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Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária Disciplina: Hidrogeologia Professor: Delfábio Teixeira Aula 05 – Movimento das Águas Subterrâneas – PARTE 02 CAP CITAÇÃO HUM NAA Transição Link Propriedades Físicas • Velocidade de Darcy Velocidade aparente (q) Velocidade real (v) • Validade da Lei de Darcy • Condutividade Hidráulica (k) • Transmissividade (T) • Coeficiente de Armazenamento (S) Aula 05 – Movimento das Águas Subterrâneas – PARTE 02 Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa, a partir de: Hidrogeologia – Conceitos e Aplicações 2ª Edição / Fernando A. C. Feitosa e João Manoel Filho – Fortaleza: CPRM/REFO, LABHID-UFPE, 2000 Disciplina: Hidrogeologia Distribuição e Importância dos Recursos Hídricos LEI DE DARCY Q – É a vazão, em m³/s; K – Constante de proporcionalidade ou condutividade hidráulica, em m/s; A – Área da seção transversal, em m2; (h2 – h1) – Diferença de pressão entre os pontos 1 e 2, em m; L – Comprimento, em m Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa, a partir de: Hidrogeologia – Conceitos e Aplicações 2ª Edição / Fernando A. C. Feitosa e João Manoel Filho – Fortaleza: CPRM/REFO, LABHID-UFPE, 2000 Disciplina: Hidrogeologia Distribuição e Importância dos Recursos Hídricos LEI DE DARCY A velocidade de Darcy é dada por: Uma observação importante deve ser feita: a velocidade (q) não representa a velocidade real do escoamento*, ou seja, esta não é velocidade real através dos poros. Porém quando se aplica o conceito de porosidade efetiva, pode‐se determinar a equação para a velocidade de Darcy através dos poros, ou seja, a real velocidade entre os poros: *Já que a seção considerada (A) representa a área total, ou seja, a área correspondente aos vazios e à área correspondente à parte sólida. A área da seção transversal do escoamento pelos poros é bem menor que a área de seção do aquífero e pode ser obtida multiplicando-se a área pela porosidade efetiva para o fluxo: Ap = Atotal . ƞe Disciplina: Hidrogeologia Distribuição e Importância dos Recursos Hídricos EXERCÍCIO Considere que os rios indicados na figura são paralelos e o fluxo no aquífero é transversal aos mesmos. a) Qual a velocidade aparente da água no aquífero? b) Qual a velocidade real da água nos poros? c) Qual a descarga transferida de um rio para o outro, através do aquífero, por metro de comprimento do rio? Fonte: Hidrogeologia – Conceitos e Aplicações 2ª Edição / Fernando A. C. Feitosa e João Manoel Filho – Fortaleza: CPRM/REFO, LABHID-UFPE, 2000 Dados do problema: Condutividade hidráulica (K) =10-3cm/s Espessura do aquífero (b) = 20m Porosidade efetiva (ƞe) = 0,20 Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa Disciplina: Hidrogeologia Movimento das Águas Subterrâneas A Lei de Darcy é válida apenas para escoamentos laminares; Neste tipo de escoamento as velocidades são relativamente pequenas e a água percola suavemente pelos poros do aquífero; O escoamento é dominado pelas forças viscosas do líquido e a perda de carga varia linearmente com a velocidade; Para velocidades maiores, o escoamento passa a ser dominado por forças de inércia e transforma‐se em turbulento; Re – Número de Reynolds ρ – massa específica do fluido v – velocidade do líquido no tubo D - diâmetro da tubulação μ – viscosidade do fluido Validade da Lei de Darcy LEI DE DARCY Para tubulações, o número de Reynolds é um parâmetro adimensional usado para determinar se o escoamento é laminar ou turbulento, dado por: Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa Disciplina: Hidrogeologia Movimento das Águas Subterrâneas Re – Número de Reynolds q – velocidade de Darcy (ou velocidade aparente) d50 é o diâmetro médio dos grãos ʋ – viscosidade cinemática do líquido Validade da Lei de Darcy LEI DE DARCY Por analogia com essa equação, define‐se para os meios porosos um número de Reynolds dado por: Diversos pesquisadores analisaram o escoamento da água no solo e verificaram que a lei de Darcy é válida para número de Reynolds menor do que 1. Outros pesquisadores consideram o limite de validade maior: 10 Em geral, as velocidades da água subterrânea são pequenas e o número de Reynolds fica abaixo do limite indicado; As exceções são o escoamento em fraturas com grande abertura, caminhos preferenciais formados por dissolução de rochas calcárias e vizinhanças dos filtros de poços de grande vazão. Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa Disciplina: Hidrogeologia Movimento das Águas Subterrâneas CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA A condutividade hidráulica (K) definida, inicialmente na lei de Darcy, como sendo o coeficiente de proporcionalidade leva em conta características de todos os componentes que formam o meio poroso, a saber: • porosidade, • massa específica, • viscosidade, • granulometria do solo, • maneira como os grãos estão dispostos no solo, • entre outras características Diante deste conjunto de propriedades é que se pode saber se o líquido escoa mais facilmente ou não por entre os poros, ou seja, no meio poroso; Como se pode ver, o escoamento no meio poroso é regido por características • do meio (solo) e • do líquido (água), Estas características se agrupam na propriedade denominada condutividade hidráulica. Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa Disciplina: Hidrogeologia Movimento das Águas Subterrâneas K – condutividade hidráulica K – permeabilidade intrínseca do meio poroso ρ – massa específica da água g – aceleração da gravidade (9,81 m/s²) μ – viscosidade absoluta do líquido CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA Matematicamente, a condutividade hidráulica pode ser expressa em função dos dois meios que a influenciam: A condutividade hidráulica pode ser determinada através de fórmulas, métodos de laboratório ou ensaios de campo. A Tabela abaixo mostra alguns exemplos de condutividades hidráulicas para alguns tipos de sedimentos não consolidados. Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa Disciplina: Hidrogeologia Movimento das Águas Subterrâneas CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA Um aqüífero é considerado anisotrópico quando a condutividade hidráulica é diferente para cada uma das direções dos eixos coordenados; Um aqüífero heterogêneo é formado por materiais de diferentes condutividades hidráulicas; Apesar de se considerar o aqüífero como isotrópico e homogêneo devido à dificuldade de obtenção de dados mais precisos, na verdade, o mais comum é a anisotropia; Em aquíferos sedimentares isso ocorre por dois fatores: • as partículas não são esféricas e depositam‐se com o lado plano para baixo e • os aqüíferos são formados por camadas superpostas de diferentes materiais. Camadas horizontais menos permeáveis vão retardar o escoamento vertical sem afetar significativamente o escoamento horizontal nas outras camadas, de forma que o valor da condutividade na horizontal é maior do que o valor na vertical. Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa Disciplina: Hidrogeologia Movimento das Águas Subterrâneas TRANSMISSIVIDADE A transmissividade corresponde à quantidade de água que pode ser transmitida horizontalmente por toda a espessura saturada do aquífero; Pode‐se conceituá‐la como a taxa de escoamento através de uma faixa vertical do aqüífero com largura unitária submetida a um gradiente hidráulico unitário; O conceito de transmissividade é utilizado em estudos bidimensionais. Para aquíferos confinados a transmissividade é dada pela expressão: T – transmissividade K – condutividade hidráulica b – espessura do aquífero Para aqüíferos freáticos a espessura muda com o tempo, de acordo com a recarga ou descarga, sendo utilizada a espessura saturada do aquífero. Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa Disciplina: HidrogeologiaMovimento das Águas Subterrâneas COEFICIENTE DE ARMAZENAMENTO O coeficiente de armazenamento de um aqüífero é definido como o volume de água retirado por unidade horizontal de área e por decréscimo unitário do lençol freático. O armazenamento específico de um aqüífero saturado é definido como o volume de água liberado por um volume unitário do aqüífero submetido a um decréscimo unitário de carga hidráulica. O mecanismo de liberação da água nos aqüíferos confinados é bem diferente dos casos de aqüíferos livres. Nos aqüíferos livres a água é liberada para poços ou fontes, principalmente em função da drenagem dos poros. Os vazios passam a serem ocupados pelo ar e o nível freático fica mais baixo; Nos aqüíferos confinados, ao liberar a água, os poros não são esvaziados. A pressão da água no aqüífero é maior do que a pressão atmosférica e ao ser perfurado um poço e extraída a água, ocorre um alívio gradativo na pressão hidrostática, aumentando, conseqüentemente, o peso das camadas geológicas superiores, provocando uma compactação do aqüífero. Fonte: Notas de Aula Profª Érika Justa Disciplina: Hidrogeologia Movimento das Águas Subterrâneas COEFICIENTE DE ARMAZENAMENTO Nestes caso, a água é liberada devido a dois fatores: • expansão da água devido à diminuição da pressão hidrostática e • redução dos vazios do aqüífero causada pelo aumento da pressão sobre o meio poroso. O armazenamento específico pode ser calculado através da seguinte equação: O coeficiente de armazenamento é um parâmetro adimensional definido por: α – compressibilidade do meio poroso β – compressibilidade da água Ss – armazenamento específico [L‐1] S – armazenamento; b – espessura saturada do aqüífero livre [L] ou a espessura do aqüífero confinado. Pode‐se relacionar os parâmetros de condutividade hidráulica, transmissividade e armazenamento pela seguinte expressão: ONDE ESTÃO OS NOVE? UMA LIÇÃO SOBRE GRATIDÃO REFLETIND Lc 17:17 “Então Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?”
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