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PROF. VINICIUS REBULI, MSc. vinicius.rebuli@gmail.com DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Os elementos necessários para a elaboração do projeto são: 1. Geométricos; 2. Topográficos; 3. Hidrológicos; 4. Geotécnicos; 5. Acessórios: econômicos, tecnológicos, etc.; 6. Normativos. 1. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DA RODOVIA É o órgão responsável (DNIT, DER, prefeituras, etc.) pela via que define as condições técnicas da ponte. Classe da rodovia Para as rodovias federais (DNIT): 5 classes de rodovia: Classe 0, Classe I, Classe II, Classe III e Classe IV. Classes de projeto Características Critérios de classificação técnica 0 Via expressa – Controle total de acesso Decisão administrativa IA IB Pista Dupla – Controle parcial de acesso Quando os valores de tráfego previstos ocasionam níveis de serviços em uma rodovia de pista simples inferiores aos aceitáveis. Pista simples Volume horário de projeto VHP > 200 Volume médio diário VMD > 1400 II Pista simples Volume médio diário VMD 700 - 1400 III Pista simples Volume médio diário VMD 300 - 700 IVA IVB Pista simples Volume médio diário (abertura) VMD 50 - 200 Pista simples Volume médio diário (abertura) VMD < 50 Velocidade diretriz é a velocidade básica para a dedução das características do projeto. Classe de projeto Velocidades diretrizes para projetos (km/h) Relevo Plano Ondulado Montanhoso Classe 0 120 100 80 Classe I 100 80 60 Classe II 100 70 50 Classe III 80 60 40 Classe IV 80 - 60 60 - 40 40 - 30 Curvatura horizontal. Raios mínimos Os raios mínimos são fixados com a finalidade de limitar a força centrífuga que atuará no veículo movendo-se com a velocidade diretriz. emax (%) Velocidade diretriz (km/h) 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 4 30 60 100 150 205 280 355 465 595 755 6 25 55 90 135 185 250 320 415 530 665 8 25 50 80 125 170 230 290 375 475 595 10 25 45 75 115 155 210 265 345 435 540 12 20 45 70 105 145 195 245 315 400 490 Rampas Máximas Até a altitude de 1000 m acima do mar, as rampas máximas admissíveis são em %. Classe de projeto Relevo Plano Ondulado Montanhoso Classe 0 3% 4% 5% Classe I 3% 4,5% 6% Classe II 3% 5% 7% Classe III 4% 6% 8% Classe IV - A 4% 6% 8% Classe IV - B 6% 8% 10% * * A extensão de rampas acima de 8% será desejavelmente limitada a 300m contínuos Distância de visibilidade de parada Extensão da via à frente que o motorista deve poder enxergar para que, após ver um obstáculo que o obrigue à parada, possa imobilizar o veículo sem atingi-lo. Distância de visibilidade de ultrapassagem Extensão da via à frente que o motorista deve poder enxergar antes de uma ultrapassagem em uma via de duas faixas e mão dupla, para assegurar a bem sucedida conclusão da manobra e a não interferência com veículos se aproximando em sentido oposto. Curvas de concordância vertical Quando se passa de um trecho em nível para um trecho em rampa, adota-se uma curva de concordância vertical, evitando- se um ponto anguloso no greide. Largura das pistas de rolamento Classe de projeto Relevo Plano Ondulado Montanhoso Classe 0 3,60 3,60 3,60 Classe I 3,60 3,60 3,50 Classe II 3,60 3,50 3,30* Classe III 3,50 3,30* 3,30 Classe IV – A** 3,00 3,00 3,00 Classe IV – B** 2,50 2,50 2,50 * Preferivelmente 3,50m, quando esperada alta percentagem de veículos comerciais ** Os valores referente à Classe IV são baseados na publicação “Manual de Rodovias Vicinais” – BIRD/BNDE/DNER - 1976 Largura dos acostamentos - Largura dos acostamentos externos (em metros) Classe do projeto Relevo Plano Ondulado Montanhoso Classe 0 3,50 3,00* 3,00* Classe I 3,00* 2,50 2,50 Classe II 2,50 2,50 2,00 Classe III 2,50 2,00 1,50 Classe IV – A** 1,30 1,30 0,80 Classe IV – B** 1,00 1,00 0,50 * Preferivelmente 3,50m onde for previsto um volume horário unidirecional de caminhões superior a 250 veículos ** Valores baseados na publicação “Manual de Rodovias Vicinais” – BIRD/BNDE/DNER – 1976. No caso de rodovias não pavimentadas, representam a contribuição para estabelecimento da largura da plataforma Largura dos acostamentos - Largura dos acostamentos internos (em metros)* Pistas de mão única – Classe 0 ou I-A Número de faixas de rolamento da pista Relevo Plano Ondulado Montanhoso 2 1,20 – 0,60 1,00 – 0,60 0,60 – 0,50 3** 3,00 – 2,50 2,50 – 2,00 2,50 – 2,00 ≥4 3,00 3,00 - 2,50 3,00 – 2,50 * Valores excepcionais e recomendados, respectivamente. ** Quando julgado necessário um acostamento. Em caso contrário, adotar os valores referentes a pistas de duas faixas. Superlargura e Superelevação Nos trechos curvos, as pistas são dotadas de Superlargura cuja finalidade é fornecer uma largura efetiva maior da faixa de tráfego para veículos longos que trafegam na velocidade diretriz. A Superelevação destina-se a contrabalançar os efeitos da força centrífuga sobre veículos que trafegam na velocidade diretriz. Superlargura e Superelevação 1. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS PONTES RODOVIÁRIAS O projeto de uma ponte é condicionado por diversos elementos, como: • Tramo de uma ponte; • Vão teórico do tramo; • Vão livre do tramo; • Altura de construção; • Altura livre; • Esconsidade. Largura As pontes rodoviárias podem ser urbanas ou rurais: A. Pontes urbanas - possuem pistas de rolamento com largura igual a da rua ou avenida onde se localiza a ponte, e passeios correspondentes à calçada. B. Pontes rurais - possuem pistas de rolamento e acostamentos com larguras iguais a da rodovia onde se localizam. Gabaritos Denominam-se gabaritos os conjuntos de espaços livres que deve apresentar o projeto de uma ponte, para atender a diversas finalidades, tais como: passagem de caminhões, de trens, de navios, etc. Viadutos em rodovias: classe 0 e I: 5,50 m Outras classes: mínimo 4,50 m 2. ELEMENTOS TOPOGRÁFICOS O levantamento topográfico é o conjunto de documentos gráficos (desenhos) necessários para a implantação do projeto de uma ponte. 3. ELEMENTOS HIDROLÓGICOS São os seguintes: • Cotas de máxima enchente e estiagem observadas; • Dimensões e medidas físicas sobre problemas de vazão de cursos d’água; • Informações sobre mobilidade do leito do curso d’água; • Marés; • Regularização, dragagem, retificações ou proteção de margens dos rios.4. ELEMENTOS GEOTÉCNICOS • Relatório de prospecção de geologia aplicada ao local provável da obra; • Relatório de sondagem de reconhecimento do subsolo; • Estudos geotécnicos especiais. 5. ELEMENTOS ACESSÓRIOS • Informações de interesse construtivo e econômico; • Dados sobre a agressividade do meio ambiente (pH da água, poluentes dos rios, agentes químicos, etc.) 6. ELEMENTOS NORMATIVOS Conjunto de normas técnicas exigidas pelo órgão responsável. • Normas de projetos - têm a finalidade de fornecer bases comuns de trabalho para engenheiros, quantificando valores mínimos de segurança, e estabelecendo os métodos básicos para cálculo. • Normas de execução - fixam os princípios fundamentais de boa prática construtiva, com a intenção de garantir que as hipóteses formuladas no projeto sejam atendidas pela obra. Existem também as normas destinadas a disciplinar a apresentação do projeto. As normas e especificações brasileiras relacionadas ao projeto de pontes são: • ABNT, NBR 6118/14 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014. • ABNT, NBR 7187/03 – Projeto de Pontes de Concreto Armado e Protendido – Procedimento. Rio de Janeiro, 2003. • ABNT, NBR 7188/13 – Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas. Rio de Janeiro, 2013. • ABNT, NBR 7189/85 – Cargas Móveis para Projeto Estrutural de Obras Ferroviárias. Rio de Janeiro, 1985. • ABNT, NBR 8681/03 – Ações e Segurança nas Estruturas – Procedimentos. Rio de Janeiro, 2003.
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