A SUMOC representava o país junto a organizações internacionais, fixava o percentual de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, orientava a politica cambial, fixava a taxa de redesconto e supervisionava a atuação dos bancos comercias. O Banco do Brasil era responsável por recolher os depósitos compulsórios e a execução de operações de cambio em nome do Tesouro Nacional e de empresas publica. Já o Tesouro Nacional era responsável por emitir papel – moeda.
 Com a criação do Banco Central, as funções antes exercidas pelo Banco do Brasil, SUMOC e Tesouro Nacional foram absolvidas pelo BC, que passou a ser o “ banco dos bancos”.
 A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositivos importantes para a atuação do Banco Central, dentre os quais se destacam o exercício exclusivo da competência da União para emitir moeda e a exigência de aprovação prévia pelo Senado Federal, em votação secreta, após arguição pública, dos nomes indicados pelo Presidente da República para os cargos de presidente e diretores da instituição. Além disso, vedou ao Banco Central a concessão direta ou indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional. 
 A Constituição de 1988 prevê ainda, em seu artigo 192, a elaboração de Lei Complementar do Sistema Financeiro Nacional, que deverá substituir a Lei nº 4.595/64 e redefinir as atribuições e estrutura do Banco Central do Brasil.
 3.2 Funções 
 
 O Banco Central do Brasil faz parte das entidades supervisoras, portanto é um órgão que executa e fiscaliza, de acordo com as normas e diretrizes estabelecidas pelo órgão normativo.
É de competências privativa do BACEN:
Emitir papel moeda e moeda metálica – A CMN autoriza a emissão de papel moeda, o BACEN emite e a Casa da Moeda imprimi
disponibilizar papel-moeda e moeda metálica para as instituições financeiras
receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das instituições financeiras que operam no país – o deposito compulsório é a obrigação dos bancos comercias de transferirem parte do dinheiro depositado por seus clientes em suas respectivas contas
realizar operações de redesconto e empréstimo de assistência à liquidez às instituições financeiras; - Diariamente os bancos comercias precisam apresentar saldos zerados ou positivos nas suas operações financeiras. Caso haja mais saída do que entradas de recursos seu saldo torna-se negativo. Uma das saídas é pedir empréstimo ao Banco Central. Essa operação é chamada de redesconto
regulamentar a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis – o Banco Central é responsável pelo Regulamento do Serviço de Compensação de Cheque e Outras Papeis, portanto o BACEN é quem regulamenta por exemplo quais “ outros papeis” podem ser usados como compensação além de cheques e os quais os motivos de devolu1çao de chequesautorizar, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras;
Autorizar - é de responsabilidade do Banco Central autorizar o funcionamento de instituições financeiras de acordo com a Lei n° 4595/1964 e as diretrizes do CMN. É de competência tambem do BACEN autorizar quaisquer transferências de controle acionário, fusões, transformações, encampações e incorporações.
Normatizar e Fiscalizar – estabelece normas e fiscaliza as instituições financeiras. A fiscalização do Banco Central segue as normas do acordo de Basileia ( regulador da atividade financeira global).
Intervir – caso o BACEN detecte, em suas atividades fiscalizadoras, fraudes, descumprimento de normas e da legislação, ou sérios problemas de liquidez e/ou solvência o Banco Central pode decretar Regime Especial, sendo que há três modalidades: intervenção, regime de administraçao especial temporario e liquidaçao extrajudicial. Na Intervençao as atividades normais da empresa são suspensas, seus diretores destituídos e substituídos por um interventor nomeado pelo Banco Central que, assume a gestão da empresa. No Regime de Administraçao Especial Temporario não há suspensão das atividades normais da empresa mas seus dirigentes perdem o mandato e são substituídos por um conselho diretor nomeado pelo Banco Central. Na Liquidaçao Extrajudicial a medida é definitiva e promove-se a extinção quando ocorrem indícios de insolvência irrecuperável ou detectados inflações as normas que regulam a atividade da instituição.
Exercer o controle de credito sob todas as suas formas –
controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial; - o Banco Central autoriza bancos e outras instituições a operarem no mercado de cambio e estabelece regras serem seguida nesse mercado de acordo com a legislação cambia e o Regulamento de Mercado de Cambio e Capitais Internacionais ( RMCCI), regulamento este expedido pelo CMN
ser depositário das reservas oficiais de ouro, de moeda estrangeira e de direitos especiais de saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no convênio constitutivo do Fundo Monetário Internacional. – as reservas internacionais são depósitos em moeda estrangeira que o Banco Central utiliza no cumprimento dos compromissos financeiros do país
efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; - títulos é uma denominação utilizada no mercado financeiro e que representa um documento de divida. Quando os governos precisam de empréstimos, eles vendem títulos públicos com a promessa de recompra-los no futuro, remunerando o investidor com juros. Taxa Selic é a taxa que o governo remunera os títulos públicos. O governo faz esse processo através do BACEN
Essa atuação do Banco Central no Mercado Aberto, é o instrumento de politica monetária mais ágil de que o BACEN dispõe. Quando há necessidade de diminuir a quantidade de dinheiro em circulação, o Banco Central vende títulos do Governo Federal, se por outro lado o mercado precisa de mais dinheiro em circulação, o Banco Central compra os títulos públicos. De forma resumida, com essas operações o Banco Central garante o controle do volume de moeda ofertada no mercado, manipulação das taxas de juros a curto prazo e garantia de recursos para os títulos públicos
4 A História da dívida publica
 Para explicar a dívida pública primeiro vamos entender como funciona as contas do governo. O governo tem receitas e gastos. A principal fonte de receita do governo são os impostos que pagamos, e esses recursos são gastos com educação, saúde, aposentadorias, salários dos servidores, etc. Quando gasta mais do que arrecada, o governo precisa cobrir o buraco pegando empréstimo. O acúmulo desses empréstimos ao longo do tempo, é o que chamamos de dívida pública. E quem empresta o dinheiro para o governo? Qualquer pessoa! Quando falta, o governo capta recursos através dos chamados títulos da dívida, recebe dinheiro e assume o compromisso de devolve-lo em uma data futura e pagar juros do período corrido ao credor. 
 Grande parte desses títulos está nas mãos de grandes investidores, como fundos de pensão, fundos de investimentos, bancos, e apenas 1/5 são de investidores estrangeiros. Pessoas físicas também podem investir nesses títulos, através do tesouro direto. É possível investir quantias pequenas, o retorno é maior do que o da poupança, e o investimento é 100% garantido. Único risco é o governo dar o calote, o que é pouco provável atualmente, pois após o plano real a economia não é mais instável como nos tempos da hiperinflação, e o controle das finanças públicas melhorou com a lei de responsabilidade fiscal.
 O Brasil deve quase 3 trilhões de reais, equivalente a quase 65% do PIB, mas não é algo anormal. Países ricos como os EUA devem mais de 100% do seu PIB, mas esses dados não assustam os investidores, porque há a certeza de que o governo americano tem e terá no futuro capacidade de pagar. O que não é o caso do Brasil, que já tem na sua história 11 calotes desde 1826, assim dever mais de 65% do PIB é preocupante, tanto como o ritmo de crescimento da dívida, nos últimos anos, com dificuldade de fechar as contas, o governo viu sua dívida aumentar bastante, esse foi um dos pontos que fez as agências de classificação de riscos, tirarem nosso selo de bom pagador.
 Mas onde começou esse endividamento do Brasil?
 A história da dívida interna do brasil tem origem no período brasil colônia (séc. XVI e XVII). Além do que os governantes da época não tinham uma visão macro desses empréstimos, pois não se tinha planejamento de saber as condições desses fatos, o motivo real do empréstimo e o tamanho real dessa dívida.
 Vamos analisar dívida em linha do tempo, dados divulgados pelo Banco do Brasil no início de 2008;
- 1824- O Brasil, como nação já nasceu com dívidas. O imperador Pedro I pediu empréstimo externo para cobrir dívidas da colônia.
- 1829- Ainda na época do império, houve a primeira renegociação, que foi chamado de empréstimo ruinoso, para pagar débitos vencidos;
- 1864- Da independência até o fim da Monarquia, o Brasil contraiu 17 empréstimos em bancos ingleses;
- 1864/70 – A Guerra do Paraguai trouxe mais dívidas, de novo com os ingleses, que forneceram navios e empréstimos para bancar o conflito;
- 1898 – O governo Campos Sales faz a primeira renegociação da dívida da República;
- 1931 – a primeira moratória brasileira foi anunciada na capa do New York Times;
- 1937 – O Estado Novo de Getúlio Vargas suspende o pagamento de todos empréstimos por três anos;
- 1959- Juscelino Kubitschek rompeu com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O FMI não aceitava os níveis de inflação brasileira;
- 1973/1980- O governo militar sustentou o milagre econômico tomando empréstimos abundantes. Com a crise do petróleo, a dívida externa disparou, o país importava 85% do petróleo que consumia;
- 1983 – Com reservas negativas, o governo informa aos credores que passará a pagar apenas os juros;
- 1984/85- período em que o Brasil assinou vários acordos com o FMI, mas nunca conseguiu cumprir;
- 1987- O governo Sarney interrompe unilateralmente o pagamento dos juros da dívida, mantendo o principal ( US$ 2 bilhões);
- 1998- Brasil recorre de novo ao FMI e assume o compromisso de ajuste externo;
- 2002- Foi a última vez que o Brasil recorreu ao FMI. Com a cotação do dólar avançando fortemente, o país foi obrigado a pedir ajuda de US$ 15,5 bilhões ao fundo;
- 2005 – O Brasil paga antecipadamente o empréstimo de US$ 15,5 bilhões;
- 2009/2010- dívida pública de 2009 á 2010, sobe 13,15%, de R$ 1,49 trilhão para R$ 1,69 trilhão;
- 2011/2015- país fecha período com a maior alta da dívida pública, fecha ano de 2005 R$ 2,793 trilhões;
- 2016/2017- em 2016 dívida termina em R$ 3,113 trilhões e estimativa para 2017 é que dívida pode chegar em até R$ 3,65 trilhões em 2017.
A dívida pública é emitidapelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando ocorrem em moeda estrangeira, é classificado como externa.
Até 2020 está previsto que a dívida pública consuma aproximadamente 80% do PIB brasileiro. Medidas a curto e longo prazo, estão previstas pelo governo brasileiro.
O presidente atual Michel Temer anunciou que medidas para tentar controlar a dívida pública, tais como aumentos de impostos, corte de gastos, redução de números de ministérios, demissões, cortes e suspensão de programas do governo federal.
 Imagem 2- Grafico da dívida pública ( Terracoeconomico.com.br – acesso 02/10/2017)
 Imagem 3- A dívida pública pelo mundo ( www. howmuch.net – acesso 30/09/2017)
5 Aplicação da dívida púbica
Os títulos públicos 
 
 Os Títulos Públicos são ativos de renda fixa, emitidos pelo governo, para financiar a divida pública. A emissão de títulos públicos, é uma forma de capitalização do governo federal, para financiar recursos de suas atividades, como educação, saúde etc. 
 Neste mercado, os papéis oferecem uma remuneração com condições, prazos e regra estabelecidos antes de se vender ou leiloar os títulos públicos. Na data de vencimento dos títulos o comprador ou investidor recebe de volta o valor investidos mais o acréscimo de juros já antes estabelecido. O responsável pela emissão de títulos públicos e pelo seu pagamento é o governo brasileiro, e o intermediário entre o governo e o investidor é o Tesouro Nacional. 
 Dentre as principais funções dos títulos públicos estão o pagamento de déficit orçamentário do governo federal, seja na área federal, estadual ou municipal. Além disso, ele tem um papel fundamental na circulação monetária no país, já que quando o Banco Central emite títulos públicos ele retira dinheiro de circulação do país, e quando recompram os títulos ele injeta dinheiro, podendo assim ser um instrumento de controle da inflação.
O Tesouro Nacional
 
 A secretaria tesouro Nacional é o principal órgão nacional responsável pela administração e gestão de todos os recursos financeiros que entram nos cofres nacionais, seja pelo pagamento de impostos, seja pela venda de títulos públicos. Além disso, é o responsável pelo controle e administração da divida públicos interna e externa. Podemos defini-lo como um caixa ou tesouraria das finanças publica.
 O Tesouro Nacional, por ser um órgão que visa normatizar a contabilidade do país, é estruturado em subsecretarias, cada uma responsável por determinada finanças do país sendo elas: 
Subsecretaria de Assuntos Corporativos – SUCOP: Responsável por viabilizar e implementar as ações estratégicas da STN.
Subsecretaria de Política Fiscal – SUPOF: Responsável pela gestão da despesa pública e da Conta Única, bem como pela formulação da política de financiamento da despesa pública e dos fundos e dos programas oficiais que estejam sob a responsabilidade do Tesouro Nacional.
Subsecretaria da Dívida Pública – SUDIP: Responsável pela divida publica federal, bem como toda a sua estratégia.
Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais–SURIN: responsável pelas relações financeiras entre a União e os Estados.
Subsecretaria de Planejamento e Estatísticas Fiscais: Coordena a elaboração, edição e divulgação de estatística e indicadores fiscais, demonstrativos e relatórios, visando adequar o sistema brasileiro de estatísticas fiscais às melhores práticas internacionais. 
Subsecretaria de Contabilidade Pública: Área que supervisiona, contabiliza e avalia os atos e fatos da gestão financeira, orçamentária e patrimonial da União.
 Imagem 4 – Esquema do Tesouro Nacional (www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/conheca-o-tesouro-naciona - acesso 20/09/2017)
O Tesouro Direto
 O Tesouro Nacional, junto com o BM&FBovespa, lançaram em 2002 uma plataforma de negociação dos títulos públicos para pessoas físicas, pela internet, chamada Tesouro Direto. Atualmente, nesta plataforma são negociados diversos tipos de títulos públicos apenas para pessoas físicas, como os Tesouro Prefixado, os Tesouro Selic e os Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.
 O programa surgiu com o objetivo de facilitar e democratizar o acesso e o investimento na compra de títulos públicos, permitindo aplicações a partir de R$30,00. Antes do surgimento do Tesouro Direto o investimento em títulos públicos por pessoas físicas era possível somente indiretamente, por meio de fundos de renda fixa que, por cobrarem elevadas taxas de administração, especialmente em aplicações de baixo valor, reduzindo assim as chances de se atrair mais investidores, que preferiam o investimento na poupança em bancos privados. 
 O Tesouro Direto contribuiu para a diversificação e complementação das alternativas de investimento disponíveis no mercado, ao oferecer títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia - Selic), de prazos de vencimento e de fluxos de remuneração. Com tantas opções, fica fácil achar um título indicado para a sua necessidade. 
 Além de acessível e de apresentar opções de investimento que se encaixam aos seus objetivos financeiros, o Tesouro Direto oferece boa rentabilidade e liquidez diária, além disso é considera o investimento mais seguro do mercado, em comparação com investimento em empresas privadas, que correm o risco de falir e serem fechadas. Sendo assim, para a pessoa física acaba sendo mais vantajoso o investimento no Tesouro Direto, do que na poupança privada dependendo do valor da taxa Selic.
Imagem 5- Como investir nos títulos públicos- - http://www.tesouro.gov.br/tesouro-direto-passo-a-passo - acesso 20/09/2017)
Títulos públicos e pessoas jurídicas
As pessoas jurídicas, não são autorizadas a investir em títulos públicos através do tesouro direto, porém elas têm outras duas opções de investimentos.
Pessoa Jurídica Financeira: As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, que sejam titulares de conta de custódia no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) e de conta Reservas Bancárias ou Conta de Liquidação no Sistema de Transferência de Reservas (STR), ambos administrados pelo Banco Central, podem adquirir títulos públicos federais no mercado primário, participando diretamente das ofertas públicas. No mercado secundário, podem adquirir títulos mediante negociação direta com outra instituição financeira, que, de igual forma, seja participante dos referidos Sistemas.
Pessoa Jurídica Não Financeira: Empresas, Entidades Fechadas de Previdência Complementar ("Fundos de Pensão"), Sociedades Seguradoras, Operadoras de Planos de Saúde e demais instituições não classificadas no item anterior somente podem adquirir títulos públicos federais, no mercado primário e no mercado secundário, por meio de uma instituição financeira ou instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil, desde que atendidos os requisitos acima. (WWW.tesouro.fazenda.gov.br / acesso 11/10/2017- 13:07)
6 A dívida pública 
 6.1 Taxa de depósito compulsório 
 O depósito compulsório é uma forma de atuação do Banco Central do Brasil para evitar a multiplicação descontrolada de moeda. Quando um uma pessoa realiza um depósito em conta corrente, parte do dinheiro é depósitado pela instituição financeira no Banco Central. Hoje, para depósitos à vista esse valor está em 45%. 
	 Por exemplo, se uma pessoa depositou 1000R$, 450R$ vão para o Banco Central e 550R$ ficam na instituição financeira. Esses 550R$ podem ser utilizados pela instituição para realizar empréstimos gerando mais crédito no mercado. Caso estes 550R$ sejam novamente depositados no banco, 247,5R$ tornam a ser novamente depositados no Banco Central e 302,5R$podem ser utilizados pelo banco novamente como crédito. Assim, sucessivamente até que o vigésimo depósito de 0,01R$ e os 1000R$ se tornam 2222,21R$ de crédito.
 6.2 Selic
 É muito comum ouvir nos noticiários sobre as alterações na taxa de juros básicas Brasileira, a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC).
 É comum que no final de um dia um banco tenha recebido muito dinheiro, e outro banco tenha emprestado muito dinheiro. Para fechar o caixa eles pedem e emprestam dinheiro entre sim a juros muito menores do que os praticados no mercado pelo os mesmos. Para que essa atividade não seja descontrolada, o Banco Central também entra como qualquer outro banco no jogo, pedindo dinheiro ou emprestando, conforme ele queira ajustar essa taxa que é conhecida como SELIC. Esses pregões normalmente acontecem a noite e no Brasil ficou conhecido como Overnight. Era bastante comum nas épocas de hiperinflação já que pessoas físicas também poderiam participar dos pregões (hoje é proíbido). Essas taxas são diárias e apresentadas como anual e hoje de 7,5% a.a.. 
 Nenhuma instituição financeira irá emprestar dinheiro abaixo desse taxa (por isso taxa de juros básicas da economia). Qualquer empréstimo abaixo disso representará percas financeiras. Por isso, quanto menor a taxa, mais os bancos vão procurar realizar outras formas de empréstimo, com taxas mais altas. Isso gera maior crédito na praça podendo provocar inflação.
 Por isso, o governo, com sua equipe econômica, e o Banco Central, tem á ardua tarefa de fazer com que a taxa SELIC não seja nem tão alta, para não faltar crédito no mercado e frear a produção e nem tão baixa, evitando com que dinheiro demais seja despejado no sistema e gere inflação. Normalmente essa taxa de erro é sempre para uma menor taxa da SELIC porque é proveitoso para economia uma pequena taxa de inflação do que simplesmente nenhuma.
 6.3 Inflação
Controlar a inflação nunca foi algo fácil para o governo Brasileiro. Desde 1940 até 1990 a população Brasileira viveu 9 anos de inflação abaixo de dois digitos. Na decáda de 80, nos anos 1988 e 1989, essa inflação chegou a 1037% e 1782% respectivamente.
Nesse período a maioria dos papéis da Dívida Pública eram pré-fixados na inflação, dificultando o planejamento financeiro do governo e de sua dívida. Também era comum o estado declarar moratória (ou calote). Fazendo com que os Títulos da dívida fosse um investimento arriscado. 
	Problema só foi controlado no início do plano real. Mudando a moeda, aumentando o compulsório para 100%, diminuindo a quantidade de crédito. Junto com essas mudanças o estado cortou na própria carne, cortando gastos, privatizando empresas e aumentando impostos (pesquisar sobre o aumento dos impostos).
	Após o plano real e o controle da inflação a dívida Pública passou a ser mais manejável e o estado pode passar a pensar em investimentos a longo prazo e não na sua sobrevivência instantânea. Isso pode ser observado no aumento da venda de títulos pós-fixados, ao invés dos pré-fixados na inflação ou na taxa SELIC
7 Dívida e PIB
	
 Investidores se utilizam dos dados da dívida de um Governo em relação ao PIB buscando saber a habilidade deste de pagar débitos e até afetando o custo dos juros de empréstimo para esses governos. 
	
	Dívida Pública em relação ao PIB
	Highest
	Lowest
	
	Japan
	250.40
	Dec/16
	250
	50.6
	%
	Italy
	132.60
	Dec/16
	133
	90.5
	%
	United States
	106.10
	Dec/16
	119
	31.7
	%
	Spain
	99.40
	Dec/16
	100
	16.6
	%
	France
	96.00
	Dec/16
	96
	20.7
	%
	Canada
	92.30
	Dec/16
	101
	45.3
	%
	United Kingdom
	89.30
	Dec/16
	89.3
	31.3
	%
	Euro Area
	89.20
	Dec/16
	92
	65
	%
	India
	69.50
	Dec/16
	84.2
	66
	%
	Brazil
	69.49
	Dec/16
	69.49
	51.27
	%
	Germany
	68.30
	Dec/16
	81
	54.7
	%
	Netherlands
	62.30
	Dec/16
	73.6
	42.7
	%
	Mexico
	47.90
	Dec/16
	47.9
	17.1
	%
	China
	46.20
	Dec/16
	46.2
	20.4
	%
	Australia
	41.10
	Dec/16
	41.1
	9.7
	%
	South Korea
	38.60
	Dec/16
	38.6
	8.24
	%
	Switzerland
	32.60
	Dec/16
	51.6
	25.1
	%
	Turkey
	28.30
	Dec/16
	76.1
	27.5
	%
	Indonesia
	27.90
	Dec/16
	87.43
	22.96
	%
	Russia
	17.00
	Dec/16
	92.1
	7.4
	%
 O Brasil, em Dezembro de 2016, devia no mercado cerca de 70% do seu PIB. Mesmo sendo muito, economias como a França ou Estados Unidos da América deviam cerca de 100% do PIB. 
 Também é interessante observar que mesmo economias como o Japão, com uma dívida pública de 250%, pratica juros negativos e ainda tem facilidade de obter crédito no mercado. Um dos motivos é a sua complexidade econômica, sendo a economia mais complexa do mundo de acordo com MIT, sendo assim, dificilmente ela terá problemas independente da crise global.
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 O bom gerenciamento da dívida pode trazer ganhos positivos para o estado. Um desses ganhos são boas avaliações de rating, ou classificação de risco. São notas dadas por empresas a governos e outras empresas, sobre a capacidade dos mesmos pagarem seus débitos e sobre o risco de quebra. 
	Uma nota mais alta demonstra menor risco para os investidores, logo, é possível obter empréstimos a uma menor taxa de juros. Por outro lado, quanto pior a nota, maior a chance do não cumprir com suas obrigações financeiras, aumentando o risco para os investidores e fazendo com que o país pague maiores juros por esses empréstimos.	
	Caso essas empresas avaliem um país de forma negativa isso pode acabar gerando uma fuga de capitais daquele território, como alguns fundos de pensão pelo mundo que somente investem dinheiro em países com notas de avaliação altas.
Existe um problema de oligopólio por essas empresas de avaliação de crédito de um país. As três Principais são Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch com 95% do mercado de avaliação de riscos financeiros, sendo as três norte americanas. Essas empresas que supostamente tem opiniões imparciais e independentes foram bastante criticadas na crise de econômica 2008/2009. Elas deram notas altas para as operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA, onde desencadeou toda a crise financeira pelo mundo que afundou a economia global. A empresa Standard & Poor’s chegou a ser ré em uma processo pelo Departamento de Justiça dos EUA que à acusou de ter mascarado o grau de risco de investimento nos papéis de vendas de hipoteca chamados subprime. Em um acordo extra judicial com o governo norte americano a S&P concordou em pagar 1,37 bilhão de doláres em 2015 ao tesouro americano.
 Conclusão
	
 Com a recessão econômica Brasileira recente (2015 – 2016), é bastante notavél os malabarismos com as contas do governo em busca de uma sobrevivência pólitica. Esses problemas são postergados a um futuro na esperança de que um dia seja resolvido e não buscando a resolução dos problemas de forma mais madura ou duradoura. 
	O defícit de contas do governo cada vez aumenta mais, sendo que boa parte de todo o dinheiro da união é utilizado para o pagamento de juros da dívida pública. Mesmo grandes empresas devendo bilhões aos cofres públicos, boa parte dessa dívida acaba refinanciada ou perdoada. Com as perspectivas eleitorais para 2018 é bastante razoável crer que esse problema dificelmente será resolvido e que a estabilidade econômica brasileira vai depender muito mais da venda de commodities no mercado internacional do que um replanejamento e investimentos a longo prazo do governo.
 Referências 
SITES 
www.cbc.gov.br ( ultimo acesso 20/10/2017) 
Terracoeconomico.com.br ( ultimo acesso 20/10/2017)
www.tesouro.gov.br (ultimo acesso 25/10/2017)
www.exame.com.br (acesso 05/10/2017)
howmuch.net ( acesso 15/10/2017)
FAQ 12-Depósitos Compulsórios em http://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/FAQs/FAQ%2012-Dep%C3%B3sitos%20Compuls%C3%B3rios.pdfSelic - http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/selic
http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/rec/REC%201/REC_1.1_03_Inflacao_brasileira_os_ensinamentos_desde_a_crise_dos_anos_30.pdf
	http://www.tesouro.fazenda.gov.br/livro-divida-publica-a-experiencia-brasileira-
Dados sobre dvida pública de n países https://tradingeconomics.com
https://atlas.media.mit.edu/en/
https://www.cfr.org/backgrounder/credit-rating-controversy
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150910_agencias_risco_transparencia_f
LIVROS 
Crash - Uma Breve História da Economia
Economia brasileira- Marcos Cordeiro Pires

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