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cespeUnB
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
E
DIREITOS E DEVERES
DO
SERVIDOR
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ
CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO NO CARGO DE PROFESSOR PLENO I
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
cespeUnB
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos
Autora
Daniela de Macedo Britto Ribeiro Trindade de Sousa
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ
CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO NO CARGO DE PROFESSOR PLENO I
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
2010
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
E
DIREITOS E DEVERES
DO
SERVIDOR
4 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
Reitor
José Geraldo de Sousa Junior
Vice-Reitor
João Batista de Souza
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE)
Ricardo Carmona
Diretor-Geral
Rosalina Pereira
Diretora-Executiva
Roger Werkhäuser Escalante
Coordenadoria de Educação Corporativa e Eventos
Roberta Freitas Soares
Gerência de Formação de Pessoas
Equipe Técnico-Pedagógica
Ana Maria da Silva Peixoto
Danielle Xabregas Pamplona Nogueira
Lady Sakay
Luís Fernando Tavares Santos
Michelle Galdino da Silva
Milene de Fátima Soares
Nayara César Santos de Morais
Vera Lúcia de Jesus
Endereço
Campus Universitário Darcy Ribeiro
Edifício Sede CESPE/UnB
Caixa Postal 04488
CEP: 70904-970 – Asa Norte, Brasília/DF
Telefone: (61) 3448-0100
Fax: (61) 3448-0110
Site: www.cespe.unb.br
E-mail: sac@cespe.unb.br
Autora: Daniela de Macedo Britto Ribeiro Trindade de Sousa
Mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília. Professora universitária de 
Direito Constitucional. Analista judiciária do Supremo Tribunal Federal. Tem experiência de docência 
em cursos de formação profissional promovidos pelo CESPE/UnB.
cespeUnB
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos
5Unidade I - Administração Pública: Princípios da Administração 
Apresentação
Olá, futuro professor, muito prazer! Estaremos juntos durante este módulo. Espero 
que as informações aqui disponíveis sejam úteis para que você desempenhe da 
melhor maneira possível sua importante missão. Missão? Sim, depois eu explico... 
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer por estar participando deste Programa 
de Capacitação Profissional do Concurso Público para Provimento no Cargo de 
Professor Pleno I. Por onde ando sempre digo a mesma coisa: ser professor é uma das 
atividades mais bonitas que o ser humano pode desempenhar. Eu, particularmente, 
sou apaixonada pela vida docente. Sei que não é uma fácil tarefa... Mas, é sim 
maravilhosa! Apesar dos desafios diários e da imensa dedicação que exige, não há 
como acreditar num mundo melhor sem acreditar na educação. Por isso, docente 
do futuro, esteja certo de que sua missão é uma das mais importantes que alguém 
pode ter. 
Obrigada, mais uma vez, por estar aqui! O Brasil, o Ceará e os jovens precisam muito 
do seu empenho e do seu trabalho. Com a sua criatividade e com a sua dedicação 
será possível despertar nos adolescentes a importância da aprendizagem para um 
futuro com dignidade e boas perspectivas. Aprender e ensinar devem ser projeto de 
vida. Meu, seu, dos adultos, dos jovens... enfim, de todos nós! 
Este módulo pretende ajudá-lo a aprender um pouco mais sobre a Administração 
Pública, servidor público, seus direitos, seus deveres e suas responsabilidades para 
que você possa ser um professor nota dez! 
Um abraço e boas aulas!
6 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
Sumário
Apresentação 5
Unidade I - Administração Pública: Princípios da Administração 7
 Administração Pública 7
 Princípios da Administração Pública 10
Unidade II - Poderes da Administração Pública. Serviço Público 14
 Poderes da Administração Pública 14
 Serviço Público 18
Unidade III - Servidores Públicos. Cargo, Emprego e Função Pública. 20
Provimento, Vacância e Estágio Probatório
 Servidores Públicos 20
 Cargo, Emprego e Função Pública 20
 Provimento, Vacância de Cargo Público 22
 Estágio Probatório 24
Unidade IV - Carreira e Direitos 26
 Carreira 26
 Direitos 28
Unidade V - Deveres, Responsabilidades, Sindicância e Processo Administrativo 32
 Deveres 32
 Responsabilidades 34
 Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar 35
Resumo do Módulo 38
Referências Bibliográficas 40
Referências Legislativas 41
7Unidade I - Administração Pública: Princípios da Administração 
UNIDADE I
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
Apresentação da Unidade I
Professor, 
Espero que você esteja bastante interessado em refletir comigo sobre a Administração 
Pública. Falaremos um pouco do conceito de Estado, de Administração e de quais 
são seus princípios. 
Esta Unidade é muito importante para que você tenha uma noção geral da estrutura 
de que fará parte. Gosto muito de lembrar aos meus alunos que o Estado é um ente 
abstrato que funciona com o suor de muitos servidores públicos. Nossa, como é 
importante ser um deles! Espero que, em breve, você também seja um! 
Objetivo
O objetivo é fazer com que você tenha, ao final desta Unidade, uma idéia ampla do 
que é administração pública e quais os princípios que a norteiam.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Vocês sabiam que vivemos num Estado Democrático de Direito? Isso mesmo. A 
nossa Constituição Federal de 1988 nos diz logo em seu artigo 1º que a República 
Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito. Vamos tentar 
descobrir o sentido das expressões Estado Democrático de Direito e República 
Federativa?
Para começar, é possível dizer que o Estado é pessoa jurídica territorial soberana, 
formada pelos elementos povo, território e governo. Esses três elementos são 
indissociáveis e necessários para a noção de Estado independente: o povo, num 
dado território, organizado segundo sua livre e soberana vontade. 
Assim, podemos dizer que o Estado Democrático de Direito é o Estado que vivencia 
a experiência democrática e que observa e respeita a Constituição Federal e todas 
as demais leis. 
8 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
Só para relembrar: a Constituição Federal é a norma 
mais importante do Brasil. Todas as Constituições 
Estaduais, todas as leis federais, todas as leis 
estaduais e municipais devem observar os princípios 
e as regras que estão na nossa Constituição de 1988. 
Por isso, se ainda não a conhecem, está passando da 
hora de ter a sua Constituição em mãos! É nela que 
estão dispostos os nossos direitos fundamentais, 
a organização administrativa do nosso país, a 
distribuição do poder e das competências, além de 
outros temas importantes que nela também estão 
tratados. Voltaremos nesta super norma algumas 
vezes durante nosso módulo, ok?
Como eu já havia citado, o Estado brasileiro também 
se organiza em uma República Federativa. Ser uma República, em poucas palavras, 
significa que reconhecemos a necessidade de que o governo seja exercido por 
períodos pré-definidos e de que haja alternância no poder. Ser uma Federação, 
simplificadamente, representa a união indissolúvel dos estados (Ceará, São Paulo, 
Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Tocantins, Paraná etc.), municípios e Distrito Federal, 
sendo que cada um deles tem autonomia político-administrativa e atua dentro dos 
limites de competências definidos na nossa Constituição Federal. 
A nossa Constituição Federal também nos diz que são poderes harmônicos e 
independentes o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Temos essa divisão tripla 
do poder no âmbito federal e também no âmbito estadual, não é mesmo? Noseu 
Estado, como se dá essa divisão do poder? Há um Poder Judiciário? Há um Poder 
Legislativo? Há um Poder Executivo? Mas vamos lá, aguardo sua resposta! 
Os Estados que compõem a nossa federação organizam-se e regem-se por suas 
respectivas Constituições Estaduais, mas devem ser observados os princípios da 
Constituição Federal. 
Você sabia que o Ceará tem sua própria Constituição? Ela diz em seu artigo 1º que 
o Estado do Ceará, unidade integrante da República Federativa do Brasil, com os 
seus Municípios, exprime a sua autonomia política na esfera de competências 
remanescentes, mediante a Constituição e as leis que adotar.
Diz também que são Poderes do Estado do Ceará, independentes e harmônicos entre 
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Olha aí a resposta à minha pergunta!
9Unidade I - Administração Pública: Princípios da Administração 
A cada um dos Poderes foi atribuída determinada função. Ao Poder Legislativo, 
como regra, compete a função de elaborar e aprovar as leis; ao Poder Judiciário, 
como regra, compete a função de julgar; ao Poder Executivo, como regra, compete 
a função administrativa. 
Você deve ter percebido que falei: como regra. Como regra porque não há 
exclusividade no exercício das funções, mas há predominância de determinada 
atividade. 
Quer um exemplo? Olha só: o Poder Judiciário tem a função predominante de 
julgar, não é isso? Então, como regra ele é o Poder que julga, que exerce a função 
jurisdicional. Ok, isso nós já sabíamos. Mas, para funcionar, o Poder Judiciário precisa 
de uma organização administrativa. É necessário ter servidores, uma estrutura física, 
uma rotina organizacional, alguém que cuide de férias, pagamento, material, controle 
interno, etc. Essas últimas atividades que citei são julgamentos? O que você acha?
Não. Tais atividades não são as atividades típicas que o Poder Judiciário exerce. São 
atividades administrativas, de gestão. 
PODER JUDICIÁRIO DO CEARÁ
http://www.tjce.jus.br/principal/default.asp
PODER LEGISLATIVO DO CEARÁ
http://www25.ceara.gov.br/guia/info_livre_resp.asp?txt_
pesquisa=poder%20legislativo
PODER EXECUTIVO DO CEARÁ
http://www.ceara.gov.br 
Naveguem nas páginas e saibam mais!
10 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
Um grande jurista alemão do século passado, Otto Mayer, dizia que a atividade 
administrativa “é a atividade do Estado para realizar seus fins, debaixo da ordem 
jurídica”. Em síntese, para realizar sua função principal, qualquer poder deve ter 
uma atividade administrativa mínima. Isso serve para a esfera federal, estadual e 
municipal, ok? Vamos então pensar um pouco sobre o conceito de Administração 
Pública. O que vem à sua mente quando lê ou escuta a expressão Administração 
Pública? Segundo José dos Santos Carvalho Filho, “há um consenso entre os autores 
no sentido de que a expressão ‘administração pública’ é de certo modo duvidosa, 
exprimindo mais de um sentido”. Para facilitar a compreensão do tema, o autor 
divide o sentido da expressão em sentido objetivo (consistente na própria atividade 
administrativa) e sentido subjetivo (consistente nos executores da atividade 
administrativa). Em seu sentido objetivo, administração pública é a própria atividade 
administrativa exercida pelo Estado por seus órgãos e agentes. Trata-se da própria 
gestão dos interesses públicos executada pelo Estado, seja através da prestação de 
serviços públicos, seja por sua organização interna. Ainda de acordo com o autor 
antes mencionado, administração pública nesse sentido objetivo deve ser grafada 
com iniciais minúsculas. Além disso, é claro que a última destinatária dessa gestão 
é a própria sociedade, já que não se pode conceber o objetivo da função pública 
que não seja voltado à sociedade. Administração Pública, em seu sentido subjetivo, 
é o conjunto de órgãos, agentes e pessoas jurídicas que têm a incumbência de 
executar as atividades administrativas. Nessa concepção subjetiva, a expressão 
é grafada com letras iniciais maiúsculas. Todos os órgãos e agentes integrantes 
dos três poderes do Estado que estejam exercendo função administrativa serão 
integrantes da Administração Pública. Assim, é possível dizer que a Administração 
Pública compreende: Administração Pública Direta e Indireta. Vamos aos conceitos? 
Administração Pública Direta – conjunto de órgãos e serviços diretamente vinculados 
aos poderes do Estado. Por exemplo, no Poder Executivo do Estado são os órgãos da 
Governadoria, as Secretarias de Estados e as Diretorias, Departamentos e Divisões 
das Secretarias. Administração Pública Indireta – conjunto de entidades vinculadas 
à administração direta organizadas sob estatuto próprio, dotadas de autonomia 
administrativa e financeira. As autarquias, as empresas públicas, as sociedades de 
economia mista e as fundações públicas constituem a Administração Indireta. Você, 
futuro professor, enquanto servidor público, já identificou onde se encaixará na 
estrutura do Estado? Vá pensando...
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Já conversamos um pouco sobre Administração Pública. Que tal refletirmos um 
pouco sobre os princípios que devem orientar a própria atividade administrativa? 
Antes de falarmos sobre quais são os princípios, que tal pensarmos sobre o que são 
11Unidade I - Administração Pública: Princípios da Administração 
princípios? Você já deve ter ouvido por aí: “Fulano é alguém de princípios”. Ou 
então: “Beltrano foi corrompido, abriu mão de seus princípios”. É, parece que ter 
princípios é algo muito importante. Em um sentido jurídico, podemos dizer que os 
princípios são idéias centrais de um sistema. São eles que estabelecem as diretrizes e 
conferem a ele um sentido lógico, harmonioso e racional. Os princípios determinam 
o alcance e o sentido das regras de um dado subsistema do ordenamento jurídico, 
norteando a interpretação e até mesmo a produção normativa. A Constituição 
Federal, em seu artigo 37, dispõe que a Administração Pública Direta ou Indireta, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. E o que podemos entender por cada um desses princípios?
Princípio da Legalidade
A Administração Pública só pode agir de acordo com 
a lei. É importante realçar que deve ser observado o 
disposto nas leis, mas também nos princípios jurídicos e 
no ordenamento jurídico como um todo. Ah! E tem mais, a 
Administração está sujeita a seus próprios atos normativos, 
como decretos e regulamentos, expedidos para assegurar o 
fiel cumprimento das leis. Tudo isso significa que, na prática 
de um ato, o agente público está obrigado a observar não 
só a lei e os princípios jurídicos, mas também os decretos, 
as portarias, as instruções normativas, os regulamentos. 
Agora, lembre-se: a Constituição Federal assegura que 
ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei – artigo 5º, inciso II. Assim, na 
relação Administração x Servidor, o Estado somente poderá 
implementar medidas e políticas de pessoal que estejam 
consubstanciadas e autorizadas por lei.
12 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
Princípio da Impessoalidade
Ninguém poderá ser discriminado ou beneficiado pela 
Administração, ou seja, as ações administrativas se destinam a fins 
públicos e coletivos e não para beneficiar pessoas em particular. 
Os autores que escrevem sobre o princípio da impessoalidade o 
fazem sob dois prismas: a) como determinante da finalidade de 
toda a atuação administrativa; b) como vedação a que o agente 
público valha-se das atividades desenvolvidas pela Administração 
para obter promoção pessoal. O primeiro prisma é a acepção mais 
tradicional do princípio da impessoalidade, e traduz aidéia de que 
toda atuação da Administração deve ter como finalidade a satisfação 
do interesse público. A impessoalidade da atuação administrativa 
impede, portanto, que o ato administrativo seja praticado visando 
o interesse do agente ou de terceiros, devendo ficar restrito ao 
que dispõe a lei. Tudo para impedir perseguições, favorecimentos, 
discriminações benéficas ou prejudiciais aos administrados. Qualquer 
ato praticado com objetivo diverso da satisfação do interesse público 
será nulo por desvio de finalidade. O segundo prisma do princípio 
da impessoalidade está ligado à idéia de vedação à pessoalização 
das realizações da Administração Pública, à promoção pessoal do 
agente público. Vamos pensar num exemplo? Se uma nova escola 
for construída pelo Governo do Estado do Maranhão, o princípio 
da impessoalidade impõe que o realizador da obra seja divulgado 
como “Governo do Estado do Maranhão”, jamais como Fulano de Tal, 
Governador.
Princípio da Moralidade
A moralidade administrativa está relacionada ao conceito 
de bom administrador. O princípio da moralidade torna 
jurídica a exigência de atuação ética dos agentes da 
Administração Pública. A denominada moral administrativa 
difere da moral comum, justamente por ser jurídica e pela 
possibilidade de invalidação dos atos administrativos que 
sejam praticados com inobservância deste princípio. A 
moralidade administrativa também está vinculada ao 
conceito de probidade e de boa-fé. 
13Unidade I - Administração Pública: Princípios da Administração 
 Considerações finais
Conhecer a importância da Administração e seus princípios é indispensável para que 
você, futuro servidor, possa ser um agente desse processo de colaboração para o 
desenvolvimento do nosso país. Isso mesmo, o professor é o lançador das sementes 
que germinarão num futuro muito próximo.
Está na hora de checar se você compreendeu o conteúdo desta Unidade. 
Para isso, vá até o ambiente virtual e responda ao Questionário da Unidade Temática 
I – Administração Pública e Princípios. Se for preciso, releia o texto e reflita... Só então 
responda às questões!
Princípio da Publicidade
O princípio da publicidade exige ampla divulgação dos atos 
praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses 
de sigilo previstas em lei. O princípio da publicidade está expresso 
no artigo 37 da Constituição Federal. Esse princípio geralmente é 
tratado sob dois aspectos. São eles: a) exigência de publicação em 
órgão oficial (normalmente o Diário Oficial da União ou do Estado) 
dos atos administrativos que produzam efeitos externos ou onerem 
o patrimônio público - enquanto não for publicado, o ato não 
pode produzir efeitos; b) exigência de transparência da atuação 
administrativa.
Princípio da Eficiência 
Toda a atividade administrativa deve ser realizada com presteza, perfeição e 
rendimento funcional, exigindo resultados positivos para o serviço público. A 
idéia de eficiência aproxima-se da idéia de economicidade. É preciso que os 
objetivos sejam atingidos com uma boa prestação de serviços, do modo mais 
simples, mais rápido e mais econômico, melhorando a relação custo x benefício 
da atividade da administração pública. O administrador deve sempre procurar 
a solução que melhor atenda ao interesse público, levando em conta o ótimo 
aproveitamento dos recursos públicos.
Refletindo...
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar 
para mudar o mundo.”
Nelson Mandela
cespeUnB
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos
14 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SERVIÇO PÚBLICO
Apresentação da Unidade II
Bom dia! Boa tarde! Boa noite! São muitas as saudações para você. Torço para que 
nossas aulas sejam proveitosas. Vamos retomar nosso trabalho? Nesta segunda 
unidade temática daremos continuidade às nossas reflexões sobre a Administração 
Pública. Falaremos agora um pouco sobre poderes da Administração e serviço 
público. Mãos à obra!
Objetivo
O objetivo principal desta temática é proporcionar a você mais informações 
sobre a Administração Pública. Preciso que compreenda os poderes que possui a 
Administração e o que podemos chamar de serviço público. 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
É preciso mais do que boa vontade da Administração Pública para um bom 
desempenho de suas atribuições. Para isso, alguns poderes são concedidos pelo 
ordenamento jurídico e destinam-se a possibilitar o alcance do fim maior da 
Administração Pública: a satisfação do interesse público. Tais poderes têm, portanto, 
natureza instrumental. Os poderes são: poder vinculado e discricionário, poder 
hierárquico, poder normativo ou regulamentar, poder disciplinar e poder de polícia. 
Vejamos cada um deles.
Poder Vinculado:
O poder vinculado determina que a administração execute o ato nas estritas hipóteses 
legais, observando o conteúdo rigidamente estabelecido na lei. Pode-se dizer, então, 
UNIDADE II
Aprendendo mais
Os poderes administrativos são prerrogativas conferidas a 
determinados agentes públicos apenas na estrita medida em 
que necessárias à realização dos fins públicos, cuja busca o 
próprio ordenamento jurídico lhes impõe. O exercício desses 
poderes só é legítimo quando observados os termos e limites 
estabelecidos em lei, respeitados os princípios jurídicos e os 
direitos e garantias fundamentais. 
15Unidade II - Poderes da Administração Pública. Serviço Público
que o poder vinculado é aquele em que o administrador se encontra inteiramente 
preso ao enunciado da lei que estabelece previamente um único comportamento 
possível a ser adotado em situações concretas, sem espaço para juízo de conveniência 
e oportunidade. Vou citar um famoso exemplo: aposentadoria por atingir o limite 
máximo de idade. Quando o servidor completar 70 anos, o administrador tem que 
aposentá-lo, pois a lei prevê esse único comportamento.
 Poder Discricionário:
O poder discricionário é a prerrogativa legal conferida à administração pública, de 
modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade de 
escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo, segundo a tradicional lição 
de Hely Lopes Meirelles. 
Há, portanto, um juízo de conveniência e oportunidade. Vamos ao exemplo. 
Uma situação em que se aplica o poder discricionário é a hipótese de pedido de 
afastamento para tratar de interesses particulares sem remuneração. A lei diz 
que o servidor poderá obter autorização de afastamento, o que destaca o poder 
discricionário da administração para avaliar a conveniência e oportunidade para 
autorizar o afastamento. Mais uma hipótese em que a administração tem o poder 
discricionário: pedido de porte de arma junto à Administração. O administrador 
poderá conceder ou não, dependendo do caso. 
Poder Hierárquico:
Poder hierárquico é o poder conferido à Administração para distribuir as funções 
dos seus órgãos e fiscalizar a atuação dos seus agentes. As prerrogativas exercidas 
pelo superior sobre seus subordinados de dar ordens, fiscalizar, controlar, aplicar 
sanções e delegar competências são decorrências do poder hierárquico. Futuro 
servidor, aqui também está ressaltada a importância de se conhecer bem a estrutura 
da Administração: é fundamental que você saiba quem é seu superior hierárquico.
Fique antenado!
Ainda veremos que o servidor tem a obrigação de cumprir as 
determinações de seu superior hierárquico. Mas, atenção, a 
lei excepciona as ordens que forem manifestamente ilegais! 
Isso significa que o servidor não precisa praticar um ato 
ilegal solicitado pelo chefe. Cuidado: só não precisa cumprir 
determinação MANIFESTAMENTE ilegal!
16 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
Poder Disciplinar:
Poder disciplinar é o poder atribuído à Administração Pública para puniras infrações 
funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos seus órgãos e 
serviços.
Na verdade, devemos falar em poder-dever disciplinar. Tal poder possibilita à 
Administração:
a) punir internamente as infrações funcionais de seus servidores; e
b) punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados mediante 
algum vínculo jurídico específico (por exemplo, a punição pela administração de um 
particular que com ela tenha celebrado um contrato administrativo e descumpra as 
obrigações contratuais que assumiu).
Vou exemplificar. Imagine um servidor da Secretaria de Transportes que tenha 
recebido propina ou vantagem indevida em razão das suas atribuições. Tal conduta 
é notoriamente ilegal, não é mesmo? A Administração, tomando conhecimento da 
irregularidade por denúncia escrita e identificada, pode deixar de instaurar processo 
administrativo disciplinar? O que você acha?
De acordo com o que acabamos de aprender sobre poder disciplinar, a Administração 
tem o poder-dever de apurar o fato e aplicar a sanção disciplinar cabível.
Quando a Administração constata que um servidor público, ou 
um particular que com ela possua vinculação jurídica específica, 
praticou uma infração administrativa, ela é obrigada a puni-lo; 
não há discricionariedade quanto a punir ou não alguém que 
comprovadamente tenha praticado uma infração disciplinar. O 
que pode existir é discricionariedade na graduação da penalidade 
disciplinar, ou mesmo no enquadramento da conduta como 
infração sujeita a uma ou outra penalidade dentre as previstas 
em lei, mas não há discricionariedade quanto ao dever de punir 
o infrator.
Se já quiser saber um pouco mais...
17
Poder Normativo ou Regulamentar:
Poder normativo ou regulamentar é o poder privativo do chefe do Poder Executivo 
(Presidente, Governador ou Prefeito) para expedir decretos e regulamentos 
compatíveis com a lei e visando desenvolvê-la. Tais regulamentos (ou decretos 
regulamentares) não podem criar direitos ou obrigações que não estejam previstos 
na lei. Teoricamente, o regulamento apenas detalha, complementa ou explicita 
aquilo que já está na lei, sem ir além das suas disposições, muito menos contrariá-las. 
Um exemplo que se aplica a você, futuro servidor público do Estado do Ceará, é o 
Decreto 25.581/00. O governador do Estado do Ceará regulamentou o afastamento 
de servidores públicos estaduais para a realização de estudos pós-graduados. Tal 
afastamento já estava previsto no artigo 110, inciso I, letra b da Lei Estadual nº 
9.826/74 e apenas foi regulamentado pelo Poder Executivo.
Poder de Polícia:
Poder de polícia é o poder conferido à Administração para restringir, condicionar, 
limitar o exercício de direitos e atividades individuais dos particulares para preservar 
os interesses da coletividade. Encontra fundamento na supremacia do interesse 
público sobre o interesse particular e é inerente à atividade administrativa.
O poder de polícia pode se apresentar, por exemplo, em uma portaria proibindo 
venda de bebidas alcoólicas a menores, e em embargo de uma obra por estar sendo 
construída de forma irregular.
É competente para exercer poder de polícia administrativa sobre uma dada atividade 
o ente federado ao qual a Constituição da República atribui competência para legislar 
e regular sobre essa atividade. 
E você, futuro professor, qual sua participação nisso tudo?
O ato de aplicação da penalidade deverá sempre ser motivado. 
Essa regra não comporta exceção: toda e qualquer aplicação de 
sanção administrativa (não só as sanções disciplinares) exige 
motivação, sobretudo porque, impreterivelmente, deve ser a 
todos assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
 Conheça seus direitos!
Unidade II - Poderes da Administração Pública. Serviço Público
18 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
SERVIÇO PÚBLICO
Serviço público é a atividade exercida pelo Poder Público, direta ou indiretamente, 
sob normas e controles estatais, para realizar o que está de acordo com os seus fins e 
atribuições. Alguns serviços são de prestação obrigatória pelo Estado, por exemplo, 
os serviços de educação, saúde e assistência social. Mas, não basta prestar o serviço 
público. É preciso que a prestação seja de qualidade. Todos nós sabemos quando 
um serviço é mal prestado, não é? Para orientar a atuação administrativa, foram 
estabelecidos requisitos mínimos para que o serviço seja considerado adequado ao 
pleno atendimento dos usuários. É preciso que satisfaça condições de regularidade, 
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na prestação, 
modicidade das tarifas – nas hipóteses em que são cabíveis. A União, os Estados 
e os Municípios são competentes para prestar serviços públicos, sendo a divisão 
dessas competências definidas pela Constituição Federal. Neste módulo estamos 
muito interessados num serviço público específico: educação. O texto constitucional 
define que a União, os Estados e os Municípios devem proporcionar os meios de 
acesso à educação, mas compete à União e aos Estados legislar sobre o tema. Além 
disso, também determina que os sistemas de ensino sejam organizados em regime 
de colaboração, mas define que os Estados atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e médio. Vamos ver o que diz a Constituição sobre o belíssimo direito 
fundamental à educação?
A Constituição também destaca a valorização dos profissionais da educação escolar, 
garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por 
concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas (art. 206, inciso V). Agora 
uma importante questão: qual a força necessária para que a Administração consiga 
prestar seus serviços públicos? Serão máquinas? Serão papéis? Acho que você já 
percebeu sua importância...
Artigo 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e 
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo pra o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. 
A educação é para a alma o que a escultura é para 
um bloco de mármore . 
 Addison , Joseph
19
Considerações Finais
Estou na torcida para que você tenha compreendido a importância da Administração 
Pública para a sociedade. Já que nos organizamos em comunidade, precisamos 
daquilo que nosso acordo de convivência pode nos proporcionar: melhores condições 
de existência e de prosperidade. É nesse contexto que devemos inserir todo aparato 
estatal que dá suporte à prestação de serviços públicos e à estrutura administrativa. 
Tudo isso só faz sentido se lembrarmos que a administração pública não deve existir 
como um fim em si mesmo. Mas como uma estratégia para a realização daquilo que 
podemos chamar de “bem comum”. É para isso que a Administração tem alguns 
poderes específicos. É por isso que o Estado presta serviços. 
Caro aluno, que tal refletir mais um pouco sobre estes temas? Você deverá 
ir ao ambiente virtual das atividades e buscar o Fórum da Unidade Temática II – 
Poderes da Administração e Serviço Público. Bom trabalho! SERVIDORES PÚBLICOS. 
CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA. PROVIMENTO, VACÂNCIA E ESTÁGIO 
PROBATÓRIO
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Unidade II - Poderes da Administração Pública. Serviço Público
20 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
SERVIDORES PÚBLICOS. CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA. PROVIMENTO, 
VACÂNCIA E ESTÁGIO PROBATÓRIO
Apresentação da Unidade III
“Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.” Adoro esta frase de Jean Cocteau. 
Tenho-a colada no meu computador. Tudo para que eu não me esqueça de sonhar 
e ousar. Isso mesmo, ousar! Se eu ficar acomodada na minha tarefa rotineira, 
certamente não terei condições deir além... Escrevo isso para te pedir que jamais 
desista dos seus sonhos. Não deixe que digam que é impossível - simplesmente faça. 
Se o Brasil ainda precisa melhorar muito para que as nossas promessas constitucionais 
sejam cumpridas, dependemos do esforço de milhares de servidores públicos. Por 
isso falaremos nesta unidade temática sobre aquele que move toda a estrutura 
administrativa: o servidor! 
Objetivo
O objetivo desta unidade é apresentar alguns conceitos de servidor público, cargo 
público, emprego público e função pública. É dar noções iniciais sobre provimento 
de cargo público, vacância e um importante instrumento avaliativo do novo servidor: 
o estágio probatório. 
SERVIDORES PÚBLICOS 
Vamos lá! Para que os serviços públicos sejam prestados, para que a máquina 
administrativa do Estado possa funcionar é imprescindível o trabalho dos servidores 
públicos. E a quem podemos chamar de servidor público? Servidor Público é todo 
aquele que se vincula ao Estado ou às entidades de sua Administração Indireta por 
relações de natureza profissional, sujeito à hierarquia funcional e ao regime jurídico 
da entidade estatal a que serve. Vou lançar uma questão: como alguém se torna 
servidor público? Antes de responder, que tal algumas noções sobre cargo, emprego 
e função pública? 
CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA 
Os estudiosos do tema divergem sobre nomes e classificações das pessoas que 
mantêm vínculo de natureza funcional com o Estado. Mas, para facilitar a compreensão 
do tema, vamos tentar estabelecer algumas distinções. 
UNIDADE III
21
Servidores públicos são os agentes administrativos sujeitos a regime jurídico-
administrativo, de caráter estatutário (isto é, de natureza legal, e não contratual); são 
os titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de provimento em comissão. 
E o que são cargos públicos? Cargo público é o conjunto de atribuições, deveres e 
responsabilidades de natureza permanente a ser exercido por um servidor público. 
O cargo é criado por lei, tem denominação própria, número certo e pagamento pelos 
cofres públicos. Pode ser de provimento em caráter efetivo ou em comissão. Atenção! 
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver 
compatibilidade de horários: - dois cargos de professor; - um cargo de professor com 
outro, técnico ou científico; - dois cargos privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas. Essa proibição também se aplica a empregos e funções 
públicas, ok? Retomando: são servidores públicos efetivos ou comissionados os 
titulares de cargo efetivo ou em comissão.
Empregados públicos são os ocupantes de empregos públicos, sujeitos a regime 
jurídico contratual trabalhista; têm contrato de trabalho e são regidos basicamente 
pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (são chamados de celetistas). E o que 
são empregos públicos? Empregos públicos são núcleos de encargos de trabalho 
permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-
los, sob relação trabalhista. O regime jurídico é trabalhista (contratual), mas deve 
observar as normas que diretamente constam do texto constitucional. 
Mas, o que são funções públicas? Para Maria Sylvia Di Pietro, funções públicas são as 
funções de confiança e as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo 
determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse 
público. Servidores temporários são, portanto, aqueles contratados por tempo 
determinado para atender à citada necessidade temporária de excepcional interesse 
público, nos termos do art. 37, IX, da Constituição. O temporário não tem cargo nem 
emprego público; exerce uma função pública remunerada temporária e o seu vínculo 
funcional com a Administração Pública é contratual, mas se trata de um contrato 
de direito público, de caráter jurídico-administrativo, e não trabalhista; por essa 
razão são considerados agentes públicos estatutários, embora tenham seu próprio 
estatuto de regência (isto é, a lei que determina o seu regime jurídico), diferente 
daquele dos ocupantes de cargos públicos. Agora uma dúvida. Como faço para me 
tornar um servidor público? A Constituição Federal afirma que os cargos, empregos 
e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, também na forma da lei. Exige 
aprovação prévia em concurso público para o acesso a cargo efetivo e emprego 
público. Ressalva a livre nomeação para cargo em comissão. Tudo isso está previsto 
no artigo 37 e incisos da Constituição. O concurso público deve ser de provas ou de 
provas e títulos. É proibida a contratação para cargos efetivos ou empregos públicos 
Unidade III - Servidores Públicos.Cargo, Emprego e Função Pública. Provimento, Vacância e Estágio Probatório
22 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
baseada exclusivamente em análise de títulos ou currículos, ou quaisquer outros 
procedimentos que não incluam a realização de provas. Cabe mencionar que o inciso 
V do art. 206 da Constituição, desde a sua redação original, exige concurso público 
de provas e títulos para o ingresso no magistério público. Também é preciso que 
sejam reservadas vagas nos concursos aos candidatos portadores de necessidades 
especiais. Eis o que diz a nossa Constituição: a lei reservará percentual dos cargos e 
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios 
de sua admissão. 
PROVIMENTO E VACÂNCIA DE CARGO PÚBLICO
De acordo com a natureza dos cargos, o seu provimento pode ser em caráter 
efetivo ou em comissão. Provimento é o ato administrativo pelo qual se efetua o 
preenchimento do cargo público, com a designação de seu titular. Existem diferentes 
formas de provimento dos cargos públicos (nomeação, promoção, reintegração, 
aproveitamento, reversão). Neste módulo vamos analisar brevemente o provimento 
por nomeação, que é o provimento inicial, originário, de todo cargo público. 
Já falamos que o cargo público pode ser de provimento efetivo ou em comissão, 
não foi mesmo? A nomeação é o ato formal pelo qual é atribuído a uma pessoa um 
cargo público, efetivo ou em comissão. A nomeação para cargo em comissão não 
depende de concurso público, podendo tanto recair sobre quem já seja integrante 
da Administração Pública ou sobre pessoa sem qualquer vínculo anterior com 
a Administração. Já a nomeação em caráter efetivo, como visto anteriormente, 
depende da prévia aprovação em concurso público compatível com a natureza e a 
complexidade do cargo a ser provido. A posse é o ato que completa a investidura em 
cargo público e ocorre com a assinatura do respectivo termo. O nomeado somente 
se torna servidor com a posse. Em regra, o nomeado tem o prazo de trinta dias, 
contados da publicação da nomeação no órgão oficial, para tomar posse, salvo nos 
casos de licença ou afastamento, hipótese em que se inicia a contagem a partir 
do término do impedimento. Se o concursado já nomeado no Diário Oficial não 
tomar posse no prazo legal, a Administração Pública tornará o ato de nomeação 
sem efeito. Resumindo: o prazo estabelecido para posse em cargo público é de 30 
(trinta) dias da publicação do ato de nomeação no órgão oficial. A requerimento do 
interessado ou de seu representante legal, a autoridade competente para dar posse 
poderá prorrogar o prazo de 30 (trinta) dias previsto para posse, até o máximo de 
60 (sessenta) dias contados do seu término. É o que diz a Lei Estadual nº 9.826/74, 
art.18 e art. 25. Quando se tratar de concursado ausente do País ou do Estado, ou 
ainda, em casos especiais, poderá haver posse por procuração, a juízo da autoridade 
competente.
Para que o nomeado possa ser empossado em cargo público, é preciso atender 
23
alguns requisitos: - ser brasileiro; - ter completado 18 anos de idade;estar no gozo 
dos direitos políticos; - estar quite com as obrigações militares e eleitorais; - ter 
boa conduta; - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, na forma legal e 
regulamentar; - possuir aptidão para o cargo; - ter-se habilitado previamente em 
concurso, exceto nos casos de nomeação para cargo em comissão; - ter atendido às 
condições especiais, prescritas em lei ou regulamento para determinados cargos ou 
categorias funcionais.
No ato da posse, é obrigatória a apresentação da declaração dos bens e valores que 
constituem o patrimônio do empossado, nos termos da regulamentação própria. O 
concursado não poderá ser empossado em cargo efetivo sem declarar, previamente, 
que não ocupa outro cargo ou exerce função ou emprego público da União, dos 
Estados, Municípios, do Distrito Federal, dos Territórios, de Autarquias, Empresas 
Públicas e Sociedades de Economia Mista, ou apresentar comprovante de exoneração 
ou dispensa do outro cargo que ocupava, ou da função ou emprego que exerce, ou, 
ainda, nos casos de acumulação legal, comprovante de ter sido a mesma julgada 
lícita pelo órgão competente.
Exercício é o momento em que se inicia o efetivo desempenho das atividades 
inerentes a um cargo público. O servidor público do Estado do Ceará deverá entrar 
em exercício no prazo de 30 (trinta) dias contados da posse. Como o nomeado 
passa a ser servidor a partir da posse, se não entrar em exercício dentro do prazo 
legal, ocorrerá sua exoneração, ou seja, será desfeito o vínculo jurídico formado no 
momento da posse entre ele e a Administração.
Acabamos de estudar um pouco sobre o provimento por nomeação de cargos 
públicos. Para que uma pessoa preencha o cargo é preciso que ele esteja vago. Como 
será que acontecem as vacâncias? Em primeiro lugar, digo que vacância é a abertura 
de vagas em cargo público. A vacância pode resultar, por exemplo, de exoneração, 
de demissão, de aposentadoria, de falecimento.
Há outras formas de provimento de cargos públicos. No momento 
estamos interessados na nomeação dos aprovados em concurso 
público. Se estiver interessado em conhecer outras formas 
de provimento, dê uma olhadinha na Lei Estadual n. 9.826/74 
(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará). 
Só para registrar!
Unidade III - Servidores Públicos.Cargo, Emprego e Função Pública. Provimento, Vacância e Estágio Probatório
24 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
ESTÁGIO PROBATÓRIO 
Estágio probatório é o triênio de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo, 
contado do início do exercício funcional, durante o qual é observado o atendimento 
dos requisitos necessários à confirmação do servidor nomeado em virtude de 
concurso público. É o que diz o artigo 27 da Lei nº 9.826/74, atualizado com a 
Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Constituem requisitos para avaliação do 
servidor durante o estágio probatório: idoneidade moral; assiduidade; pontualidade; 
disciplina; produtividade; qualidade do trabalho; adaptação ao trabalho; 
responsabilidade; capacidade de iniciativa. O estágio probatório corresponderá a 
uma complementação do processo seletivo, devendo o servidor em exercício ser 
obrigatoriamente supervisionado pelo Conselho Técnico Administrativo. No estágio 
probatório, os cursos de treinamento para formação profissional ou aperfeiçoamento 
do servidor são de caráter competitivo e eliminatório. O servidor não aprovado no 
estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente 
ocupado. É proibida qualquer espécie de afastamento dos servidores em estágio 
probatório, ressalvados os casos previstos no art. 68, da Lei n. 9.826/74. Enquanto 
estiver em estágio probatório, o profissional do Grupo Ocupacional Magistério da 
Educação Básica – MAG não poderá ser movimentado de sua unidade nem fará jus 
à Ascensão Funcional. Durante o estágio, o profissional do magistério não poderá 
ser afastado de suas funções de docência, salvo para ocupar cargos em comissão no 
Núcleo Gestor das Escolas da Rede Oficial de Ensino Estadual, neste caso o estágio 
será disciplinado por decreto, e para ocupar cargos em comissão na sede da SEDUC 
ou das Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação. Cuidado! Não 
se deve confundir aprovação em estágio probatório com aquisição de estabilidade. 
Segundo o artigo 41 da Constituição Federal, são estáveis após 3 (três) anos de 
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de 
concurso público. Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a 
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. O 
ato administrativo declaratório da estabilidade do servidor no cargo de provimento 
efetivo, após cumprimento do estágio probatório e aprovação na avaliação 
especial de desempenho, será expedido pela autoridade competente para nomear, 
retroagindo seus efeitos à data do término do período do estágio probatório. 
Considerações finais
Ufa, foram tantas informações! É isso mesmo. De agora em diante iremos trabalhar 
com informações que vocês precisam conhecer. Lembre-se de uma coisa: as leis que 
disciplinam os temas aqui abordados são muito detalhadas. Temos um limite de tempo 
que não permite o estudo completo das leis que nos interessam. Por isso, não hesite 
25
em ser um autodidata! No final do nosso módulo eu indico todas as normas que são 
relevantes para você, ok? De qualquer modo, espero que você tenha tido noções 
introdutórias importantes sobre os assuntos que você ainda poderá pesquisar melhor. 
Como você já percebeu, é hora de mais uma atividade. O caminho você já 
conhece! Vá até o ambiente virtual e resolva o Questionário relativo a esta Unidade 
Temática IV – Servidor Público. Boa sorte!
É isso...
“Quem ama ler tem nas mãos as chaves do mundo”
 Rubem Alves
Unidade III - Servidores Públicos.Cargo, Emprego e Função Pública. Provimento, Vacância e Estágio Probatório
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26 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
CARREIRA E DIREITOS
Apresentação da Unidade IV
E aqui estamos nós novamente. Nosso quarto encontro! Espero que você ainda 
esteja muito disposto, com saúde e alegria por estar participando deste processo 
seletivo tão importante para o Estado do Ceará. Que tal falar um pouco sobre a 
carreira de professor e alguns direitos? Acredito que antes de chegar até aqui você 
já deva ter pesquisado alguma coisa sobre o assunto. Neste momento, portanto, 
traremos informações muito interessantes. Mais um lembrete: o material não é 
exaustivo! É fundamental que você conheça o texto das leis e os regulamentos que 
dispõem sobre tudo aquilo a que tem direito, ok? Ao final do nosso módulo indico 
os principais textos normativos. 
Objetivo
O objetivo desta unidade é apresentar conceitos introdutórios sobre a carreira e 
sobre os direitos do servidor público professor do Estado do Ceará.
CARREIRA
Agora vamos falar um pouco sobre a carreira do Grupo Ocupacional do Magistério – 
MAG. Lembre-se que a Lei 14.431/09 redenominou o Grupo Ocupacional Magistério 
de 1º e 2º Graus – MAG para Grupo Ocupacional Magistério da Educação Básica, ok? 
Não temos tempo suficiente para detalhar todo o sistema de carreira. Se estiver 
interessado nos detalhes e desdobramentos, consulte a Lei 12.066/93, com suas 
alterações posteriores. 
UNIDADE IV
Vejamos alguns conceitos importantes:
Classe - conjunto de cargos/funções da mesma natureza funcional e semelhantes 
quanto aos graus de complexidade e nível de responsabilidade.
Carreira - conjunto de classes da mesma natureza funcional e hierarquizadas segundo 
o grau de responsabilidade e complexidade a elas inerentes, para desenvolvimento do 
servidor nas classes dos cargos/funções que a integram.
Referência - nível vencimentalintegrante da faixa de vencimentos fixado para a classe 
e atribuído ao ocupante do cargo/função em decorrência do seu progresso salarial.
Não deixe de ler...
27
Em primeiro lugar, vamos definir o que é ascensão funcional – situação vetada 
durante o estágio probatório. Ascensão Funcional é o desenvolvimento da carreira do 
servidor, desde que atenda determinados requisitos legais para sua implementação 
(consulte a Lei 12.066/93 se quiser saber quais são os casos restritivos). A ascensão 
funcional ocorre de duas formas: por progressão e por promoção. 
Progressão é a passagem do servidor de uma referência para outra imediatamente 
superior dentro da faixa vencimental da mesma classe. As formas de progressão a 
que o servidor tem direito são: - Vertical (para o Grupo Ocupacional Magistério); - 
Horizontal (para os Grupos Ocupacionais: Magistério, Atividades de Nível Superior 
e Atividades de Apoio Administrativo e Operacional). Progressão vertical para o 
grupo Magistério é a elevação do Profissional de uma para outra classe dentro da 
mesma série de classes integrantes da carreira e dar-se-á mediante comprovação 
de habilitação legal para exercício do cargo/função integrante da classe (se quiser 
saber mais, consulte a Lei n. 12.066/93, art. 23). Progressão horizontal é a elevação 
de uma referência para outra imediatamente superior, dentro da faixa vencimental 
da mesma classe (se quiser saber mais, consulte: Lei n. 12.066/93; Lei n. 12.503/95; 
Lei n. 12.386/94; Decreto n. 22.793/93; Decreto n. 28.304/06). Os critérios a serem 
observados para a concessão da progressão horizontal são: - desempenho – 
compreende fatores subjetivos (desempenho profissional) e fatores objetivos 
(capacitação e experiência profissional); - antiguidade.
Observação: para a progressão horizontal, deve ser observado o cumprimento do 
interstício de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias corridos e ininterruptos. 
Promoção é a elevação do servidor de uma para outra classe imediatamente superior 
dentro da mesma carreira, em razão de título de nova habilitação profissional. Podem 
ascender através da promoção, os servidores pertencentes aos Grupos Ocupacionais: 
Magistério e Atividades de Nível Superior.
Lembramos que a lotação da SEDUC é constituída pelos seguintes Grupos 
Ocupacionais: - Atividades de Nível Superior – ANS; - Atividades de Apoio 
Administrativo e Operacional – ADO; - Magistério – Ensino Fundamental e Médio 
– MAG que compreende: Pessoal Docente (Professor) e Especialista (Orientador 
Educacional, Professor Coordenador de Ensino e Auditor Escolar).
Falaremos agora sobre outro assunto importante: carga horária. A carga horária 
dos servidores públicos técnicos e administrativos é de trinta horas semanais de 
trabalho, a serem prestadas em período e tempo corrido das segundas às sextas-
feiras. Já o Grupo Ocupacional Magistério da Educação Básica, tem carga horária 
assim: - Professor em efetiva regência de classe: de 20 (vinte) ou 40 (quarenta) horas 
aula semanais; - Professor que não esteja exercendo atividade docente: mesmo que 
Unidade IV - Carreira e Direitos
28 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
os servidores públicos mencionados acima, ou seja, 30 horas semanais de trabalho; 
- Especialistas: carga horária idêntica a do Professor. A carga horária, em nenhuma 
hipótese, poderá ser reduzida em detrimento de menor vencimento para o cargo do 
magistério, salvo se a pedido do interessado.
DIREITOS
Além de professora, também sou servidora pública. Veremos que temos muitos 
deveres e responsabilidades, mas também muitos direitos! Um dos direitos mais 
desejados por todos que pretendem ingressar no serviço público é a famosa 
estabilidade. Estabilidade é o direito do servidor efetivo de não ser exonerado ou 
demitido, senão em virtude de sentença judicial ou inquérito administrativo, em 
que se lhe tenha sido assegurada ampla defesa. Essa segurança é adquirida pelo 
servidor concursado após 3 anos de exercício em cargo efetivo, aprovação no estágio 
probatório e em avaliação de desempenho feita por comissão instituída para essa 
finalidade. Outro direito importante é a remuneração. É com ela que pagamos nossas 
contas e levamos nossa vida. A remuneração do professor integrante do Grupo 
MAG, segundo a Lei 14.431/09, é composta de: - vencimento base; - gratificação 
por efetiva regência de classe, no percentual de 10% sobre o vencimento base; - 
parcela nominalmente identificável – PNI, para aqueles professores que ingressaram 
no serviço público até 31 de julho de 2009, data da publicação da Lei nº 14.431. 
“Eu diria que os educadores são como as velhas árvores. Possuem 
uma face, um nome, uma ‘estória’ a ser contada. Habitam um mundo 
em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada 
aluno é uma ‘entidade’ sui generis, portador de um nome, também 
de uma ‘estória’, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a 
educação é algo para acontecer nesse espaço invisível e denso, que 
se estabelece a dois. Espaço artesanal.” 
Rubem Alves
Para refletir...
PNI – o que é isso? A Parcela Nominalmente Identificável consiste no valor 
decorrente da diferença entre a soma do Vencimento Base com a Gratificação de 
Efetiva Regência de Classe, nos valores e percentuais definidos na Lei 14.431/09 e 
a remuneração do mês de junho de 2009, projetada com a progressão horizontal 
do professor do Grupo Ocupacional MAG em junho de 2009, excluídas, desta 
remuneração projetada, a vantagem pessoal incorporada pelo exercício de cargo 
em comissão e a Gratificação de Representação.
Saiba mais!
29
Aqueles professores que lecionam para crianças e adolescentes excepcionais também 
têm direito a uma gratificação de 20% sobre o vencimento base. Se houver qualquer 
dúvida adicional, é importante consultar o art. 62, inciso IV da Lei 10.884/84, alterado 
pela Lei 14.431/09. 
Além da estabilidade e da remuneração, o servidor público tem direito às merecidas 
férias. Em geral, o servidor regido pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do 
Estado do Ceará tem direito a 30 (trinta) dias de férias por ano, de acordo com a 
escala organizada. O Profissional do Magistério da Educação Básica - MAG lotado em 
unidade de ensino tem direito a 30 (trinta) dias de férias anuais após o 1° semestre 
letivo e 15 dias após o 2° período letivo. Muito bom! No período de recesso escolar, 
após o 2° semestre letivo, o professor ficará à disposição da unidade de trabalho onde 
atua, para treinamento e/ou para realização de trabalhos didáticos. O profissional 
do Grupo Ocupacional Magistério – MAG que exerce atividade na sede da SEDUC/
CREDE ou em outros setores da Administração Pública Estadual gozará apenas 30 
dias de férias, na forma que dispõe o Estatuto do Servidor Público do Estado. 
Além da estabilidade, da remuneração e das férias, o servidor tem direito aos 
seguintes afastamentos e licenças: - casamento, até oito dias; - luto, até oito dias, 
por falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes, consanguíneos ou afins, 
até o 2° grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos; - luto, até dois dias, por 
falecimento de tio e cunhado; - exercício das atribuições de outro cargo estadual 
de provimento em comissão, inclusive da Administração Indireta do Estado; - 
convocação para o Serviço Militar; - júri e outros serviços obrigatórios; - desempenho 
de função eletiva federal, estadual ou municipal, observada quanto a esta, a legislação 
pertinente; - exercício das atribuições de cargo ou função de Governo ou direção, por 
nomeação do Governador do Estado; - licença por acidente no trabalho, agressão 
não provocada ou doença profissional; - licença à gestante; - licença paternidade; 
- licença à adotante; - licença para tratamento de saúde; - licença para tratamento 
de moléstias que impossibilitem o funcionário definitivamentepara o trabalho, 
nos termos em que estabelecer Decreto do Chefe do Poder Executivo; - doença, 
devidamente comprovada, até 36 dias por ano e não mais de 3 (três) dias por mês; - 
missão ou estudo noutras partes do território nacional ou no estrangeiro, quando o 
afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governados do Estado, ou 
pelos Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário; - decorrente de período de trânsito, 
de viagem do funcionário que mudar de sede, contado da data do desligamento e 
até o máximo de 15 dias; - prisão do funcionário, absolvido por sentença transitada 
em julgado; - suspensão preventiva, e o período de suspensão, neste último caso, 
quando o funcionário for reabilitado em processo de revisão; - disponibilidade.
Unidade IV - Carreira e Direitos
30 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
O servidor também tem direito a algumas vantagens e indenizações: diária; ajuda de 
custo; auxílio-alimentação; vale-transporte; décimo terceiro salário; premiação.
Um possível afastamento bastante interessante para a capacitação do servidor é para 
fins de estudos pós-graduados. O Decreto 25.851/00 define critérios para a autorização 
para o afastamento de servidor com o objetivo de realizar cursos de especialização, 
mestrado, doutorado e pós-doutorado, no Brasil e no exterior. É muito importante que 
o servidor conheça os termos do referido Decreto. 
Após três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de estabilidade 
no cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento 
para trato de interesses particulares (por período não superior a quatro anos e sem 
percepção de remuneração). Tal afastamento está previsto na Lei n. 9.826/74, artigo 
110, inciso II e artigo 115.
Ainda são assegurados alguns benefícios previdenciários. Aos servidores: 
aposentadoria, salário-família, salário-maternidade, auxílio-doença. Aos dependentes: 
pensão por morte, auxílio-reclusão. Assegura-se ainda a prestação de serviços aos 
servidores e aos seus dependentes: - assistência médica; - assistência hospitalar; - 
assistência odontológica; - assistência social; - auxílio funeral. 
Professor, é importante que você conheça um detalhe quanto à sua futura 
aposentadoria: a legislação pertinente à matéria estabelece que os professores de 
ensino básico, fundamental e médio, têm uma regra diferenciada, em que o tempo 
de contribuição mínimo e a idade, são reduzidos em cinco anos, desde que provem 
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação 
infantil e no ensino fundamental e médio. Interessante destacar que as atividades 
de direção, coordenação e assessoramento pedagógico de unidade escolar de 
educação infantil, ensino fundamental e médico são funções de magistério para fins 
de aposentadoria especial – conforme disposto na Lei nº 14.188/08.
Futuro servidor, não temos tempo para detalhar tantos direitos. 
Se quiser saber mais, consulte as seguintes normas: Constituição 
Federal, Constituição Estadual, Lei nº 9.826/74, art. 68 e seguintes 
(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado); Lei nº 10.985/84 
(Servidora Adotante); Decreto nº 23.651/95 (Diárias e Ajuda de Custo); 
Decreto nº 26.478/01 (Diárias e Ajuda de Custo); Decreto nº 28.305/06 
(Auxílio Alimentação); Lei nº 13.363/03 (Auxílio Alimentação); Decreto 
nº 26.390/01 (Benefício Alimentação); Decreto nº 23.673/95 (Vale 
Transporte); Lei nº 14.484/09 (Prêmio Aprender pra Valer).
Para saber mais!
31
É também assegurado ao servidor o direito de petição, que significa poder requerer, 
representar, pedir reconsideração e recorrer perante a Administração Pública.
Importante! Mas tenho certeza que você já sabe: o dia 15 de outubro é consagrado 
aos integrantes do magistério e será comemorado oficialmente. 
Considerações Finais
Gente, eu disse para vocês que é uma maravilha ser servidor público, não disse? É 
isso mesmo. Servir à sociedade é uma tarefa muito nobre, além disso, temos uma 
série de garantias que normalmente os colegas da iniciativa privada não têm. Claro, 
para que sejamos merecedores dos direitos apresentados é indispensável que 
nosso trabalho seja desempenhado com eficiência, dedicação, responsabilidade, 
honestidade, respeito e amor! 
Após ter conhecido pontos importantes para sua atividade e seus direitos, 
o convidamos para pensar um pouco mais sobre tudo isso. Corra ao ambiente virtual 
e veja o que preparamos para você no Fórum desta Unidade Temática IV – Carreira 
e Direitos. Boas reflexões!
“Por que se tornar um educador? Essa pergunta parece, de saída, 
impertinente. Não há coisa mais nobre do que educar. Sou educador 
porque sou apaixonado pelo homem. Desejo criar condições para que cada 
indivíduo atualize todas as suas potencialidades.” 
Rubem Alves
Que bonito...
Unidade IV - Carreira e Direitos
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32 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
DEVERES, RESPONSABILIDADES, SINDICÂNCIA E PROCESSO ADMINISTRATIVO
Apresentação da Unidade Temática V
Queridos futuros colegas, estamos chegando ao final do nosso módulo! Esta já é 
nossa última unidade temática. Preciso que vocês fiquem bastante atentos às 
informações que vou transmitir. Sei que o conteúdo desta temática é denso. Temos 
muitos deveres! Além disso, somos absolutamente controlados por tudo o que 
fazemos enquanto servidores. É por isso que, mais uma vez, peço muita atenção. 
Para que você seja um servidor público eficiente será necessário conhecer muito 
bem todas as expectativas da sociedade e da Administração Pública. Vou precisar 
ser bem direta para conseguir apresentar todos os seus deveres, ok? Também 
vou apresentar as responsabilidades e algumas noções gerais sobre sindicância e 
processo administrativo disciplinar.
Objetivo
O objetivo principal desta parte final é apresentar os principais deveres e 
responsabilidades do servidor público e algumas noções básicas sobre sindicância 
e processo administrativo disciplinar. O objetivo será atingido se o candidato 
terminar esta unidade conhecedor dos seus deveres, das suas responsabilidades e 
das principais sanções se descumpridor das normas apresentadas. 
DEVERES 
No desempenho de suas funções, o professor deverá integrar-se à moderna 
filosofia de ensino, visando a proporcionar ao educando a formação necessária 
ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de autorrealização, 
preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania.
Os principais deveres do servidor público são: dever de agir – desempenhar a tempo 
as atribuições do cargo, função ou emprego público de que é titular; dever de 
eficiência – realizar as atribuições com rapidez, perfeição e rendimento; dever de 
probidade – desempenhar as atribuições sobre pautas que indicam atitudes retas, 
leais, justas e honestas, notas marcantes da integridade do caráter do homem; dever 
de prestar contas – prestar contas sobre a gestão de um patrimônio à coletividade.
Para que seja possível atingir esse nobre objetivo, o professor em regência de classe 
terá carga horária de trabalho de 20 (vinte) ou de 40 (quarenta) horas semanais. 
UNIDADE V
33
Da carga horária semanal do docente, 1/5 (um quinto) será utilizada em atividades 
extraclasse na escola, exceto os docentes que atuam nas séries iniciais do 1º Grau (do 
Pré-Escolar à 4ª Série) e no Sistema de Telensino (art. 12 da Lei 12.066/93). É vedado 
ao professor utilizar as horas de atividades extraclasse em serviços estranhos às suas 
funções. O docente em regência de classe é obrigado ao cumprimento do número de 
horas-aula, segundo o calendário escolar, devendo recuperá-las quando, por motivo 
de força maior, estiver impossibilitado de comparecer ao estabelecimento, exceto se 
afastado por força dedispositivo legal. As horas-aula não recuperadas no decorrer de 
cada ano letivo serão passíveis de desconto no vencimento. 
Vamos conhecer agora quais são os deveres gerais de todo servidor público? 
São os seguintes:
- lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas a que 
servir; - observância das normas constitucionais, legais e regulamentares; 
- obediência às ordens de seus superiores hierárquicos; - continência de 
comportamento, tendo em vista o decoro funcional e social; - levar, por escrito, 
ao conhecimento da autoridade superior irregularidades administrativas de 
que tiver ciência em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça; – 
assiduidade; - pontualidade; - urbanidade; - discrição; - guardar sigilo sobre a 
documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenha conhecimento 
em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça; - zelar pela economia 
e conservação do material que lhe for confiado; - atender às notificações 
para depor ou realizar perícias ou vistorias, tendo em vista procedimentos 
disciplinares; - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as requisições 
para defesa da Fazenda Pública; - atender, nos prazos que lhe forem assinados 
por lei ou regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de direitos 
e esclarecimentos de situações; - providenciar para que esteja sempre em 
ordem, no assentamento individual, sua declaração de família; - atender, 
prontamente, e na medida de sua competência, os pedidos de informação do 
Poder Legislativo e às requisições do Poder Judiciário; - cumprir, na medida de 
sua competência, as decisões judiciais ou facilitar-lhes a execução.
É vedado ao professor utilizar as horas de atividades extraclasse em 
serviços estranhos às suas funções.
Não esqueça!
Unidade V - Deveres, Responsabilidades, Sindicância e Processo Administrativo
34 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
Além dos deveres mencionados, o pessoal de magistério, em face de sua missão 
de educar, deve preservar os valores morais e intelectuais que representa perante 
a sociedade, além de cumprir as obrigações inerentes à profissão, como por 
exemplo: - incutir, pelo exemplo, no educando, o espírito de respeito à autoridade, 
os princípios de justiça, de solidariedade humana e de amor à pátria; - guardar sigilo 
sobre assuntos de sua Unidade Escolar, que não devam ser divulgados; - esforçar-se 
pela formação integral do educando; - apresentar-se nos locais de seu trabalho em 
trajes condizentes com a profissão e conforme o estabelecido no Regimento de sua 
Unidade Escolar; - proceder na vida pública e na particular de forma que dignifique 
a classe a que pertence; - tratar com educação e respeito a todos os que o procurem 
notadamente em suas atividades profissionais; - sugerir em tempo, providências que 
visem à melhoria da Educação; - participar na elaboração de programas de ensino 
e assistir às reuniões pedagógicas de sua Unidade Escolar; - participar de cursos, 
seminários e solenidades, quando para eles convocado ou convidado; - cumprir 
todas as determinações regimentais de sua Unidade Escolar ou do setor onde estiver 
em exercício, bem como as emanadas da Secretaria de Educação.
RESPONSABILIDADES
Todos nós sabemos que as normas devem ser cumpridas. Somos absolutamente 
responsáveis por tudo aquilo que fazemos, não somos? Por isso, há previsão 
normativa de responsabilização de todo servidor público pelas irregularidades e 
ilícitos que cometer. Futuro professor, muita atenção com seus atos e omissões! O 
servidor público poderá responder administrativa, civil e penalmente pelos ilícitos 
O servidor poderá deixar de cumprir ordem de autoridade superior quando:
I - a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente; II - não 
se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o 
funcionário seu destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições 
do servidor; III - for a ordem expedida sem a forma exigida por lei; IV - 
não tiver sido a ordem publicada, quando tal formalidade for essencial 
à sua validade; V - não tiver a ordem como causa uma necessidade 
administrativa ou pública, ou visar a fins não estipulados na regra de 
competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a 
quem se dirige; VI - a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou 
de autoridade. 
Em qualquer dos casos referidos, o servidor representará contra a 
ordem, fundamentadamente, à autoridade imediatamente superior a 
que ordenou. 
Atenção!
35
que praticar. Considera-se ilícito administrativo a conduta comissiva ou omissiva do 
servidor que importe em violação de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado 
em lei, ou que constitua comportamento incompatível com o decoro funcional ou 
social. O ilícito administrativo é punível, independentemente de acarretar resultado 
perturbador do serviço estadual. A apuração da responsabilidade funcional será 
promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autoridade de maior hierarquia 
no órgão ou na entidade administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade. 
No caso de se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de trabalho, a 
apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior hierarquia 
no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar a prática 
da irregularidade. A responsabilidade civil decorre de conduta funcional, comissiva – 
praticada com uma ação - ou omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo para 
o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de terceiros. O servidor indenizará os 
prejuízos que causar ao Estado, às suas entidades e a terceiros. A responsabilidade 
penal abrange os crimes e contravenções imputados, por lei, ao funcionário, nesta 
qualidade. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo 
independentes entre si. 
SINDICÂNCIA E PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCPLINAR. 
A autoridade que tiver ciência de indícios de irregularidades no serviço público deve 
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou inquérito administrativo, 
assegurada ampla defesa ao acusado. A sindicância é o procedimento sumário 
através do qual o Estado ou suas autarquias reúnem elementos informativos para 
determinar a verdade em torno de possíveis irregularidades que possam configurar, 
ou não, ilícitos administrativos, aberta pela autoridade de maior hierarquia, no órgão 
em que ocorreu a irregularidade. A sindicância será realizada por funcionário estável, 
designado pela autoridade que determinar a sua abertura. A sindicância precede o 
inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada como peça informativa 
e preliminar. O inquérito administrativo é o procedimento através do qual os órgãos 
e as autarquias do Estado apuram a responsabilidade disciplinar do funcionário. 
O inquérito administrativo será realizado por Comissões Permanentes, instituídas 
por atos do Governador, do Presidente da Assembléia Legislativa, do Presidente 
do Tribunal de Contas, do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, dos 
dirigentes das Autarquias e dos demais órgãos da Administração, permitida a 
delegação de poder, no caso do Governador, ao Secretário de Administração. 
Fixada a responsabilidade administrativa do funcionário, a autoridade competente 
aplicará a sanção que entender cabível, ou a que for tipificada para determinados 
ilícitos. Na aplicação da sanção, a autoridade levará em conta os antecedentes do 
funcionário, as circunstâncias em que o ilícito ocorreu, a gravidade da infração e os 
danos que dela provierem para o serviço estatal de terceiros.
Unidade V - Deveres, Responsabilidades, Sindicância e Processo Administrativo
36 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
A legítima defesa e o estado de necessida de excluem a responsabilidadeadministrativa. 
Mas cuidado com o exagero! O exercício da legítima defesa e de atividades em virtude 
do estado de necessidade não serão excludentes de responsabilidade administrativa 
quando houver excesso, imoderação ou desproporcionalidade, culposos ou dolosos, 
na conduta do funcionário. A alienação mental, comprovada através de perícia 
médica oficial excluirá, também, a responsabilidade administrativa, comunicando 
o sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito à autoridade competente o 
fato, a fim de que seja providenciada a aposentadoria do funcionário. É assegurada 
ampla defesa ao servidor no procedimento disciplinar, consistente, sobretudo: - no 
direito de prestar depoimento sobre a imputação que lhe é feita e sobre os fatos que 
a geraram; - no direito de apresentar razões preliminares e finais, por escrito, nos 
termos da legislação pertinente; - no direito de ser defendido por advogado, de sua 
indicação, ou por defensor público, também advogado, designado pela autoridade 
competente; - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar testemunhas, e 
requerer acareações; - no direito de requerer todas as provas em direito permitidas, 
inclusive as de natureza pericial; - no direito de arguir prescrição; - no direito de 
levantar suspeições e arguir impedimentos.
Os profissionais do magistério submetem-se ao regime disciplinar estabelecido no 
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, nas condições nele estipuladas, 
inclusive no que se refere à sindicância e ao inquérito administrativo.
As penalidades ou sanções aplicáveis ao servidor público são as seguintes:
a) repreensão: aplicada sempre por escrito ao servidor, que em caráter primário, a 
juízo da autoridade, cometer falta leve, não cominável pelo Estatuto dos Servidores 
Públicos Civis do Estado do Ceará com outro tipo de sanção; 
b) suspensão: aplicada através de ato escrito, por prazo não superior a 90 (noventa) 
dias, nos casos de reincidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa 
previsão, por lei, de outro tipo de sanção;
c) demissão: aplicada ao servidor nos seguintes casos: *crime contra administração 
pública; *crime comum praticado em detrimento de dever inerente à função 
pública ou ao cargo público, quando de natureza grave, a critério da autoridade 
competente; * abandono de cargo; * incontinência pública e escandalosa e prática 
de jogos proibidos; * insubordinação grave em serviço; * ofensa física ou moral em 
serviço contra funcionário ou terceiros; * aplicação irregular do dinheiro público, que 
resultem em lesão para o erário estadual ou dilapidação do seu patrimônio; * quebra 
do dever de sigilo funcional; * corrupção passiva, nos termos da lei penal; * falta 
de atendimento ao requisito do estágio probatório; * desídia (descaso) funcional; * 
descumprimento de dever especial inerente a cargo em comissão. 
37
Observação importante! A demissão do servidor só poderá ser efetivada em virtude 
de sentença judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo em que 
lhe seja assegurada ampla defesa e mediante procedimento de avaliação periódica 
de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
d) cassação de aposentadoria e cassação de disponibilidade: a cassação da 
aposentadoria ou da disponibilidade extingue o vínculo do aposentado ou do 
disponível com o Estado ou suas entidades autárquicas. Será cassada a aposentadoria 
ou disponibilidade se ficar provado, em inquérito administrativo, que o aposentado 
ou disponível praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível com demissão; 
aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia ocupar, ou exercer, provada 
a má-fé; não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar funcional em que foi 
aproveitado salvo motivo e força maior.
A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do procedimento administrativo 
de que resultou sanção disciplinar, quando se aduzam fatos ou circunstâncias que 
possam justificar a inocência do requerente, mencionados ou não no procedimento 
original. Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da 
sanção.
Considerações finais
Nossa, até eu fiquei cansada com tantas informações! Mas é isso mesmo. É 
fundamental que você termine este módulo conhecendo seus deveres, suas 
responsabilidades e as possíveis consequências dos seus atos e omissões. Estou 
certa de que o cumprimento dos deveres mencionados fará de você um servidor 
respeitado, querido, bem avaliado, com um potencial maravilhoso de contribuir 
para a formação de muitos jovens, adolescentes e crianças que tiverem a alegria de 
poder chamá-lo de professor. A sua função, ou melhor, a sua missão é indispensável 
para o futuro do Estado do Ceará e do nosso Brasil. 
Estamos chegando ao fim! Prepare-se para a última atividade deste 
módulo. Você deverá ir ao ambiente virtual e procurar o Questionário da Unidade 
Temática V – Deveres, responsabilidades, inquérito, sindicância e processo 
administrativo. Leia, estude e reflita antes de responder as questões. Boa atividade!
Unidade V - Deveres, Responsabilidades, Sindicância e Processo Administrativo
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38 Módulo 2 - Administração Pública e Direitos e Deveres do Servidor
RESUMO DO MÓDULO
Futuro professor. Ao longo deste módulo nós trabalhamos com conceitos importantes 
para situá-lo no contexto da educação pública. Em primeiro lugar, apresentamos a 
você noções gerais sobre a Administração Pública. Falamos sobre os princípios que 
a regem. Também procuramos mostrar quais são os poderes que a Administração 
tem para realizar sua tarefa de atingir o bem comum. A Constituição Federal nos diz 
que a Administração deve prestar alguns serviços, chamados de serviços públicos. 
Mostramos que a educação é um desses nobres serviços que devem ser oferecidos 
gratuitamente pelo Estado. Aqui você se encaixa! Para a prestação do serviço público e 
para a atuação administrativa do Estado é necessário que pessoas trabalhem para esse 
fim. Por isso falamos dos servidores públicos. Fizemos algumas distinções entre cargo, 
emprego e função pública. Tentamos mostrar algumas formas de se fazer parte do rol 
de servidores públicos do Estado. O concurso público é a forma mais importante! Por 
isso você está aqui, não é isso? Também indicamos as etapas para o ingresso no serviço 
público em cargo efetivo: concurso, nomeação, posse, exercício... Falamos brevemente 
que para serem preenchidos os cargos devem estar vagos – vacância. Discorremos 
rapidamente sobre o estágio probatório. Tratamos da carreira e dos direitos do 
professor. Além de tudo isso, apontamos os deveres e as responsabilidades do servidor. 
Por último, traçamos noções gerais sobre a sindicância e o processo administrativo 
disciplinar. Instrumentos que dispõe a Administração para apurar os atos irregulares 
que supostamente possam ter sido praticados por servidores públicos (que isso não 
aconteça!). Fizemos 5 atividades com a intenção de estabelecer um espaço propício à 
interação entre o candidato e as informações aqui disponíveis. Apresentamos abaixo 
as principais normas que devem ser de conhecimento dos servidores públicos do 
Estado do Ceará. 
Foi isso! Espero que este módulo tenha sido proveitoso. Que você obtenha sucesso 
em sua vida e seja um instrumento de transformação da vida de milhares de jovens 
que terão em seu trabalho a esperança de um futuro e de uma vida melhor. Parabéns 
por estar aqui! Meus abraços e desejos de felicidade e saúde. 
39
“Tanto posso saber o que ainda não sei como posso saber melhor o que já sei.” 
 Paulo Freire
Bela constatação do mestre Paulo Freire. Não há limites para o conhecimento. 
Assim, para que você exerça sua atividade docente da melhor maneira 
possível, é importante que você conheça o quanto puder as leis que a 
disciplinam.

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