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1º Trabalho de Estabilidade de Taludes

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UNIPAC – UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
CONSELHEIRO LAFAIETE – MG 
ENGENHARIA DE MINAS 
6º PERÍODO 
 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
2017 
 
 
 
 
MARCELO RODRIGUES DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE ESTABILIDADE DE TALUDES 
 
 
MÉTODOS DE ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES 
 
 
 
 
PROFESSOR: MANOEL LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 UNIPAC – Universidade Presidente Antônio Carlos 
 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
 
 
ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES 
 
Segundo Vargas (1981), para que uma obra de estabilização de taludes tenha sucesso, é 
necessário seguir alguns preceitos básicos: 
• Estudos de investigação: é uma fase que exige muita atenção, recursos e prazo, pois é 
fundamental que se entenda as causas do problema para se elaborar as soluções mais 
adequadas; 
• Elaboração do projeto: as soluções adotadas devem tratar diretamente as causas de 
instabilização, não sendo superdimensionadas ou subdimensionadas. Raramente duas obras 
similares admitem o mesmo projeto, assim é importante avaliar cada projeto para atender suas 
necessidades; 
• Execução das obras: nas condições de campo podem surgir alterações que exigem a 
modificação do projeto e a decisão é difícil em alguns momentos, assim é importante que o 
engenheiro de campo esteja inteirado de todos os estudos prévios e dos detalhes do projeto, 
para que tenha condições de tomar as decisões mais acertadas. 
De acordo com Guidicini & Nieble (1984), as técnicas de melhoria da estabilidade de talude 
resumem-se em quatro grupos básicos: 
• Mudança na geometria do talude: trata-se da diminuição da altura ou do ângulo de 
inclinação do talude. 
• Drenagem de águas subterrâneas: A drenagem de águas subterrâneas sempre melhorará a 
estabilidade do talude, sendo que a forma mais simples e barata de drenagem consiste na 
diminuição de água que infiltra no topo e na face do talude. 
• Reforço do maciço: A utilização de reforço em taludes rochosos é, em geral, 
economicamente viável em taludes pequenos, pois é necessário aplicar-se 20% do peso total 
da massa instável no reforço considerado. 
Geralmente, a utilização do reforço se torna viável se o mesmo for utilizado como parte 
integrante de um projeto de retaludamento. 
• Controle de desmonte: Trata-se não exatamente de um meio para se estabilizar taludes, mas 
uma técnica utilizada em taludes rochosos, quando no seu corte, a mesma consiste em fazer 
um desmonte controlado. 
 
 
MÉTODOS DE ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES 
 
A realização de obras de contenção se faz necessária em diversos tipos de projetos, como 
subsolos de edificações, abertura de vala para instalações de dutos, canalizações, estradas, 
estabilização de encostas e etc. (GUIDICINI & NIEBLE, 1984). 
Contenção é todo elemento ou estrutura destinado a contrapor-se a empuxos ou tensões 
geradas em maciço cuja condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavação, corte 
ou aterro. A contenção é feita pela introdução de uma estrutura ou de elementos estruturais 
 UNIPAC – Universidade Presidente Antônio Carlos 
 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
compostos que apresentam rigidez distinta daquela do terreno que conterá (RANZINI et al., 
1998). 
 
 
GABIÕES 
 
• Características 
 
Os gabiões estão, muito provavelmente, entre as mais antigas soluções de engenharia para 
problemas de infra-estrutura. Utilizado de maneira rudimentar por egípcios e chineses desde 
antes de Cristo, o gabião surgiu em sua versão moderna, com gaiolas metálicas, na Itália do 
final do século XIX. 
O muro funciona da mesma maneira que o muro de arrimo, em que as gaiolas são preenchidas 
com pedra britada a fim de garantir que a estrutura seja drenada e deformável. Durante a 
execução é importante a disposição das pedras, de modo que o arranjo fique denso e a 
proteção da estrutura metálica pode ser feita com PVC ou por argamassamento da superfície 
externa (LOTURCO, 1983). 
 
 
 
Gabiões tipo caixa 
 
O gabião tipo caixa é uma estrutura metálica, em forma de paralelepípedo, produzida a partir 
de um único pano de malha hexagonal de dupla torção, que forma a base, a tampa e as 
paredes frontal e traseira. A este pano base são unidos, durante a fabricação, painéis que 
formarão as duas paredes das extremidades e os diafragmas. 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
 
 
 
 
Gabiões tipo saco 
 
Os gabiões tipo saco são estruturas metálicas, com forma de cilindro, constituídos por um 
único pano de malha hexagonal de dupla torção que, em suas bordas livres, apresenta um 
arame especial que passa alternadamente pelas malhas para permitir a montagem da peça no 
canteiro. 
 
 
 
É um tipo de gabião extremamente versátil devido a seu formato cilíndrico e método 
construtivo, sendo que as operações de montagem e enchimento são realizadas em obra para 
posterior instalação, com o auxílio de equipamentos mecânicos. 
 
Gabiões tipo colchão Reno® 
 
 O colchão Reno® é uma estrutura metálica, em forma de paralelepípedo, de grande área e 
pequena espessura. É formado por dois elementos separados, a base e a tampa, ambos 
produzidos com malha hexagonal de dupla torção. 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
 
 
O pano que forma a base é dobrado durante a produção para formar os diafragmas, um a cada 
metro, os quais dividem o colchão em células de aproximadamente dois metros quadrados. 
Em obra é desdobrado e montado para que assuma a forma de paralelepípedo. É 
posteriormente transportado e posicionado conforme especificado em projeto, e então, 
costurado, ainda vazio, aos colchões Reno® adjacentes (ver capítulo 4.2.3 “Como colocar os 
colchões Reno®”). Deve ser preenchido com material pétreo, com diâmetro médio nunca 
inferior à menor dimensão da malha hexagonal. 
 
• Aplicabilidade 
 
São estruturas flexíveis adequadas para a construção de obras complementares tais como 
plataformas de deformação para proteger a base dos muros, canaletas de drenagem, 
revestimento de taludes além de sua função principal, que é atuar como revestimento flexível 
de margens e fundo de cursos d’água. 
Geralmente empregado como apoio para estruturas de contenção, em presença de água ou 
sobre solos de baixa capacidade de suporte, devido a sua extrema facilidade de colocação. 
 
 
• Tipos de Materiais envolvidos 
 
Os gabiões são produzidos com malha de fios de aço doce recozido e galvanizado, em dupla 
torção, amarradas nas extremidades e vértices por fios de diâmetro maior. São preenchidos 
com seixos ou pedras britadas. 
 
• Vantagens 
 
As principais características de uma estrutura dessas, seja qual for sua aplicação final, são o 
fato de ser armada, monolítica, flexível, permeável e autodrenante. Por ter rochas naturais 
como principal material componente, é durável, tendo como principal foco de desgaste a 
malha metálica. No entanto, as técnicas atuais de proteção contra corrosão garantem uma 
longa vida útil aos gabiões. 
 UNIPAC – Universidade Presidente Antônio Carlos 
 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
Outras características desses materiais são a facilidade de execução, que dispensa mão-de-
obra especializada, a versatilidade de aplicação e o impacto ambiental reduzido. Isso porque 
utiliza matéria-prima natural e é permeável, contando com cerca de 30% do volume formado 
por vazios, além de integrar-se ao meio ambiente permitindo o crescimento devegetação 
entre as pedras. 
Boa flexibilidade estrutural pois possui uma grande vantagem em relação aos demais, que é a 
sua capacidade de se adequar às movimentações do solo. Enquanto as estruturas de contenção 
rígidas convencionais correm o risco de romper com determinadas deformações a estrutura de 
gabião ainda garante sua capacidade de suporte, graças à sua boa flexibilidade estrutural. 
Além disso temos a integração paisagística pois tem a capacidade de se integrar a diversos 
tipos de ambiente. Ainda contam com a vantagem de permitir que o crescimento de planas em 
sua face. 
Vale ressaltar que possuem a aparência bem rústica e que permitem a proliferação de vetores 
em suas frestas. 
 
 
• Desvantagens 
 
Estética: Estruturas Gabião sofreram uma reputação de ser feio e não natural em ambientes de 
rio, lagoa e praia. As paredes da frente virada para aparecer branda e mecânica em design, em 
vez de formar barreiras de aparência natural de rock. Grandes muros de gabiões construídos 
em praias turísticas servir como uma distração, onde as paredes muito grossas e compridas 
devem ser utilizadas para proteger áreas de praia grandes. 
Manutenção: Se deslocar as rochas ou gastam-se para baixo dentro dos cestos de metal como 
um resultado de água pesada e atividade onda, toda a parede tem de ser desmontada para se 
atingiu a área danificada. Para pilhas de gabiões muito altos, qualquer dano para as áreas mais 
baixas requer a remoção das elevações da parede superior, que pode ser caro e demorado. 
Assembleia parede e Custo: Embora muros de gabiões oferecem uma boa opção econômica 
para a maioria das aplicações, eles continuam a ser mais caro para instalar de encostas 
vegetadas naturais ou enrocamento . Muros de gabiões exigem equipamentos pesados para a 
construção, uma vez elevação mecânica é necessária para definir seções de paredes pesadas 
no lugar. 
Endurance: Instâncias de fluxos de altas velocidade e onda de interação, cestas de malha de 
arame de parede gabião pode raspar e rasgar , derramando o enrocamento. 
 
 
CORTINA ATIRANTADA 
 
• Características 
 
Segundo More (2003), a utilização de cortinas atirantadas se constitui na solução técnica mais 
adequada, quando se procura conter os elevados esforços horizontais advindos de escavações 
de grandes alturas, com um mínimo de deslocamentos do maciço de solo e das estruturas 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
localizadas nas vizinhanças. Vários autores apontam que, no Brasil, esta técnica foi pela 
primeira vez empregada no Rio de Janeiro em 1957, e que teve grande difusão, devido 
principalmente à significativa contribuição do Professor Costa Nunes, sendo empregada em 
larga escala a partir de 1966 com a grande enxurrada que assolou o Rio de Janeiro 
ocasionando deslizamentos de encostas e instabilidade de blocos de rocha. Um grande avanço 
ocorreu também na década de 1970, na implantação das obras do metrô de São Paulo, com a 
introdução de ancoragens reinjetáveis com calda de cimento sob altas pressões (FERREIRA, 
1986; MORE, 2003 e MENDEZ 2010). 
Cortinas atirantadas são contenções ancoradas ou acopladas a outras estruturas mais rígidas. 
Apresentam pequena deslocabilidade. Em geral, são compostas por tirantes injetados no solo 
e solicitados a esforços axiais de protensão, presos na outra extremidade em um muro de 
concreto armado, projetado para resistir aos esforços gerados pela reação do solo ao esforço 
confinamento exercido pelo conjunto muro-tirantes. 
 
 
 
 
 
 
• Aplicabilidade 
 
São muito usadas em obras rodoviárias e ferroviárias, em estradas ou linhas de trem que 
atravessam serras ou relevos bastante acidentados. Para vencer a topografia, são feitos cortes 
nos terrenos, e os taludes resultantes desses cortes são contidos pelas cortinas atirantadas. 
Essa estrutura de contenção é bastante adotada, também, em áreas de deslizamentos em que 
há necessidade de conter taludes ou encostas. E, ainda, em casos de aproveitamento do topo 
de terrenos acidentados para construção de edificações. 
 
 
 
 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
• Tipos de Materiais envolvidos 
 
A cortina atirantada é constituída por alguns componentes, na qual são utilizadas diversos 
materiais. 
Cabeça: Suporta a estrutura, possuindo os seguintes componentes principais: placa de apoio, 
cunha de grau e bloco de ancoragem. A placa de apoio é uma chapa metálica, dimensionada 
de acordo com a tensão exercida pelo tirante, que tem função de redistribuir por sobre a 
estrutura a tensão de carga de protensão. A utilização dessa chapa visa reduzir o efeito de 
punção sobre a cortina de concreto armado. A cunha de grau é um elemento empregado para 
permitir o alinhamento adequado do tirante em relação a sua cabeça, sendo normalmente 
constituído por um cilindro ou chapas paralelas de aço. Segundo a NBR 5629 (ABNT, 1996), 
bloco de ancoragem é o conjunto de peças que prende o tirante na região da cabeça. De 
acordo com More (2003), na prática, estas peças podem ser de três tipos: a) porcas, usadas em 
tirantes de barra onde existem roscas; b) cunhas, em tirantes com múltiplos fios; c) botões, 
onde a ponta de cada fio é prensada num macaco para formar um bulbo com diâmetro maior, 
para ser em seguida presa a uma peça de aço, com múltiplos furos de diâmetro praticamente 
igual ao dos fios. 
Trecho Ancorado: O trecho ancorado de um tirante é a parte encarregada de transmitir ao 
solo, por meio das tensões cisalhantes entre bulbo de calda de cimento, e o maciço, os 
esforços normais suportados pelo trecho livre. É formado pelo tirante envolto em injeção de 
calda de cimento na relação de a/c de 0,5 sob pressão. O número de fases de injeção e a 
quantidade de calda injetada é sujeita à experiência do executor ou operador, sendo em geral 
aplicadas de 1 a 4 fases de injeção com volume de calda injetada de 20 a 60 litros por fase de 
injeção. Os ensaios de arranchamento, realizados de acordo com as exigências da NBR 5629 
(ABNT, 1996), das primeiras ancoragens da obra devem indicar se deve ou não ser necessário 
um incremento do número das fases de injeção inicialmente programadas. Devido às 
características mecânicas diferentes, o comprimento necessário para ancorar o aço na calda de 
cimento é significativamente menor do que o necessário para ancorar o bulbo no solo. O aço 
deve receber uma pintura anticorrosiva, que não prejudique sua aderência com a calda de 
cimento, e um recobrimento mínimo de 2 cm de calda no contado com terreno. Para solos 
agressivos, o valor do recobrimento recomendado é de 3 cm, podendo-se utilizar bainhas de 
proteção no caso de solos muito agressivos. De modo geral, para que o aço receba um 
envolvimento completo pela calda no trecho ancorado, é usual o emprego de espaçadores 
plásticos a intervalos de 2 a 3m, que mantêm cada elemento do tirante com o distanciamento 
mínimo com o solo e entre elementos vizinhos (MORE, 2003). 
Trecho Livre: A NBR 5629 (ABNT, 1996), que trata da execução de tirantes ancorados no 
terreno, define o trecho livre como a parte do tirante entre a cabeça do mesmo e o ponto 
inicial de aderência do bulbo de ancoragem observado na montagem do tirante e conforme 
previsto em projeto. 
Elemento Resistente a tração: Em geral, são utilizados como elementos resistentes a tração: 
• Barras de aço, rosqueadas ou nervuradas, em diâmetros usualmente de 1 ¼” ou de acordo 
com a necessidade de projeto. 
 UNIPAC – Universidade Presidente Antônio Carlos 
 Métodos de Estabilização de Taludes• Fios, que são elementos compostos por barras de aço, de menores diâmetros, em quantidade 
determinada de acordo a resistir aos esforços solicitantes. 
• Elementos sintéticos, fabricados de forma a garantir alta resistência à tração. 
É consenso de projetistas e estudiosos da área, que a utilização de cordoalhas deve ser banida 
da prática de cortina atirantada, devido aos problemas gerados pelo efeito de relaxação ao 
longo do tempo. 
 
 
• Vantagens 
 
 A cortina atirantada oferece uma série de vantagens como solução de contenção, 
principalmente, para taludes que apresentem elevadas cargas de solicitantes. Alguns exemplos 
de vantagens oferecidas pela cortina atirantada são: 
 • Não oferece tensões elevadas na base. 
• Os tirantes trabalham ativamente, devido à protensão, suportando esforços com um mínimo 
de deslocamentos da estrutura. 
• Todos os tirantes são ensaiados individualmente, o que fornece uma segurança quanto à 
qualidade da execução. 
• É capaz de suportar elevadas cargas de solicitação, contendo taludes com grandes alturas. 
 • Pode ser empregados em diversas situações, como na contenção de taludes de corte ou de 
aterro e contenção de blocos de rocha. 
 
• Desvantagens 
 • Os tirantes, muitas vezes, necessitam de grandes comprimentos, o que, nas grandes cidades, 
pode gerar a necessidade de penetrar em terreno vizinho. 
• As pressões exercidas pelo processo de injeção de ancoragem podem ocasionar 
deformações, como o levantamento do terreno, o que oferece risco a construções vizinhas. 
 • Devido a baixa densidade de tirantes empregados, a falha de um elemento pode ocasionar 
elevadas solicitações aos demais. 
 
 
CRIB WALL 
 
• Características 
 
O crib wall é uma estrutura de contenção feita com módulos montados por meio da 
sobreposição de peças de concreto, metal ou madeira. Os módulos são preenchidos por brita 
ou terra, criando uma estrutura que exerce a contenção por meio de gravidade. São usados em 
taludes cortados ou aterros, geralmente em obras rodoviárias. É uma estrutura de contenção 
considerada de baixo custo, em que as peças mais usadas são as pré-fabricadas de concreto 
armado. Entre os módulos e as peças, costuma-se plantar vegetações. Por conta de seu 
formato semelhante a fogueiras típicas de festas juninas, no Brasil ele também é chamado de 
"muro em fogueira". 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
 
 
 
 
Os elementos principais são feitos com peças normalmente de concreto armado e pré-
fabricadas. Também podem ser usadas peças de madeira ou metal. Essas peças devem ser 
moldadas em fôrmas com bom acabamento e durabilidade para maior rapidez de fabricação e 
melhor aspecto da obra. Os elementos da estrutura do crib wall são responsáveis pela 
resistência à tração, dando mais solidez ao conjunto. 
Os módulos, ou grades, são montados atentando para o alinhamento e amarrações ou encaixes 
das peças definidos em projeto. As peças são sobrepostas e, os módulos, justapostos. Em 
obras de contenção definitiva, devem ser usadas mantas geotêxteis entre a estrutura e o 
maciço natural. A montagem pode ser feita em encostas bastante íngremes e pouco estáveis, e 
a estrutura pode alcançar grandes alturas (superiores a 15 m). O sistema pode ser montado e 
remontado. 
O espaço interno dos módulos é preenchido com material granular graúdo, o qual é 
compactado. No preenchimento pode ser usado solo, entulho ou, preferencialmente, blocos de 
rocha ou seixos. O material de preenchimento garante a resistência à compressão, ao 
cisalhamento e ao peso da estrutura. 
As estruturas são capazes de se acomodar a recalques das fundações e funcionam como muros 
de gravidade. Formam um corpo resistente, pelo seu peso, às solicitações das terras que 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
devem escorar. São elementos drenantes e flexíveis - por isso, têm boa adaptação 
a recalques. 
 
 
• Aplicabilidade 
 
São usados em taludes cortados ou aterros, geralmente em obras rodoviárias, em áreas 
íngremes e locais pouco estáveis. 
 
• Tipos de Materiais envolvidos 
 
Peças pré-moldadas de concreto, madeira ou metal, dispostas em duas direções ortogonais, 
encaixados ou parafusados, constituindo uma estrutura de forma prismática que pode ser 
preenchida com solo compactado ou pedras. 
 
• Vantagens 
 
Se destaca no aspecto aparência visto que entre os módulos e blocos que o preenche pode-se 
plantar vegetações ornamentais permitindo que estrutura se integre com o meio ambiente 
deixando de ser visualmente agressiva e podendo ainda aumentar a estabilidade do terreno. 
Somente bem drenada (drenagem livre, não necessitando incluir sistema de drenagem) e 
pouco sensível a movimentações e recalque das fundações. Este aspecto torna o Crib-Wall 
uma das conteções mais executadas nas estradas da Região Serrana. 
É uma estrutura de contenção considerado de baixo custo. Entre as peças mais usadas são as 
pré-fabricadas de concreto armado. 
A montagem pode ser feita em encostas bastante íngremes e pouco estáveis, e a estrutura pode 
alcançar grandes alturas superiores a 15 metros, funcionando também como um muro de 
gravidade. 
O sistema pode ser montado e remontado. 
Um grande atributo é que como as seções de paredes de concreto podem ser pré-moldadas é 
possível transportá-las para o local de implantação e também mantê-las em estoque para casos 
de trabalhos emergenciais. 
O fornecimento de materiais e mão-de-obra é considerado acessível. 
O nível superior do Muro pode ser variado facilmente. 
 
• Desvantagens 
 
Normalmente requer uma base de concreto. 
A madeira não é altamente durável. 
Necessário a pré-fabricação para as paredes de concreto acarretando a necessidade de 
transporte ao local onde será implementado. 
Não é muito econômica para pequenos comprimentos de parede. 
Não é bem adaptado a diferentes níveis de base. 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
Peso de unidade de parede é maior do que os muros de gabiões. Mas não tão elevada como 
paredes de concreto ,sendo obrigados a fornecer mesma resistência 
O sistema não é viável e pode ser perigoso para paredes maiores que 7,5 metros, porque esses 
materiais tendem a sofrer a pressão da água com absorção da umidade ao decorrer do tempo 
causando deformação grave e rachadura. 
As amarrações de suas peças pré-moldadas são dimensionadas a partir da definição da altura 
que se deseja alcançar. 
Deve ser provido de filtro na interface entre o Crib-Wall e o aterro para evitar fuga de 
materiais, por exemplo com o uso de mantas geotêxteis. 
 
SOLO GRAMPEADO 
 
• Características 
 
Solo grampeado é um sistema de contenção, aplicado a cortes, que emprega chumbadores, 
concreto projetado, e drenagem (superficial e profunda). Para sua utilização, éimportante que 
o solo a ser contido apresente coesão permanente não-desprezível. Tem por objetivo a 
estabilização de taludes de c orte, temporária o u permanente. Sua principal característica é a 
rapidez de execução, e o baixo custo, comparado a obras de contenção equivalentes. 
A partir do corte executado ou existente, inicia-se a execução da primeira linha de 
chumbadores, aplicação do revestimento de concreto projetado, execução da drenagem, e 
assim sucessivamente, até o fundo da escavação. Se o talude já estiver cortado, pode-se 
trabalhar de forma ascendente ou descendente, de acordo com a conveniência da obra. 
O processo executivo do solo grampeado começa coma escavação, realizada em trechos 
horizontais intercalados e com profundidade de cerca de 1,5 m. Pode ser feito o pré-
jateamento de concreto nos locais das aberturas que receberão os chumbadores. O 
procedimento proporciona uma proteção provisória contra erosões. 
Para os chumbadores, são normalmente empregadas barras metálicas com diâmetro variando 
entre 14 e 50 mm. É recomendável que esses materiais recebam algum tipo de proteção contra 
corrosão antes de serem efetivamente enterrados. Com os chumbadores preparados, acontece 
a perfuração e, posteriormente, a colocação das barras metálicas. Na sequência, as aberturas 
são preenchidas com concreto. 
Por fim, é realizada uma reinjeção de concreto para preencher todos os vazios e garantir a 
aderência entre solo e grampo. “Essa etapa é muito importante para assegurar a carga de 
trabalho de cada grampo, porém ela nem sempre é realizada. A falta de reinjeção acaba sendo 
bastante prejudicial para a eficácia da contenção e sua estabilidade”, destaca o engenheiro. 
Depois de os chumbadores estarem devidamente enterrados e concretados, a face do terreno 
recebe o revestimento final, executado com concreto projetado. “Toda a sequência é repetida 
até a altura total da contenção”, complementa Kochen. 
 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
 
 
 
• Aplicabilidade 
 
A técnica tem aplicação na estabilização de taludes de corte, principalmente nas seguintes 
condições: maciços a serem cortados, cuja geometria resultante não é estável; taludes 
existentes com condição de estabilidade insatisfatória; taludes rompidos; escoramento de 
escavações. 
 
• Tipos de materiais envolvidos 
 
Os grampos são formados por barras de aço, usualmente o Aço CA-50, o mesmo utilizado no 
concreto armado. As barras são geralmente de diâmetro de 16 a 32 mm, conforme a carga de 
trabalho de cada um. As barras de aço são dobradas em sua extremidade e o sistema pode 
conter ou não uma chapa na interface solo grampo. 
O furo grampo é preenchido com concreto auto adensável, usualmente o graute, com 
resistência característica à compressão de 20 MPa. Este preenchimento é executado de forma 
ascendente, por meio dos tubos de injeção. Conforme a profundidade do furo este 
preenchimento pode ser realizado em fases. 
Além da barra de aço outros materiais são utilizados para a boa execução do sistema, como: 
Conjunto placa e porca para a extremidade, Dispositivo centralizador a cada 2,0 metros e 
tubos perdidos para injeção do concreto. 
 
• Vantagens 
 
As principais vantagens proporcionadas pela técnica de solo grampeado são rapidez na 
execução e economia financeira. “Quando tecnicamente viável, a solução permite uma 
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 Métodos de Estabilização de Taludes 
 
 
vantajosa redução de custos, em comparação com o investimento necessário para outros 
métodos, como as cortinas atirantadas”, compara o especialista. 
 
• Desvantagens 
 
O procedimento tem sua desvantagem na elevada dependência da qualidade construtiva, para 
assegurar a aderência entre grampos e solo. Se o projeto e a execução do solo grampeado não 
forem realizados por profissionais capacitados, fica difícil garantir a estabilidade da 
contenção. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
• http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/108/artigo287069-1.aspx 
 
• https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10979/10979_3.PDF 
 
• https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/cortina-atirantada-em-
concreto-armado-contem-empuxos-do-solo_14268_0_0 
 
 
• http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/11/2-crib-
wall-contencao-de-muro-em-fogueira-estrutura-245176-1.aspx 
 
• http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/09_ida/idabanco4/cadastro/p_cadas
tro/processo/Corpo_centro_processo_2.php?idProcesso=64 
 
• https://pt.scribd.com/document/358539272/Sistemas-de-Contencao-
de-Taludes

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