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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia 
Disciplina de Microbiologia Geral 
 
 
 
1 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
UFSM 
AULA PRÁTICA 06 – COLORAÇÃO DE ESPOROS. 
 
 A) Material necessário: 
- Lâmina para microscopia; 
 - lápis para vidro; 
- alça de platina; 
- Água destilada; 
- cultura bacteriana; 
- óleo de imersão, papel absorvente; 
- suporte para lâminas; 
- lamparinas, bico de Bunsen e isqueiro; 
- Verde malaquita. 
- Safranina 
- Pote para descarte das lâminas 
 
B) Fundamentação teórica: 
 
O esporo ou endósporo bacteriano (Fig. 01) é uma célula de parede espessa 
formada no interior de algumas bactérias, durante o processo de esporulação pela 
invaginação de uma dupla camada de membrana celular, que se fecha para envolver um 
cromossoma e uma pequena quantidade de citoplasma para garantir a sobrevivência da 
espécie. 
 
 
 
 
 
 
 
É muito resistente ao calor, à dessecação e outros agentes químicos e físicos, 
sendo capaz de permanecer em estado latente por longos períodos e, em seguida, 
germinar, dando origem a uma nova célula vegetativa. 
Quando analisados por microscopia eletrônica, revelam uma estrutura complexa, 
sendo compostos por várias camadas. Mais externamente, há o exosporium, que 
corresponde a uma fina e delicada. Abaixo do exosporium encontramos a capa do esporo, 
composta por uma ou várias camadas protéicas, provavelmente responsável pela 
resistência aos agentes químicos. Mais internamente há o córtex, composto por camadas 
Fig. 01 – Célula contendo endósporo terminal. 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia 
Disciplina de Microbiologia Geral 
 
 
 
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Prof. Daniel Roulim Stainki 
UFSM 
de peptideoglicano ligadas frouxamente entre si. Abaixo do córtex há a parede celular do 
esporo e o cerne, contendo a parede celular, membrana e outros componentes 
citoplasmáticos, metabolicamente inativos. 
Uma possível explicação para a enorme resistência dos esporos seria a presença de 
um composto denominado ácido dipicolínico, localizado no cerne, correspondendo a 
cerca de 15% do peso seco. O ácido dipicolínico associa-se a íons cálcio, originando o 
dipicolinato de cálcio, que provavelmente estabiliza os ácidos nucléicos contidos no 
cerne. Além disso, foram detectadas proteínas de ligação a ácidos nucléicos, que também 
auxiliam na estabilização destes. Além disso, o grau de desidratação do esporo também é 
um fator importante na sua resistência, bem como a presença de tantas camadas, 
tornando-o bastante impermeável. 
Os esporos são difíceis de serem corados, pois os corantes geralmente não 
atravessam a parede do esporo a não ser que seja utilizado o calor, como na coloração de 
Schaeffer-Fulton. 
 
C) Objetivos: 
 
Certas bactérias, como por exemplo, espécies de Bacillus e Clostridium, formam 
esporos (ou endósporos) que se desenvolvem em determinadas posições e tamanhos, que 
servem de características no trabalho de identificação. A prática visa o aprendizado 
acadêmico na realização da coloração de esporos e a compreensão do princípio dessa 
técnica. 
 
D) Procedimento: 
 
 COLORAÇÃO DE ESPOROS. 
 
1. Limpe a lâmina de vidro com papel embebido em álcool-éter para remoção completa 
de gordura e deixe-a secar bem. 
2. Coloque sobre a lâmina uma gota de água destilada, no caso da cultura estar em meio 
sólido, ou uma gota da própria cultura em meio líquido, após flambar a alça de 
transferência. 
3. Toque levemente a ponta da alça de transferência sobre o crescimento bacteriano numa 
placa de Petri. 
4. Transfira o material da ponta da alça para a gota sobre a lâmina. 
5. Faça um esfregaço espalhando a gota pela lâmina utilizando a própria alça com 
movimentos circulares. 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia 
Disciplina de Microbiologia Geral 
 
 
 
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Prof. Daniel Roulim Stainki 
UFSM 
6. Deixe secar ao ar e identifique o lado da lâmina com o esfregaço. 
7. Fixe as células na lâmina passando a superfície inferior (lado oposto do esfregaço) três 
vezes pela chama do bico de Bunsen. 
8. Cubra o esfregaço com solução de verde malaquita 5% aquecendo até a emissão de 
vapores por 5 minutos. Não deixe o corante evaporar ou ferver; vá adicionando mais 
corante se necessário. 
9. Lavar suavemente em água corrente. 
10. Corar com safranina por 30 segundos a temperatura ambiente 
11. Lave em água corrente, seque a lâmina a temperatura ambiente e observe ao 
microscópio com objetiva de imersão. 
 
Resultado: 
 
Observar os microrganismos que se apresentarão da seguinte maneira: 
- formas vegetativas: em vermelho; 
- endósporos (esporos): em verde; 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCRIÇÃO:

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