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PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 1 ICMS MA – LÓGICA E MATEMÁTICA – RESUMO 2 DE 4 PROFESSORA KARINE WALDRICH ASSUNTO 2: Progressões: Aritmética e Geométrica. Unidades de Medida. Conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades, problemas envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal. Boa noite, concurseiros!! Segue o resumo 2 para a SEFAZ MA. Inclui o assunto “Conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades, problemas envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal” no resumo de hoje, porque percebi que dele saem várias questões fáceis nas provas da FCC. Por isso, vale à pena estudar!!! Sobre PA e PG, tenho uma observação a fazer. É um assunto fácil... Mas que vem sendo cobrado de forma bem difícil pela FCC nas últimas provas. Sobre isso, o que tenho a dizer é: NEM ENCANE!!! Você vai estudar feito louco e se desesperar para TALVEZ cair uma questão disso, que será PESO 1 e TALVEZ você conseguirá acertar? Ora, não, jamais. Por isso, estude apenas as questões mais fáceis, eu as coloquei abaixo. Questão difícil você precisa acertar de Direito Tributário e de Legislação Estadual, pois essas valem peso 2. Combinado? Sobre o assunto Unidades de Medida, ele está sendo cobrado pela FCC junto com o assunto “regra de três”, que veremos no último resumo. Portanto, faremos mais questões desse assunto no último resumo, daqui duas semanas. Vamos às questões e aos conteúdos de hoje. Progressões: Aritmética e Geométrica Observem a seguinte sequência: 4, 7, 10, 13, 16, 19... Poderia ser feita a seguinte pergunta: qual o 43º termo? Diante dessa pergunta, é importante perceber qual foi o padrão utilizado para a montagem da sequência. PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 2 Vejam que a sequência começa em 4 e aumenta 3 a cada termo. Portanto, o 1º termo é 4, o 2º é 4 + 3 = 7, o 3º é 4 + 3 + 3 = 10... Ou seja, o 2º termo aumenta “1” 3, o 3º termo aumenta “2” 3, o 4º termo aumenta “3” 3... Assim, é fácil perceber que o 43º termo aumentará “42” 3, ou seja, o 43º termo será 4 + 42.3 = 130. Assim, o 43º termo é o 1º termo + (termo – 1)*taxa de aumento. Pois bem, a sequência acima é chamada de Progressão Aritmética. Progressão porque cada termo relaciona-se ao anterior na sequência. Aritmética pois é uma relação de soma (cada termo é o anterior somado a algum outro número). Existe uma equação para a PA (é assim que ela é chamada). A equação é um resultado do raciocínio que tivemos acima: an = a1 + (n – 1).r an é o termo na n posição. Por exemplo, a43 é o 43º termo. a1 é o termo na primeira posição. No nosso exemplo, a1 é 4. r é a taxa de aumento. Na nossa PA, a cada termo aumenta-se 3 unidades. Por isso, r = 3. Vamos aplicar a equação acima para descobrir o 43º termo: an = a1 + (n – 1).r a43 = 4 + (43 – 1).3 a43 = 130 • Soma dos termos de uma PA finita: Vamos voltar ao nosso exemplo: 4, 7, 10, 13, 16, 19... Vamos supor que ela acabe no 43º termo (aquele que encontramos acima): 4, 7, 10, 13, 16, 19... 130. Se quisermos saber qual a soma de todos esses elementos (4 + 7 + 10 + ... + 130), podemos utilizar a seguinte equação: PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 3 Sn = 1 . 2 na a n+ Por exemplo, nesse caso: S43 = 1 43 .43 2 a a+ S43 = 4 130 134.43 .43 2881 2 2 + = = Assim, a soma 4 + 7 + 10 + ... + 130 = 2881. A lógica da Progressão Geométrica é a mesma da Progressão Aritmética. A diferença é o tipo de aumento. Enquanto lá tínhamos uma soma (exemplo, termo 1 = 4, termo 2 = 4 + 3, termo 3 = 4 + 3 + 3, termo 4 = 4 + 3 + 3 + 3...), aqui temos um produto. Ou seja, numa PG, as sequências têm a forma 4, 12, 36, 108... Veja: a1 = 4 a2 = 4.3 = 12 a3 = 4.3.3 = 36 a4 = 4.3.3.3 = 108... Assim, a equação da PG é: an = a1.qn-1 Se na PA temos o r, que é a taxa de aumento, na PG temos o q, que funciona da mesma maneira. Vamos descobrir o 43º termo da PG que vimos acima: a43 = 4.343-1 = 4.342 Podemos perceber que na PG os termos aumentam muito rapidamente, justamente porque o termo é sempre resultado do termo anterior multiplicado, e não somado a uma constante. • Soma dos termos de uma PG finita: PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 4 Da mesma forma como na PA, na PG existe uma equação que fornece a soma de seus termos. Na PG é importante saber se ela é finita ou não, ou seja, se ela possuir um último termo ela é finita, do contrário é infinita. A soma dos termos de uma PG finita é: Sn = 1( 1) 1 na q q • Soma dos termos de uma PG infinita: A soma dos termos de uma PG infinita é: Sn = 1 1 a q 2016/FCC/TRF - 3ª REGIÃO/Analista Judiciário Uma peça de precisão é fabricada em diversas especificações. Observe na tabela abaixo o catálogo das 12 primeiras dessas peças e seus respectivos códigos, abaixo. Mantendo o mesmo padrão, o código da 55ª peça desse catálogo é a) 23*AB b) 17**AA PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 5 c) 18*AA d) 24**AB e) 14**AA A questão parece difícil e impossível, mas repare que basta saber o primeiro número do código que você acerta a questão, já que todas as alternativas possuem números diferentes. A cada quatro códigos, o primeiro número aumenta. Os quatro primeiros começam com 1, os quatro seguintes com 2, os próximos com 3, assim por diante. Assim, múltiplos de 4 são os últimos números de cada grupo com o mesmo número inicial. Ou seja, 4 é o último número que inicia com 1, 8 é o último número que inicia com 2... Qual o múltiplo de 4 mais próximo de 55? Ora, 56 é múltiplo de 4, pois 56/4 = 14. Assim, já sabemos que a resposta é letra E. Resposta: letra E. 2016/FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Técnico Judiciário - Área Administrativa Observe os cinco primeiros termos de uma sequência numérica: 523, 520, 517, 514, 511, ... . Mantido o mesmo padrão da sequência, o menor número não negativo dela será a) 0. b) 1. c) 3. d) 2. e) 4. Mesma lógica da questão anterior. Os números diminuem de 3 em 3. Então, devemos arrumar um número múltiplo de 3 perto do número que desejamos. Para saber se um número é múltiplo de 3, devemos somar os números do número, e a soma deve ser múltiplo. Por exemplo: 523 -> 5 + 2 + 3 = 10 -> Não é múltiplo. PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 6 Mas o número anterior a este terá soma 9, portanto será múltiplo. Qual o número anterior? 522 (5 + 2 + 2 = 9). O que isso significa? Que se a sequência fosse de 522, 519... em diante, ela “passaria” pelo 3 (pois seria uma sequência com múltiplos de 3). Antes de virar negativa, essa sequência seria: 522, 519, ..., 6, 3, 0, -3, -6... Mas ela é uma sequência com números múltiplos de 3 + 1. Portanto, ela é: 523, 520, ..., 7, 4, 1, -2, -5... Assim por diante. Qual o menor número não negativo? 1!!!! Resposta: letra B. 2012/FCC/TCE-SP/AFF A sequência D é obtida com a seguinte regra: exceto o primeiro termo, que é escolhido aleatoriamente,todos os outros são obtidos com este cálculo: o dobro do termo anterior menos dois. A sequência T é obtida com a seguinte regra: exceto o primeiro termo, que é escolhido aleatoriamente, todos os outros são obtidos com este cálculo: o triplo do termo anterior menos três. Suponha a sequência T e a sequência D ambas com o primeiro termo igual a 3. A diferença entre o 5o termo de T e o 5o termo de D é (A) 90. (B) 94. (C) 97. (D) 105. (E) 112. Nesta questão, a sequência é pequena, e o melhor é calcular diretamente, todos os termos, até o quinto termo (que é o pedido). Sequência D: D1 = 3 D2 = 2.3 – 2 = 4 D3 = 2.4 – 2 = 6 D4 = 2.6 – 2 = 10 D5 = 2.10 – 2 = 18 Sequência T: T1 = 3 T2 = 3.3 – 3 = 6 T3 = 3.6 – 3 = 15 T4 = 3.15 – 2 = 42 T5 = 3.42 – 3 = 123 PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 7 T5 – D5 = 123 – 18 = 105 Resposta: Letra C. PS: percebam que o jeito mais fácil de resolver essas questões não é pelas equações de PA e PG, e sim achando um número múltiplo perto do número que desejamos saber... Unidades de Medidas Temos, segundo o Inmetro: O Sistema Métrico Decimal adotou, inicialmente, três unidades básicas de medida: o metro, o quilograma e o segundo. Entretanto, o desenvolvimento científico e tecnológico passou a exigir medições cada vez mais precisas e diversificadas. Variadas modificações ocorreram até que, em 1960, o Sistema Internacional de Unidades (SI), mais complexo e sofisticado, foi consolidado pela 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas. O SI foi adotado também pelo Brasil em 1962, e ratificado pela Resolução nº 12 (de 1988) do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Conmetro, tornando-se de uso obrigatório em todo o Território Nacional. Então, primeiramente, vamos definir o que é o Sistema Decimal. É a nossa maneira de lidar com os números, que já está intrínseca no nosso dia-a-dia. Vejam só: ele utiliza como base dez dígitos - 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Esses dígitos servem para a formação de unidades, dezenas, centenas, milhares, etc. Escrevemos os dígitos da esquerda para a direita, em ordem decrescente de representatividade (quanto mais a esquerda, maior a representatividade do número). Fazem parte do Sistema Decimal de Medidas as medidas de comprimentos, superfície, capacidade (volume), massa e tempo. Vamos falar sobre cada uma dessas medidas. 1) Medidas de Comprimento No Sistema Internacional, a medida padrão de comprimento é o metro. Mas existem também os seus múltiplos e submúltiplos. Vejamos a tabela abaixo: Medidas de Comprimento Unidade Abreviatura Equivalente em metros PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 8 Kilômetro Km 103m Hectômetro Hm 102m Decâmetro Dam 101m Metro M - Decímetro Dm 10-1m Centímetro Cm 10-2m Milímetro Mm 10-3m 2) Medidas de Superfície No Sistema Internacional, a medida padrão de superfície (área) é o metro quadrado. Novamente, contamos também com múltiplos e submúltiplos. Vejamos a tabela abaixo: Medidas de Superfície (área) Unidade Abreviatura Equivalente em metros quadrados Kilômetro quadrado Km2 (103)2m2 = 1.000.000m2 Hectômetro quadrado Hm2 (102)2m2 = 10.000m2 Decâmetro quadrado Dam2 (101)2m2 = 100m2 Metro quadrado m2 - Decímetro quadrado dm2 (10-1)2m2 = 0,01m2 Centímetro quadrado cm2 (10-2)2m2 = 0,0001m2 Milímetro quadrado mm2 (10-3)2m2 = 0,000001m2 3) Medidas de Capacidade (Volume) No Sistema Internacional, a medida padrão de volume é o litro. O litro corresponde à capacidade de um cubo com aresta (lado) de 1 dm. Novamente, contamos também com múltiplos e submúltiplos. Vejamos a tabela abaixo: Medidas de Capacidade (volume) Unidade Abreviatura Equivalente em litros Kilolitro Kl 1.000l = 1m3 Hectolitro Hl 100l Decalitro Dal 10l Litro L - Decilitro Dl 0,1l Centilitro Cl 0,01l PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 9 Mililitro Ml 0,001l = 1cm3 Da tabela, também extrai-se que 1m3 = 1.000.000 cm3 4) Medidas de Massa No Sistema Internacional, a medida padrão de volume é o grama. O grama corresponde à massa de um mililitro de água. Novamente, contamos também com múltiplos e submúltiplos. Vejamos a tabela abaixo: Medidas de Massa Unidade Abreviatura Equivalente em gramas Tonelada Ton 1000kg = 1.000.000g Kilograma Kg 1.000g Hectograma Hg 100g Decagrama Dag 10g Grama G - Decigrama Dg 0,1g Centigrama Cg 0,01g Mililgrama Mg 0,001g Além disso, temos as medidas de Tempo e de velocidade: Medidas de Tempo Unidade Abreviatura Equivalente em Segundos Equivalente em Minutos Equivalente em Horas Segundo S - !"#min !$."##h Minuto min 60s - !"#h Hora H 3.600s 60min - Dia D 86.400s 1.440min 24h Medidas de Velocidade Unidade Abreviatura Equivalente em m/s Equivalente em km/h Metro por Segundo m/s - 3,6km/h Kilômetro por Hora km/h !$,"m/s - 2002/FCC/SEA-AP/Agente Penitenciário A velocidade de 120 km/h equivale, aproximadamente, à velocidade de PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 10 (A) 33,33 m/s (B) 35 m/s (C) 42,5 m/s (D) 54,44 m/s (E) 60 m/s A informação mais importante que vocês devem levar para a prova é a de quê, para transformar 1 m/s em km/h, basta multiplicar por 3,6. E para transformar 1 km/h em m/s basta dividir por 3,6. Por exemplo, 10 m/s = 3,6 x 10 = 36 km/h. Sabendo disso, vamos resolver a questão. Ela pergunta quanto é 120 km/h em m/s. Já sabemos que para encontrar a resposta basta dividir por 3,6: 1203,6 = 33,3 𝑚/𝑠 Resposta: Letra A. 2010/FCC/TRF-4a/Téc. Jud. Considere que: 1 milissegundo (ms) = 10-3 segundo 1 microssegundo (µs) = 10-6 segundo 1 nanossegundo (ns) = 10-9 segundo 1 picossegundo (ps) = 10-12 segundo Nessas condições, a soma 1 ms + 10 µs + 100 ns + 1 000 ps NÃO é igual a (A) 1,010101 ms. (B) 0,001010101 s. (C) 1 010 101 000 ps. (D) 1 010 101 ns. (E) 1 0 101,01 µs. Esta é uma questão que fala sobre submúltiplos de segundo, que são partes menores de um segundo (é um segundo dividido algumas vezes por 10). A própria questão explica o que significa cada múltiplo, mas vou reforçar as explicações: Submúltiplo Sigla Equivalente em segundo OBS: 1 milissegundo Ms 10-3 Um segundo dividido por 1.000 PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 11 1 microssegundo µs 10 -6 Um segundo dividido por 1.000.000 1 nanossegundo Ns 10-9 Um segundo dividido por 1.000.000.000 1 picossegundo Os 10-12 Um segundo dividido por 1.000.000.000.000 A questão pede qual das alternativas não representa a soma de 1 ms + 10 µs + 100 ns + 1 000 ps. A melhor maneira de resolver questões deste tipo é colocando todos os elementos da equação na mesma unidade. Vamos usar segundos, pois cada alternativa apresenta uma unidade, é mais fácil, posteriormente, alterar de segundos para a unidade da alternativa. Então, temos: 1 ms + 10 µs + 100 ns + 1000 ps Transformando tudo para segundos: 1. 10-3 + 10. 10-6 + 100. 10-9 + 1000. 10-12 Lembrando que: 10-3 = 0,001 10-6 = 0,000001 10-9 = 0,000000001 10-12 = 0,000000000001 Substituindo na equação: 1. 0,001 + 10. 0,000001 + 100. 0,000000001 + 1000. 0,000000000001 0,001 + 0,00001 + 0,0000001 + 0,000000001= 0,001010101 segundos. A letra B traz essa resposta, estando, portanto, correta. Para transformar de segundos para os demais submúltiplos, basta “separar” o expoente de cada unidade da resposta acima. Falando ficou difícil, não é? Mas é fácil! Veja só para o ms: 0,001010101 segundos = 1,010101. 10-3 segundos = 1,010101 ms (letra A traz essa resposta, estando correta). PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 12 0,001010101 segundos = 1010,101. 10-6 segundos = 1010,101 µs (letra E traz uma resposta diferente, estando, portanto, errada. É o gabarito da nossa questão). 0,001010101 segundos = 1010101. 10-9 segundos = 1010101 ns (letra D traz essa resposta, estando correta). 0,001010101 segundos = 1010101000. 10-12 segundos = 1010101000 ps (letra C traz essa resposta, estando correta). Resposta: Letra E. 2004/FCC/TRT-22ª/Téc. Jud. Dispõe-se de um bloco maciço de madeira com volume de 0,04 m3. Se a densidade da madeira é 0,93 g/cm3, o peso desse bloco, em quilogramas, é (A) 23,25 (B) 37,2 (C) 232,5 (D) 372 (E) 2325 Vou aproveitar a resolução para mostrar para vocês um método “rápido” de conversão de unidades (múltiplos e submúltiplos). Há questão diz que existe um bloco de volume 0,04 m3. Também dá uma característica do material que compõem o bloco, que é a densidade. A densidade é a quantidade de massa por unidade de volume de um corpo. A densidade da água, por exemplo, é igual a 1 kg/l, ou seja, cada litro de água pesa 1 kg. A unidade da densidade é qualquer unidade de massa dividido por qualquer unidade de volume. Por isso, chamamos a unidade da densidade de unidade derivada (pois ela deriva de outras duas unidades). Ou seja, o enunciado fornece uma relação massa/volume (a densidade), indica o volume e pede a massa. O problema é que os volumes são dados em unidades diferentes (do volume do cubo está em metros cúbicos e o volume incluído na densidade está em centímetros cúbicos). E agora, como resolver? Vamos usar uma regra que batizo de “Cortar Unidades”. Ela funciona da seguinte forma: 1) Primeiro, pegamos a unidade derivada (no nosso caso, a massa/volume da densidade): PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 13 2) Segundo, colocamos a relação de unidades que queremos encontrar. No nosso caso, o enunciado fornece o volume em m3 e pede a massa em kg. Sabemos que 1m3 = 1.000.000 cm3 e que 1kg = 1.000g. Nosso objetivo é dispor isso em forma de fração na relação acima, de forma a “cortar” as unidades indesejadas (não queremos nem cm3 e nem g) a manter apenas as unidades desejadas (queremos um resultado em kg/m3). 3) Agora, basta “cortar as unidades” que não queremos, e multiplicar tudo o que foi incluído na equação. Ou seja, 0,93 g/cm3 = 930 kg/m3. Agora, podemos utilizar uma Regra de Três para encontrar o peso pedido na questão. Veja: 930kg ---------- 1m3 x kg ---------- 0,04m3 Multiplicando em cruz, temos: x = 930.0,04 x = 37,2 kg Resposta: Letra B. Conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades, problemas 0,93 2345x!######345!45 x !62!###2 0,93 2345x!######345!45 x !62!###2 0,93x!######⬚!45 x !62!### 0,93x1000 6245 = 9306245 0,93 𝑔𝑐𝑚$ PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 14 envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal; Observem o seguinte diagrama: Por este diagrama, vocês podem perceber que os números Racionais englobam também os números Inteiros e os Naturais. É impossível falar dos números Racionais sem falar dos números Inteiros e dos Naturais. Os números Inteiros são aqueles que não são frações. Por exemplo, Z = {..., - 2, -1, 0, 1, 2, ...}. Normalmente, o conjunto dos números Inteiros é expresso pela letra . Assim, sabemos que 3 4 não é um número inteiro, pois ele é uma fração. Dentro dos números Inteiros, como o diagrama mostra, existem os números Naturais. São todos os Inteiros positivos, incluindo o Zero. O conjunto dos números Naturais é expresso por N = {0, 1, 2, ...}. Portanto, 3 4 não é um número Natural. Assim como –2. NÚMEROS RACIONAIS (Q) Ex: 1,333333 (...); 2/5; ... NÚMEROS INTEIROS (Z) Ex: -2; -1; 0; 1; 2 NÚMEROS NATURAIS (N) Ex: 0; 1; 2 PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 15 Por fim, temos os números Racionais. Eles são os números Inteiros mais as frações. Qualquer número que possa ser expresso por uma fração é um número Racional. Normalmente, o conjunto dos números Racionais é chamado de Q, isso porque Q vem de quociente. Assim, 3 4 é um número Racional. - 3 4 também. E 1,33333333...? Será que é um número Racional? Sim, pois 1,33333333... pode ser expresso sob a forma de fração. É o número 4 3 . Números como o 1,33333333... são chamados de dízimas periódicas. São números resultantes de divisões de frações. No entanto, 1,376983987... não é número racional. É, sim, um número Irracional. Números Irracionais são números que não são dízimas periódicas e possuem número infinito de casas decimais. Os números Irracionais não podem ser expressos por frações. O conjunto dos números Reais é formado pelos números Racionais mais os números Irracionais. Basicamente, qualquer número que possa ser extraído de uma raiz é um número Real. O conjunto dos números Reais é denotado por R. Operações com frações e decimais Operações com frações são arroz de festa em concurso. Caem toda hora. Fora que outros assuntos da Matemática e do Raciocínio Lógico muitas vezes incluem frações, então acaba caindo dentro de outras questões também... Inicialmente, cabe lembrar que a “parte de cima” da fração é o numerador, e a “parte de baixo” é o denominador, como no esquema abaixo: PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 16 2 7 Na adição, subtração, multiplicação e divisão com frações alguns cuidados devem ser tomados. Vamos analisar cada uma das quatro operações: • Adição e Subtração de frações: Na adição e subtração de frações, o importante é manter todos os denominadores iguais. Essa é a regra principal. E como fazer isso? Vejam a soma abaixo: 2 7 + 1 9 + 3 5 Para reduzir os três denominadores a um só, devemos encontrar o famoso MMC – Mínimo Múltiplo Comum. O MMC é o menor número divisível pelos três denominadores, tendo zero como resto. Na verdade, o menor número divisível por qualquer número é o zero (pois podemos dividir o zero por qualquer número e ter zero como resto). Então, o MMC é o menor múltiplo comum, a exceção do zero. No nosso exemplo, temos três denominadores: 7, 9 e 5. Cada um tem os seus múltiplos. São eles (já excluímos o zero): • Múltiplos de 7: {7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, 70, 77, 84, 91, 98, 105, 112, 119, 126, 126, 133, 140, 147, 154, 161, 168, 175, 182, 189, 196, 203, 210, 217, 224, 231, 238, 245, 252, 259, 266, 273, 280, 287, 294, 301, 308 315, 322, 329, ...} • Múltiplos de 9: {9, 18, 27, 36, 45, 54, 63, 72, 81, 90, 99, 108, 117, 126, 135, 144, 153, 162, 171, 180, 189, 198, 207, 216, 225, 234, 243, 252, 261, 270, 279, 288, 297, 306, 315, 324, 333, ...} • Múltiplos de 5: {5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, 70, 75, 80, 85, 90, 95, 100,105, 110, 115, 120, 125, 130, 135, 140, 145, 150, 155, 160, 165, 170, 175, 180, 185, 190, 195, 200, 205, 210, 215, 220, 225, 230, 235, 240, 245, 250, 255, 260, 265, 270, 275, 280, 285, 290, 295, 300, 305, 310, 315, 320, 325, ...} Percebam que o menor número que é divisível pelos três números é 315. Mas como descobrir isso sem precisar escrever todos esses números? Na hora da prova vocês não podem perder esse tempo todo. Para isso, utilizamos a Fatoração. Na fatoração, dividimos o número pelo menor número primo possível, e seguir na divisão, até que se chegue a um quociente igual a 1. Numerador Denominador PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 17 Vamos fazer com os nossos denominadores (7, 9 e 5). Fatorando o 7: 7 7 1 Notem que como o 7 é um número primo, a fatoração do 7 é igual a ele mesmo. Fatorando o 9: 9 3 3 3 1 Fatoração do 9 = 32. Fatoração do 5: 5 5 1 Temos, então, a regra de ouro do MMC: Seguindo essa regra, temos que o MMC (7, 5, 9) = 7 x 32 x 5 = 315. Resgatando nossa soma inicial: 2 7 + 1 9 + 3 5 Agora, substituímos os denominadores pelo MMC. Em seguida, para cada fração, dividimos pelo denominador original e multiplicamos pelo numerador, da seguinte forma: Fatores não comuns a todas as fatorações Entra no cálculo do MMC REGRA DE OURO DO MMC Entra no cálculo do MMC com o maior expoente Fatores comuns a todas as fatorações PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 18 27 + 1 9 + 3 5 2 x 32 x 5 + 1 x 7 x 5 + 3 x 32 x 7 315 Fazendo a soma, chega-se no resultado de 314 315. • Multiplicação e divisão de frações: A multiplicação de frações é obtida diretamente, apenas multiplicando os numeradores e denominadores entre si. Exemplo: 3 5 x 4 9 = 3 x 4 5 x 9 = 4 5 x 3 = 4 15 Já a divisão de frações é encontrada pela inversão da fração pela qual se quer dividir, seguida da multiplicação tradicional. Uma maneira mais fácil é através do “Extremos pelos Meios”, ou seja: 3 5 4 9 = 3 x 95 x 4 = 27 20 Potenciação e radiciação ÷ Extremos Meios X Primeiro passo: DIVIDIR 315 ÷ 7 = 32 x 5 Segundo passo: MULTIPLICAR 2 X 32 x 5 = PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 19 A potenciação existe para quando os números envolvidos em uma multiplicação são todos iguais. Por exemplo, se temos: 3 x 3 x 3 x 3 = 81 Isso pode ser representado por: 34 = 81 Assim, a potenciação é formada por: 34 = 81 O “3” é a base da potência. O “4” é o expoente. E o 81 é o produto. A potenciação possui algumas propriedades: • Multiplicação de potências de mesma base - conserva-se a base e somam-se os expoentes: 2 3 2 3 52 .2 2 2+= = • Divisão de potências de mesma base - conserva-se a base e subtraem-se os expoentes: 3 3 2 2 2 2 2 2 = = • Potências de potências - conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes: 2 3 2.3 6(2 ) 2 2= = Expressões algébricas Expressões algébricas são expressões matemáticas que possuem letras e números. Por exemplo: 5a + b = 33 Existem infinitas expressões algébricas, algumas simples, outras bem complexas. PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 20 Algumas contém operações de potenciação, radiciação, multiplicação, divisão, soma, subtração... As operações podem estar separadas, na expressão, por parênteses, colchetes, chaves... Por exemplo, tem-se a expressão algébrica: 2x + 5.{33 + 2 - 7.[4x – 2(7x – 4)]} = 10 Primeiramente, deve-se observar a ordem de resolução das operações que estão dentro dos parênteses, colchetes e chaves: Observadas as ordens acima, deve-se realizar, primeiramente, as operações seguindo o esquema abaixo: 1º Potenciação e Radiciação PRIORIDADE DE RESOLUÇÃO DE OPERAÇÕES EM UMA EXPRESSÃO ALGÉBRICA 2º Multiplicação ou Divisão 3º Adição ou Subtração 1º Parênteses ( ) PRIORIDADES – PARÊNTESES, COLCHETES E CHAVES EM UMA EXPRESSÃO ALGÉBRICA 2º Colchetes [ ] 3º Chaves { } PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 21 Portanto, para resolver a expressão, fazemos: 2x + 5.{33 + 2 - 7.[4x – 2(7x – 4)]} = 10 1) Podemos resolver a potenciação, e realizar a multiplicação do parênteses: 2x + 5.{27 + 2 - 7.[4x – 14x + 8]} = 10 2) Agora, realizamos a soma e a multiplicação dos colchetes: 2x + 5.{29 - 28x + 98x – 56} = 10 3) Realizamos a soma dentro das chaves: 2x + 5.{70x – 27} = 10 4) Finalmente, multiplicamos a chave: 2x + 350x – 135 = 10 5) Somamos os termos: 352x = 145 6) Descobrimos o valor de x: x = 145/352 Cada expressão algébrica é diferente, mas, basicamente, segue esses passos. Para aprender, não tem segredo, tem que treinar bastante... Produtos notáveis Os produtos notáveis são produtos de binômios a + b e a – b. Portanto, temos: • (a + b).(a + b) = (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 • (a – b).(a – b) = (a - b)2 = a2 - 2ab + b2 • (a + b).(a - b) = a2 - b2 2016/FCC/TRF - 3ª REGIÃO/Analista Judiciário - Área Administrativa As letras da expressão x − (w − y) − (z − h), representam números diferentes e serão substituídas, uma a uma e para efeito de cálculo, pelos números naturais 9; 12; 13; 15 e 17, não necessariamente nessa ordem. Opere apenas no conjunto dos números naturais. Para que o resultado da expressão seja 8, as letras w e h devem ser substituídas, respectivamente, por PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 22 a) 15 e 13. b) 17 e 12. c) 13 e 9. d) 15 e 12. e) 17 e 9. Típica questão que parece difícil, mas é fácil, basta ter um pouco de malandragem rsrs. Precisamos chegar no resultado 8. Então, primeiramente, vamos pensar em qual número pode ser o “x”, pois dele serão diminuídas as outras 2 combinações de números (w – y e z – h). x pode ser 9? Ora, não, porque se x for 9 vamos fazer duas subtrações (com os números resultantes das operações dentro dos parentes) e logicamente vamos chegar a um valor inferior a 8 (basta pensar que 9 – 1 = 8). Vamos passar para o próximo valor de x. x pode ser 12? Se x for 12, as demais subtrações deverão, juntas, retirar 4 unidades de 12, para que se chegue a 8. Isso é possível? Vejamos, os números que sobram são 9, 13, 15 e 17. 17 – 15 = 2, 17 – 13 = 4, 17 – 9 = 8. 15 – 13 = 2 e 15 – 9 = 4, 13 – 9 = 4. Pergunta: existe alguma forma de DUAS dessas subtrações, somadas, dar 4 (para que se retire 4 de 12 e se chegue a 8???? Não, impossível. Por isso, x não é 12. Passemos ao 13. 13 – 8 = 5, então as duas subtrações, juntas, devem retirar 5 unidades de 13 para que se chegue a 8. Os números que sobram são 9, 12, 15 e 17. 17 – 15 = 2, 15 – 12 = 3, 15 – 9 = 5, 12 – 9 = 3. Há alguma soma dessas subtrações que, COM NÚMEROS DIFERENTES (eles não podem se repetir, lembrem-se) dê 5? HÁ!!!! Oras, 17 – 15 = 2 e 12 – 3 = 3. Portanto 13 – (17 – 15) – (12 – 9) = 13 – 2 – 3 = 8. Bingoooooo. A questãopede valores de w e h. w pode ser 17 ou 12, h pode ser 15 ou 9. Ou seja, as opções de resposta possíveis são 17 e 9 OU 12 e 15 (observe que o enunciado fala em w e h RESPECTIVAMENTE). 17 e 9 é a letra E. (claro que a FCC colocou 15 e 12, ao contrário, na alternativa D, só pra confundir rsrs). Resposta: letra E. 2016/FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal Em um curso de informática, 2/3 dos alunos matriculados são mulheres. Em certo dia de aula, 2/5 das mulheres matriculadas no curso estavam presentes e todos os homens matriculados estavam presentes, o que PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 23 totalizou 27 alunos (homens e mulheres) presentes na aula. Nas condições dadas, o total de alunos homens matriculados nesse curso é igual a a) 18. b) 10. c) 15. d) 12. e) 21. INFORMAÇÃO IMPORTANTE: TODA VEZ QUE A QUESTÃO FALAR EM “H/I DE J” VOCÊ VAI SUBSTITUIR O “DE” POR UMA MULTIPLICAÇÃO. OU SEJA: :; DE J = :; x J Vamos chamar os alunos matriculados (homens e mulheres) de A. Portanto, segundo o enunciado, temos: 2/3 dos alunos matriculados são mulheres Conforme vimos, isso significa que: <$ de A = mulheres <$ x A = mulheres = M Vamos chamar as “mulheres” de M e os homens de H. Então: A = M + H (o total de alunos matriculados é igual ao número de mulheres matriculadas + número de homens matriculados). A = <$ x A + H H = A – <$ x A = $$ x A – <$ x A (lembrem-se que A = 1xA = $$ x A) H = !$ x A Descobrimos que 1/3 dos alunos matriculados são homens e 2/3 são mulheres. PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 24 Vamos ver que outra informação o enunciado fornece. Ele diz que em um dia qualquer, 2/5 das mulheres matriculadas no curso estavam presentes e todos os homens matriculados estavam presentes, o que totalizou 27 alunos. Vamos lá: 2/5 das mulheres matriculadas = <= de M = <= x M. Todos os homens presentes = H Total dos presentes = 27 = <= x M + H Precisamos ter apenas UMA INCÓGNITA (letra desconhecida) na equação, sempre. Sabemos que o total de mulheres é M = <$ x A e o total de homens é de H = !$ x A. Podemos substituir as duas letras na equação, e aí teremos tudo em função de A. 27 = <= x M + H 27 = <= x <$ x A + !$ x A Para multiplicar duas frações multiplicamos numerador x numerador e denominador x denominador: 27 = >!= x A + !$ x A Como 15 é múltiplo de 3, o MMC entre 15 e 3 é 15: 15.27 = 4𝐴 + 5.1𝐴15 Agora, “retiramos” o 15 do denominador: 15.27 = 4𝐴 + 5.1𝐴 15.27 = 9𝐴 27/9 = 3, então: 15.3 = 𝐴 45 = 𝐴 PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 25 Reparem que a questão não pergunta o total de alunos matriculados, e sim o total de homens, que, como vimos, é 1/3 x A. Ou seja, 1/3 de 45 é 15, portanto são 15 homens matriculados. Resposta: letra C. 2010/FCC/TCE-SP/AFF De gosto muito duvidoso, Alfonso, a fim de distrair-se, estava escrevendo a sucessão dos números naturais – começando do zero - quando sua esposa o chamou para jantar, fazendo com que ele interrompesse a escrita após escrever certo número. Considerando que, até parar, Alfonso havia escrito 4 250 algarismos, o último número que ele escreveu foi (A) 1 339. (B) 1 353. (C) 1 587. (D) 1 599. (E) 1 729. “Sucessão dos números naturais” sabemos o que é. Afinal: = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8...} Mas e o que é Algarismo? Algarismo é o símbolo que compõe o número. São algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Com estes símbolos, formamos todos os números existentes. Por exemplo, o número “35” é formado de 2 algarismos – o “3” e o “5”. Se o Alfonso da questão escreveu 4250 algarismos, ele escreveu vários números também. E para saber qual foi o último número escrito por ele, precisamos repetir sua façanha e escrever todos os algarismos novamente? Não. Basta termos em mente de quantos algarismos os números são formados. Vejamos a tabela abaixo: Sequência Quantidade de algarismos por número Quantidade total de números Quantidade total de algarismos 0 – 9 1 10 10 10 – 99 2 90 180 100 – 999 3 900 2700 1000 – 9999 4 9000 36000 PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 26 Alfonso escreveu 4250 algarismos... Isso quer dizer que o último número está entre 1000 e 9999 (pois se ele tivesse escrito 9999 números já seriam 36000 algarismos). Para saber o último número, precisamos saber a quantidade de algarismos entre os números 1000 e 9999. Para isso, basta somar a quantidade total de algarismos existente até 999, e diminuir este resultado de 4250. Como os números entre 1000 e 9999 possuem 4 algarismos, basta dividirmos a quantidade encontrada por 4: 2700 + 180 + 10 = 2890 4250 – 2890 = 1360 1360 4 = 340 Assim, sabemos que Alfonso escreveu 340 números entre 1000 e 9999. O primeiro número é 1000, o segundo é 1001... assim por diante. Dessa forma, quando ele escrever o número 1339, terá escrito 4250 algarismos. Resposta: Letra A. 2010/FCC/TCE-SP/Auxiliar de Fiscalização Financeira Em uma seção do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo trabalham 23 pessoas, entre homens e mulheres. Se, nessa seção, 5/14 do número de funcionários do sexo masculino usam óculos, a quantidade de mulheres é um número (A) par. (B) primo. (C) menor que 7. (D) maior que 10. (E) quadrado perfeito. A questão diz que, numa seção, trabalham 23 pessoas, entre homens e mulheres. A questão quer saber o número de mulheres. H + M = 23 Do total de homens, 5/14 usam óculos. Ou seja, o número de homens só pode ser múltiplo de 14. Se forem 14 homens, 5 usam óculos. Se forem 28 homens, 10 usam óculos, assim por diante. PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 27 Não pode ser 20 homens, por exemplo, pois nesse caso teríamos 5/14 de 20 homens usando óculos, o que resultaria em 7,14 homens usando óculos. O mesmo acontece para qualquer outro número de homens, que não sejam múltiplos de 14. Portanto, temos que o número de homens só pode ser 14, 28, 42... Nesse caso, só pode ser 14 o número de homens, pois a questão fala que a soma de homens e mulheres é de 23 pessoas. Se forem 28 homens esse número já estará ultrapassado. Assim, temos, na seção, 14 homens. H + M = 23 M = 23 – 14 = 9 Vamos à análise das alternativas: (A) par. Falso, 9 não é par. (B) primo. Falso, como vimos, números primos só são divisíveis por si mesmo e por 1. 9 é divisível por 3. (C) menor que 7. Falso, 9 é maior que 7. (D) maior que 10. Falso, 9 é menor que 10. (E) quadrado perfeito. Correto. 9 é quadrado perfeito do número 3, afinal 32 = 9. Resposta: Letra E. 2011/FCC/BB/Escriturário Gertrudes e Rubem - funcionários de uma Agência do Banco do Brasil - receberam, cada um, uma mesma quantidade de folhetos para a PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 28 divulgação de serviços e produtos oferecidos pelo Banco. Sabendo que, se Gertrudes repassar a terça parte de seu total de folhetos para Rubem, então ele terá que distribuir 64 folhetos a mais do que ela. É correto concluir que o total de folhetos que cada um recebeu inicialmente é um número compreendido entre(A) 10 e 25. (B) 25 e 50. (C) 50 e 75. (D) 75 e 100. (E) 100 e 125. Chamaremos Gertrudes de G e Rubem de R. G recebeu x folhetos no início, assim como R. No entanto, G repassou 1/3 dos folhetos para R. Assim, G ficou com: G = 1 3 x x Já R, que recebeu os folhetos de G, ficou com 1/3x a mais de folhetos do que no começo: R = 1 3 x x+ A questão informa que, dessa maneira, R ficou com 64 folhetos a mais do que G. Assim a diferença R – G é de 64 folhetos. Temos, então: PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 29 64 1 1 64 3 3 1 1 64 3 3 2 64 3 2 192 96 R G x x x x x x x x x x x = + = + + = = = = Inicialmente, cada um recebeu 96 folhetos, o que está compreendido entre 75 e 100. Resposta: letra D. 2010/FCC/TCE-SP/Agente de Fiscalização Financeira Em uma viagem de turismo à Argentina, Estanislau ficou fascinado com as máquinas de caça níqueis de um cassino e, sabendo que poderia usar moedas brasileiras, resolveu testar a sua sorte em uma máquina. Primeiramente, usou todas as moedas que tinha no bolso: teve sorte e duplicou a quantia que tinha colocado na máquina; entretanto, logo a seguir, perdeu 4 reais. Na terceira jogada novamente teve sorte e duplicou a quantia com que ficara, mas, em seguida, perdeu outros 4 reais. Na quinta jogada, de novo a sorte duplicou a quantia com que ficara, após o que perdeu mais 4 reais. Se após essa última jogada Estanislau ficou sem nenhuma moeda, então, antes de começar a jogar, o total de moedas que tinha no bolso totalizava, em reais, uma quantia compreendida entre (A) 2,25 e 3,00. (B) 3,00 e 3,75. (C) 3,75 e 4,50. (D) 4,50 e 5,25. (E) 5,25 e 6,00. Vamos aproveitar essa questão para falar um pouco sobre a ordem de resolução das operações com números. A questão pergunta qual o valor inicial que Estanislau possuía no bolso. É importante, para resolvê-la, transformar em equações o que o enunciado diz em PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 30 forma de frases. Vamos passo a passo (e é exatamente assim que vocês devem resolver a questão na hora da prova): “Primeiramente, usou todas as moedas que tinha no bolso”: chamaremos este valor inicial de x. “duplicou a quantia que tinha colocado na máquina”: 2x “logo a seguir, perdeu 4 reais”: 2x - 4 “Na terceira jogada novamente teve sorte e duplicou a quantia com que ficara”: 2.(2x – 4) “mas, em seguida, perdeu outros 4 reais.”: 2.(2x – 4) – 4 “Na quinta jogada, de novo a sorte duplicou a quantia com que ficara”: 2.[2.(2x – 4) – 4] “após o que perdeu mais 4 reais.”: 2.[2.(2x – 4) – 4] – 4 “Se após essa última jogada Estanislau ficou sem nenhuma moeda”: 2.[2.(2x – 4) – 4] – 4 = 0 “então, antes de começar a jogar, o total de moedas que tinha no bolso totalizava, em reais, uma quantia compreendida entre”: x = ??? Nosso passo a passo nos conduziu à seguinte expressão: 2.[2.(2x – 4) – 4] – 4 = 0 Para resolvê-la, é importante sabermos a ordem de prioridade com as quais as operações dentro das expressões devem ser resolvidas. Algumas devem ser resolvidas por primeiro, outras em seguida e outras por último. O esquema abaixo demonstra essa prioridade: 1º Potenciação e Radiciação PRIORIDADE DE RESOLUÇÃO DE OPERAÇÕES EM UMA EXPRESSÃO ALGÉBRICA 2º Multiplicação ou Divisão 3º Adição ou Subtração PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 31 Outra prioridade existente é relativa à presença de parênteses, colchetes ou chaves nas expressões: Sabendo esses conceitos, basta aplicá-los à resolução da expressão: 2.[2.(2x – 4) – 4] – 4 = 0 2. [4x – 8 – 4] – 4 = 0 2. [4x – 12] – 4 = 0 8x – 24 – 4 = 0 8x – 28 = 0 8x = 28 x = 288 = 3,5 Logo, a quantia está compreendida entre 3,0 e 3,75. Resposta: Letra B. 2009/FCC/TCE-GO/Téc. Jud. A prefeitura de um pequeno município estabeleceu que 2 7da sua receita anual seja aplicada em educação. Daquilo que sobra, 3 5 deve ser destinado à saúde. Descontando tudo que foi gasto em educação e saúde, o restante é dividido igualmente entre as despesas com 1º Parênteses ( ) PRIORIDADES – PARÊNTESES, COLCHETES E CHAVES EM UMA EXPRESSÃO ALGÉBRICA 2º Colchetes [ ] 3º Chaves { } PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 32 funcionários e gastos com transporte e habitação. Sabendo que no ano de 2008 foram gastos R$ 300.000,00 com transporte e habitação, pode- se concluir que a receita daquele ano, em milhares de reais, foi (A) 600 (B) 1.200 (C) 1.500 (D) 2.100 (E) 3.000 Questão com frações. Vamos analisar cada parte do enunciado e resolvendo aos poucos. 2 7 da receita anual do município deve ser aplicado em educação. “A prefeitura de um pequeno município estabeleceu que 2 7da sua receita anual seja aplicada em educação.”: chamando a receita anual de x, a parte correspondente à educação equivale a 2 7 x. “Daquilo que sobra, 3 5 deve ser destinado à saúde”: Receita para saúde = 3 5 x – 2 7 x “Descontando tudo que foi gasto em educação e saúde, o restante é dividido igualmente entre as despesas com funcionários e gastos com transporte e habitação.” Despesas com funcionários = Gastos com transporte e habitação = 1 2 x – 2 7 x – 3 5 x – 2 7 x “Sabendo que no ano de 2008 foram gastos R$ 300.000,00 com transporte e habitação, pode-se concluir que a receita daquele ano, em PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 33 milhares de reais, foi”: Gastos com transporte e habitação = 1 2 x – 2 7 x – 3 5 x – 2 7 x = 300.000 1 2 x – 2 7 x – 3 5 x + 6 35 x = 300.000 1 2 (35x – 10x – 21x + 6x) 35 = 300.000 12 10x 35 = 5x 35 = 300.000 x = 2.100.000 Como a questão pede o resultado em milhares de reais (1 milhar de real = 1000 reais), a resposta é 2.100. Resposta: Letra D. 2009/FCC/TCE-GO/Téc. Jud. Certo mês, do total de equipamentos que estavam em uma oficina, sabe- se que: 3 8 foram reparados por Eustáquio, 5 12por Alceste e os demais por Corifeu. Assim sendo, nesse mês, o total de equipamentos reparados nessa oficina poderia ser igual a (A) 36 (B) 40 (C) 60 (D) 72 (E) 84 Essa questão pode ser facilmente resolvida através da análise das alternativas. Se 3 8 dos equipamentos foram reparados por Eustáquio, é lógico que o número de equipamentos deve ser um múltiplo de 8, certo? Caso contrário, poderia ser encontrado o valor de “meio equipamento”, e é lógico que não existe “meio equipamento”. Dessa maneira, eliminamos as alternativas a, c e e. PROFESSORA: KARINE WALDRICH Instagram: @karinewaldrich Facebook: @profkarinewaldrich 34 Além disso, 5 12 foram reparados por Alceste. Tanto 72 (alternativa d) quanto 84 (alternativa e) são múltiplos de 12, podendo ser resposta da questão. Passamos então para os equipamentos reparados por Corifeu, que é o restante dos equipamentos (os que não foram reparados nem por Eustáquio nem por Alceste). Traduzindo para uma equação (e chamando o total de equipamentos reparados na oficina de x), temos: Total de equipamentos reparados por Corifeu= x – 3 8 x – 5 12 x Total de equipamentos reparados por Corifeu = 24x – 9x – 10x 24 = 5 24 x Da mesma maneira como pensamos antes, o número total de equipamentos da oficina deve ser múltiplo de 24, para não haver possibilidade de “meio equipamento”. 84 não é múltiplo de 24, já 72 sim. Resposta: letra D.
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