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ICP – NASCIMENTO – 33-53
DILEMAS DO NACIONALISMO
- Nacionalismo é associado à transição das ordens dinásticas para sociedades
- Baseadas na doutrina de soberania popular.
- Polêmica sobre a origem do nacionalismo, se sua essência é democrática ou autoritária.
- CONFUSÃO CONCEITUAL ENTRE ESTADO E NAÇÃO
- Gellner: Nacionalismo é o princípio político que advoga a congruência entre Estado e Nação.
- * A ideia que move o nacionalismo é a criação de um Estado que exerça autoridade sobre a nação. Nação é o grupo humano que compartilha da mesma Cultura.
- * A definição de Gellner deixa de lado manifestações como flamengos, escoceses, catalães e bascos, que não buscavam um Estado independente, mas várias formas de autonomia política em relação ao poder central.
- * Essa definição também confunde conceitos, associando patriotismo (lealdade ao Estado) e nacionalismo (lealdade à nação) como sinônimos. Nação tem relação direta com a identidade e a autoconsciência (o que o indivíduo se considera). Perspectiva relacional (comparação entre nações).
- Revolução Francesa: noção de povo como nação passou a ser associada ao Estado.
- A soberania popular colocou o povo como fonte de todo poder político, tornando-o quase sinônimo de Estado.
- Crítica de Nascimento: Nos casos em que a cada Estado corresponde uma nação, a confusão entre os conceitos não é muito relevante. Porém, Estados homogêneos, como Alemanha e Japão, são raros.
- PRIMORDIALISMO E MODERNIDADE
- Gellner: nacionalismo está ligado à passagem da sociedade agrária para a industrial. É a ideologia, cultura comum e língua única necessária para a consolidação do poder das elites sobre territórios definidos.
- O nacionalismo não é o despertar das nações à autoconsciência: ele inventa nações onde elas não existem.
- Instrumentalistas enfatizam o caráter manipulador do nacionalismo: elites empenhadas em defender seu poder político e seus interesses econômicos fomentam movimentos étnicos e nacionalistas, dirigindo-os contra seus oponentes.
- Anderson: critica Gellner, cuja visão do nacionalismo o reduz a uma doutrina inventada para manipulação de massas.
- Defende a nação como uma comunidade “imaginada” porque se estende para além dos contatos face a face. Enfatiza a dimensão psicológica do nacionalismo, pois este aparece igualmente no rastro do declínio das religiões.
- Modernistas: concordam que o início do nacionalismo pode ser datado em fins do século XVIII, mas divergem quanto ao locus: além da Revolução Francesa, há o romantismo alemão, Guerra Civil das Rosas na Inglaterra e o movimento de independência na América Latina.
- O sentimento do nacionalismo surge com a modernidade e não é construído por meio da história.
- Charles Tilly: enfatiza a ligação entre guerras europeias e o nacionalismo. Guerras criam Estados nacionais, e estes, por sua vez, geram mais guerras.
- Primordialismo
- Nações são unidades naturais da história da humanidade. Se algumas delas ainda não conseguiram despertar, isso decorre de injustiças históricas a que os movimentos nacionalistas se propõem a corrigir.
- Defendido por ideólogos e líderes dos movimentos nacionalistas. Divergências continentais: enquanto na Europa, a formação das nações era baseada em uma etnia principal e sua associação ao Estado, em outros continentes, a transferência de lealdades primordiais para o Estado central tem se mostrado bem mais difícil (ex: África, Ásia e América do Sul).
- Stalin: nação é uma comunidade histórica e estável, formada com base em uma língua comum, território, vida econômica e psicologia manifestadas em uma cultura comum.
- Problema: pesquisas históricas indicam que não há características essenciais da nação.
- Grupos étnicos são concebidos por uma visualização externa a ela.
- Weber: Não é somente a etnia que equaliza uma nação.
- Modernidade:
- Nacionalismo instrumentalista: nacionalismo como resultado de um processo de engenharia social.
- Nacionalismo pode ser remetido a idéias e processos socioeconômicos e políticos ligados à Revolução Industrial e Francesa.
- Nação e Etnia
- Vertente da autoconsciência: a essência da nação está na autopercepção de diferença que uma comunidade tem a outras comunidades, bem como os laços de semelhança e união que cada comunidade percebe como “seus”.
- Laços de semelhança são os sentimentos primordiais de caráter étnico.
- Enquanto nação sempre envolve autodefinição, a etnia é inconsciente, sendo mais identificada pelo grupo externo que o observa. O sentimento de solidariedade étnica não forma uma nação.
- Smith: traça um painel comparativo dos elementos étnicos e mostra sua influência na cultura das nações modernas. Seis elementos principais: nome coletivo, mito comum de descendência, história em comum, cultura distinta, associação com um território, sentimento de solidariedade entre seus membros.
- Calhoun/Foucault: formação discursiva. O nacionalismo é um discurso que integra uma comunidade a partir do significado comum que seus membros atribuem a eventos, ações e tradições associadas a seus elementos étnicos.
- A ligação direta entre indivíduo e nação que revela a dimensão política do nacionalismo.
- NACIONALISMO CÍVICO E NACIONALISMO ÉTNICO
- A soberania coletiva da nação levou à constituição de um Estado que, por sua vez, é a expressão política de seus cidadãos.
- Nacionalismo cívico
- Adesão aos princípios políticos de soberania popular e do governo representativo.
- Nacionalismo democrático.
- Greenfeld: nacionalismo que fez o caminho para a modernidade, e não o contrário.
- Mudou os critérios de dignidade humana e tornou a atividade econômica respeitável.
- Nacionalismo étnico
- Enraíza-se em componentes étnicos e primordiais (atributos únicos e particularidades das culturas)
- Por natureza, é excludente e coletivista, sua origem ressentida o faz desenvolver tendências à xenofobia e ao autoritarismo.
- Brasil é um caso em que houve transvalorização de valores, transformando a miscigenação e o mito da democracia racial como parte integrante da identidade nacional brasileira, apesar da evidente discriminação racial existente no país.
- As identidades nacionais mudam ao longo do tempo, podendo assumir um caráter étnico ou cívico, ou uma mistura dos dois. Sociedades baseadas puramente em um dos dois critérios não existem.
- Críticas à oposição do nacionalismo cívico e étnico alegam que o nacionalismo cívico é também cultural e deve ser estudado como tal.
- A ideia de uma identidade nacional exclusivamente baseada na cidadania e despida de etnocentrismos é irreal.
- Transvalorização de Valores- Resposta dos intelectuais brasileiros à suposta inferioridade racial do Brasil, transformando a miscigenação em fator positivo e motivo de orgulho nacional.
- Contraponto à visão negativa da miscigenação.

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