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Teoria da Constituição

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Miguel Reale: “Direito é uma vinculação bilateral atributiva da conduta para a realização ordenada dos valores da convivência."
Obs: atributiva: o próprio direito dá a liberdade ao sujeito para seguir a lei.
Direito: 
Ciência
Norma
Faculdade
Justiça
Estado (povo, território, soberania e finalidade): é uma ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo dentro de um determinado território ( Dallari)
 NAÇÃO ESTADO 										 (sociológico) (jurídico)
Estado: É a pessoa jurídica formada por uma sociedade que vive num determinado território e subordinada a uma autoridade soberana. Trata-se do conjunto de poderes políticos e administrativos de uma nação.
Nação: Agrupamentos humanos cujos membros, fixados em um território, são ligados por laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos.
José Afonso da Silva: “A Constituição é, pois um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua ação.”
 BRASIL:										 			 Forma de Estado: Estado Democrático (o povo cria as leis) de direito (previsto na leis)/ Federação Forma de Governo: República (poder do povo que é representado por uma pessoa) Sistema de Governo: Presidencialismo ( o presidente é chefe de Estado e chefe de governo)
PODER CONSTITUINTE: é a manifestação suprema da vontade política de um povo, social e juridicamente organizado. (Alexandre de Moraes).
Obs.: Não está previsto em lugar algum, pois esse poder vem do povo. A vontade constituinte é a vontade do povo expressa por meio de seus representantes. *È diferente de poder legislativo.
Luis R. Barroso: “ Em regra, a Constituição tem a forma de um documento escrito e sistemático, cabendo-lhe o papel decisivo no mundo moderno de transportar o fenômeno político para o mundo jurídico, convertendo o poder em direito.”
TEORIAS
Ferdimind Lassale (teoria sociológica): A Constituição é uma soma dos valores reais do poder e esse conjunto leva à Constituição
Carl Schimmit (teroria política): A Constituição é a decisão política fundamental (vem do poder soberano), isto é, é o modo de ser o ente estatal com suas normas.
Hans Kelsen (teoria normativa): A Constituição tem que ser encarada de forma normativa “dever ser”. A constituição fundamenta e valida todas as normas.
OBJETIVOS ÚLTIMOS DAS CONSTITUIÇÕES
Institucionalizar um Estado democrático de Direito fundado na soberania popular e na limitação do poder.
Assegurar o respeito aos Direitos Fundamentais inclusive das minorias.
Contribuir para o desenvolvimento econômico e a justiça social.
Prover mecanismos que garantam a boa administração com racionalidade e transparência dos processos de tomada de decisão, de modo a propiciar governos eficientes e probos (honesto)
Manuel Gonçalves Ferreira Filho: “E o Direito constitucional é o conhecimento sistematizado das regras jurídicas relativas a forma do Estado, a forma do Governo, ao modo de aquisição e ao exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos e aos limites de sua ação.”
Luiz Roberto Barroso: “O Direito Constitucional pode significar o domínio cientifico que estuda o Direito Positivo que ordena ou o Direito subjetivo decorrente das normas constitucionais”.
ASPECTOS DO DIREITO CONSTITUCIONAL
Ciência - O Direito Constitucional como ciência busca os princípios gerais e promove a crítica das legislações
 
“Honeste vivere” – viver honestamente
“Alterum non laedere” – não lesar outrem
 “Suum cuique tribuere” – dar a cada um o que é seu
Positivo - encontra-se no Direito Constitucional. 
Comparado - é o estudo da comparação das várias constituições no tempo e no espaço com outras constituições que existem no mundo.
Geral (Teoria da Constituição) – é o estudo dos Princípios fundamentais da organização política e jurídica. São princípios universalmente respeitados. Os componentes são:
Supremacia da Constituição (nada acima da CF)
Limites do poder
Democracia
Gilmar Mendes: “Por isso, a moderna doutrina constitucional, no ponto, insiste em afirmar que a teoria da Constituição, para ser útil à metodologia geral do direito constitucional, deve revelar-se como uma teoria da Constituição constitucionalmente adequada, o que só se conseguirá explorando, corretamente, um novo círculo hermenêutico, consistente na interação e na interdependência entre a teoria da Constituição e a experiência constitucional. A primeira, favorecendo a descoberta ou investigação das concretas soluções jurídico-constitucionais; a segunda, fornecendo o material empírico indispensável para dar consistência à teoria constitucional”. 
Formal e Material – o aspecto material corresponde às normas que dizem respeito ao Estado e a limitação do poder. Já o aspecto formal corresponde aos dispositivos que fogem desse assunto. (P.ex. 242, §2°). 
RELAÇÃO DO DIREITO CONSTITUICIONAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO PÚBLICO
Ulpiano Also - Digesto: “jus est ars boni et aequi” (Direito é a arte do bem e do equitativo)
DIREITO PÚBLICO 
protege interesses preponderantemente do Estado e regula relações de subordinação.
 
P.ex
. Direito 
Constitucional e Direito Penal
.
DIREIRO PRIVADO 
protege interesses preponderantemente de vontades particulares e regula ral
a
ções de coordenação. 
P.ex.
 Direito Civil
 e
 Direito Comercial.
Diferença entre Direito Público e Direito privado:
Interesse preponderante
Direito Público: vontade do Estado
Direito privado: vontade dos particulares.
Relação jurídica (laço que liga duas ou mais pessoas segundo uma norma jurídica)
Coordenação: relação de igual para igual. P.ex. relação entre credor e devedor, isto é, os dois têm os mesmos direitos e nenhum é superior ao outro.
Subordinação: o Estado comparece com o seu poder de imperium (comando). Quase sempre comparece com o seu poder de comando, isto é, nem sempre ele manda. 
OBS:
O Direito Público protege interesses preponderantemente do estado e regula ralações de subordinação.
O Direito Privado protege interesses preponderantemente das vontades particulares e regula relações de coordenação.
O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público. 
Caio Mario da Silva Pereira: “A progressiva superação do liberalismo puro pelo intervencionismo estatal trouxe para o domínio do interesse privado diversos princípios limitadores da liberdade individual, e do primado da vontade denominados princípios de ordem Pública.”
Obs: O Brasil é um país neoliberal/social-democrata PUBLICIZAÇÃO do direito privado: Direito Público 					 	 Todos os ramos do direito se subordinam ao Direito Constitucional. 
Relações do direito constitucional:
Direito Administrativo com Direito Processual: O Direito Constitucional que cuida dos princípios básicos da Administração Pública e do Direito processual
Osvaldo Bandeira de Melo: “O Direito Constitucional trata da organização jurídica do Estado – poder, como expressão da pessoa jurídica (Estado Sociedade). Dá-lhe estrutura e delimita sua ação. Já o Direito Administrativo e o Processual ou Judiciário, ordenam atividade do Estado – poder.”
Hely Lopes Meireles: “O Direito Constitucional faz a Anatomia do Estado (Forma, estrutura, substância), enquanto o Direito Administrativo estuda-o na sua movimentação.” 
Direito Penal:
 P.ex. CF, art.5, XXXIX e XL
 XXXIX: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”
XL: “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”
Tributário: 
 P.ex.art.145: 
“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintestributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”
Tributos: são impostos, taxas e contribuição de melhoria decorrente de obras públicas. O indivíduo paga esse tributo para o Estado sobreviver, isto é, para a construção de creches, escolas, estradas. Tem que ser criado por lei. 
Imposto: é um tributo que serve para custear parte das despesas de administração e dos investimentos do governo em obras de infraestrutura (estradas, portos, aeroportos, etc.) e serviços essenciais à população. Ou seja, se revertem para todos. 
Taxa: é um tributo cobrado para utilizar um serviço. É de vontade particular de cada um. P.ex. taxa de lixo.
Trabalho:
P.ex. Art. 6°: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”
Privado: Civil e Comercial
Civil: p.ex. art. 5. XXII: “é garantido o direito de propriedade.”
 Comercial: art.22, VIII: “Compete privativamente à União legislar sobre:
 VIII - comércio exterior e interestadual.”
TGE – Ivo Dantas: “A TGE é um estudo prévio do Direito Constitucional e de todo o Direito Público. Fornece ao Direito Constitucional dados como o reflexo dos ideais políticos e regime dos governos.”
Economia – condiciona as formas de governo
Filosofia – Trata das últimas causas. Tendo como principal forma de prática a pergunta “por quê?”. Esclarecendo os valores que devem inspirar a organização jurídica.
Sociologia – estudo da sociedade e dos fenômenos sociais. Sem sociedade não há direito.
Política – busca pelo poder. A forma de exercer o poder sem atrito com o povo. Manuel Gonçalves Ferreira Filho: “A política é a ciência do poder e o Direito Constitucional da organização jurídica do poder”
CONSTITUCIONALISMO – Supremacia da lei/limitação do poder
Paulo Roberto Figuereiro Dantas: “Constitucionalismo é o movimento político e jurídico que visa estabelecer regimes constitucionais, ou seja, um sistema no qual o governo tem seus limites traçados em constituições escritas”. 
Supremacia da lei: A lei não pode ser posta para trás, sendo a constituição a principal delas. Deve-se respeitá-la. 
Limites materiais: Existem valores básicos e direitos fundamentais. 
Limites que estão na estrutura orgânica: São os poderes se fiscalizando
Limites Processuais: As pessoas só podem perder a sua liberdade desde que segam submetidas ao devido processo legal.
Evolução do Constitucionalismo
Pactos;
Forais e cartas de franquia;
Contratos de Colonização;
As leis fundamentais do reino;
Contratualismo – doutrinas do pacto social;
Iluminismo. 
Pactos: são convenções entre o monarca e os súditos concernentes ao modo de governo e às garantias de direitos fundamentais. Seu fundamento é o acordo de vontades. O mais célebre desses pactos é a Magna Carta, que consubstancia o acordo entre João sem terra e seus súditos revoltados, sobre direitos a serem respeitados pela Coroa (1215). A Magna Carta estabelecia:
Ninguém seria punido, exilado ou preso em o julgamento de seus pares (iguais) -> Tribunal do Júri.
Nenhum imposto poderia ser lançado sem o consentimento de uma Assembleia de representantes de uma nação.
Um conselho de 25 barões fiscalizaria a observância por parte do rei dos direitos concedidos pela Magna Carta 
Forais ou cartas de franquia: têm a forma escrita e defendia os direitos individuais. Esboça-se nelas, porém, a participação dos súditos no governo, um elemento propriamente político, estranho à maioria dos pactos. 
* Pactos, forais, e cartas de franquia firmaram a ideia de texto escrito para resguardar os direitos individuais. 
Contratos de Colonização: Os peregrinos que vinham para a América fixaram um mútuo consenso de regras pelas quais eles deveriam governar-se. Firma-se, assim, pelos chefes de família a bordo do Mayflower o célebre “Compact” (1620), desse modo se estabelecem as Fundamental Orderns of connecticut (1639). *Transparece aí a ideia de estabelecimento e organização do governo pelos próprios governados, que é o outro dos pilares da ideia de Constituição. 
Leis fundamentais do reino: Criação francesa para defender as fraquezas do próprio monarca contra a coroa. Há regras que constituem o “Corpo específico” relativamente a matéria, a autoridade e estabilidade.
*Encontra-se aqui a fonte de superioridade e da intocabilidade das regras concernentes ao poder, que se 
empresta às Constituições escritas.
Contratualismo: O povo tinha que obedecer ao príncipe, mas ele deveria governar com justiça. Deus que julgava se o príncipe estava governando com justiça ou não. Se o príncipe estivesse governando sem justiça, o Papa exonerava-o. “Pactum subjections” sujeição. 
Thomas Hobbes
: 
“
O 
Leviatã
”
 -> defendia a paz 
Jonh Locke:
 “
O Segundo Tratado
 do g
overno civil” -> defendia a vontade natural
 
Rousseau
: “Contrato Social” -> defendia a vontade natural
 
 
Eles desenvolveram a concepção de que a própria sociedade se funda num pacto, num acordo tácito entre os homens
.
Iluminismo: A ideia de Constituição ganhou força associada às concepções do Iluminismo. Esta cosmovisão tem cinco ideias: Indivíduo, Razão, Natureza, Felicidade e progresso. 
 Transição: teocentrismo antropocentrismo
Dessa forma, o indivíduo:
Passa a ser individualizado, com vida e direitos próprios;
Passa a ser eminentemente racional, isto é, determina a sua vontade por uma razão que não aceita senão o que lhe pode ser demonstrado;
Visa à felicidade, que é o objetivo do homem;
Procura a felicidade na terra e não no Céu. 
 Essa cosmovisão é fonte do liberalismo político e econômico. 
LIBERALISMO ECONÔMICO:
 
afirma a virtude da livre concorrência, da não intervenção do estado, enfim o 
laizzez-faire 
(deixar fazer, deixar passar) 
ACARRETOU O CAPITALISMO
LIBERALISMO POLÍTICO:
 
encarece os direitos naturais do homem, tolera o Estado como um mal necessário e exige, para previnir eventuais abusos, a 
separação de poderes
 que Montesquieu teorizou.
 
As primeiras Constituições surgem com a finalidade de combater o Absolutismo protegendo, dessa forma, a liberdade do indivíduo. O Estado era entendido com um “mal necessário” 
Declaração do homem 1789: “Toda a sociedade na qual não está assegurada a liberdade dos direitos, nem determinada a separação dos poderes não tem constituição”.
Nas Américas, o rompimento das sujeições coloniais impôs a adoção de Constituições escritas, em que abandonando a organização histórica, a vontade dos libertadores pudesse fixar as regras básicas de existência independente. O regime constitucional tem seus pressupostos:
O poder tem que estar firmemente estabelecido;
É preciso que haja a unificação nacional. O Estado tem que ser único;
O regime depende de uma opinião pública ativa e informada e esta depende de um certo grau de lazer, instrução, riqueza, que só num certo grau de desenvolvimento pode um Estado alcançar. “os povos mais ricos tendem a ser os mais livres”
 Mas houve uma mudança nas Constituições após guerra. Após a 1ª Guerra Mundial houve a dissociação do liberalismo em virtude do coletivo. Isto ocorreu porque os partidos socialistas e cristãos da Europa impuseram uma preocupação de ordem econômicae social. Art. 170 CF. Em suma, as primeiras Constituições diziam respeito ao que o Estado não deveria fazer. Depois, as Constituições passaram a prescrever o que o estado DEVE fazer. 
PODER CONSTITUINTE
	São independentes e harmônicos entre si. 
	 
FUNÇÃO TÍPICA
	
FUNÇÃO ATÍPICA
	PODER LEGISLATIVO
	Examinar e criar as leis
	Judicário: julgar (CPI)
Executivo: criar concurso público.
	PODER EXECUTIVO
	Administrar 
	Legislativo: vetar ou mandar um projeto lei.
Judiciário: em caso de sindicância 
	PODER JUDICIÁRIO
	Aplicar a lei e julgar.
	Legislativo: criar súmula vinculante
Executivo: estabelecer concurso público e no caso de dar férias aos funcionários. 
Não são poderes constituinte
s
 
Tramitação do projeto lei no que concerne ao Município:
	PROJETO LEI
Quem pode propor?
- o prefeito
- o vereador
- o povo
	CÂMARA DE VEREADORES
 Há a examinação do projeto lei. 
-Se concordar: é enviado ao prefeito
-Se discordar: arquiva o projeto lei.
O veto será aceito ou derrubado. Se derrubado, o projeto lei entra em vigor e é promulgado pelo Presidente da Câmara.
	PREFEITO
Sanciona
ou
Veta: o veto é dado por inconstitucionalidade ou porque vai contra a vontade do povo.
Quando vetado, o projeto lei volta para a câmara de vereadores 
Obs: Se o prefeito não fizer nada, o projeto lei entra em vigor por decurso do tempo.
	PROMULGAÇÃO
 
 A promulgação é da no Diário oficial ou é colocada em um quadro na prefeitura.
	PUBLICAÇÃO
PODER CONSTITUINTE
Paulo Bonavides: “Cumpre todavia não confundir com a sua teoria. Poder Constituinte sempre houve em toda sociedade política.”
Luiz R. Barroso: “Onde quer que exista um grupo social e poder políticas efetivo, haverá uma força ou energia inicial que funda esse poder, dando-lhe forma e substância, normas e instituições.”
Poder constituinte surge em:
Revoluções;
Criação de um novo Estado;
 Derrota de País que entrou em guerra;
Transição política pacífica.
O Poder Constituinte é dividido em:
Poder Constituinte originário: é aquele que faz a constituição. (Povo)
Poder Constituinte derivado/originário/reformador: é aquele que reforma a constituição. (Presente nas emendas Constitucionais)
Poder Constituinte decorrente: é aquele responsável pela modificação das Constituições dos Estados para ficar em conformidade com a Constituição do Brasil. “Princípio da Simetria”
NATUREZA JURÍDICA DO PODER CONSTITUINTE: poder de fato ou de direito?
Há duas respostas distintas:
É poder de fato: para quem acredita que só é Direito quando positivo, a resposta é que o Poder Constituinte é de fato, no sentido de que se funda em si próprio, não se baseando em regra jurídica anterior.
É poder de direito: para quem acredita em um direito anterior ao positivo (Direito Natural). Dessa forma, é poder de direito porque está fundado num poder natural de organizar a vida social de que disporia o homem por ser livre. 
TITULARIDADE DO PODER CONSTITUINTE
QUEM É O TITULAR DO PODER CONSTITUINTE? 
O POVO
Emmanuel Sieyes 
“Qu’ est ce que le tiers état?” - O que é o terceiro Estado?
Segundo esse doutrinador o terceiro Estado é a NAÇÃO (conceito sociológico). Ele fala sobre a formação das sociedades políticas e cita três épocas cuja distinção nos prepara para os esclarecimentos necessários. 
Os indivíduos buscam formar uma nação.
Os indivíduos deliberam/discutem assuntos dos seus interesses comuns.
Essa troca de opiniões caberia aos representantes dessa sociedade que se reuniam. Então, eles começam a estruturar os órgãos do governo, sendo necessária uma Constituição. 
Joaquim José Gomes Canotilho argumenta: “O poder constituinte na teoria de Sieyes seria um poder inicial autônomo e onipotente (pode tudo). É de fato porque não existe antes dele, nem de fato, nem de direito, qualquer poder. É nele que situa por excelência a vontade do soberano (Instância jurídico política dotada de autoridade suprema). É um poder autônomo: só a ele compete decidir se/como/quando deve dar-se uma Constituição à Nação. È um poder incondicionado: o poder Constituinte não está subordinado a qualquer regra de forma e de fundo.”
AGENTE DO PODER CONSTITUINTE
QUEM É O AGENTE DO PODER CONSTITUINTE? 
A ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE
A Assembleia Nacional Constituinte (A.N.C) é formada por representantes escolhidos pelo povo e são chamados de constituintes. Importante destacar que os constituintes não são deputados tampouco senadores.
OBS.: A atual Constituição Federal/1988 não foi votada pela A.N.C. Ocorreu uma exceção: foram os deputados e os senadores que tinham acabado de ser eleitos que votaram nela. 
Paulo Figueiredo Dantas: “Não devemos atribuir a este termo, contudo o sentido vulgar que lhe é habitualmente conferido de luta, de convulsão social. Devemos atribuir, isto sim, o seu conteúdo estritamente jurídico de completa ruptura com a antiga ordem estatal, de revogação da constituição até então vigente.”
Georges Burdeau: “O Poder constituinte é inicial, autônomo e incondicionado.”
PODER CONSTITUINTE DECORRENTE
O Poder Constituinte Decorrente é aquele responsável pela modificação das Constituições dos Estados para seguir a Constituição do Brasil.
*Princípio da Simetria: é o que exige que os estados, Munícipios e o Distrito federal sigam o que dispõe a Constituição Federal. 
 Leis federais
CF
 Leis estaduais
Constituição do Estado
 Leis orgânicas
Constituição 
do 
munícipio
EMENDAS CONSTITUCIONAIS
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias 
 
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
 
PODER CONSTITUINTE
Originário: 
é o que faz a Constituição/ Não está previsto em lugar nenhum.
Derivado/reformador/revisor: 
Modifica a Constituição através das Emendas Constitucionais / Está previsto na CF
Decorrente: 
responsável pela modificação das Constituições dos Estados para seguir a Constituição do Brasil. “Princípio da Simetria”
É um poder de fato ou de direito? 
De fato e de direito. De fato para quem acredita que só é Direito quando positivo, que se funda em si próprio, não se baseando em regra jurídica anterior. De direito para quem acredita que houve um direito anterior ao Direito Positivo (D. Natural) fundado num poder natural de organizar a vida social. 
Quem é o Titular do Poder Constituinte? 
O POVO
Quem é o agente do Poder Constituinte? 
A ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE
LIMITES DO PODER DE REFORMA CONSTITUCIONAL
Temporais: constituições que só permitem sua revisão em épocas certas, espaçadas. Vedam durante certo tempo sua alteração. 
Art. 3º - Atos das disposiçõesconstitucionais transitórias: 
“A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.”
Cinco anos: não poder haver revisão da Constituição antes de completar 5 anos. Unicameral: Câmara dos Deputados e Senado Federal votam juntos. 
Circunstanciais:
 Intervenção federal arts. 34, 35 e 36
 Estado de defesa art. 136, 89, 90 e 91. 
Art. 136: “O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.”
 Estado de sítio arts. 137, 138 e 139
 
Art. 137
. 
“
O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
”
OBS.: Saber para a prova a diferença entre estado de defesa e estado sítio. No estado de defesa, o presidente decreta primeiro e é depois que manda para o legislativo (Congresso Nacional) até 24h e votado por maioria absoluta. No estado de sítio, é preciso pedir primeiro para o Congresso Nacional. 
Materiais art. 60, §4º 
Proibição de sequer deliberar sobre propostas tendentes a abolir a forma federativa de estado, o voto direito, secreto e universal e periódico, a separação dos poderes e os direitos e garantias individuais. (Essas proibições estão de maneira explícita. Porém, há também as proibições implícitas.)
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO 
	
QUANTO AO CONTEÚDO
	
Materiais: São aquelas que têm as normas constitucionais que levam à estrutura do Estado, à organização de seus órgãos, à forma de aquisição e o exercício do poder e os direitos fundamentais. Ou seja, os limites e a estrutura do Estado. 
Formais: São aquelas que podem conter normas não materialmente constitucionais. 
	
QUANTO À ELABORAÇÃO
	
Dogmáticas: São as Constituições que são constituídas de um documento escrito ou solene/formal.
Históricas: São aquelas Constituições costumeiras, fruto da história de um povo. 
	
QUANTO À ORIGEM
	
Promulgadas: Fruto de uma Assembleia Nacional Constituinte (A.N.C)
Outorgadas: Decorrem da imposição de quem detém o poder. 
Cesaristas: São impostas por um governante, mas submetidas a uma consulta popular (plebiscito -> antes do ato e referendo -> depois do ato) 
	
QUANTO À FORMA
	
Escritas: São aqueles que constam de um documento único, formal e solene.
Não escritas: São constituídas de normas esparsas, costumeiras e jurisprudência. 
	
QUANTO À ESTABILIDADE
	
Imutáveis: São aquelas Constituições que não podem sofrer qualquer alteração.
Rígidas: Só são mutáveis mediante regras severas.
Flexíveis: São aquelas que podem haver a livre alteração do texto.
Semi-rígidas: São aquelas que mesclam a rigidez e a flexibilidade. 
	
QUANTO À EXTENSÃO E FINALIDADE
	
Sintéticas: São aquelas que possuem as regras fundamentais à caracterização do Estado relativamente a sua estrutura. 
Analíticas: São aquelas que têm várias outras regras.
A Constituição Federal do Brasil de 1998 é: formal, dogmática, promulgada, escrita, rígida e analítica.
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituição de 1824: Primeira constituição o Brasil.
Independência do Brasil em 1822.
D. Pedro I outorga a constituição para o povo brasileiro que reivindicava e pela predominância das ideias liberais.
Movimento políticos: ideais liberais e a vontade de o monarca das constituição para o povo.
Poder legislativo, judiciário, executivo e MODERADOR.
Poder moderador era independente e neutro, o imperador não estava sujeito a responsabilidade nenhum e poderia intervir em outros poderes. O imperador: nomeava deputados e senadores, dissolvia a câmara dos deputados, prorrogava assembleis, nomeava e demitia ministros, suspendia magistrados, perdoava dividas e dava anistia.
Paulo Bonavides: “A constituição do império foi, em suma, uma constituição de 3 dimensões: a primeira, voltada para o nosso passado, trazendo as graves sequelas do absolutismo; a segunda, dirigida para o presente, efetivando em parte e com bom êxito, no decurso de sua aplicação o programa do Estado liberal; e a terceira, à primeira vista, desconhecida e encoberta, pressentindo já o futuro”.
Constituição de 1891:
Obs,: Feito ante- projeto para explicar a Constituição, composto por: Saldanha Marina, Santos Vernek, Américo Brasiliense.
Inevitável: devido a proclamação da República.
Povo e militares proclamam a República.
 Decreto numero 1 da República foi escrito por Rui Barbosa, grande jurisconsulto, criando a República Federativa.
Um ano após a proclamação da República, foi feita assembleia constituinte destacando Rui Barbosa.
Influenciada pela declaração dos direitos do homens e pela carta francesa.
Foi a primeira a prever o habeas corpus.
Constituição de 1934:
Antecedentes:
Revolução de 1930 acaba a República Velha e há cisão entre MG e SP, Getúlio assume a presidência no Governo Provisório.
Revolução de 1932: 9 de julho de 1932 movimentos constitucionalista (MMDC).
O governo provisório de Getúlio convoca assembleia constituinte.
Durou três anos.
Democracia Social.
Modelo: Constituição de Weimar.
Normas econômicas e sociais, normas familiares, normas ou respeito da segurança nacional.
Voto da mulher.
MandaDo de segurança.
Ação popular: ação proposta pelo povo pleiteando algo para o bem do povo, quem perde a ação popular não paga as custas.
Predomínio do aspecto social.
Constituição de 1937:
Luta entre esquerda (comunismo) e o integralismo que era a direita.
Getúlio dá golpe de Estado e outros esta constituição. Justificativas do golpe: confronto entre integralismo X comunismo e modificações na situação econômica do país.
Constituição AUTORITÁRIA.
Poderes na mão de Getúlio.
Presidente absoluto.
Senado federal vira conselho federal.
Dissolução do Congresso.
Pena de morte.
Constituição de 1946:
Antecedentes:
Pressões pela saída de Vargas que marca eleições para 2/12/1945 e os militares em 29/9/1945 derrubam Vargas e colocam José Linhares no poder, transformas o projeto de reformulação da Constituição para projeto de nova Constituição.
Democrática e Republicana.
Promulgada.
Reestabelece a ação popular e o mandado de segurança.
Defende a liberdade.
Forte abertura para o campo social.
Brasil volta a legalidade democrática.
O primeiro presidente é o general Eurico Gaspar Dutra, Vargas volta a ser eleito pelo POVO e após se suicida. JK assume constrói Brasília e traz indústria automobilística. JK indica Mal. Lote para presidente e Goulart para vice contra Jânio Quadro (presidente) e seu vice Milton.
Ganha Jânio como presidente e Goulart como vice. O Estado do Rio Grande do Sul não aceita que após a renúncia de Quadros, Goulart não possa assumir e reagem empossando Goulart. Antes de Goulart ser empossado é feito uma emenda que instaura o parlamentarismo no Brasil.
É feito plebiscito para escolher presidencialismo ou parlamentarismo e o presidencialismo vence e Goulart assume o poder. Os militares dão golpe em 64 mas mantiveram a Constituiçãode 1946. O primeiro presidente da ditadura, o Castelo Branco elabora novo texto constitucional no qual ou o Congresso aceitava ou ele fechava o Congresso.
Constituição de 1967:
Preocupação absoluta com a segurança nacional.
Centralizadora.
Maiores poderem eram do executivo.
Permitia o decreto-lei: tem força de lei mas, produzida como decreto. Decreto é inferior a lei.
AI 5- mais soberano que a Constituição. Prega a possibilidade de cassação de mandatos e suspensão de direitos políticos, juízes não tinham mais direitos, suspende o HC para crimes contra a segurança nacional, impedia a revisão do AI 5 pelo Judiciário
Costa e Silva vem para redemocratizar o país e faz emenda constitucional que passa o poder para o legislativo e para o Executivo. Esta emenda foi outorgada. A ditadura durou 20 anos. Figueredo começa a volta a democracia, Tancredo Neves é eleito, eleições indiretas, mas entra o Sarney porque Neves morreu.
Teoria da Constituição
3° Período 
2016

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