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gestão empresarial administração geral planejamento – administração por objetivos, planejamento estratégico e operacional 5 ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Apresentar conceitos de planejamento. e de administra- ção por objetivos e planejamentos Estratégicos e Opera- cionais. COmpetênCias Saber planejar antecipadamente e executar depois. Habilidades Usar o planejamento e a melhor forma de operaciona- lizá-lo. administração geral planejamento – administração por objetivos, planejamento estratégico e operacional parte 1 Quando o confeiteiro se prepara para fazer um bolo, a partir de sua receita, ele somente poderá fazê-lo após certificar-se que todos os ingredientes necessários, cons- tantes da sua receita, estão dispostos em quantidade e disponibilidade para realizar sua produção. O planeja- mento incide no estudo preliminar para que o objetivo seja atingido com a maior praticidade, perfeição e efici- ência possível. para Começar Você já viu os técnicos de futebol fazer planejamentos táticos para um jogo qualquer? Estuda o adversário, atletas, preparação física, local, tempo, enfim, baseado nestes conhecimentos elencados de seu adversário, ele montará o seu time e o planejamento tático para enfren- tá-los. Imagine se ele o enfrenta sem buscar informações e nem mesmo avaliar sua equipe para o enfrentamento? A partir daí, é fácil imaginar o planejamento em todos os sentidos, desde no futebol, na vida doméstica, e na organização, que é o foco do seu estudo neste módulo. Fundamentos Nada começa pronto. Onde quero chegar? planejarrecursos resultados esperados Preciso verificar meus recursos, fazer uma análise mais aprofundada de sua utilização e sua disponibilidade, e a partir daí, inicia-se o processo de planejamento, que será a adequação dos recursos e meios para atingir os objetivos e metas traçadas. Figura 1. Representação sistêmica do princípio da Administração: planejar. Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 4 A incerteza no resultado pode ser amenizada com o planejamento e a busca de maiores informações e conhecimentos para efetuá-lo. Segundo Maximiliano (2000, p. 175) “Nem todo futuro desconhecido é incerto. É possível antever com razoável grau de precisão alguns eventos, porque estão sob controle, são consequências previsíveis de atos e deci- sões passadas[...]” E, sendo assim, o planejamento é uma ferramenta administrativa para criar rumos mais seguros a serem trilhados na administração do negócio, e ao mesmo tempo, é o suporte para o processo de decisões. Várias definições de planejamento são dadas pelos diversos autores na área, que convergem aos princípios e objetivos da maioria deles. Falando em decisões, não podemos esquecer que as decisões são to- madas de imediato após o planejamento, e seus resultados são espera- dos e sabidos depois, seja a curto, médio ou longo prazo. Abaixo, elencamos algumas definições de planejamento usadas por al- guns autores. Segundo Maximiliano (2000, p. 175): → Definir objetivos ou resultados a serem alcançados; → Meios para a realização de resultados; → Interferir na realidade, para passar de uma situação conhecida a ou- tra situação desejada, dentro de um intervalo definido de tempo; → É tomar no presente decisões que afetem o futuro, para reduzir sua incerteza. Lacombe e Heilborn (2006, p. 162): → Determinação da direção a ser seguido para se alcançar um resul- tado; → Determinação consciente de cursos de ação; → Engloba decisões com base em objetivos. O planejamento é feito considerando não só o microambiente (interno) que são seus recursos disponíveis e ferramentas para sua execução, mas também o macroambiente (externo) organizacional, onde as decisões afe- tarão diretamente. Lacombe e Heilborn (2006, p.162) apresentam um quadro muito escla- recedor para o planejamento: Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 5 Recursos diversos: financeiros, humanos, tecnológicos, insumos e informações. Planejar é decidir antecipadamente O planejamento deve identificar antecipadamente. O planejamento deve identificar antecipadamente. Fazer O quê De que maneira Quando Quem deve O que vai ser feito Os custos Os benefícios Para fazer o que se deseja Os recursos necessários Atenção Os planos são as linhas mestras pelas quais: → A organização obtém e aplica os recursos necessários ao alcance dos seus objetivos; → Os membros da organização realizam atividades a par- tir de seus objetivos escolhidos; → O progresso na direção dos objetivos deve ser coorde- nado e verificado constantemente, a fim de permitir correções caso sejam necessárias. Para que Planejar? O que nos leva a esta necessidade? ConCeito Atitudes em relação ao planejamento: Proativa: → Forças que impulsionam e desejam a mudança. → Espírito renovador. → Capacidade de adaptação a novas situações. → Antecipação de novas situações. Figura 2. O que é Planejamento. Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 6 Reativa: → Forças que desejam e preservam a estabilidade. → Apego às tradições. → Espírito conservador. → Incapacidade de adaptação às novas situações. (MAXI- MIANO, 2007, p.177) É imprescindível para a organização, o planejamento, onde aumenta a capacidade do gestor para administrar, controlar e prever as reações nas decisões tomadas, antecipando assim, a mudança e ou ajustes necessá- rios para o equilíbrio da organização. Não podemos esquecer que decisão tomada em qualquer tempo tem seus reflexos mediatos ou, normalmente, futuros. Neste ínterim, é possí- vel rearranjar de forma proativa, preservando a integridade da empresa, evitando antecipadamente ocorrências, que coloquem em riscos os obje- tivos projetados. Como vimos no quadro acima, podemos definir que a reação proativa é uma forma de segurança no caso de mudanças necessárias, e a reativa, que mantém o equilíbrio evitando mudanças abruptas, que possam inter- vir no rumo dos resultados esperados. DiCA Conceito de Objetivos: Objetivos: planejar, essencialmente, é definir objetivos e as formas de realizá-los. Objetivos são resultados finais em di- reção aos quais a atividade é orientada. São os fins que uma pessoa ou organização procuram realizar, por meio de suas atividades, operações e aplicação de recursos. Os objetivos representam a parte mais importante do plano. (MAXIMIANO, 2000, p. 184). Bem, até aqui, vimos conceitos práticos de planejamento e objetivos. Mas é importante também um breve comentário dos componentes básicos para fazer um planejamento. Não basta ter o objetivo, o foco principal, é importante que se estudem as ferramentas e sua capacidade para realizá-lo. Não se deve neste ponto, criar expectativas ou objetivos platônicos, irreais para a organização, pois Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 7 a dificuldade poderá se transformar em fracasso, antes mesmo de sua aplicação. Objetivos básicos devem ser definidos antes, fazer o estudo mais abrangente se possível, em todo contexto que abrangerá o planejamento. Dentre eles, seus custos, estimativas de tempo x custos x trabalho, viabilidade do projeto, planos estratégicos e operacionais e, ao final, a expectativa dos resultados dependendo do seu grau de acertos e corre- ções no curso. Atenção No planejamento, ou durante sua aplicabilidade (operacio- nalização), os objetivos estratégicos podem ser desdobrados em outros objetivos, não fugindo claro, do principal, que po- demos nomeá-los desecundários e específicos. Oliveira (2009, p. 151) apresenta algumas questões quanto a falhas no processo do planejamento e seus efeitos. Apresenta assim em três momentos: → Antes do início da elaboração do planejamento; → Durante a elaboração do planejamento; e → Durante a implementação do planejamento. Na tabela a seguir, Oliveira (2009, p. 152) apresenta de forma detalhada, estas possibilidades como segue: antes do início da elaboração durante a elaboração durante a implementação 1 Estruturação inadequada do setor: 1 Desconhecimento dos conceitos básicos: 1 Inadequação no controle e avaliação: a) Contratação de um elaborador do plano. a) Considerar como um processo fácil ou difícil. a) Falta ou inadequação do sistema de controle. b) Alocação inadequada na estrutura. b) Não considerar como um sistema integrado. b) Desconsideração da relação custos versus benefícios. c) Funcionários ineficientes. c) Desconsideração dos aspectos intuitivos. d) Estruturação inadequada da equipe. d) Desconsideração do processo de aprendizagem e treinamento. 2 Ignorância da importância e significado do planejamento: 2 Inadequação no envolvimento dos níveis hierárquicos: 2 Interação inadequada com os funcionários: a) Existência de sucesso sem o planejamento. a) Envolvimento insuficiente ou demasiado da alta administração. a) Falta de participação e envolvimento. b) Alguma falha anterior do planejamento. b) Não envolvimento da média administração. b) Falta de comprometimento. Tabela 1. Causas de falhas na função de planejamento. Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 8 antes do início da elaboração durante a elaboração durante a implementação c) Expectativa de enormes e rápidos resultados. c) Atitudes inadequadas perante o planejamento. d) Transposição direta do planejamento de outra empresa. e) Desassociação do processo de administração. 3 Não preparação do terreno para o planejamento: 3 Defeitos na elaboração em si: a) Não eliminação de focos de resistências. a) Não interligação com os planejamentos operacionais. b) Não esquematização do sistema de controle e avaliação. b) Falhas no estabelecimento de interligação dos vários itens considerados. c) Desconhecimento da natureza do planejamento. c) Excesso ou falta de simplicidade, formalidade e flexibilidade. d) Período de tempo inadequado. e) Ineficiência dos responsáveis pelo planejamento. f) Inadequada ou inexistente gestão do conhecimento. g) Dissociação com o processo de inovação. 4 Desconsideração da realidade da empresa: 4 Baixa credibilidade ao planejamento: a) Inadequação ao tamanho e recursos disponíveis. a) Descontinuidade no processo. b) Inadequação quanto à cultura da empresa. b) Utilização de situações pouco realistas. c) Não divulgação das informações. d) Dificuldade de trabalhar com o planejamento. parte 2 São ferramentas essenciais para atingir os objetivos planejados. São es- tas as ferramentas que o administrador disporá para ter a capacidade de interagir com as pessoas envolvidas no projeto e levar adiante sua exe- cução. Com elas é possível reorganizar, abortar se necessário, corrigir ou mudar o curso em busca dos resultados esperados e planejados. Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 9 para Começar vOCê sabe jOgar xadrez? O planejamento é a base principal do jogo, você antecipa sua jogada por estratégia, planejamento, visão de futuras jogadas e, acima de tudo, a in- tuição da jogada do seu adversário. Assim é a organização, um verdadeiro tabuleiro de xadrez, onde o pla- nejamento e estratégia andam juntos, e continuamente proativos às mu- danças e adversidades no mercado. Vamos estudar, pensando como um jogador hábil e como um adversá- rio astuto, porém, antes disso, vamos conhecer os conceitos necessários para iniciarmos o grande torneio. Das teorias administrativas, Administração por Objetivos (APO), nasceu em 1954, a partir da publicação do livro The Practice of Management, de Peter Drucker, cujo modelo apregoava o controle sobre desempenhos na organização, principalmente nos casos de crescimentos repentinos, para se evitar “bolhas” ou crescimentos insustentáveis da empresa. Drucker se preocupava, contudo, para não perder as rédeas do cresci- mento, do planejamento e do controle administrativo, que devem estar em sincronismo para se chegar aos objetivos traçados. O APO nasce na necessidade desta integração, evitando o isolamento tanto de um como de outro, e também, uma forma de divisão da respon- sabilidade e comprometimento de cada função, participação e conjunto para o cumprimento de metas e objetivos. Para resumir a função do APO, dizemos que para sua realização é preciso: → Definir metas e objetivos; → Planejamento e avaliação; → Os participantes (toda hierarquia) definem as prioridades; → Determinam metas e objetivos a serem alcançados; → Mantém o controle contínuo da operação. Com sua aplicação, prever o futuro em suas operações passa a ser menos nebulosas, que em uma operação normal sem os atributos e aplicações do APO. Partindo da Administração por objetivos, complementamos com o Pla- nejamento Estratégico e Planejamento Operacional, onde teremos uma visão mais apurada de suas utilizações e da necessidade de sua implanta- ção nas administrações, que perduram nos dias atuais. Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 10 Vários autores, que neste módulo destacamos (Chiavenato, Lacombe e Heilborn, Drucker e Maximiano), contribuíram como facilitadores no en- tendimento deste novo segmento, como ferramenta de suporte à admi- nistração geral. Fundamentos administraçãO pOr ObjetivOs Os princípios e características básicas do APO como processo, está no tra- balho conjunto entre gestores e colaboradores focados no objetivo princi- pal, onde o comprometimento no resultado deverá ser monitorado sem- pre, para que se necessários, sejam possíveis ajustes durante o processo. A grande vantagem do APO é a integração entre os conjuntos gestores e operacionais, onde cada função, atividade, no processo é antecipada- mente determinada de forma a distribuir relativamente, a responsabilida- de, que culmina no comprometimento no cumprimento das metas. Chiavenato (2004, pp. 228-229) descreve o passo a passo da integração e suas características entre gestor e subordinados, que de forma resumi- da apresentamos a seguir. A APO trabalha dentro do seguinte esquema: Operacionalização 1. Gerente e subordinados se reúnem para discutir os objetivos, cada um assumindo seu papel; 2. O gerente se compromete em apoio e recursos para a execução pe- los funcionários; 3. O subordinado executa e cobra pelos recursos; 4. Avaliação constante pelo gerente e subordinados, quanto as metas e operacionalidade; 5. Avaliado periodicamente por ambos, reavaliação ou redimensiona- mento operacional. Características: a. Estabelecimento conjunto de objetivos entre o gerente e o seu su- perior; b. Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição; c. Interligação entre os vários objetivos departamentais; Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 11 d. Ênfase na mensuração e no controle de resultados; e. Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos; f. Participação atuante das gerências e dos subordinados; g. Apoio intensivo do staff. Notamos assim, que a integração, o conjunto nas análises, estudos de me- tas e objetivos, somente é possível a partir da integração entregerência e subordinado. É imprescindível o acompanhamento contínuo pelas partes, reava- liando o processo, e se preciso, readaptar, mudar ou complementar com ações corretivas para que não fuja dos objetivos preestabelecidos. Na atual e moderna administração, os gestores não se isolam hierar- quicamente de seus subordinados, e, sim, integram-nos na responsabili- dade pelos resultados, criando uma cumplicidade e dá maior segurança na obtenção de resultados. Seguramente, consideramos esse um dos principais resultados da apli- cabilidade deste sistema. Vistos os conceitos e princípios da Administração por Objetivos, pode- mos, agora, aprofundar nos conceitos e prática do Planejamento Estraté- gico e Planejamento Operacional, partes integrantes como ferramentas para a obtenção de resultados positivos na administração. Atenção APO – Administração por Objetivos É uma técnica administrativa que enfatiza os objetivos, fi- nalidades e resultados em lugar do processo administrativo (meios). Em vez de como administrar enfatiza o porquê ou para que administrar (Chiavenato, 2004 p. 2514). planejamentO estratégiCO O planejamento estratégico (PE), em um mundo globalizado, é a ferra- menta imprescindível ao gestor e administrador, imprescindível também à necessidade de se conhecer as suas funções e os seus limites, para não fazer dele uma ferramenta de gestão desvalida e que seja, ao mesmo tempo, flexível para notar as mudanças à sua volta. Seu objetivo maior é dar suporte municiando o administrador de infor- mações precisas e diversas para as tomadas de decisões de forma a se antecipar as mudanças que ocorrem no mercado e consequentemente, Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 12 na estrutura organizacional; desta forma, evitando atropelos e as armadi- lhas pelo imediatismo das empresas. Essas mudanças constantes, e a utilização destas ferramentas, possibi- litam e facilitam a empresa se adequar ao mercado e às novas condições adversas, por que passa. Alguns itens iniciais são necessários para sua elaboração, no estudo como análise de viabilidades: → Informações: é o primeiro passo para o planejamento estratégico. É com a informação, que abrirá caminho para uma análise e um diag- nóstico para nutrir as metas e nortear os objetivos, pois com isso em mãos, é possível se antecipar aos acontecimentos de forma proativa e criar meios reativos para não perder o foco de planos estrategica- mente alinhavados. → Ambiente macro e micro: é importante ser feito o diagnóstico, le- vando em conta o micro e macroambiente da organização. No ma- croambiente, atuam os concorrentes, fornecedores, indicadores econômicos, política econômica, aspectos legais, tecnologia e mer- cado consumidor. No microambiente é a empresa propriamente dita e onde tem a sua atuação. → Ambiente Interno: diagnosticar os pontos fortes e fracos da empre- sa, no que tange ao produto, preços, mercado consumidor, custos, para que se saiba exatamente com quais recursos ele pode contar para fazer o PE, delineando assim sua capacidade competitiva. É muito importante também, o estudo e avaliação constante de suas áreas funcionais, que abrangem praticamente, todos os setores e departamentos na organização, tais como: diretoria, departamentos de compras, vendas, marketing, pesquisas e desenvolvimentos, de- partamentos financeiros, produção, estoques, logística e outros que, dentro desta perspectiva, se analisa desempenhos, pontos fracos e sugestões minimizadoras, para que seus efeitos não criem situações de riscos (agir proativamente). De posse das informações, o passo a seguir é a definição da missão e dos objetivos a serem atingidos, e apresentar para tanto, baseado nos recur- sos, de forma clara e explícita, de onde quer chegar. Maximiano (2000, p. 225) aponta algumas situações cruciais a serem atentadas e questões a serem discutidas e respondidas, para se tomar decisões estratégicas; são as seguintes: → Quem são e quem devem ser nossos clientes? Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 13 → Quais são as expectativas do ramo de negócios que escolhemos? → Quais as nossas vantagens competitivas? → Quais são as vantagens de nossos concorrentes? → Quais são os recursos que tornam viável nossa missão? → Temos competências singulares? → Devemos desenvolver nossos próprios recursos, ou procurá-los no ambiente externo? → Qual a hora certa de agir? → Devemos tentar controlar o ambiente, ou ser flexíveis e nos adaptar? → Há nichos que outras organizações não exploraram? → Devemos procurar a verticalização? → Devemos diversificar ou nos especializar? Quando se consegue responder a maioria destas questões apontadas pelo autor, metade do caminho e das interrogações que ficam no ar, se dissiparam. Mãos à obra, podemos começar nosso Planejamento estraté- gico e iniciar sua operacionalidade. Atenção Conceito de Planejamento Estratégico: Maximiano (2000, p. 203) conceitua: “O processo de PE consiste em definir objetivos para a relação com o ambiente, levando em conta os desafios e as oportunidades internos e externos. O processo de PE afeta a empresa em longo prazo, porque compreende as decisões sobre produtos e serviços que a organização pretende oferecer e os mercados e clien- tes que pretende atingir”. Segundo Kotler (1992, p. 63), “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e man- ter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”. planejamentO tátiCO OU OperaCiOnal Preocupa-se com “o que fazer” (tarefa/atividade) e com o “como fazer” (método). Vamos recordar o início da unidade, do tabuleiro de xadrez. Você deve analisar cada jogada do seu oponente, criar, avaliar situa- ções mediatas e futuras para sua tomada de decisões que norteará suas próximas jogadas. Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 14 Muito bem, depois de avaliadas, é hora de jogar firme, usando de todas as informações necessárias para o próximo passo. Vamos operacionalizar o planejamento estratégico, está e a hora de sua formalização. Primeiramente, definir a atuação e participação de cada componente do plano (pessoas, departamentos, recursos) para assim, iniciar sua aplicação. A atuação das áreas funcionais envolvidas deve ser clara e objetiva, onde a participação de cada um deve respeitar e cumprir seus limites e seus comprometimentos, para não ocorrer imprevistos durante a sua aplicação. Dessa maneira, pensemos como empresa, a distribuição de tarefas, de- composições dos objetivos, estratégias e políticas, como um mapa, a ser seguido à risca, para não se perder pelo caminho. Esse é o momento da operação tática, que fortalecerá as tomadas de decisões em busca dos resultados esperados. Atenção Conceito de Planejamento Operacional: Para realizar os objetivos estratégicos e administrativos, é preciso definir atividades e recursos. Esse é o domínio do PO. O processo de PO consiste em definir como realizar os objetivos (MAXIMIANO, 2000, p. 248). Ainda o mesmo autor, PO – “Definem as ações específi- cas que permitem realizar os objetivos dos níveis anteriores (estratégicos organizacionais e funcionais)” (MAXIMIANO, 2000, p. 237). Note que a concentração no jogo de xadrez, não acaba em cada jogada, mas, sim, neste tabuleiro, em cada uma que você fizer, fará o seu opo- nente estudar, analisar, reordenar, remanejar, e isto é o que ele fará e ao mesmo tempo, estará mensurando os feitos que você poderá criar e surpreendê-lo. Assim, até que a partida se finalize, obviamente, com o resultado que você esperava:sua vitória, e no caso da organização, onde todos esperam o sucesso e a satisfação dos objetivos previamente delineados. Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 15 Atenção Planejamento Operacional tem como objetivo, explicar as estratégias funcionais – são realizadas por meio dos planos operacionais, utilizando-se de técnicas para sua identifica- ção, sequenciamento, programação e orçamentação de ati- vidades (MAXIMIANO, 2000, p. 236). Quando você pensar em um planejamento estratégico, você deverá ter em mente um objetivo, e para tanto, você deve elencar as necessidades, recursos, e administrar como chegar até ele. antena parabóliCa Você já leu o Quem mexeu no meu queijo?, livro motiva- cional escrito pelo Dr. Spencer Johnson. O livro apresenta uma parábola envolvendo quatro personagens: dois ra- tinhos, Sniff e Scurry, e dois “homenzinhos”, Hem e Haw. Você poderá, no livro ou no vídeo, estudar um pouco de planejamento junto com os personagens. Faça isso. Sugiro que você leia o livro Mar Sem Fim, de Amyr Klink, da editora Companhia das Letras. Na sinopse do livro, você nota que para uma viagem desta envergadura, o autor utilizou do planejamento es- tratégico e operacional, que é o motivo do sucesso, em contrário, colocando em risco sua própria vida, certa- mente ele não poderia ter tido a oportunidade de deixar tamanho legado cultural e técnico desta obra. Leia, o livro fala por si. e agora, José? Acho que agora que vocês conhecem mais sobre o tema. Podemos partir para o próximo módulo, falando ain- da de planejamento estratégico e Operacional, e com- pletando o módulo com o tema de administração por objetivos. Acho que agora que vocês conhecem mais sobre o tema. Legal, não? Agora você pode planejar estrategicamen- te suas ações e implementá-las de forma táticas e ou operacionais, com a possibilidade mínima de erros, e, claro, com resultados mais reais e atingindo seus objeti- vos mais claramente. Isso é muito bom. Que tal agora, a gente partir para a organização for- mal e informal, aprofundar mais nos conceitos de divi- são do trabalho, autoridade e grupos informais. Vamos em frente! Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 17 glossário Abrupto: que é inesperado; repentino. Adversidade: aquilo que importuna, aborrece; aborrecimento, infortúnio. Alinhavado: combinar, encadear, ligar elemen- tos diversos, de modo frouxo ou apressado; executar, formar ou compor (algo). Amenizado: que se tornou ameno; abrandado. Antever: ver antes, com antecedência, com an- tecipação; prever. Apregoar: indicar como bom ou útil; aconselhar. Atributo: aquilo que é próprio de alguém ou de algo; apanágio; característica. Crucial: de extrema importância para que algo aconteça, ocorra, ou exista; muitíssimo im- portante para algo ou alguém. Culminar: ter como ponto culminante; chegar ao ponto culminante, atingir o auge, o apogeu. Delinear: traçar um projeto; planejar; tramar. Desvalidar: o mesmo que invalidar. Dissipar: fazer dispersar ou dispersar-se; espa- lhar (-se), desfazer (-se). Elencar: acrescentar (questão, problema, assun- to etc.) em meio a outros, para ser conside- rado ou discutido. Estratégia: arte de utilizar os meios de que se dispõe para conseguir alcançar certos obje- tivos. Estratégico: em que há astúcia; ardiloso. Imprescindível: que não pode faltar; indispen- sável; insubstituível. Integridade: qualidade ou estado do que é in- teiro, do que não está menor do que era ou do que deveria ser. Ínterim: enquanto isso, entrementes; intervalo de tempo entre dois fatos ou entre dois mo- mentos distintos. Legado: qualquer coisa, conhecimento ou bens materiais ou culturais, que se transmite às gerações seguintes. Macro: grande dimensão, tamanho ou exten- são; de grande valor; de dimensão, tamanho, extensão ou valor maior que o habitual; (que tem algo) em grande quantidade ([aquilo] que trata de, ou diz respeito a, ou constitui, repre- senta ou abrange a) totalidade (de algo). Mediato: que não se encontra em relação direta com outra pessoa ou coisa; que depende de um intermediário (resultado mediato). Mensuração: ato de medir; ação ou resultado de mensurar. Mestra: linhas principais, foco do estudo. Monitorado: acompanhado continuamente. Municiar: prover do necessário; abastecer; guarnecer Nebuloso: perigoso; condição ou qualidade do que é nebuloso. Nortear: orientar (-se), dirigir (-se), regular (-se). Nutrir: fortalecer com informações. Perdurar: durar muito, subsistir, permanecer. Platônico: algo sonhado, porém difícil ou im- possível de realizar, irreal. Proativo: que, por antecipação, identifica pos- síveis desenvolvimentos, problemas ou si- tuações, permitindo adoção de atitudes ou medidas adequadas. Reativo: que reage ou faz reagir; reagente. Reciclagem: reaproveitamento de algo para a elaboração de novos. Rédeas: comando, direção. Sincronismo: ajuste de dois eventos, processos etc., de modo que ocorram exatamente ao mesmo tempo; sincronização. Sinopse: resumo escrito de uma obra. Staff: conjunto de pessoas que compõem o quadro de pessoal de uma empresa, firma, instituição etc. Tange: diz respeito a. Tático: maneira hábil de conduzir, encaminhar ou ajustar um negócio, uma empresa, uma discussão etc. Trilhado: que já é bastante conhecido, experi- mentado. Administração Geral / UA 05 Planejamento – Administração por Objetivos, Planejamento Estratégico e Operacional 18 reFerênCias CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus El- sevier, 2004. KOTLER, P. �Administração de Marketing. Aná- lise, Planejamento, Implementação e contro- le. Atlas, 1992. LACOMBE, F. HEILBORN G. Administração – princípios e tendências. São Paulo: Sarai- va, 2006. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administra- ção. São Paulo: Atlas, 2007. OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico. São Paulo: Atlas S/A, 2009.
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