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Escola e Democracia: Reflexões sobre Educação e Sociedade

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1 
 
*Acadêmica do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Faculdade Pan Americana. 
Orientado pelo Prof. Esp. Jocsan Pires Silva. 
FACULDADE PAN AMERICANA – FPA 
 
 
FIGUEIREDO, Roseani dos Santos 
 
 
ESCOLA E DEMOCRACIA 
 
RESUMO Este artigo do livro Escola e Democracia de Dermeval Saviani, busca esclarecer 
o processo da educação e a forma da relação entre educação e a sociedade no decorrer 
dos tempos abrangendo as teorias em diversos contextos históricos. O autor distinguiu pela 
sua análise dos problemas e prerrogativas das questões levantadas sobre as teorias da 
educação. Aponta a escola como uma reflexão crítica diante de um contexto político, 
democrático e social. Porém, não tão diferente da realidade, em mostrar necessidade lógica, 
social e histórica da educação, enquanto que a escola capitalista mascara as evidências do 
que desconhece que poderá ser um dos fatores da marginalidade. 
 
 
Palavras – Chaves: Política, educação, sociedade, marginalidade. 
 
 
 
ABSTRACT This article and the book School of Democracy Dermeval Saviani, seeks to 
clarify the process of education and how the relationship between education and society 
throughout the ages including the theories in different historical contexts. The author 
distinguished for his analysis of problems and prerogatives of the questions raised about the 
theories of education. Points to the school as a critical reflection on a political, democratic 
and social. But not so different from reality, to show logical necessity, social and historical 
education while the school capitalist mask the evidence of what may be unaware that one of 
the factors of marginality. 
 
 
Key – words: Policy, education, society, marginality. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este artigo do livro Escola e Democracia procuram de uma forma crítica fazer 
esclarecimentos da situação real da educação, como um problema social e 
abrangendo todas as esferas sociais, porém as teorias supostamente citadas no 
livro são consideravelmente essenciais dentro de uma sociedade que visa olhar a 
2 
educação não como um simples objeto, mas como um sujeito que precisa ser 
estudado de uma forma favorável contra a marginalidade. 
 
 
ESCOLA TRADICIONAL 
 
Na escola tradicional a educação é vista como um meio para a marginalidade, 
pois a educação não é direcionada para todos e sim para uma pequena minoria, 
tornando a sociedade dividida e com distinção social, somando assim mais um 
problema social. 
Segundo Saviani (1981, p: 2), [...] “teorias concebe a sociedade como sendo 
essencialmente marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicas que se 
relacionam fundamentalmente nas condições”. 
Tomando por este critério que marca a divisão entre grupos ou classes. O 
ideal de uma boa educação é se empenhar em formar e aprimorar condutas do ser 
humano, onde possa ser acrescentada o respeito a certos princípios em sua 
formação, principalmente ao que se refere a se tornar um cidadão. Apesar de vários 
profissionais estudarem maneiras e procurar compreender os problemas nas 
escolas, infelizmente não estão aptas a diminuir este critério de marginalidade. 
A aprendizagem ainda não estar tão significativa para estas classes 
evidenciando uma educação escolar para toda a formação social do indivíduo, pois é 
fundamental para o crescimento de uma sociedade mais esclarecida, 
desconsiderando essa divisão social, haja vista que é através da educação e 
conhecimento que há chances de diminuir este quadro alarmante de criminalidade. 
 
 
TEORIA NÃO - CRITICA 
 
 A teoria não - critica inda é reflexo é reflexo da escola tradicional, onde a 
educação é simplesmente o ato de repetir e copiar os que o professores 
automaticamente buscava informar, não surgia espaço para questionamento, 
apenas espaço para se copiar informações. 
 No livro o autor destaca as “teorias não - criticas” da educação entre outras na 
qual não será discutido neste artigo, dando ênfase a esta teoria é claro que (Saviani. 
2 
1981. p: 3), é feliz em sua colocação quando se refere à Constituição, pois a partir 
do momento que a própria Constituição garante que a educação é um direito de 
todos e é dever do Estado fazê-la cumprir a todos independente da sua classe 
social, onde jamais a educação possa ser aplicada como privilégio para todos, não 
como marginalidade sendo associada à ignorância. Portanto se constitui assim uma 
sociedade democrática. 
 Dentro da teoria não - critica, engloba pedagogia tradicional, onde o aluno é 
um detector de informações, pois ainda a metodologia usada segue aos moldes 
tradicionais de ensino, na qual os alunos tornam-se ouvintes e só os professores 
possuem o conhecimento, porém este ainda seria um dos grandes problemas na 
qual precisam ser trabalhados no sistema de aprendizagem desabituando os 
professores a trabalhar desta maneira. Porém, a pedagogia tradicional não responde 
aos anseios da aprendizagem. 
 
 
ESCOLA NOVA 
 
 Com a Escola Nova surge outra perspectiva para a educação, aqui portanto 
usa-se o sujeito e o objeto sem distinção, porém as criticas começam a surgir, pois 
na verdade a escola nova também não estava surtindo efeito, pois a escola 
tradicional continuava bem presente. E as revoluções sociais deixaram bem claras, 
mas, segundo Saviani (1981. p: 5), 
 
 
[...], as esperanças de que se pudesse corrigir a 
distorção expressa no fenômeno da marginalidade, 
através da escola, ficou de pé. Se a escola não 
vinha cumprindo essa função tal fato se devia a que 
tipo de escola implantado – a escola tradicional – 
revelará inadequado. Toma corpo, então, um amplo 
movimento de reforma cuja expressão mais típica 
ficou conhecida sob o nome de “escolanovismo”. 
 
 
 
Então com a escola nova ou escolanovismo passa-se a criticar a escola 
tradicional, onde passa por uma grande reforma, na qual a marginalidade não é mais 
vista como o símbolo da ignorância e sim o perfil de rejeitado, do anormal, do 
2 
desajustado psiquicamente e conseqüentemente de forma biológica. A escola passa 
ser então a forma de adaptação e ajuste dos indivíduos à sociedade, esclarecido e 
aceito pelos grupos sociais, não sendo mis apenas uma mera ilustração. 
 Na escola nova o ato pedagógico deixa de ser visto como intelecto e passa 
ter outra visão, a do sentimento, e começa a dar ênfase ao psicológico, em outras 
palavras à pedagogia de ordem tradicional são totalmente alteradas. Portanto, a 
escola começa a ter outro significado, começa então ser mais prazerosa, alegre 
mais descontraído, onde o professor passa a conhecer seus alunos individualmente 
e valorizar os mesmos pelo simples fato de ensinar e aprender com os mesmos. 
 
ESCOLA TECNISTA 
 
 É voltada ao conhecimento técnico, nesta escola a educação é vista como 
uma preparação para produzir a mão-de-obra barata, Pois quem entrava em uma 
dessas escolas, impostas pela família. Os alunos já saiam preparados para o 
mercado de trabalho específico, porém esta escola envolvia apenas os burgueses 
continuando assim as divisões de classes, pois esse tipo de escola se centrava 
apenas a elite, segundo Saviani (1981.p: 12), diz: 
 
 
Se na pedagogia tradicional a iniciativa cabia ao 
professor que era, ao mesmo tempo, sujeito do 
processo, o elemento decisivo e decisório; Se na 
pedagogia nova a iniciativa desloca-se para o 
aluno, situando-se o nervo da ação educativa na 
relação professor-aluno, [...]; Na pedagogia 
tecnicista, o elemento principal passa a será 
organização racional dos meios, ocupando 
professor e aluno uma posição secundária, [...], o 
controle fica a cargo de especialistas supostamente 
habilitados, neutros, objetivose imparciais. 
 
 
 Diante desta observação constata-se que a escola tecnicista também não 
cumpriu o seu objetivo e mais uma vez se tem necessidade de mudar a escola, e 
desta vez a marginalização não é mais vista como o desinformado, como era visto 
na escola tradicional e nem o não aceito, citado na escola nova, pois o 
marginalizado passa então a ser incompetente. O centro de ensino não é mais o 
2 
professor, nem mais o aluno, começa-se então valorizar as técnicas. Surgindo a 
escola técnica, onde a sua pedagogia seria a eficiência e a produtividade 
reorganizando assim o processo educativo com o intuito de tornar objetivo e 
operacional. 
Portanto, este novo modelo de escola vem articular diretamente com o 
sistema de produção, tendo como um único interesse de produzir e capacitar 
indivíduos competentes para ser inserido ao mercado de trabalho, se preocupando 
apenas com as técnicas e esquecendo as mudanças sociais ou psicológicas. Neste 
novo modelo tanto os professores e os alunos tem que se adequar com as 
informações dos especialistas para qualificar a mão - de - obra. 
 
 
A TEORIA DA CURVATURA DA VARA 
 
 O autor destaca no livro escola e democracia sobre a teoria da curvatura da 
vara, há uma reflexão sobre dois caminhos da educação, onde Saviani (1981. p: 38) 
diz: [...], “Nesse apêndice farei uma pequena consideração sobre a “a teoria da 
curvatura da vara”. Eu não sei se a teoria da curvatura da vara é conhecida”. 
Saviani faz uma reflexão onde envolve o indivíduo e a demonstração do quanto à 
educação influência a vida e se deixa influenciar também pelas mudanças sociais 
que é demonstrada pelas revoluções de classes, que ocorreu como reflexo da 
educação e justifica essas tentativas para se ajustar e diminuir na educação as 
diferenças sociais, e afirma que quando mais se procurou falar em democracia na 
escola, menos democrática ela ficou. 
Portanto, observa-se que todas as considerações chegam ao ponto de afirmar 
que realmente a educação e a política são idênticas, a única diferença é que 
seguem práticas distintas e características próprias, pois se diante da educação o 
objetivo é convencer, na política se tem por objetivo vencer. 
 A educação torna legitima as diferenças sociais e marginaliza ao invés de 
atenuar a luta contra as ideologias de classes. Seu papel que deveria se o de servir 
de instrumento para as escolhas do homem livre, democrático, cidadão e autônomo 
acaba, então se tornando uma ferramenta de manipulação do pensamento crítico da 
sociedade. 
 
2 
 
REFERÊNCIA: 
 
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 4ª Ed. Autores Associados, SP: 1981.

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