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resumo, resnha [sistematização de técnicas de estudo]

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O QUE É?
	Para Veiga, “...é uma técnica de ensino em que os alunos executam em aula, ou fora dela, um trabalho determinado pelo professor, que os orienta e os acompanha, valendo-se de um capítulo do livro, um artigo, um texto didático ou livro.” 
ESTUDO DIRIGIDO
PARA QUE SERVE ?
provocar os alunos criticamente sobre a o que a realidade indica;
aprofundar o conteúdo do texto didático;
buscar conexão entre texto didático e seu contexto, propiciar a leitura polissêmica;
desenvolver no aluno a reflexão, a criticidade e a criatividade;
capacitar à leitura de textos ou livros didáticos necessários a instrumentalização.
ESTUDO DIRIGIDO
COMO DESENVOLVER?
as necessidades e características dos alunos;
flexibilidade metodológica;
orientação mediante guia ou roteiro para que aluno possa realizar um trabalho autônomo;
Atividades individuais e em grupo como: leituras individuais, resolução de problemas e debates para a reflexão e posicionamento crítico dos alunos diante da realidade vivida.
ESTUDO DIRIGIDO
Como fazer Fichamento de textos acadêmicos
Fichamento é uma maneira excelente de manter um registro de tudo que você lê. 
Depois de você fazer um bom fichamento de um texto, ou livro, você não necessitará recorrer ao original em todo instante, só quando houver a precisão de rever, ou reconstruir conceitos. O que fará com que você ganhe tempo.
Durante o processo de fazer o fichamento você pode adquirir uma compreensão maior do conteúdo do texto.
Mas o que é fichamento? 
Vejamos antes o ele que não é : 
Não é resumo, embora possa conter resumos; 
Não é paráfrase, embora possa conter paráfrases do autor. 
Fichamento é basicamente o arquivo do texto que você lê contendo a referência e o que você entendeu do conteúdo do texto de uma obra, de um texto ou mesmo de um tema. 
FICHAMENTO
Também chamada de fichas de documentação teórica (SEVERINO, 2000, p. 37). São de fundamental importância na construção de trabalhos científicos.
“O fichário é constituído primeiramente pelas fichas de documentação temática. Baseia-se nos conceitos fundamentais que estruturam determinada área do saber. Cada estudante pode formar seu fichário de documentação temática relacionado ao curso que está seguindo, a partir da estrutura curricular do mesmo”. (SEVERINO, 2000, p. 38).
“FICHAMENTO” é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema.
Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. 
Não só, mas é também uma forma de estudar / assimilar criticamente os melhores textos / temas de sua formação acadêmico-profissional. 
Pode então afirmar que fichamento é um recurso didático utilizado por estudantes/pesquisadores na construção do seu próprio conhecimento.
Fichamento não é trabalho acadêmico, mas um recurso que facilitará construção do mesmo.
Alguns professores solicitam do seus alunos fichamento de livros (ou textos), com o objetivo do estudante melhor desenvolver sua capacidade de leitura e apreensão das ideias proposta nos textos lidos. 
Faz-se necessário, portanto que ao ser solicitado um fichamento se defina que tipo se deseja.
Para fazer o fichamento de uma obra ou texto você deve: 
1. Ler o texto inteiro uma vez ininterruptamente 
2. Ler o texto novamente, grifando, fazendo anotações e procurando entender o que o autor quer dizer em cada parágrafo (lembrem do Estudo pela Leitura Trabalhada)
3. Fazer o fichamento 
TIPOS DE FICHAMENTO
Os arquivos de fichamento podem se compor de arquivos de resumo, opinião, citação e de arquivos simplesmente bibliográficos, dos livros (textos) lidos ou que devem ser lidos. Para facilitar, vamos definir os tipos de fichamento:
Bibliográfico (catalogação bibliográfica)
Citação (transcrição)
Resumo (de conteúdo)
Opinião (de comentário ou analítico)
FICHAMENTO DE CITAÇÃO (transcrição)
É o tipo de fichamento que vai ser composto de citações do próprio autor da obra lida. É a transcrição literal do texto. 
Após leitura sistemática da obra, o estudante/pesquisador sublinha frases, parágrafos, partes que expressam a ideia principal do autor. Partes estas que podem ser transcritas no seu trabalho de pesquisa (artigo, monografia, ensaio...). 
Tendo o cuidado de abrir e encerrar a citação com aspas, e indicar a página da qual se fez a transcrição. Quando se fizer supressão de alguma parte da obra, deve se indicar tal supressão com reticências entre colchetes [...]. 
 Citação completa
HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. 4.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
"O homem nasce já inserido em sua cotidianidade. O amadurecimento do homem significa, em qualquer sociedade, que o indivíduo adquire todas as habilidades imprescindíveis para a vida cotidiana da sociedade (camada social) em questão. É adulto capaz de viver por si mesmo a sua cotidianidade" (p. 18).
 Citação com supressão:
HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. 4.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
"O adulto deve dominar, antes de mais nada, a manipulação das coisas [...] Mas embora a manipulação das coisas seja idêntica à assimilação das relações sociais, continua também contendo inevitavelmente, de modo imanente , o domínio espontâneo das leis da natureza" (p. 19).
OBSERVAÇÕES:
Quando a citação passar de uma página para outra, deve-se conter o número das duas páginas (Exemplo: p. 325-326);
Quando a supressão é de vários parágrafos deve se usar uma linha pontilhada entre as transcrições. Exemplo:
...............................................................................
RESUMOS
A NBR 6028:2003, da ABNT, estabelece que resumo é uma “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”.
Pode-se dizer ainda, que é um instrumento muito valioso de estudo e na elaboração final do trabalho.
RESUMOS
CONTEÚDO:
Assunto do Texto
Objetivo do Texto
A articulação das ideias
As conclusões do autor do texto
RESUMOS
Respeitar a ordem em que as ideias ou fatos são apresentados
Não se deve apresentar juízo valorativo ou crítico, salvo no resumo crítico.
Deve ser compreensível por si mesmo, ou seja, dispensar a consulta do original, salvo no resumo indicativo.
RESUMOS
DEVEM SER REDIGIDOS EM LINGUAGEM OBJETIVA.
DEVE-SE EVITAR A REPETIÇÃO DE FRASES INTEIRAS (nessa hipótese, seria melhor um fichamento).
Segundo a NBR 6028:2003, da ABNT, deve-se evitar o uso de parágrafos no meio do resumo. Portanto, o resumo é constituído de um só parágrafo.
RESUMOS
Segundo a ABNT, classificam-se em:
Resumo indicativo
Resumo informativo
Resumo informativo/indicativo
Resumo Crítico ou Recensão
RESUMO INDICATIVO
O resumo indicativo caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. Refere-se às partes mais importantes do texto. 
RESUMO INDICATIVO
Exemplo: 
ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a redação no vestibular. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
Estudo realizado sobre redações de vestibulandos da FUVEST. Examina os textos com base nas novas tendências dos estudos da linguagem, que buscam erigir uma gramática do texto, uma teoria do texto. São objeto de seu estudo a coesão, o clichê, a frase feita, o “não-texto” e o discurso indefinido. Parte de conjecturas e indagações, apresenta os critérios para análise, informações sobre o candidato, o texto e farta exemplificação.
RESUMO INFORMATIVO
O resumo informativo é também conhecido como analítico. Pode dispensar a leitura do texto original. Deve salientar objetivo da obra, métodos e técnicas empregadas, resultados e conclusões. Evitem-se comentários pessoais e juízos de valor. 
RESUMO INFORMATIVO
ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a redação no vestibular. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
Examina 1.500 reduções de candidatos a vestibulares (1978), obtidas da FUVEST. O livro resultou
de uma tese de doutoramento apresentada à USP em maio de 1981. Objetiva caracterizar a linguagem escrita dos vestibulandos e a existência de uma crise na linguagem escrita, particularmente desses indivíduos.
RESUMO INFORMATIVO
Escolheu redações de vestibulandos pela oportunidade de obtenção de um corpus homogêneo. Sua hipótese inicial é a da existência de uma possível crise na linguagem e, através do estudo, estabelecer relações entre os textos e o nível de estruturação mental de seus produtores. Entre os problemas, ressaltam-se a carência de nexos, de continuidade e quantidade de informações, ausência de originalidade. Também foram objeto de análise condições externas como família, escola, cultura, fatores sociais e econômicos. Um dos critérios utilizados para a análise é a utilização do conceito de coesão. A autora preocupa-se ainda com a progressão discursiva, com o discurso tautológico, as contradições lógicas evidentes, o nonsense, os clichês, as frases feitas. Chegou à conclusão de que 34,8% dos vestibulandos demonstram incapacidade de domínio dos termos relacionais; 16,9% apresentam problemas de contradições lógicas evidentes. A redundância ocorreu em 15,2% dos textos. Somente em 40 textos verificou-se a presença de linguagem criativa. Às vezes o discurso estrutura-se com frases bombásticas, pretensamente de efeito. Recomenda a autora que uma das formas de combater a crise estaria em se ensinar a refazer o discurso falho e a buscar a originalidade, valorizando o devaneio.
RESUMO INFORMATIVO/ INDICATIVO
O resumo informativo/indicativo combina os dois tipos anteriores. Pode dispensar a leitura do texto original quanto às conclusões, mas não quanto aos demais aspectos tratados. 
RESUMO CRÍTICO
O resumo crítico, também denominado resenha, é redigido por especialistas e compreende análise e interpretação de um texto. 
RESUMO CRÍTICO
Apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica.
EXPOR o conteúdo da obra para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação tipográfica, formulando um conceito do livro.
Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se opiniões de diversos autores da comunidade científica em relação as defendidas pelo autor e se estabelece todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores
Não deixa de ser uma condensação do texto, mas também há a análise interpretativa do texto lido.
É um resumo crítico, deve existir uma apreciação crítica sobre a obra. Como fazer a resenha?
Primeiramente deve-se resumir o conteúdo e depois fazer a transição para a crítica, seguindo o esquema:
a)        introdução
b)       desenvolvimento
c)        conclusão
d)       crítica (quando for feita à parte)
A resenha é muito utilizada em jornais e revistas.
É um tipo de trabalho que necessita que se tenha domínio do assunto abordado. Somente o conhecimento profundo permitirá estabelecer comparações e fornecerá a maturidade intelectual necessária para a emissão de qualquer julgamento de valor, ou seja, dizer se concorda ou discorda das considerações apresentadas pela obra e texto a ser resenhado. Muito utilizado nos meios acadêmicos, esse recurso pode ser utilizado para relatar qualquer acontecimento da realidade: um filme, uma peça teatral, um evento esportivo, etc. além de livros (inteiros ou em partes) e textos diversos.
Ao elaborar uma resenha é preciso ter um objetivo, ou seja, sua intenção pode ser, por exemplo, fazer publicidade ou adquirir conhecimento sobre o objeto. A partir desse objetivo deve-se determinar os pontos relevantes, informar seu custo de produção, mas é imprescindível destacar os dados referentes ao autor da obra.
A resenha é, portanto, um texto que apresenta informações selecionadas e resumidas sobre o conteúdo de outro texto, trazendo, além das informações, comentários e avaliações do resenhista.
“[...] É sensacional! Méritos para o estreante, roteirista e diretor Sylvain Chomet, que criou um universo charmoso e criativo, no qual opta por espelhar-se no cinema mudo apresentando uma mistura de raros diálogos, canções e movimentos. Além da simples história que exibe uma trama cativante e envolvente, o encanto certamente está no gráfico em 2D, devido aos divertidos traços caricaturados das feições humanas e dos ambientes com cores leves [...]”.
(MORGAN, Ricardo. As Bicicletas de BelleVille. In: MACHADO, Ana Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI9, Lilia Santos. Resenha. São Paulo: Parábola, 2004. p.17)
Esse fragmento foi extraído da resenha de um filme. Note que os termos sensacional, charmoso, criativo, simples, etc. representam a opinião do resenhista. Ele procurou – e conseguiu: mostrar as informações de forma resumida, mostrar as informações mais relevantes e posicionar-se criticamente em relação ao objeto resenhado.
A resenha pode ser redigida de forma clara, a partir de conhecimento profundo e detalhado e: 
em linguagem dissertativa, embora objetiva, acrescentando todas as impressões pessoais que o texto suscitar;
Usando todos os adjetivos, advérbios e outros complementos que sejam necessários à expressão do seu pensamento e considerações;
Se necessário, repetir frases inteiras do texto original, mencionando adequadamente a fonte;
Usar a ordem que melhor atenda aos objetivos e destinatários a que a resenha se destine
Créditos para estes slides:
 
Prof. Milton de Souza Corrêa Filho
Profª Ms. Angeliete M. F. Moraes
Prof. Dr. Valdir do Nascimento Flores
Profª Dra. Maria José Bocorny Finatto

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