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Capítulo 1 – Auditoria: essencial para a economia | 1 Auditoria: essencial para a economia 1 Questões de revisão 1–1 (OA 2) Qual é a “função especial” desempenhada pelos auditores? A quem atende a profissão de contabilidade exter- na ao desempenhar essa função especial? 1–3 (OA 2) O papel do auditor tem se modificado nos últimos dez anos. Como tem se alterado esse papel em relação: (a) ao ambiente dos clientes no qual o auditor faz seu trabalho de auditoria e (b) às expectativas e necessidades dos usuários? 1–5 (OA 1) O termo julgamento profissional é usado ao lon- go de todo o capítulo. De que maneiras um auditor poderia ser chamado a exercer seu julgamento profissional durante a realização de uma auditoria? Em que medida esse julga- mento se apoia em princípios, e não em regras? Explique sua resposta. 1–7 (OA 4) A fidedignidade de demonstrações financeiras e a adequação de controles internos são julgadas somente em referência a critérios predeterminados. O que serve como critério para o julgamento da fidedignidade de demonstra- ções financeiras e a adequação de controles internos? Ex- plique por que a “referência a critérios” é importante para a função de auditoria e para os resultados transmitidos. 1–9 (OA 4) Quais são os interesses dos usuários por relató- rios de controle interno da divulgação financeira? Identifi- que os fatores que influenciaram o Congresso na promulga- ção da Seção 404 da lei Sarbanes-Oxley, que exige relatórios sobre controle interno complementando as demonstrações financeiras. 1–11 (OA 1, 2) De que modo uma auditoria eleva a qualida- de das demonstrações financeiras e dos relatórios de controle interno da administração? Uma auditoria assegura que uma apresentação fidedigna das demonstrações financeiras de uma empresa ou que os sistemas de controle interno estejam livres de deficiências significativas? Explique sua resposta. 1–13 (OA 3) Em que outras áreas, além do comitê de audito- ria, a Lei Sarbanes-Oxley melhorou a governança corporativa? 1–15 (OA 5) Quais são as seis áreas identificadas pelo Comi- tê Especial de Serviços de Garantia como titulares do maior potencial de mercado de prestação de serviços de garantia na próxima década? Qual serviço, no seu ponto de vista, é o mais atraente para determinar o ingresso na profissão? 1–17 (OA 7) De que maneira a prática da auditoria interna difere da prática da contabilidade externa? A quem a função de auditoria interna presta contas? 1–19 (OA 8) O que é o GAO? Que tipos de auditoria ele rea liza? Qual é o seu papel na fixação de padrões de audito- rias municipais? 1–21 (OA 8) Faça a distinção entre os papéis do PCAOB e do AICPA em relação a: (a) fixação de padrões de auditoria, (b) realização de exames de controle de qualidade de firmas registradas e (c) fixação de padrões de contabilidade. 1–23 (OA 8) As empresas pequenas e locais de CPAs, que atendem somente pequenas empresas e outros clientes lo- cais, estão sujeitas aos mesmos padrões de auditoria e conta- bilidade que as grandes instituições internacionais de CPAs? 1–25 (OA 8) De que maneira o sistema judiciário atua como agente regulador importante na profissão de contabilidade externa? O sistema judiciário desempenha algum papel na fixação de padrões de contabilidade ou auditoria? Explique sua resposta. Questões de múltipla escolha 1–27 (OA 2) Qual das seguintes alternativas não seria um dos principais problemas que geram a demanda de auditorias in- dependentes das demonstrações financeiras de uma empresa? a. O viés da administração na elaboração de demonstrações financeiras. b. O estreitamento de mercados reais e financeiros. c. A complexidade das transações que afetam as demonstra- ções financeiras. d. A distância entre o usuário da organização e, portanto, a incapacidade do usuário de obter informações financeiras diretamente da empresa. 2 | Auditoria2 | Auditoria 1–29 (OA 5) Qual das seguintes afirmações é verdadeira a respeito da prestação de serviços de garantia? I. O terceiro que recebe a garantia geralmente paga por ela. II. Os serviços de garantia sempre envolvem um relatório de uma pessoa para um terceiro, sobre o qual uma organi- zação independente fornece garantia. III. Os serviços de garantia podem ser prestados acerca de informações ou processos. a. I e III b. II somente c. III somente d. I, II e III 1–31 (OA 7) A auditoria interna é vista como ingrediente fundamental de todas as seguintes funções organizacionais, com exceção de: a. Gestão de risco. b. Governança. c. Controle. d. Operações. 1–33 (OA 4, 8) Quais das seguintes afirmações são corretas, considerando a Lei Sarbanes-Oxley de 2002? a. As companhias abertas devem fornecer informações acer- ca da qualidade de seus controles internos sobre a divul- gação financeira. b. As firmas de CPAs não podem prestar serviços de consul- toria a qualquer companhia aberta. c. As firmas de CPAs podem prestar serviços de planejamen- to fiscal somente a companhias fechadas. d. Os padrões de contabilidade são fixados pelo PCAOB. e. Todas as anteriores. 1–35 (OA 8) O AICPA é uma organização privada reguladora da profissão de contabilidade externa responsável por várias funções, com exceção: a. Da realização de exames de qualidade em empresas que fazem auditorias por seus pares. b. Da elaboração de padrões de auditoria ditando qual é a prática aceitável de auditoria financeira em companhias abertas nos Estados Unidos. c. Da fixação de padrões para serviços de certificação além de auditorias. d. Da preparação e correção do Exame Uniforme de CPAs. Questões de discussão e pesquisa 1–37 (Usuários de Demonstrações Financeiras, OA 2) Tem sido dito que a auditoria deve ser neutra, pois as demonstra- ções financeiras auditadas precisam atender às necessidades de uma grande variedade de usuários. Caso o auditor favo- reça a um grupo, como os acionistas, poderia haver um viés contra outro grupo, como os investidores em potencial. Pergunta-se: a. Que providências têm sido tomadas pela profissão de con- tabilidade externa para minimizar a possibilidade de viés a favor de usuários importantes e, portanto, estimular a neutralidade na divulgação financeira e na auditoria? b. Quais são os principais usuários de demonstrações finan- ceiras auditadas? Identifique quatro grupos que você acre- dita serem os mais importantes. Para cada um, (1) indique sucintamente a sua principal utilização das demonstrações financeiras e (2) indique como um tratamento contábil poderia beneficiar uma das partes e prejudicar a outra. 1–39 (Empresa de Menor Porte e Finalidade de uma Audi toria Externa, OA 1, 2, 4, 7) A Quello Golf Distributors é uma empresa fechada e relativamente pequena, dedicada à distri- buição de várias linhas de produtos de golfe, incluindo Ping, Callaway e Taylor-Made, situada no Meio-Oeste. Ela vende diretamente a lojas de equipamento de golfe e para profissio- nais, mas não a grandes varejistas. Suas receitas de venda são de aproximadamente $ 8 milhões e deseja crescer cerca de 20% ao ano nos próximos cinco anos. Está pensando também em adquirir o controle de outra distribuidora de equipamen- tos de golfe que atua em muitas das mesmas áreas. Pede-se: a. Explique por que a administração poderia desejar uma auditoria independente para suas demonstrações finan- ceiras. Identifique os benefícios específicos para a Quello Golf Distributors. b. Que fatores a Quello poderia considerar ao decidir con- tratar os serviços de auditoria de uma grande empresa de contabilidade externa de âmbito nacional, uma de âmbito regional, ou uma empresa local? c. AQuello é obrigada a ter um comitê de auditoria? Expli- que sua resposta. d. A Quello é obrigada a preparar um relatório da qualidade de seu controle interno sobre a divulgação financeira, quando publica demonstrações auditadas? Explique sua resposta. Capítulo 1 – Auditoria: essencial para a economia | 3Capítulo 1 – Auditoria: essencial para a economia | 3 1–41 (Julgamento do auditor, OA 1, 2) Os auditores comu- mente referem-se à necessidade de “julgamento profissional”. Pergunta-se: a. Examinando o processo de elaboração do parecer de au- ditoria, identifique as áreas em que é necessário o julga- mento do auditor. Até que ponto esse juízo vai além de questões contábeis? b. Algumas pessoas alegam (embora nem sempre corretamen- te) que é melhor que sejam adotados os padrões internacio- nais de contabilidade, pois eles se baseiam mais em princí- pios. A contabilidade que se baseia mais em princípios leva a julgamentos de auditoria mais ou menos consistentes? c. Uma empresa de contabilidade externa deve esperar que os “julgamentos profissionais” feitos por seus técnicos se- jam, em sua maior parte, coerentes entre si? Se não, por quê? Em caso afirmativo, como são estruturadas as em- presas de contabilidade externa para ajudar a garantir jul- gamentos consistentes de auditoria? 1–43 (Implantação de serviço de asseguramento, OA 5) Considere o caso de uma empresa de comércio eletrônico que vende vários produtos pela internet a consumidores (por exemplo, Amazon.com, E-Toys ou eBay) e queira obter uma garantia de um auditor de que a empresa tem (a) políti- cas eficazes para garantir a consecução dos objetivos a seguir e (b) tais políticas são executadas de maneira a permitir a obtenção dos objetivos: a. Todos os produtos são remetidos rapidamente. b. Os produtos são exatamente como anunciados. c. A empresa se responsabiliza por qualquer produto danifi- cado durante o transporte. d. A empresa cumpre promessas feitas em suas políticas de crédito. e. Informações de cartões de crédito e faturamento são pro- tegidas; não são vendidas a outras empresas de comércio eletrônico ou varejistas. Pede-se: a. Para cada uma das garantias (a-e), indique as evidências que o auditor coletaria para dar a proteção desejada. b. Com que frequência o serviço de garantia precisaria ser prestado para que fossem atingidos os objetivos da empresa e dos consumidores? c. Qual seria a melhor maneira de apresentar o resultado do serviço, isto é, como um usuário em potencial ficaria saben- do das garantias dadas? d. Por que um CPA seria uma boa fonte de tal serviço de garantia? e. Quais são os principais atributos de empresas que talvez não precisassem desse serviço de garantia? f. Quem são os fornecedores alternativos do serviço de garan- tia descrito? 1–45 (Organizações profissionais, OA 8) Descreva sucin- tamente os papéis e as responsabilidades das seguintes or- ganizações profissionais em relação ao desenvolvimento e à manutenção de padrões de auditoria e no monitoramento da qualidade das várias profissões de auditoria: a. AICPA b. IIA c. GAO d. SEC e. PCAOB f. IAASB 1–47 (Natureza da auditoria e a profissão de contabilidade externa, OA 1, 2, 3, 4, 7) Você e seu colega estão participan- do de uma discussão acalorada. O colega faz uma série de afirmações que você considera erradas sobre a profissão de contabilidade externa. Acolhendo uma oportunidade para retrucar, você está preparado para responder. Pede-se: a. Para cada uma das afirmações de seu colega, prepare uma resposta sucinta, indicando as suposições incorretas feitas por ele ou sua concordância com as afirmações. b. Cite evidências relevantes em apoio às suas respostas. Afirmações do colega: 1. “A auditoria não cria bens e não acrescenta utilidade aos bens existentes e, portanto, não adiciona valor à empresa. A auditoria existe apenas porque a lei exige.” 2. “A incapacidade da profissão de contabilidade externa de nos alertar para os problemas que existiam na economia é uma demonstração de que a profissão não adiciona utili- dade para a sociedade.” 3. “O único motivo pelo qual eu contrataria um auditor é a expectativa de que ele procure e encontre qualquer fraude existente em minha empresa. A busca de fraudes deve ser o foco principal de uma auditoria.” 4. “Os auditores não podem servir legitimamente ao público quando são contratados e dispensados pela administração da empresa que está sendo auditada.” 5. “A transferência da fixação de padrões de auditoria para o PCAOB aumentará a reputação da profissão, porque os auditores agirão no interesse público.” 6. “Os auditores não poderão acrescentar valor significativo às demonstrações financeiras enquanto os princípios de contabilidade aceitos em geral permitirem diversidade em termos de modelos contábeis. Como, por exemplo, poderia o mesmo auditor dar pareceres sem ressalvas a empresas idênticas – uma das quais usa PEPS e outra 4 | Auditoria usa UEPS para contabilizar o mesmo conjunto de transa- ções – reconhecendo que as demonstrações de resultado e os balanços serão significativamente diferentes? Como alguém pode dizer que ambos estão sendo apresentados adequadamente?” 7. “A auditoria é limitada – é só um trabalho de provocação e desafio à organização em busca de erros. Eu preferiria ter uma carreira em que realmente entendo o negócio de uma empresa e estivesse numa posição para fazer reco- mendações que a melhorariam.” 8. “A auditoria adicionaria mais valor se analisasse o desem- penho de uma empresa e apresentasse um relatório, jun- tamente com as demonstrações financeiras auditadas.” 9. “Se os auditores fazem recomendações aos clientes com base em deficiências encontradas nas operações da em- presa, eles devem tornar públicas essas recomendações. Isto ajudaria a aumentar a confiança do público, pois ha- veria maior prestação de contas tanto pelos administra- dores quanto pelos auditores.” 10. “O acréscimo de relatórios sobre a qualidade do controle interno aumentará o valor da função de auditoria para a sociedade.” 1–49 (Profissão de contabilidade externa, OA 1, 2) Em seu estudo da profissão de contabilidade externa, Lou Harris and Associates alerta para o fato de que um relatório de auditoria é visto com frequência como um “atestado médico” de uma empresa. O relatório desse estudo diz: As consequências mais sérias de tal incompreensão são as de que o auditor independente pode ser rapidamente visto como a força que representa todo o bem na contabilidade financeira e como garantidor de qualquer coisa positiva que alguém queira sentir sobre uma dada empresa. Pergunta-se: a. Por que a contabilidade externa é frequentemente vista como garantidora de resultados, ou mesmo como forne- cedora de garantia de que o investimento que alguém está fazendo é de qualidade elevada? b. Até que ponto é razoável ver o auditor como garantidor da qualidade financeira de uma organização? Explique sua resposta. c. Até que ponto você acredita que as expectativas do usuário dos serviços da profissão de contabilidade externa parecem ser injustificadas? Explique sua resposta. 1–51 (SEC, OA 8) Entre na página da SEC, http://www.sec. gov. a. Identifique o processo movido recentemente pela SEC con- tra uma companhia aberta ou uma empresa de contabilida- de. Leia o resumo da petição e baixe o documento encami- nhado ao tribunal. b. Comente a natureza da ação. Capítulo 2 – Governança corporativa e auditorias | 5 Governança corporativa e auditorias 2 Questões de revisão 2–1 (OA 1, 2) O que os usuários deveriam esperarda profis- são de auditoria? 2–3 (OA 2) Arthur Levitt critica as empresas por usarem “re- servas ocultas” para ajudar a administrar os lucros. A que reservas ele se refere e como poderiam ser usadas para admi- nistrar os lucros de uma empresa? 2–5 (OA 2) De que maneiras os auditores profissionais foram parcialmente responsáveis pelas falhas de governança corpo- rativa ocorridas na década de 1990? 2–7 (OA 3) A Lei Sarbanes-Oxley contém normas de certifica- ção por parte dos executivos de uma empresa. Quais são as exigências e as penalidades por certificações falsas? 2–9 (OA 3) O que é o PCAOB e qual o seu poder? Qual é o papel do PCAOB em relação ao registro e ao exame de em- presas que fazem auditorias de companhias abertas norte- americanas? 2–11 (OA 3) Qual era a finalidade da Lei Sarbanes-Oxley? Quais são os principais fatores que levaram o Congresso a elaborá-la? 2–13 (OA 5) Quais são as responsabilidades de supervisão de um comitê de auditoria? Explique a diferença entre uma “res- ponsabilidade de supervisão” e uma “responsabilidade básica”. 2–15 (OA 5) Um comitê de auditoria deve ser composto por conselheiros externos. Defina “conselheiros externos” no contexto de um comitê de auditoria. De que maneira a exis- tência de um comitê de auditoria afeta a independência do auditor? Explique a sua resposta. 2–17 (OA 5) O que é um comitê de auditoria? Que papel crucial ele desempenha na governança corporativa? 2–19 (OA 6) Identifique os itens específicos que devem ser comunicados pelo auditor externo ao comitê de auditoria em cada trabalho realizado. 2–21 (OA 7) Qual é a relação entre boa governança corpo- rativa e (a) desempenho da entidade, (b) risco de auditoria? De que maneira uma governança corporativa deficiente afeta o risco de auditoria? 2–23 (OA 8) A Ilustração 2.5 representa, graficamente, o escopo possível de uma auditoria, a natureza das garantias fornecidas e o país em que o cliente de auditoria está domiciliado. Explique por que cada uma dessas dimensões é importante e como afe- tam a natureza dos padrões aplicáveis ao trabalho do auditor. 2–25 (OA 9) De que maneira os padrões emitidos pelo IAASB diferem dos difundidos pelo AICPA e pelo PCAOB? 2–27 (OA 9) De que maneira os padrões emitidos pelo IAASB são coerentes com os padrões difundidos pelo AICPA e pelo PCAOB? 2–29 (OA 10) Explique o conceito de “cuidado profissional devido” e como ele poderia ser usado em uma ação judicial relacionada à condução de uma auditoria. Como um tercei- ro avalia se um profissional obedeceu ou não ao padrão de cuidado profissional devido? 2–31 (OA 12) Compare os dez padrões de auditoria aceitos em geral em relação aos onze modelos de certificação – to- dos desenvolvidos pelo AICPA. 2–33 (OA 10, 11) O que é o padrão de independência? Por que é importante que os usuários sintam que os auditores são independentes? Qual é a relação entre a independência do auditor, tal como definida pelo AICPA, e o ceticismo pro- fissional definido pelo IAASB? 2–35 (OA 13) Em que medida os padrões de auditoria e os princípios de boa governança corporativa afetam diretamen- te a montagem de programas de auditoria? 2–37 (OA 13) Quais são as principais etapas de planejamen- to a serem cumpridas na montagem de um programa de au- ditoria para um cliente? 6 | Auditoria Questões de múltipla escolha 2–39 (OA 2) Qual das seguintes frases não seria correta como caracterização das falhas de governança corporativa ocorri- das nas duas últimas décadas? a. Os conselhos de administração aprovavam planos de ou- torga de opções de compra de ações que não alinhavam os objetivos dos executivos com os dos acionistas. b. Os comitês de auditoria se reuniam com pouca frequên- cia, e apenas por uma hora a cada encontro. c. Os conselhos de administração eram frequentemente do- minados pelos executivos. d. As regras de contabilidade se tornaram mais específicas, vi- sando a lidar com as complexidades de novas transações. 2–41 (OA 2) De que maneira a profissão de contabilidade externa foi responsável pelos problemas que levaram à pro- mulgação pelo Congresso da Lei Sarbanes-Oxley, em 2002? a. Era incapaz de detectar fraudes. b. Dava mais ênfase à geração de receitas do que à qualidade da auditoria. c. Ajudava os clientes na localização de uma solução contábil para a divulgação de lucros maiores. d. Todos os itens anteriores. 2–43 (OA 6) Qual dos seguintes itens não precisaria ser co- municado ao comitê de auditoria pelo auditor externo? a. Ajustes significativos realizados durante a auditoria. b. Discordâncias com a administração da empresa a respeito de princípios de contabilidade. c. O conhecimento pelo auditor de consultas dos executivos da empresa a outras empresas de contabilidade externa a respei- to do tratamento proposto de um item contábil polêmico. d. Na medida em que os auditores internos auxiliaram na condução da auditoria. 2–45 (OA 10) A utilização de cuidado profissional devido significa que o trabalho do auditor está de acordo com todas as situações a seguir, exceto: a. Os padrões de auditoria correntes, tais como definidos por Pronunciamentos de Padrões de Auditoria (SAS). b. O trabalho que um auditor razoavelmente prudente teria sido realizado na mesma situação. c. O trabalho que teria sido realizado por uma pessoa razoa- velmente prudente, mas não necessariamente treinada em auditoria. d. O trabalho que fosse pelo menos igual ao que foi realizado no trabalho de auditoria no ano anterior. 2–47 (OA 13) O auditor utiliza o seguinte procedimento como parte da auditoria de ativos imobilizados que tiveram acréscimos significativos durante o ano: “obter uma amostra estatística de todos os acréscimos a imóveis, instalações e equipamentos e associá-los a faturas recebidas dos fornece- dores”. Qual dos seguintes resultados provavelmente alerta- ria o auditor para a possibilidade de informações incorretas no saldo da conta? a. A maioria dos itens escolhidos é de valor monetário pe- queno, muito embora as faturas sejam típicas de bens que duram de três a cinco anos. b. Cerca de um terço dos itens escolhidos é formado por ele- mentos de valor monetário elevado que são vinculados a lançamentos de diário, mas não existem documentos com- probatórios de compra. c. Cerca de um quarto dos itens é do mesmo fornecedor e diz respeito a equipamentos adquiridos para uma nova fábrica. d. As faturas dos fornecedores não podem ser encontradas no caso de várias compras. Entretanto, todos os itens para os quais as faturas não podem ser encontradas dizem respeito a compras de uma empresa coligada. e. Todas as alternativas anteriores. f. Somente (b) e (d). Questões para discussão e pesquisa 2–49 (Características de governança corporativa, OA 1) Os se- guintes itens descrevem um cliente de auditoria em potencial: • A empresa atua no setor de serviços financeiros e possui uma carteira com muitos empréstimos realizados a pessoas físicas, incluindo financiamentos imobiliários. • A remuneração dos diretores executivo e financeiro tem três componentes: (a) salário-base, (b) bônus proporcio- nal ao crescimento dos ativos e dos lucros e (c) volume significativo de opções de compra. • O comitê de auditoria reúne-se uma vez por semestre. É encabeçado por uma diretora financeira aposentada que conhece bem a empresa, porque trabalhou nessa função em uma divisão da instituição. Os dois outros membros são da comunidade local – um deles é o presidente da Capítulo 2 – Governança corporativa e auditorias | 7 Associação Comercial e o outro, executivo aposentado de uma empresa industrial local bem-sucedida.• A empresa conta com um auditor interno que se subordi- na diretamente ao diretor financeiro e prepara um relató- rio anual ao comitê de auditoria. • O diretor executivo tem uma personalidade dominante – o que não é atípico neste ambiente. Ocupa essa posição há seis meses e anunciou que fará que a organização se torne mais enxuta para reduzir custos e centralizar a autoridade (em maior parte na sua pessoa). • A empresa tem um comitê de empréstimo. Reúne-se tri- mestralmente para confirmar a aprovação de todos os empréstimos acima de $ 300 milhões (os 5% superiores nesta instituição). • O auditor anterior renunciou por causa de uma polêmica a respeito do tratamento contábil e da avaliação a mercado de alguns empréstimos. Pergunta-se: Identifique os elementos de governança corporativa defi- cientes indicados neste cenário. O que faria o auditor para determinar se de fato eles representam má governança cor- porativa? Quais são os riscos associados a cada elemento? Indique como os fatores de risco poderiam afetar as demons- trações financeiras e a auditoria. 2–51 (Expectativas a respeito de auditores externos, OA 2) Em importante discurso, Arthur Levitt, ex-presidente da SEC, criticou os auditores por falhas em quatro áreas: • Permitir que as empresas usassem reservas ocultas para administrar os lucros. • Permitir reconhecimento impróprio de receitas. • Ajudar as empresas a usar contabilidade criativa em fu- sões e aquisições sem refletir a realidade econômica. • Ajudar a administração da empresa a alcançar metas de lucros que ajudavam os administradores a cumprir metas de preço de opções de compra de ações. Pede-se: a. Descreva cada atividade identificada por Levitt e dê um exem- plo de cada uma. Por exemplo, dê um exemplo de como uma empresa usaria reservas ocultas para administrar lucros. b. Se supusermos que há situações em que os auditores agi- ram da forma descrita por Levitt, será possível identificar a motivação para que os auditores proporcionassem tal tipo de assistência aos administradores das empresas? c. Para cada item identificado no quesito (b), descreva como a Lei Sarbanes-Oxley lidou com o problema. 2–53 (PCAOB, OA 3) A criação do Conselho de Supervisão Contábil de Companhias Abertas (PCAOB) foi uma das par- tes mais importantes da Lei Sarbanes-Oxley. Pergunta-se: a. Qual foi o raciocínio principal que levou o Congresso a criar o PCAOB como organismo responsável pela fixação de pa- drões de auditoria para companhias abertas? Por exemplo, por que você acha que o Congresso não sugeriu que se refor- masse o Conselho de Padrões de Auditoria do AICPA? b. Identifique as responsabilidades do PCAOB. Como o pro- cesso de inspeção realizado pelo PCAOB afeta a prática da contabilidade externa? c. O PCAOB não pode conter mais de dois CPAs entre seus cinco membros. Qual poderia ser o raciocínio por trás de tal exigência? Quais são as vantagens e desvantagens da limitação do número de CPAs no Conselho? d. Quem são os atuais membros do PCAOB e qual é a sua formação e experiência na área de contabilidade? e. Os padrões de auditoria fixados pelo PCAOB valem tam- bém para as auditorias de companhias fechadas? Explique sua resposta. 2–55 (Comitês de auditoria e independência do auditor, OA 5) O comitê de auditoria é obrigado a avaliar a independência tanto da auditoria interna quanto da externa. Pergunta-se: a. Que fatores você sugeriria que um comitê de auditoria exa- minasse ao avaliar a independência do auditor externo? b. De que maneira o comitê de auditoria poderia influenciar a independência da auditoria interna? c. O comitê de auditoria deve aprovar previamente todos os serviços, além da auditoria, prestados pelo auditor externo. Suponha que o comitê precise tomar uma decisão para per- mitir ou não que a empresa de auditoria externa realize as seguintes atividades. Indique se você aprovaria ou não cada uma, e apresente um argumento para justificar sua decisão. Use o seguinte formato para dar a sua resposta: Motivo para aprovação ou rejeição do serviço proposto (1) Preparar a declaração de imposto de renda da empresa após a conclusão da auditoria. (2) Preparar as declarações de rendimentos de todos os con- selheiros e executivos, como parte dos honorários pagos pela auditoria como um todo. (3) Preparar declarações de rendimentos para executivos e conselheiros, se solicitadas e pagas por esses indivíduos. (4) Auxiliar o departamento de auditoria interna em suas revisões de controle de uma unidade no exterior (a em- presa de auditoria conta com pessoal baseado no país e que fala o idioma local, mas o departamento de audito- ria interna não o possui). (5) Fazer uma auditoria independente da segurança de sis- temas de informações e comunicar os resultados aos executivos e ao comitê de auditoria. 8 | Auditoria (6) Treinar pessoal operacional em conceitos de controle in- terno e um sistema a ser implantado para elevar a quali- dade dos controles internos. (7) Assumir a função de auditoria interna para proporcionar um trabalho “integrado” das operações e dos controles da empresa para que a auditoria seja mais eficiente. (8) Fazer, a custo zero, seminários sobre atualizações de pa- drões de contabilidade e auditoria com os membros do comitê de auditoria dos clientes. (9) Como no item 8, com exceção de que os seminários são oferecidos tanto aos clientes de auditoria quanto a clien- tes de outros serviços, mas somente mediante convite. 2–57 (Comitês de auditoria e auditores externos, OA 5, 6) A existência de comitês de auditoria é obrigatória para todas as companhias abertas. O AICPA e o IIA têm apoiado a formação de comitês para a maioria das organizações, incluindo entida- des governamentais e companhias fechadas de maior porte. Pede-se: a. Defina o termo comitê de auditoria. Indique qual seria a sua composição ideal. b. Identifique informações que o auditor externo deve trans- mitir ao comitê de auditoria. c. Explique por que entidades fechadas poderiam querer um comitê de auditoria. Considere as seguintes entidades ao preparar sua resposta: • Um órgão do governo, por exemplo, uma escola que pre- cise ser auditada. • Uma instituição de caridade, como, por exemplo, a United Way. • Uma companhia fechada de grande porte. 2–59 (Organismos fixadores de padrões de auditoria, OA 7) À medida que as empresas se tornam mais globalizadas, os auditores devem ficar cientes de que há diversos organismos responsáveis pela fixação de padrões de auditoria e garantia, in- cluindo o PCAOB, o AICPA e o IAASB. Além disso, o GAO não possui um conselho de padrões de auditoria, mas fixa modelos para auditorias governamentais dentro dos Estados Unidos. Pergunta-se: a. Quem nomeia os membros desses conselhos? Quais são as diferenças em termos de autoridade legal entre esses conselhos fixadores de padrões? Quais desses conselhos possuem mais (a) CPAs ou contadores credenciados e (b) membros provenientes do público em geral? b. De que maneiras importantes os padrões do IAASB (ISAs) diferem dos pronunciamentos do PCAOB? c. De que maneiras importantes os padrões do PCAOB dife- rem dos de auditoria aceitos em geral (Gaap), estabeleci- dos pelo Conselho de Padrões de Auditoria do AICPA? d. Explique a diferença entre os padrões do IAASB de deter- minação da adequação do arcabouço contábil, em compa- ração com o PCAOB e os padrões Gaap, no que se refere a avaliar se os princípios contábeis escolhidos são os mais apropriados. 2–61 (Materialidade, OA 10) Materialidade é um conceito importante, pois as auditorias devem serprojetadas para de- tectar informações incorretas “materiais”. Pede-se: a. Defina materialidade e descreva como é usada tanto em contabilidade quanto em auditoria. b. A determinação de materialidade deve ser discutida com (1) o comitê de auditoria e (2) os executivos da empresa, antes do início do trabalho de auditoria? Explique seu ra- ciocínio. c. Que fatores um auditor poderia considerar ao determinar o nível de materialidade para um cliente antes do início da auditoria? Atividades em grupo 2–63 (Padrões de auditoria para companhias fechadas, OA 5, 9, 10) O PCAOB tem o poder de emitir padrões para as au- ditorias de todas as companhias abertas. O AICPA continua a emitir normas para companhias fechadas, por meio de seu conselho de padrões de auditoria. Pergunta-se: a. Quais são os prós e contras de possuir os mesmos padrões de auditoria para companhias abertas e fechadas? b. De que maneira você esperaria que os padrões para audi- torias de companhias fechadas diferissem daqueles utili- zados em companhias abertas? Aponte três (não necessa- riamente três respostas corretas ou erradas – esta é apenas uma questão de opinião e discussão). Indique o raciocínio que levou a sua resposta. c. Um CPA está realizando uma auditoria de uma prefeitura municipal. Onde o auditor deveria investigar para deter- minar se os padrões estão sendo obedecidos? d. Que papel deve desempenhar um comitê de auditoria na determinação dos padrões que uma empresa de auditoria deve usar ao auditar sua empresa? Explique a sua resposta. 2–65 (Questão de pesquisa, OA 3) A Lei Sarbanes-Oxley exi- giu que o GAO fizesse vários estudos a respeito da profissão Capítulo 2 – Governança corporativa e auditorias | 9 de contabilidade e relatasse os resultados à SEC após a pro- mulgação da lei. Pergunta-se: Em consulta com o seu professor, selecione um dos seguin- tes estudos feitos pelo GAO sobre a profissão de contabilidade: • Consolidation of Public Accounting Firms and the Effect on Competition. • Principles-Based Accounting. • Mandatory Rotation of Audit Firms. Apresente um relato do estudo em sala de aula. 2–67 (Arcabouço de auditoria: procedimentos de auditoria, OA 13) Auditorias de demonstrações financeiras têm a finali- dade de testar a exatidão dos saldos de contas. Pede-se: a. Uma construtora mostra os seguintes ativos em seu ba- lanço: • Equipamento de construção $1.278.000 • Depreciação acumulada $ 386.000 • Equipamento arrendado – construção $ 550.000 b. O equipamento possuído pela empresa é relativamente antigo ou novo? Explique a sua resposta. c. Proponha um procedimento de auditoria para determinar se todo o equipamento arrendado foi corretamente capi- talizado durante o ano (ao contrário de ser tratado como despesa de arrendamento). d. A conta de equipamento de construção mostra que a em- presa adquiriu equipamentos novos no valor de aproxima- damente $ 400 mil no ano em curso. Identifique um proce- dimento de auditoria que determinará se a conta de equipa- mento foi corretamente contabilizada durante o ano. e. Supondo que o auditor determine que os débitos à conta de equipamento de construção durante o ano foram cor- retos, que outra informação o auditor precisaria conhecer para garantir que o equipamento de construção – menos a depreciação acumulada – está sendo refletido adequada- mente no balanço? f. Como pode um auditor determinar se o cliente atribuiu uma vida útil apropriada ao equipamento e o depreciou corretamente? 2–69 (Pesquisa prática: governança corporativa, OA 1, 13) Selecione uma companhia aberta ou uma empresa vizinha à sua universidade e faça um exame preliminar da governança corporativa. Identifique todas as fontes de evidência para a sua conclusão. Verifique os pontos fortes e fracos e descreva as implicações da estrutura para o auditor. 10 | Auditoria Arcabouços para tomada de decisão de julgamento e ética e padrões profissionais relevantes 3 Questões de revisão 3–1 (OA 1) Explique o processo decisório utilizado para in- centivar a tomada de decisões de qualidade elevada. Discuta como os conceitos de evidências de auditoria, incerteza e risco afetam o enfoque à geração de informações suficientes para sustentar decisões de qualidade elevada. 3–3 (OA 2) Por que é exigido comportamento ético dos audi- tores para justificar a confiança pública na profissão? 3–5 (OA 3) Discuta sucintamente os conceitos e enfoques subjacentes às teorias utilitarista e dos direitos. 3–7 (OA 6) Um CPA estaria violando o código do AICPA se trabalhasse para um cliente como auditor e consultor jurídi- co? Explique sua resposta. 3–9 (OA 6) Como é efetuado o cumprimento do Código do AICPA? 3–11 (OA 6) Descreva a diferença entre um interesse finan- ceiro direto e um interesse financeiro indireto em um cliente de auditoria. 3–13 (OA 6) Descreva os princípios que constituem a base das Regras de Conduta do AICPA. 3–15 (OA 5, 6, 7) Por que a profissão poderia permitir que alguns serviços sejam prestados para companhias fechadas e não para companhias abertas? 3–17 (OA 7) Quais são os principais princípios que têm orienta- do as ações da SEC em relação à independência do auditor? 3–19 (OA 7, 10) Que papel desempenha o comitê de audito- ria em julgamentos a respeito da independência do auditor? 3–21 (OA 8) O que se quer dizer com independência (a) de fato e (b) em aparência? Dê um exemplo de uma situação em que um auditor é independente de fato, mas não em aparência. 3–23 (OA 9) O que uma empresa de CPAs pode fazer para gerir as ameaças à independência do auditor? Questões de múltipla escolha *3–25 (OA 6) Manny Tallents é CPA e advogado. Em qual das seguintes situações Tallents estaria violando as Regras de Conduta do AICPA? a. Utiliza a sua formação jurídica para determinar a legalidade das ações de um cliente de auditoria. b. Investiga uma questão fiscal para ajudar o cliente a tomar uma decisão gerencial. c. Defende seu cliente de auditoria em um processo de viola- ção de patente. d. Utiliza a sua formação jurídica para determinar as implica- ções contábeis de um contrato complicado para um cliente de auditoria. *3–27 (OA 2, 6) Qual das seguintes afirmações explica me- lhor por que a profissão de contabilidade externa tem con- siderado ser essencial promulgar padrões de ética e criar meios que assegurem o seu cumprimento? a. O cumprimento vigoroso de um código de ética estabele- cido é a melhor maneira de impedir a ocorrência de atos inescrupulosos. b. Padrões de ética que enfatizam a excelência de desempenho em detrimento de recompensas materiais criam uma re- putação de competência e caráter. c. Uma marca de destaque de uma profissão é a sua aceita- ção de responsabilidade perante o público. d. Uma exigência de qualquer profissão é o estabelecimento de padrões de ética que dão ênfase principal à responsabi- lidade perante clientes e colegas. * Todas as questões marcadas com asterisco foram extraídas e adaptadas do exame uniforme de CPAs. Capítulo 3 – Arcabouços para tomada de decisão de julgamento e ética e padrões profissionais relevantes | 11 3–29 (OA 7) Qual dos seguintes serviços fora da área a SEC proíbe que as empresas de auditoria prestem a com- panhias abertas? a. Escrituração contábil ou outros serviços envolvendo re- gistros contábeis ou demonstrações financeiras do cliente de auditoria. b. Projeto e implantação de sistemas de informações fi- nanceiras. c. Serviços de avaliação, pareceres de fidedignidade ou rela- tórios de avaliação de aumentos de capital com a contri- buição de bens. d. Serviços atuariais. e. Todos os serviços anteriores.3–31 (OA 7) Qual das seguintes situações não constitui uma ameaça séria à independência de um auditor? a. A remuneração do sócio de auditoria baseia-se na obten- ção e retenção de clientes. b. Relacionamento muito amigável com os executivos do cliente. c. Pressões significativas de tempo para concluir rapidamen- te a auditoria. d. Auditar registros mantidos pela empresa de contabilidade externa. e. Todas as situações anteriores representam ameaças. Questões de discussão e pesquisa 3–33 (Ética na prática, OA 2, 3, 4) Em seu livro Extraordinary Circumstances,1 Cynthia Cooper descreve sua vida ao passar de auditora interna a denunciante. No livro, ela declara que nunca acreditou que era uma denunciante; ao contrário, diz que estava “apenas fazendo o seu serviço”. Pergunta-se: a. Qual é a diferença entre um “dilema ético” e “apenas fazer o seu serviço”? Dê sua resposta em relação tanto à audito- ria interna quanto à externa. b. Os auditores externos não são vistos como “denuncian- tes”. Entretanto, eles podem enfrentar situações em que conclui que a empresa violou fraudulentamente os prin- cípios de contabilidade aceitos em geral. Os executivos da empresa discordam e se recusam a alterar as demonstrações financeiras. A quem o auditor relata a sua constatação? c. Suponha que um auditor externo descubra que um fun- cionário interno perpetrou uma fraude contra a empresa. Os valores são significativos para o indivíduo, mas não para a empresa. Isto é um dilema ou problema ético? Como deve o auditor decidir qual é a providência apro- priada a ser adotada? Sugira e defenda a providência que você sugere. 3–35 (Aplicação do arcabouço ético e do Código de Conduta do AICPA, OA 4, 6) Seu cliente de auditoria, a Germane Indus- tries, criou um novo instrumento financeiro, cuja finalidade principal é aumentar os lucros e manter uma proporção sig- nificativa das dívidas fora do balanço. Seu banco de inves- timento diz à empresa que o instrumento é explicitamente estruturado de maneira a mantê-lo fora do balanço, e que discutiu este tratamento com as outras três das “4 Grandes”, que sinalizaram algum apoio à posição do cliente. A transa- 1 COOPER, Cynthia. Extraordinary Circumstances. New York: John Wiley & Co., 2008. ção não é coberta por qualquer pronunciamento corrente de algum organismo com autoridade na área. Sua reação inicial é a de que o item, ao ser analisado quanto à sua substância, e não à sua forma, é dívida. O clien- te reage dizendo que os princípios de contabilidade aceitos em geral não proíbem o tratamento que advoga para o item, e que as demonstrações financeiras são aquelas apresentadas pelos administradores da empresa. O cliente observa ain- da, e você concorda com ele, que algumas outras empresas contabilizariam o item da forma sugerida pelos executivos, embora não esteja claro que uma maioria aceitaria tal conta- bilização. Pergunta-se: a. Qual é o dilema ético? b. A competição leva a um padrão inferior de ética na profis- são? c. Que salvaguardas existem nos padrões da profissão e no código de conduta profissional que atenuariam o possível efeito da competição sobre a qualidade do trabalho profis- sional? 3–37 (Código de Conduta do AICPA, OA 6) Robert, CPA, opera uma empresa com um único escritório de grande por- te em uma cidade em crescimento, mas o volume de sua ati- vidade está diminuindo. Várias outras instituições recente- mente abriram escritórios na cidade, e Robert perdeu vários clientes importantes para seus novos concorrentes. Por causa do novo clima de competição, Robert decidiu que sua empresa precisaria oferecer uma gama ampla de servi- ços e buscar clientes em setores nos quais a empresa não havia até então entrado. Robert fez uma proposta para realização da auditoria anual de uma faculdade local vizinha, muito embo- ra nunca tivesse auditado antes esse tipo de instituição. A fa- culdade recebia volume significativo de assistência financeira 12 | Auditoria fede ral. A proposta foi bem-sucedida, e a empresa de Robert realizou e completou o que achava ser uma auditoria apro- priada. Logo após a sua conclusão, porém, Robert foi infor- mado pela comissão de ética de que estava sendo considerada a realização de uma investigação para determinar se ele havia violado alguma das regras de Conduta do AICPA ou interpre- tações a elas relacionadas.Pergunta-se: a. Que regras de conduta e interpretações a comissão de éti- ca consideraria nesta investigação? b. De que maneira Robert poderia ter evitado a violação de tais regras e interpretações? 3–39 (Código de Conduta do AICPA, OA 6) A seguir vários cenários que poderiam constituir uma violação do Código de Conduta Profissional do AICPA. Pede-se: Para cada uma das seis situações, identifique se envolve uma violação dos padrões éticos da profissão e indique que princípio ou regra estaria sendo violado. a. Tom Hart, CPA, faz a escrituração contábil, prepara as declarações de rendimentos e presta diversos serviços administrativos para a Sanders, Inc., mas não faz a sua auditoria. Um dos serviços administrativos envolve a ava- liação das necessidades de computadores e a identificação de equipamento para atender tais necessidades. Hart re- comendou um produto vendido pela Computer Co., que concordou em pagar a Hart uma comissão de 10% caso a Sanders compre o produto. b. Irma Stone, CPA, devia estar extremamente ocupada nos próximos meses. Quando um cliente perguntou se pode- ria fazer a sua auditoria do próximo ano, ela recusou, mas o encaminhou a Joe Rock, CPA. Rock pagou $ 2000 a Stone pela indicação. c. Nancy Heck, CPA, concordou em fazer um estudo de con- trole de estoques e recomendou um novo sistema para a Ettes, Inc., um novo cliente. Atualmente, a Ettes utiliza outra empresa de CPAs para auditar as suas demonstra- ções financeiras. O acordo financeiro diz que a Ettes, Inc., pagará a Heck 50% da redução de custos de estocagem no período de dois anos seguintes à implantação do novo sistema. d. Brad Gage, CPA, tem sido auditor da Hi-Dee Co. há vá- rios anos. Além disso, Gage tem prestado outros serviços à empresa. No ano em curso, o vice-presidente de finanças pediu a Gage que fizesse uma avaliação importante do sis- tema de computação. e. Por causa do falecimento de seu controlador, um cliente de auditoria fez que sua auditora externa, Gail Klate, CPA, realizasse o trabalho do controlador por um mês até que um substituto fosse encontrado. f. Chris Holt, CPA, conduziu uma auditoria e preparou um relatório sobre as demonstrações financeiras de 20X1 para a Tree, Inc. A Tree ainda não havia pago os honorários des- sa auditoria antes da emissão do relatório de auditoria das demonstrações de 19X2. 3–41 (Independência do auditor e Código de Conduta do AI CPA, OA 6, 8) A independência é frequentemente saudada como “pedra fundamental da auditoria”, sendo reconhecida como a característica mais importante de um auditor. Pergunta-se: a. O que se quer dizer com independência, em se tratando de um CPA? b. Compare a independência de um auditor à de um: (1) Juiz. (2) Advogado. c. Descreva a diferença entre a independência de um auditor externo e a de um interno. d. Em cada uma das situações a seguir, indique se o auditor está violando o Código do AICPA. Explique a sua resposta. 1. O pai do auditor trabalha para um cliente de auditoria na condição de: (a) Funcionário de serviços de limpeza. (b) Tesoureiro. 2. O primo em segundo grau do auditor é tesoureiro de um cliente de auditoria. 3. O auditor de uma instituição de caridade tambémé o seu tesoureiro. 3–43 (Princípios de independência da SEC, OA 7) Consi- dere os quatro princípios básicos de independência da SEC. Usando somente esses princípios, discuta e formule uma conclusão sobre se cada uma das quatro situações a seguir, que correspondem a serviços realizados por um CPA para um cliente de auditoria, violam os princípios de indepen- dência do auditor. Se você acredita que os trabalhos podem ser realizados desde que haja salvaguardas, indique-as: 1. Uma empresa de CPAs prepara as declarações de rendi- mentos do cliente. 2. Para um cliente de auditoria, um CPA faz análises de risco com foco em economia e negócios, e não riscos contábeis. A intenção é ajudar a empresa a identificar e gerir melhor os seus riscos. Os executivos da empresa tomam todas as decisões quanto às prioridades dos riscos e aos enfoques para atenuá-los. 3. Um CPA faz pesquisa de marketing, mas somente para clientes fora da área de auditoria. Entretanto, possui um número significativo de clientes de auditoria que atuam no mesmo setor no qual faz pesquisa de marketing. 4. Um membro do conselho de administração de um cliente trabalha como consultor para a divisão de consultoria da Capítulo 3 – Arcabouços para tomada de decisão de julgamento e ética e padrões profissionais relevantes | 13 empresa de CPAs. Entretanto, o membro do conselho não tem relação alguma com os auditores, com exceção do fato de ser integrante do conselho de administração. 3–45 (Responsabilidades do comitê de auditoria, OA 5, 10) A Lei Sarbanes-Oxley exige que o comitê de auditoria dos conselhos de administração de companhia abertas seja diretamente responsável pela nomeação, remuneração e su- pervisão dos auditores externos. Além disso, o comitê deve aprovar previamente todos os serviços fora da área que po- deriam ser prestados pela empresa de auditoria. Pede-se: a. Discuta a motivação para esta exigência, em contraste com permitir que os acionistas, o diretor financeiro ou o diretor executivo fiquem com essas responsabilidades. b. Que fatores devem ser considerados pelo comitê ao ava- liar a independência do auditor externo? 3–47 (Atenuação de ameaças à independência, OA 9) As empresas de contabilidade externa têm tomado várias provi- dências positivas no sentido de garantir a independência de suas instituições na realização de auditorias. Pede-se: a. Identifique cinco maneiras pelas quais uma empresa de con- tabilidade externa pode tomar providências positivas para me- lhorar a sua independência na realização de uma auditoria. b. Identifique uma empresa de contabilidade externa de peque- no porte vizinha à sua escola. Visite o site dela na internet e determine o escopo dos serviços prestados. As questões de independência são diferentes para as empresas pequenas, que auditam somente companhias fechadas, em comparação com as que auditam principalmente companhias abertas? Explique e se prepare para descrever a amplitude dos servi- ços prestados pela empresa e as questões de independência com as quais você acha que ela deve lidar. c. Identifique três desafios especiais enfrentados pelas em- presa menores de contabilidade externa na manutenção da independência de suas atividades de auditoria. d. Quais são as exigências de independência e objetividade quando uma empresa de auditoria presta serviços de con- sultoria a um cliente fora da área de auditoria? Explique os motivos dessas exigências. Casos 3–49 (Confiança pública, OA 2) Em um artigo publicado em 1998, Arthur Wyatt, um ex-membro do Fasb, escreveu: “Os profissionais devem colocar o interesse público acima dos interesses dos clientes, particularmente quando participam de um processo destinado a gerar padrões dos quais se espe- ra a produção de divulgação fidedigna… Reconhecendo-se que a natureza cada vez mais detalhada dos padrões do Fasb estimula esforços na busca de brechas, um profissional deve se esforçar para aplicar os padrões de maneira que cumpra os objetivos da melhor maneira possível. Infelizmente, o audi- tor hoje em dia costuma ser um participante na busca agressiva de brechas. O público, por outro lado, vê os auditores como seus protetores contra a aplicação agressiva dos padrões.” [Ênfase acrescentada.] Pergunta-se: a. O que se quer dizer com busca de “brechas” nos pronun- ciamentos do Fasb? De que maneira a localização de lacu- nas seria potencialmente valorizada pela administração de um cliente e afetaria a confiança do público em relação ao trabalho dos auditores? b. Explique como os auditores poderiam ser participantes da “busca agressiva de brechas”, quando o padrão de inde- pendência exige a busca de fidedignidade na apresentação de dados financeiros. c. Como o profissionalismo está relacionado ao conceito de fidedignidade na divulgação de dados financeiros? Expli- que a sua resposta. d. Há evidência de que o comportamento mencionado por Ar- thur Wyatt tenha se modificado com a vigência da Lei Sarba- nes-Oxley, de 2002? Que elementos da lei podem ter levado a um melhor desempenho dos auditores nesses aspectos? 3–51 (Aplicação do arcabouço ético, OA 4) Você foi con- tratado para examinar os balanços da Hi-Sail Company, que presta serviços a instituições financeiras. Sua fonte de re- ceita é representada por comissões em troca da prestação desses serviços. Suas principais despesas estão relacionadas a custos de venda, administração e gerais. A empresa tem ativos e passivos de aproximadamente $ 1 milhão. Prejuízos operacionais ocorridos nos últimos anos têm levado a um saldo negativo de lucros retidos e a um patrimônio líquido praticamente igual a zero. Os ativos consistem, basicamente, de saldos restritos de caixa e contas a receber. Seus passivos são formados por contas e despesas a pagar e provisões para perdas potenciais nos serviços prestados anteriormente. Sua auditoria preliminar indicou que a empresa gera um volume elevado de transações. O sistema de controle interno envolvendo tais transações é deficiente. Também está evi- dente que a administração envolve-se apenas de maneira moderada nas atividades do dia a dia e gasta a maior parte de seu tempo lidando com transações e eventos não rotineiros. Você gastou um volume significativo de tempo e dinheiro para completar seu exame do balanço. O cliente reconheceu esses esforços substanciais e anunciou a sua disposição de 14 | Auditoria pagar o custo que fosse para completar este trabalho. Entre- tanto, as faturas com as quais o trabalho em andamento tem sido cobrado não têm sido pagas. Na conclusão do trabalho de campo da auditoria, você reviu uma versão preliminar do balanço e das notas expli- cativas com o presidente e o diretor financeiro/controlador da empresa. Com pequenas modificações de redação, eles concorda- ram com a versão preliminar. Pediram que você concluísse esse relatório o mais depressa possível. Você se comprome- teu com a conclusão de seu parecer, sujeita a uma revisão da versão preliminar com a presidente do conselho de adminis- tração da empresa. Após a revisão, ela solicitou uma reunião especial fora dos escritórios da empresa. Nessa reunião, declarou que a versão preliminar do balanço e das notas explicativas estava seriamente errada. Seus comentários incluíam o seguinte: 1. As declarações de rendimentos do ano anterior não ha- viam sido entregues, e a empresa tinha passivos fiscais substanciais em potencial. 2. A empresa havia dado garantias a volumes significativos de dívidas relacionadas a empreendimentos em conjunto com outras instituições. Esses empreendimentos haviam sido mal-sucedidose os sócios da empresa estavam insolventes. 3. Não haviam sido contabilizados títulos a pagar à presiden- te do conselho, em valor substancial. 4. Valores a pagar à presidente do conselho e a outros diri- gentes, relacionados ao reembolso de fundos gastos pes- soalmente por esses indivíduos com viagens, entreteni- mento e outras despesas correlatas, em nome da empresa, também não haviam sido contabilizados. A presidente do conselho de administração concluiu que o presidente e o diretor financeiro/controlador não haviam divul- gado esses itens por causa de seu impacto desfavorável sobre a empresa. Ela acreditava que esses executivos estavam tentando montar uma campanha junto aos acionistas para derrubá-la. Você continuou a realizar reuniões separadas com esses indivíduos. Ficou claro que as partes estavam em conflito e você encontrou dificuldades cada vez maiores para entender o que era fato real e o que não era. Os dois executivos, em particular, pediram que houvesse uma conclusão urgente da auditoria e a entrega de seu parecer. Alegaram que a pre- sidente do conselho estava preocupada com seus próprios interesses e sua posição não representava a situação finan- ceira da empresa. Você descobriu que o motivo pelo qual os dois executi- vos estavam ansiosos pelo parecer e pelo balanço era o de que estavam tentando vender a empresa. Você também ficou sabendo da própria empresa e de outro de seus clientes que o segundo cliente estava interessado em comprar a empresa. Este segundo cliente lhe perguntou por que você ainda não havia emitido seu relatório sobre a Hi-Sail. Questões para discussão: a. Escreva um relatório usando o arcabouço ético apresenta- do no capítulo para descrever que providência você toma- ria em relação à auditoria e como você escolheu essa pro- vidência. O relatório deve incluir todos os componentes do arcabouço apresentado no capítulo. b. Indique o que você responderia à pergunta do segundo cliente, e o motivo. Capítulo 4 – Risco de auditoria, risco empresarial e planejamento da auditoria | 15 Questões de múltipla escolha Risco de auditoria, risco empresarial e planejamento da auditoria 4 4–1 (OA 1) Explique porque tantos prejuízos de empresas são associados à má gestão de riscos. Como se relaciona a qualidade da gestão de riscos à viabilidade de uma organiza- ção em longo prazo? 4–3 (OA 1) O que é gestão de risco e por que é importante que uma organização implante uma gestão eficaz de risco? Quem é o principal responsável pela implantação efetiva de um programa de gestão de risco para identificar e depois gerir ou atenuar riscos? 4–5 (OA 1) Defina os seguintes termos: • Risco empresarial. • Risco de envolvimento. • Risco de divulgação financeira. • Risco de auditoria. 4–7 (OA 2) Quais são os principais fatores que um auditor desejará investigar antes de aceitar um novo cliente de au- ditoria? 4–9 (OA 1, 4) O que é um cliente de auditoria de “alto risco”? Quais são as características de clientes que são considerados de alto risco? 4–11 (OA 2) Que informação o auditor deve buscar junto ao profissional anterior quando analisa a possibilidade de aceitar um novo cliente de auditoria? 4–13 (OA 2) Que fontes de informações deve um auditor examinar ao determinar se aceita ou não um novo cliente? Por que é importante que o profissional tome a decisão de aceitação de uma maneira sistemática? 4–15 (OA 2) Por que as transações com partes relacionadas representam riscos especiais para o auditor e a realização de uma auditoria? 4–17 (OA 3) A SEC tem criticado os profissionais de audito- ria por não examinarem variações significativas de estimati- vas contábeis. Por exemplo, uma reserva (estimativa de pas- sivo) pode ser estimada com valor alto em um ano, e depois com valor baixo no seguinte. Explique como uma estimativa contábil incorreta poderia não ser material em dois anos su- cessivos, mas, por causa da variação da estimativa contábil, o lucro líquido poderia ter uma incorreção material. 4–19 (OA 3) A SEC preocupa-se bastante com o reconheci- mento pelos auditores do aspecto qualitativo de julgamentos de materialidade. Explique o que é esse aspecto. 4–21 (OA 4) O que é risco intrínseco? De que maneira o au- ditor pode medi-lo? Quais são as implicações para o modelo de risco de auditoria quando o profissional avalia que o risco intrínseco é inferior a 100%? 4–23 (OA 5) Quais são as principais limitações do modelo de risco de auditoria? Como elas afetam a implantação do modelo de risco de auditoria? 4–25 (OA 6) Que informação básica poderia ser útil para o auditor ao planejar a auditoria visando a auxiliar na deter- minação da possibilidade do cliente possuir problemas de obsolescência de estoques ou contas a receber? Identifique as várias fontes que o auditor utilizaria para obter essa infor- mação básica. 4–27 (OA 2, 6) Ao decidir se aceita um novo cliente indus- trial, o auditor normalmente faz uma visita à fábrica. Su- pondo que o cliente tenha uma única fábrica importante, identifique as informações que o auditor poderia obter nessa visita e que o ajudariam a planejar e realizar a auditoria. 4–29 (OA 7) Que índices melhor apontariam problemas com a obsolescência de estoques ou a dificuldade de pagamento de contas a receber? Como são calculados esses índices? 4–31 (OA 6) De que maneira a análise de risco afeta a natu- reza de procedimentos adotados para saldos de contas es- pecíficas? Utilize um exemplo considerando cada uma das seguintes contas: • Provisão para perdas com empréstimos. • Estoque. • Comissões de vendas. • Contas a receber. 16 | Auditoria Questões de múltipla escolha b. É difícil, se não impossível medir formalmente o risco intrínseco. c. Não é possível aferir o risco de controle. d. O modelo não apóia a utilização de julgamentos qualita- tivos. 4–39 (OA 3, 4) Qual das seguintes combinações de risco de envolvimento, risco de auditoria e materialidade levaria ao volume maior de trabalho de auditoria? Risco de Risco de Materialidade envolvimento auditoria a. Baixo Alto Alto b. Moderado Mínimo Mínimo c. Baixo Moderado Mínimo d. Alto Alto Alto 4–41 (OA 7) Um auditor suspeita que têm sido registradas vendas fictícias durante o ano. Qual dos seguintes resultados de uma análise mais provavelmente indicaria esse fato? a. A baixa de vendas incobráveis aumentou 10%, as vendas subiram 10% e as contas a receber cresceram 10%. b. A margem bruta caiu de 40% para 35%. c. O número de dias de vendas em contas a receber diminuiu de 64 para 38. d. O giro de contas a receber foi reduzido de 7,1 para 4,3. 4–33 (OA 1) O risco empresarial é o risco de que: a. O auditor seja incapaz de detectar informações materiais incorretas nas demonstrações financeiras. b. A probabilidade de que o sistema de controle seja incapaz de detectar informações materiais incorretas. c. A empresa seja mal administrada. d. Haja mudanças frequentes de auditores. 4–35 (OA 2) Caso o auditor esteja preocupado com a inte- gridade da administração, qual das seguintes ações não seria apropriada? a. Recusar-se a aceitar o contrato porque um cliente não tem direito inalienável a uma auditoria. b. Ampliar os procedimentos de auditoria em áreas nas quais as afirmações da administração são normalmente impor- tantes, exigindo evidência externamente verificável. c. Elevar os honorários para compensar o risco intrínseco à auditoria, mas não planejar qualquer ampliação de proce- dimentos de auditoria. d. Planejar a auditoria com um grau mais elevado de ce- ticismo, incluindo procedimentos específicos que sejam eficazesna detecção de fraude pela administração. 4–37 (OA 5) Todas as alternativas enumeradas a seguir se- riam consideradas como limitações do modelo de risco de auditoria, exceto: a. O modelo trata cada componente de risco como sendo um fator separado e independente, quando na verdade os fatores são interdependentes. Questões de discussão e pesquisa 4–43 (Relação entre riscos e controles, OA 1) Os auditores precisam entender a relação entre o risco empresarial e o planejamento de uma auditoria. Pede-se: a. Explique como a existência ou inexistência de um bom processo de gestão de risco por uma organização afeta o planejamento de um trabalho de auditoria. b. Que riscos uma empresa enfrenta no desenvolvimento e lançamento de um novo produto? Tome o exemplo do processo de lançamento de um novo produto em um setor que lhe interessa e (a) identifique os riscos, (b) os contro- les que você recomendaria para lidar com esses riscos, e (c) o efeito possível sobre a organização e a auditoria caso os controles não existam. c. Qual é a relação entre risco e controles? Em outras palavras, há necessidade de controle quando não existem riscos? 4–45 (Tipos de riscos de auditoria, OA 1) O auditor é capaz de controlar alguns tipos de riscos, mas também deve me- dir outros tipos de ameaças. Vários tipos foram apresentados neste capítulo. Pede-se: Usando o formato a seguir: a. Defina cada um dos conceitos de risco apresentados neste capítulo. b. Indique a importância do risco para a condução da audi- toria. c. Indique se o auditor mede ou controla o risco. Capítulo 4 – Risco de auditoria, risco empresarial e planejamento da auditoria | 17 Risco Definição Importância para a auditoria Medido ou controlado Risco empresarial Risco de envolvimento Risco de divulgação financeira Risco de auditoria Risco intrínseco Risco de controle Risco de detecção 4–47 (Análise de risco e auditorias de demonstrações fi nanceiras, OA 1, 4, 6, 7) Três auditores estavam tendo a se- guinte discussão: Auditor 1: “É bom fazer análise de risco. Mas, no final das contas, ela não adiciona muito à auditoria. Você ainda preci- sa testar diretamente os saldos das contas com procedimen- tos tais como confirmações ou observação. Você não se livra da auditoria tradicional.” Auditor 2: “O problema com a ‘auditoria tradicional’ é a ten- dência de auditar em excesso. Gastamos muito tempo em áreas nas quais a probabilidade de informação material in- correta é praticamente nula. Ao mesmo tempo, não gasta- mos tempo suficiente conhecendo a estratégia da empresa e a estrutura de suas transações para determinar o verdadeiro risco de que haja informação incorreta.” Auditor 3: “Fui treinado em contabilidade e auditoria. Estou preparado para lidar com demonstrações financeiras. Não fui preparado para analisar ou fazer análise de risco empresarial. Estudei análise de demonstrações financeiras e posso fazer exames analíticos para identificar tendências e a possibili- dade de informações incorretas, mas não é realista esperar que eu, ou a minha empresa de auditoria, façamos análise de risco empresarial. Isso não faz parte da auditoria.” Pede-se: a. Analise os argumentos dos três auditores. Qual deles tem o mais persuasivo? Por que esse argumento é mais persua- sivo? b. Os auditores precisam ser treinados em gestão de risco – pelo menos a ponto de avaliar se uma organização possui uma gestão eficaz de risco? Explique a sua resposta. c. A SEC tem implorado aos auditores que implantem um enfoque à auditoria com base mais forte em risco. Ao mes- mo tempo, ela tem criticado as empresas de auditoria que exageraram na reação a instituições com boa gestão de ris- co e procuraram fazer uma auditoria baseando-se princi- palmente em procedimentos analíticos substantivos. Esses dois pontos de vista podem ser conciliados? Exatamente o que se quer dizer com “um enfoque com base em risco” à auditoria? d. Explique como o auditor ajustaria procedimentos de au- ditoria em função da análise de tendências apresentada no texto, em que as vendas tinham subido 118% em relação ao ano anterior, enquanto a margem bruta havia aumen- tado 132%. Você pode supor ainda que o setor como um todo tivera um crescimento de 5%, tanto em termos de receita quanto de margem bruta. 4–49 (Integridade da administração e risco de auditoria, OA 2, 4, 6) O auditor precisa aferir a integridade da admi- nistração como um possível indicador de risco. Embora a aferição da integridade da administração seja feita em todos os trabalhos de auditoria, trata-se de uma tarefa difícil e nem sempre bem documentada. Pede-se: a. Defina integridade da administração e discuta a sua im- portância para o profissional na determinação do tipo de evidência a ser coletada em uma auditoria e para a avalia- ção da evidência. b. Identifique os tipos de evidência que o auditor levantaria ao aferir a integridade da administração. Quais são as fon- tes de cada tipo de evidência? c. Para cada um dos seguintes cenários gerenciais, (1) in- dique se você acredita que o panorama sinaliza negati- vamente a respeito da integridade da administração, e explique por que; (2) indique como a aferição afetaria o planejamento da auditoria pelo auditor. Cenários gerenciais a. O proprietário/administrador de uma companhia fecha- da também é dono de três outras empresas. As entidades poderiam ser geridas como se fossem uma só, mas estão intensamente envolvidas em transações com partes rela- cionadas para minimizar a carga de imposto para o pro- prietário/administrador. b. O presidente de uma companhia aberta tem a reputação de ser muito rígido e ter um temperamento violento. Sa- be-se que ele já demitiu o gestor de uma divisão no ato, porque ele não atingiu suas metas de lucro. c. A vice-presidente de finanças de uma companhia aberta atingiu esse alto nível em sua carreira com uma grande re- 18 | Auditoria putação de manipulação de dados contábeis. Ela adquiriu essa fama usando muita criatividade na identificação de maneiras de torcer os pronunciamentos do Fasb para co- locar dívidas fora do balanço e manipular a contabilidade para alcançar lucros no curto prazo. Após cada êxito de curto prazo, ela mudava-se para outra empresa para usar sua habilidade. d. O presidente de uma pequena companhia aberta foi processado por evasão fiscal sete anos atrás. Ele fez um acordo com a Receita Federal e cumpriu pena prestando serviços à comunidade. Desde então, ele tem sido consi- derado um líder da comunidade, fazendo contribuições significativas a instituições locais de caridade. Consultas junto a bancos locais produzem a informação de que ele tem participações parciais ou controladoras em várias empresas que funcionam como cobertura para ajudá-lo a transferir lucro de um lugar para outro, e com isso evitar o pagamento de impostos. e. James J. Jones é o presidente de uma companhia fecha- da que tem sido acusado de despejar lixo ilegalmente e deixar de cumprir padrões governamentais de seguran- ça no trabalho. James responde que a sua atitude é a de cumprir as exigências mínimas da lei, e que se o governo achar que ele não tem feito isso, então ele mudará seu comportamento. “Além do mais,” ele diz, “é bom para os negócios; é mais barato fazer a limpeza somente quando sou obrigado a isso, mesmo que haja pequenas multas a pagar, do que sair na frente e fazer mais do que o exigido pelos padrões governamentais.” f. Carla C. Charles é a jovem e dinâmica presidente da Gol- den-Glow Enterprises, uma empresa em rápido crescimen- to e que produz artigosespeciais de cerâmica, como vilas de natal para decoração interna. Recentemente, a Golden- Glow abriu seu capital após um período de cinco anos de crescimento anual de 20%. Carla tem a reputação de ser festeira, e as colunas sociais têm divulgado notícias de festas “extravagantes” em sua casa. Entretanto, ela é respeitada como empresária inteligente. Atividade em grupo d. (Discussão em grupo) Há várias histórias de sucesso em que os administradores demonstram, ao mesmo tempo, (a) grande capacidade de raciocínio estratégico e (b) falta de integridade. Às vezes, os dois se misturam, mas mais frequentemente isso não acontece. Exemplos incluem os diretores executivos de empresas tais como AIG, United Health, HealthSouth, Tyco, além dos lendários diretores da Enron e da WorldCom. Descreva as principais característi- cas individuais que você pensa que contribuiriam para a falta de integridade em um administrador, e como o au- ditor as constataria. Às vezes, as características são dire- tamente observáveis; em outras, são percebidas somente por meio das ações do indivíduo. 4–51 (Materialidade e ajustes em auditorias, OA 3) Supo- nha que o auditor tenha fixado em $ 100.000 o valor do que seria material em termos de informação incorreta afetando o lucro e, $ 125.000, para ativos ou passivos que não afetam o lucro. O profissional testa algumas contas e adquire confian- ça na correção dos saldos das contas. No caso de outras con- tas, como as que envolvem estimativas, o auditor usa uma estimativa e uma faixa dentro da qual ele acredita que o valor esteja correto. Estão disponíveis as seguintes informações ao ser concluída a auditoria: Saldo no Saldo estimado Erro não auditado ano corrente pelo auditor no ano passado Contas a receber $ 1,2 milhões $ 1,15 (faixa: 1,0 - 1,25) $ 80.000 acima Seguros pagos 120.000 100.000 5.000 abaixo antecipadamente Receitas pagas 1,8 milhões 1,95 milhões (faixa: 1,92-1,98) 90.000 acima antecipadamente Os auditores frequentemente trabalham com a incerteza – incluindo a respeito do valor correto do saldo de uma conta. A incerteza existe porque (a) o auditor usa amostragem e (b) algumas estimativas são imprecisas. Pergunta-se: a. Como deve o auditor lidar com a incerteza ao fazer julga- mentos de materialidade a respeito de saldos de contas e das demonstrações financeiras da empresa? Por exemplo, o profissional deve utilizar a melhor estimativa ou os li- mites superior ou inferior da faixa estimada para deter- minar se uma conta é materialmente incorreta? Explique sua resposta. b. Por quanto o lucro líquido do ano corrente está mal cal- culado? Esse erro é considerado material? Explique sua resposta. c. Qual é o valor mínimo de ajuste que precisa ser feito no ano corrente para que as demonstrações financeiras não estejam materialmente incorretas? Explique sua resposta. d. Que ajustes você recomendaria nas demonstrações finan- ceiras do ano corrente? Prepare uma lista. e. Qual é o raciocínio usado para não contabilizar ajustes de erros não materiais? Você concorda com esse raciocínio? f. Uma estimativa é uma estimativa, ou seja, não é uma res- posta precisa. Suponha que a administração esteja totalmen- te convencida de que suas estimativas são corretas e que as do auditor são incorretas. Que opções o profissional tem a respeito do saldo de uma conta? Poderia o auditor dar um Capítulo 4 – Risco de auditoria, risco empresarial e planejamento da auditoria | 19 parecer sem ressalvas sobre as demonstrações financeiras porque elas são as demonstrações da administração, e a ad- ministração está convencida de que estão corretas? 4–53 (Modelo de risco de auditoria, OA 3, 4) Um técnico de auditoria estava ouvindo uma conversa entre dois auditores sênior sobre o modelo de risco de auditoria. As afirmações a seguir são algumas das que foram feitas durante o diálogo. Pede-se: Indique se você concorda ou discorda de cada uma das afir- mações. Apresente o raciocínio por trás de sua resposta. 1. O risco de auditoria pode ser aplicado quantitativa ou qualitativamente. Essencialmente, trata-se de um con- ceito usado para garantir que o auditor colete evidências suficientes para dar um parecer sobre as demonstrações financeiras com probabilidade reduzida de estar errado. 2. A fixação do risco de auditoria em 5% é válida para con- trolar o risco de auditoria em um nível baixo somente quando o profissional supõe que o risco intrínseco é de 100%, ou é significativamente superior ao nível real de risco intrínseco. 3. O risco intrínseco pode ser muito pequeno para algumas contas (por exemplo, o registro de transações de venda em um Wal-Mart). Na verdade, alguns deles podem estar pró- ximos de 0,01%. Em tais casos, o auditor não precisa rea- lizar testes diretos de saldos de contas se tem a certeza de que o risco intrínseco é realmente baixo e que os controles internos projetados estão funcionando adequadamente. 4. O risco de controle refere-se tanto (a) ao projeto dos con- troles e (b) ao funcionamento dos controles. Para conside- rar baixo o risco, o auditor deve coletar evidências tanto sobre o projeto quanto sobre o funcionamento dos con- troles. 5. Um risco de detecção de 50% significa que os testes diretos do saldo de uma conta têm uma chance de 50% de não detectar uma informação material incorreta e que o auditor está confiando na avaliação do risco intrínseco e do risco de controle para lidar com a incerteza adicional a respeito da possibilidade de uma informação material incorreta. 6. O risco de auditoria deve variar inversamente ao risco de en- volvimento. Quanto mais alto o risco de estar associado ao cliente, mais baixo deve ser o risco de auditoria assumido. 7. Ao se analisar o modelo de risco de auditoria, é impor- tante compreender que boa parte dele é baseada em jul- gamento. Por exemplo, a fixação do risco de auditoria, a aferição do risco intrínseco e do risco de controle são questões de julgamento, e a fixação do risco de detecção é simplesmente uma questão de preferência individual do auditor em relação a risco. 4–55 (Entendimento de uma empresa: aferição de riscos, OA 1, 4, 6) O auditor precisa entender a empresa para ava- liar o risco de informações materiais incorretas nos saldos de contas. Na preparação para uma nova auditoria, o auditor combina fazer uma visita à fábrica e ao centro de distribui- ção do cliente. O cliente é uma empresa produtora de ma- quinaria pesada. Seu principal centro de distribuição está situado em um prédio adjacente à fábrica. Pede-se: O auditor fez a seguinte lista de observações durante a visita à fábrica e ao centro de distribuição. Para cada observação, indique: a. O risco potencial de auditoria associado à observação. b. Como a auditoria deve ser ajustada em função do conhe- cimento do risco. Observações da visita: 1. O auditor observa que há três linhas distintas de produ- ção para três linhas diferentes de produtos. Duas delas parecem ser bastante automatizadas, mas a terceira parece ser bastante antiquada. 2. O auditor nota que várias máquinas de produção estão inativas do lado de fora e que uma segunda linha dos principais produtos da empresa não está em operação. 3. O cliente utiliza um grande volume de produtos quími- cos. Os resíduos são armazenados em tonéis e barris na área externa antes de serem transportados para despejo por uma empresa especializada. 4. O centro de distribuição parece movimentado e confuso. Embora pareçam existir procedimentos definidos, o su- pervisor indica que durante os picos de atividade, quando os pedidos precisam ser
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