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3 slide de introdução ao direito

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IED – Aula 3 
Abordando aula 4: 
O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA 
METODOLOGIA 
 
Profa. Leila Beuttenmüller 
A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
—  A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
— · A ideia do Direito Natural: O jusnaturalismo. 
— · O Positivismo Jurídico. 
— · O Normativismo jurídico. 
— · O Pós-positivismo e a crítica à Teoria Pura do 
Direito de Kelsen 
— - Miguel Reale e a estrutura tridimensional do 
Direito. 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
— Os atos da conduta humana que 
desencadeiam o movimento do 
Direito são eles próprios conteúdo 
de normas jurídicas, e só nesta 
medida é que interessam para o 
estudo da ciência jurídica. 
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 FUNDAMENTOS DO DIREITO 
—  CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS 
JURÍDICAS 
—  Generalidade 
—  Imperatividade 
— Heteronomia 
— Coercibilidade 
— Bilateralidade-atributiva 
— Abstratividade 
— Alteridade 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
—  CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS JURÍDICAS 
—  Generalidade 
— Para todos 
— “A norma jurídica é preceito de 
ordem legal que obriga a todos que 
se acham em igual situação jurídica 
(Paulo Nader). 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
—  CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS 
JURÍDICAS 
—  Imperatividade 
— Poder de império 
— “O caráter imperativo da norma 
jurídica significa imposição de vontade 
e não mero aconselhamento” (Paulo 
Nader 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
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—  Imperatividade 
—  Processo: AI 165029720128260000 SP 0016502-97.2012.8.26.0000 
—  Relator(a): Sebastião Flávio 
—  Julgamento: 09/05/2012 
—  Órgão Julgador: 25ª Câmara de Direito Privado 
—  Publicação: 18/05/2012 
 
—  Ementa 
—  ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. 
—  Restituição da coisa apreendida à parte que é financiada, por ineficácia do 
negócio. Demora da parte obrigada em cumprir a ordem judicial em tal 
sentido. Não incursão desta na sanção temporária. Concretização da 
prestação jurisdicional que poderia dar-se por intermédio de ato de 
império do Estado. Impossibilidade, em tais circunstâncias, de aplicação 
daquela sanção, que se destinaria apenas a suprir a própria omissão do 
órgão judiciário. Indeferimento do requerimento para a realização dos 
atos executórios que importariam a satisfação de sanção temporária. 
Agravo para reversão de tal conclusão denegado. (grifo nosso) 
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— Heteronomia 
— Imposto ou garantido pela lei 
— Independe da vontade de seus 
destinatários. 
— Adesão espontânea às leis 
— Ex: Imposto de renda. 
 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
— Coercibilidade 
— Porque o dever jurídico deve ser 
cumprido sob pena de sofrer o 
devedor os efeitos da sanção 
organizada, aplicável pelos órgãos 
especializados da sociedade. 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
—  Bilateralidade-atributiva 
— normas jurídicas: imperativo-atributiva 
— Entre indivíduos (partes) que se colocam 
como sujeitos, um de direitos e outro de 
obrigações. 
 
— “ A cada direito corresponde um dever.” 
— Ex: empregado X empregador 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
—  Abstratividade 
—  Previsão abstrata dos fatos 
—  Generalidade 
—  Objetivando atingir o maior número possível de situações 
 
—  “Se o método legislativo pretendesse abandonar a 
abstratividade em favor da causuística, para alcançar os 
fatos como ocorrem singularmente com todas as suas 
variações e matizes, além de se produzir leis códigos 
muito mais extensos, o legislador não atingiria seu 
objetivo, pois a vida social é mais rica do que a imaginação 
do homem e cria acontecimentos novos e de formas 
imprevisíveis. (Paulo Nader). 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
— Alteridade 
— Alter (latim): outro 
— Vínculo social 
— Normas Convivência 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
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—  O direito é heterônomo, bilateral e coercível, 
enquanto a moral é autônoma, unilateral e 
incoercível.” (Paulo Dourado de Gusmão) 
 
—  Direito é a ordenação heterônoma, coercível e 
bilateral atributiva das relações de convivência, 
segundo uma integração normativa de fatos 
conforme valores. ( Miguel Reale) 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
—  DIREITO NATURAL 
— Pensamento Jusnaturalista 
Direito 
justo 
Proteção contra 
arbítrio do governo 
Expressão da 
natureza humana 
Absoluto e 
Universal 14 
Deduzível dos 
princípios da razão 
 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
—  De res publica (AC) – Roma, Cícero e Atenas 
—  Influência reformas jurídicas e políticas 
Ø Declaração de Independência (1776) - Estados Unidos 
Ø Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) 
-Revolução Francesa. 
Ø Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) - 
ONU “O fim de toda associação é a proteção dos 
d i r e i t o s n at u r a i s i m p r e s c r i t í ve i s d o 
homem” (Art. 2º., Declaração dos Direitos do Homem 
de 1789) 
 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
 Direito natural > Direito positivo 
 
—  Direito justo por natureza 
—  Independente da vontade do legislador 
—  Derivado natureza humana (jusnaturalismo) 
—  princípios da razão (jusracionalismo) 
—  Consciência de todos os homens 
—  Direito perfeito - modelo para o legislador 
—  Direito ideal 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
Direito natural 
eterno imutável universal 
É constituído por um conjunto de 
princípios, e não de regras, de caráter 
universal, eterno e imutável. (Paulo Nader). 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
—  Justiça 
—  Inspira o Direito Positivo - um lugar e um tempo 
—  Princípios fundamentais de proteção ao homem 
—  Ordenamento jurídico substancialmente justo 
—  Direito espontâneo: experiência + razão 
—  Ex: Conceito de justiça do Empregador - conceito de justiça do empregado. 
ESCRITO CRIADO PELA SOCIEDADE FORMULADO PELA SOCIEDADE 
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 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
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—  POSITIVISMO JURÍDICO 
 
—  Doutrina de Comte: 
—  Positivismo pretendia ser a filosofia da ciência 
—  Passível de estudo científico, fundado em dados reais 
—  Doutrina do direito positivo 
—  Opõe-se à Teoria do Direito natural 
Positivismo jurídico : “não existe 
o u t r o d i r e i t o s e n ã o a q u e l e 
positivo” (Bobbio ) 19 
 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
JURÍDICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO POSITIVO 
 
—  Experiência jurídica 
—  Antijusnaturalista - natureza jurídica ao direito natural 
—  Antijusracionalista - negando o poder legislativo da razão 
—  Vontade do legislador ou do juiz 
—  Ciência do direito 
—  França 
 LEI 
CÓDIGO 
DIREITO ESTATAL 
ESCRITO 
PRECEDENTES JUDICIAIS 
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 FUNDAMENTOS DO DIREITO 
—  POSITIVISMO JURÍDICO 
— Não satisfaz as exigências sociais de justiça 
— Valor segurança 
— Filiação do direito a determinações do Estado, 
mostra-se alheio à sorte dos homens. 
— O direito não se compõe exclusivamente de normas 
—  As regras jurídicas têm sempre um 
significado, um valor a realizar. 
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 FUNDAMENTOS DO DIREITO 
—  POSITIVISMO JURÍDICO 
—  A lei não pode abarcar todo o jus. 
—  A lei, sem condicionantes, é uma arma 
 para o bem ou para o mal. 
“Como não há verdades sem germes de 
erros, não há erros sem alguma parcela 
de verdade. “a observação daquilo que se 
vê é o ponto de partida para chegaràquilo que não se vê”.(Carlenutti) 22 
 FUNDAMENTOS DO DIREITO 
 TEORIA PURA DO DIREITO DE KELSEN 
—  Relação direito e ciência: objeto da ciência do 
direito 
—  Normas jurídicas + conduta humana regulada por estas 
—  Teoria estática do Direito: Normas reguladoras da 
conduta 
—  Teoria dinâmica do Direito: Conduta humana 
regulada (atos de produção, aplicação ou observância 
determinados por normas jurídicas) 
—  Dualismo: dinâmica subordinada à estática - validade 
formal 
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TEORIA PURA DO DIREITO DE KELSEN 
— Ordenamento jurídico positivo: 
conjunto das normas válidas 
—  Pirâmide de normas aspecto estático 
 aspecto dinâmico 
— Validade formal: cada norma retira de 
uma outra que lhe é superior, na escala 
hierárquica do ordenamento jurídico, a sua 
existência e validade. 
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 TEORIA PURA DO DIREITO DE KELSEN 
VALIDADE DA 
NORMA 
CONDIÇÕES DE SUA 
PRODUÇÃO OU APLICAÇÃO 
DINÂMICA ESTÁTICA 
ORDENAMENTO 
JURÍDICO 
NORMA FUNDAMENTAL 
 PRESSUPOSTO LÓGICO DO SISTEMA NORMATIVO 
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 TEORIA PURA DO DIREITO DE KELSEN 
— Na proposição da ciência jurídica, a 
ligação entre os elementos fáticos 
(conduta como pressuposto e 
consequência punitiva, permissiva ou 
autorizativa, como resultado) é produzida 
por uma norma jurídica. 
Se "A" é, "B" é (causalidade) 
Se "A" é, "B" deve ser (imputação) 
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 TEORIA PURA DO DIREITO DE KELSEN 
—  NORMA JURÍDICA 
— Não descrição dos fatos sociais (condutas 
humanas) 
— Interferência na ordem natural ou social dos fatos: 
Ø atribuindo responsabilidades 
Ø conferindo poderes 
Ø interditando condutas 
 
— Conteúdo das normas (fatos e valores) intocado 
IMPERATIVIDADE 
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 TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
 
—  Miguel Reale: 
— O Direito é uma realidade tridimensional 
— Presentes na substância do jurídico 
— Inseparáveis pela realidade dinâmica do 
Direito 
 
FATO VALOR NORMA 
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TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
 
 
—  MUNDO DO SER 
 aprecia a realidade social como ela 
de fato é 
— QUADRO DE IDÉIAS E 
VALORES 
— MUNDO DO DEVER-SER 
modelo de sociedade desejado 
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 TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
 
—  À medida que a norma deseja reproduzir 
o ser podemos a f i r mar que nos 
encontramos diante de uma sociedade de 
essência conservadora; ao contrário, 
quando o dever-ser procura modificar o 
ser, pode ser entendida como verdadeira à 
afirmativa de que nos confrontamos com 
u m a s o c i e d a d e e m i n e n t e m e n t e 
progressiva. (Paulo Nader, 2009) 
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 TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
 
—   O “Fato”, é uma dimensão do Direito, é o 
acontecimento social que envolve 
interesses básicos para o homem e que por 
isso enquadra-se dentro dos assuntos 
regulados pela ordem jurídica (social, 
econômico, geográfico, demográfico, de 
ordem técnica, etc.). 
31 
 
 
 TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
 
—    O “Valor” é o elemento moral do 
Direito se toda obra humana é impregnada 
de sentido ou valor, igualmente o Direito: 
ele protege e procura realizar valores 
fundamentais da vida social, notadamente, a 
ordem, a segurança e a justiça (conferindo 
ao fato determinada significação que deve 
ser preservada). 
32 
 
 
 FUNDAMENTOS DO DIREITO 
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
 
—    A “Norma” consiste no padrão de 
compor tamento social imposto aos 
indivíduos, que devem observá-la em 
determinadas circunstâncias (relação ou 
medida que integra o fato ao valor) . 
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 FUNDAMENTOS DO DIREITO 
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
 
—    Ex.: “Matar alguém” - pena de 6 a 12 anos 
(norma) - dispõe sobre um fato de matar uma 
pessoa (fato social) e visa assegurar a vida (bem 
maior do homem - valor). 
 
— Ex.: Os pais devem prestar assistência a seus 
filhos (norma) - dispõe sobre a proteção aos 
menores (fato social) e visa assegurar a 
educação e o bem estar do menor, com vistas 
ao progresso social (valor). 
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 TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
— Eficácia      
(Fato   =>   Ser   =>   Sociologia 
Jurídica) 
— Vigência     
(Norma   =>  Dever Ser  =>  Ciência 
do Direito) 
— Fundamento 
— (Valor  => Poder Ser  => Filosofia do 
Direito) 
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RECURSO ESPECIAL  
  
Processo: REsp 445990 / MG RECURSO ESPECIAL 2002/0084648-7   
Relator(a): Ministro FRANCIULLI NETTO (1117)   
Órgão Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA   
Data do Julgamento: 09/11/2004   
Data da Publicação/Fonte: DJ 11/04/2005 p. 225   
  
Ementa:  RECURSO ESPECIAL - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - BENS DE FAMÍLIA - LEI N. 
8.009/90 - ÚNICO IMÓVEL DA FAMÍLIA LOCADO A TERCEIROS - IMPENHORABILIDADE - 
PRECEDENTES. Predomina nesta egrégia Corte Superior de Justiça o entendimento segundo o qual a 
locação a terceiros do único imóvel de propriedade da família não afasta o benefício legal da 
impenhorabilidade do bem de família (art. 1º da Lei n. 8.009/90). Com efeito, o escopo da lei é proteger a 
entidade familiar e, em hipóteses que tais, a renda proveniente do aluguel pode ser utilizada para a 
subsistência da família ou mesmo para o pagamento de dívidas (cf.  REsp  462.011/PB, da relatoria deste 
Magistrado, DJ 02.02.2004).  "Dentro de uma interpretação teleológica e valorativa, calcada inclusive na 
teoria tridimensional do Direito-fato, valor e norma (Miguel Reale), faz jus aos benefícios da Lei 8.009/90 o 
devedor que, mesmo não residindo no único imóvel que lhe pertence, utiliza o valor obtido com a locação 
desse bem como complemento da renda familiar, considerando que o objetivo da norma foi observado, a 
saber, o de garantir a moradia familiar ou a subsistência da família" (REsp 159.213/ES, Rel. Min. Sálvio de 
Figueiredo, DJ 21.06.99). Recurso especial improvido.  
  
315979-RJ, RESP 302781-SP 
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RECURSO ESPECIAL  
  
Processo: REsp 445990 / MG RECURSO ESPECIAL 2002/0084648-7   
Relator(a): Ministro FRANCIULLI NETTO (1117)   
Órgão Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA   
Data do Julgamento: 09/11/2004   
Data da Publicação/Fonte: DJ 11/04/2005 p. 225   
  
Acórdão: Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os 
Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça "A Turma, por unanimidade, negou 
provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator." Os Srs. Ministros João Otávio de 
Noronha, Castro Meira e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, 
o Sr. Ministro Francisco Peçanha Martins. 
  
Resumo Estruturado: IMPENHORABILIDADE, UNIDADE, IMOVEL RESIDENCIAL, 
PROPRIEDADE, EXECUTADO, INDEPENDENCIA, DEVEDOR, LOCAÇÃO, BEM, TERCEIRO, 
OBJETIVO, COMPLEMENTAÇÃO, RENDA, SUBSISTENCIA, FAMILIA, PAGAMENTO, DIVIDA, 
NÃO OCORRENCIA, PERDA, QUALIDADE, BEM DE FAMILIA, PREVALENCIA, 
INTERPRETAÇÃO TELEOLOGICA, ARTIGO, LEI FEDERAL, 1990, OBSERVANCIA, 
JURISPRUDENCIA, STJ. 
Referência Legislativa: LEG:FED LEI:008009 ANO:1990 ART:00001 
Veja: STJ - RESP 159213-ES (RDR 15/385), AGRG NO AG 385692-RS, RESP 183042-AL, RESP 
462011-PB, RESP 315979-RJ, RESP 302781-SP 
—  CASO CONCRETO 1 – AULA 4 
—  Três amigos acabaram de ler no jornal que Madalena, 19 anos, 
separada, mãe de três filhos, que ganha um salário mínimo 
trabalhando como empregada doméstica, foi condenada pelo 
Tribunal do Júri a três anos de prisão por ter cometido 
aborto. O primeiro amigo afirma que o Tribunal do Júri 
aplicou corretamente a lei, visto que a conduta de Madalena 
constitui crime contra a vida (Código Penal). O segundo 
amigo discorda, sustentando que a condenação foi 
injustificada, porque a leisobre o aborto não é quase nunca 
aplicada. O terceiro afirma que o problema é de cunho 
filosófico, envolvendo reflexões sobre o moralmente certo ou 
errado e que houve uma injustiça, já que o caso foi resolvido 
segundo a letra da lei e não às exigências da justiça. 
—  Examine o caso apresentado procurando aplicar os 
conhecimentos adquiridos sobre a Teoria Tridimensional do 
Direito 38 
—  Examine o caso apresentado procurando 
aplicar os conhecimentos adquiridos sobre a 
Teoria Tridimensional do Direito 
—    R.  cada amigo limitou-se a analisar a questão 
observando apenas um de seus vértices, quais sejam, o 
normativo, quando tão somente subsume o caso à 
norma; o da eficácia da norma, ao apontar que tal 
artigo está em desuso e, por fim, o do fundamento  ou 
melhor, da ausência de fundamento da norma legal. 
Quando em verdade o mestre Reale nos ensina que o 
fenômeno jurídico apresentar três dimensões que não 
guardam uma relação hierárquica entre si e que devem 
ser analisadas e sopesadas, a fim de que se possa bem 
analisar o fenômeno jurídico. 39 
Ap
rend
eram
 a 
aula
 mu
ito i
mpo
rtan
te 
 de 
hoje
? 
 
...Eu já aprendi . . . 
Vou aplicá-la como se exige de um 
bom acadêmico e 
profissional que sou!!!

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