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Auditoria e Perícia Contábil

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__________ 
 
__________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA E DA PERÍCIA CONTÁBIL 
PARA AS EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 __________ 
 
__________ 
 
__________ 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA E DA PERÍCIA CONTÁBIL 
PARA AS EMPRESAS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo 
Científico, apresentado ao Núcleo de 
Trabalhos de Conclusão de Curso do 
Curso de Pós Graduação Lato Sensu do 
curso de Especialização em 
_________________________________
____________ para obtenção do grau de 
Especialista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________ 
 __________
2 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA E DA PERÍCIA CONTÁBIL 
PARA AS EMPRESAS 
__________1 
 
 
 
RESUMO 
 
A Contabilidade pode utilizar diversas áreas para estudos e pesquisas científicas. A auditoria e a 
perícia contábil são umas dessas áreas que nos últimos tempos ganha destaque tanto no meio 
acadêmico, quanto no meio empresarial. A auditoria é fundamental, visto que mostra as fraudes e/ou 
erros, e principalmente, cria controles internos que impedem a prática desses delitos e não apenas os 
localiza depois de ocorridos. A perícia contábil é mais aprofundada que a a auditoria e é 
indispensável na verificação de erros e fraudes contábeis. Por isso, é essencial que as 
irregularidades sejam mostradas e combatidas, para que assim as empresas evitem grandes 
problemas. Sendo assim, por meio de fundamentação teórica, elaborada a partir de pesquisa 
bibliográfica qualitativa, este estudo procura mostrar a importância, as necessidades e os objetivos 
que envolvem a auditoria e a perícia contábil para as empresas. Foram realizadas leituras com o 
objetivo mostrar a importância da auditoria e da perícia contábil e também como deve ser o trabalho 
do perito contador, pois seus laudos devem ser mais explícitos e claros para facilitar a decisão, uma 
vez são esses laudos que decidem o futuro de funcionários e demais pessoas das empresas. 
 
 
Palavras-chave: Contabilidade. Auditoria contábil. Perícia contábil. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A Contabilidade tem a função de demonstrar a situação patrimonial de uma 
empresa e com base nela, a credibilidade para com os fornecedores fica garantida, 
pois eles acreditam na capacidade da empresa saldar dívidas; os investimentos 
aumentam; instituições bancárias podem decidir o quanto de financiamento é 
possível; impostos são calculados; gestores tomam decisões a respeito da empresa, 
entre outras coisas. Enfim, a Contabilidade é muito importante para decisões interna 
e externas de uma empresa. 
Normas e Princípios Contábeis são essenciais para a divulgação 
padronizada das informações e, dessa forma, os resultados de várias empresas 
 
1__________ 
3 
 
podem ser comparados, possibilitando mostrar a realidade encontrada nas 
empresas. 
Porém, pode haver pessoas que tem más intenções dentro da empresa, que 
podem cometer crimes financeiros e fazer com que as informações divulgadas não 
condizem com a realidade, mostrando uma situação que vá ao encontro de seus 
interesses, ocorrendo assim, as fraudes. Além disso, o erro faz parte da 
Contabilidade, pois uma pessoa pode cometê-lo sem perceber, seja por erros de 
digitação, de cálculo ou por desinformação, entre outras coisas. 
Por isso, surgem as seguintes questões: O que é fraude? O que é erro? O 
que fazer ao se descobrir erros e fraudes dentro da empresa? Como fazer para 
evitar que continuem acontecendo? O que leva alguém a cometer erro ou fraude? 
Que decisões podem ser tomadas? Que responsabilidades tem a administração da 
empresa, o auditor e o perito? 
Assim, esse artigo visa mostrar a diferença entre erro e fraude, seus efeitos 
para a empresa e qual o papel da auditoria e da perícia contábil nessas situações. 
Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica na qual foram utilizados 
livros de auditoria e perícia, bem como pesquisas em sites da Internet. 
Dessa forma, espera-se trazer novos olhares para a auditoria e perícia 
contábil mostrando sua importância para as empresas. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1. Fraudes e erros, auditoria e perícia: Principais conceitos 
 
Segundo as Normas Brasileiras de Perícia Contábil- NBCT 12, “o termo 
fraude aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e 
operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e demonstrações 
contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários”. 
A fraude pode ocorrer pela alteração de documentos ou registros; registros 
de transações que não existem; por realizar práticas contábeis indevidas; omissão 
nos registros de transações contábeis; entre outras. 
4 
 
O que motiva a fraude é a intenção de prejudicar interesses de outros, tendo 
como resultado falsas situações de lucros, de contas alteradas, omissão de entrada 
de dinheiro, erros nas receitas e despesas e outros atos criminosos. 
Quando uma pessoa usa a contabilidade para representar fatos que não 
existem visando prejudicar alguém, então se pode afirmar que houve fraude. 
A mesma norma - NBCT 12- afirma que “o termo erro aplica-se a atos 
involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de 
fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis, bem como de 
transações e operações da Entidade, tanto em termos físicos quanto monetários”. 
SÁ (2000, p. 11) afirma que fraude é um ato premeditado para lesar alguém 
e erro é um ato involuntário, sem a intenção de causar dano. A fraude é intencional e 
visa o proveito para si ou para terceiros, já o erro ocorre geralmente por desatenção, 
esquecimento, etc., se referindo mais a culpa. 
As fraudes podem acontecer no ativo circulante, no ativo permanente, no 
passivo, no patrimônio líquido, nas despesas, nos custos e nas receitas. Podem ser 
despesas fictícias, desvios de dinheiro e/ou de mercadorias, entre outros. 
Os erros são involuntários e ocorrem nas demonstrações contábeis. Pode 
ser uma troca de números, como por exemplo, em vez de digitar 6.5,0 se digita 
5.6,0; nos registros, como por exemplo, em vez de colocar grampos em material de 
consumo, se coloca em material de escritório; ou por não conhecer princípios 
contábeis, como por exemplo, o princípio da competência, quando se registra a 
despesa de aluguel quando o recebe no mês subsequente. 
Se as transações são muito complexas, há maior possibilidade de erro 
durante os lançamentos, podendo haver dúvidas sobre qual conta usar, qual deve 
ser creditada ou debitada, uma vez que podem ocorrer aplicações errôneas das 
normas contábeis e interpretações incorretas. 
Podemos citar alguns exemplos de erros: crédito em dobro; inversão de 
números, somas feitas sem computar as parcelas; classificação errada de 
documentos, etc. Isso pode trazer grandes problemas para as empresas, uma vez 
que podem leva-las a perder clientes e até mesmo à falência, entre outras coisas. 
A manipulação de dados ou erros contábeis por funcionários de confiança 
podem levar a fraudes financeiras. Além disso, a inexistência de procedimentos 
adequados nas operações financeiras pode facilitar atitudes ilícitas, que depois se 
tornam fraudes. 
5 
 
Por isso, é essencial que nas empresas haja serviços de prevenção e 
combate à fraude, bem como capacitar seus funcionários para evitar a ocorrência de 
erros. 
Sá (2000, p. 68) define que “Perícia Contábil é a verificação de fatos ligados 
ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta. 
Para tal opinião realizam-seexames, vistorias, indagações, investigações, 
avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento necessário à 
opinião”. 
Para Sá (2000, p.77), "A manifestação literal do perito sobre fatos patrimoniais 
devidamente circunstanciados gera a peça tecnológica denominada laudo pericial 
contábil”. 
Através do laudo o perito demonstra e esclarece de maneira adequada as 
observações e estudos feitos, os quais sustentam as conclusões fundamentais 
delineadas pela perícia. 
O laudo é o fechamento do trabalho pericial, pode-se destacar o laudo sob 
dois aspectos importantes, ou seja, laudo é a materialização do trabalho pericial 
desenvolvido pelo perito contábil, e laudo é a própria prova pericial. 
O CRC/RS (2000, p. 258) “o laudo é a peça na qual o perito-contador 
expressa, de forma circunstanciada, clara e objetiva, as sínteses do objeto da 
perícia, os estudos e as observações que realizou, as diligências realizadas, os 
critérios adotados e os resultados fundamentados, e as suas conclusões”. 
Por isso, não é aconselhável que o perito emita opiniões vagas e imprecisas 
referentes à matérias abrangidas pelo conhecimento contábil, portanto ele deve 
aplicar rigor tecnológico limitando-se as bases científicas da sua especialidade. 
 
 2. O que fazer quando se encontra erros e/ou fraudes? 
 
De acordo com Santi (1988), ao realizarmos uma auditoria alguns indícios de 
erro ou fraude podem surgir, entre eles podemos citar: 
- Diferenças nas somas das contas analíticas ao serem comparadas com o saldo 
que consta nas contas sintéticas; 
- Diferenças nas confirmações recebidas de terceiros; 
- Respostas aos pedidos de confirmação direta inferiores ao esperado; 
- Transações que não podem ser colocadas em documentação apropriada; 
6 
 
- Transações que não estão de acordo com instruções da gerência; 
- Transações incomuns no fim ou perto do fim do exercício. 
Quando se encontra algum erro, é preciso observar a frequência com que 
ele vem ocorrendo e qual proporção e assim buscar a causa dos mesmos e também 
é preciso ficar atento para possíveis erros nas contas relacionadas. Somente ao 
conhecer as falhas é que o administrador da empresa poderá buscar soluções para 
elas. 
O sistema contábil da empresa deverá ser bem avaliado pelo auditor ou 
perito, que deve estar bem atento com relação à: 
- administração que atua de forma inadequada, pois a alta administração não tem 
uma supervisão eficaz; 
- pressões externas ou internas, geradas pelo setor econômico que pode star em 
declínio, fazendo com que haja preocupação com falência ou que não haja capital 
de giro suficiente; 
- transações que aparentemente são anormais, como por exemplo, pagamentos 
muito altos com relação ao serviço prestado; 
- problemas internos causados de propósito para atrapalhar a auditoria, tais como: 
arquivos incompletos, ajustes muito altos nos livros e contas, registros inadequados; 
 - problemas no sistema de informação computadorizado, por estar desatualizado ou 
por falta de documentação. 
Quando o auditor percebe que há um erro e/ou fraude e se acredita que isso 
trará distorções nas DRE’s, os procedimentos devem ser mudados ou então deve 
acrescentar outros. Dessa forma, se poderá confirmar ou eliminar a suspeita dessas 
irregularidades. Além disso, é preciso discutir com a administração da empresa que 
está sendo auditada, que providências serão tomadas. 
Para se fazer isso é essencial identificar as áreas de instabilidade por meio 
de um mapeamento de risco e um dos métodos utilizados é o Controle de Avaliação 
de Risco, onde um questionário é elaborado pelo auditor e enviado para cada 
departamento. Depois que se têm as respostas e juntando os dados que já possui, o 
auditor classifica o risco de cada setor em baixo, médio e alto. 
Além disso, as informações fornecidas pela administração devem ser 
avaliadas pelo auditor no que se refere à confiabilidade delas, pois isso traz 
implicações nos erros e/ou fraudes. Se o erro e/ou fraude não for detectado 
7 
 
internamente ou não for informado pela administração, a avaliação de risco e a 
validade das informações devem ser reconsideradas pelo auditor. 
Há dois aspectos com relação a responsabilização da fraude: o civil e o 
penal. O civil envolve as perdas que a fraude ocasionou e nele se tenta recuperar o 
que foi desviado por meio de busca e apreensão de documentos que servem como 
provas futuras ou por medida cautelar de produção antecipada de provas. 
De acordo com SÁ (2000), pessoas que exercem cargos mais altos são 
quase sempre as que cometem fraudes, especialmente se tem acúmulo de funções. 
Quando as fraudes envolvem valores muito altos, geralmente se forma conluio e isso 
faz com que a detecção seja dificultada. 
Por isso, as fraudes podem perdurar quando não há um bom controle interno 
e se o auditor não tiver autonomia para investigar. Quanto mais pessoas estiverem 
envolvidas na fraude sua detecção pode ser facilitada ou dificultada. 
Há alguns motivos que levam a ocorrência de fraude e entre os mais 
comuns, podemos citar: 
- Sistema de segurança - quando há falhas no sistema de segurança e o fraudador 
percebe essa brecha e comete a fraude; 
- Motivos Financeiros – o funcionário comete a fraude para adquirir bens ou para 
pagar dívidas; 
- Vingança e insatisfação profissional – o funcionário se sente desvalorizado no 
ambiente de trabalho e então comete a fraude; 
- Irregularidades generalizadas – funcionários praticam atos ilegais na empresa e 
não são punidos e assim, outros também acreditam que podem fazer o mesmo. 
- Atração pelo perigo – alguns funcionários sentem prazer em burlar as leis e dessa 
forma, desenvolvem esquemas de fraudes. 
 
 
3. Ações da auditoria e da perícia contábil 
 
Há algumas limitações que são próprias da auditoria e, por isso, não se 
consegue evitar distorções de erros e fraudes e isso não significa que durante o 
tempo em que o auditor esteve atuando na empresa não tenha cumprido as Normas 
de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, pois se houver alguma 
8 
 
distorção relevante de erros e fraudes nas demonstrações contábeis, o que vai 
determinar isso são os procedimentos que o auditor adotou. 
A fraude é mais difícil de ser detectada, pois ela é resultado de 
planejamento, visando prejudicar ou enganar alguém, como por exemplo, a 
falsificação de registros contábeis. Já o erro é resultado de atos involuntários, a 
pessoa muitas vezes nem percebe que o cometeu. 
O auditor não pode comunicar as ocorrências de fraudes ou erros para 
terceiros, pois deve haver o sigilo profissional, conforme a Interpretação Técnica (IT) 
03 do Conselho Federal de Contabilidade. Contudo, em alguns casos há a obrigação 
legal de comunicação e então é obrigado a quebrar o sigilo, de acordo com o 
Código de Ética do profissional Contador e as Normas Profissionais do Auditor 
Independente. 
Sempre que o auditor descobrir alguma fraude, deve comunicar a 
administração da empresa auditada, mesmo que essa fraude não seja tão 
importante para as demonstrações contábeis e essa comunicação pode ser verbal 
ou escrita. 
A administração da empresa é a primeira responsável na prevenção e 
identificação de fraudes e/ou erros, por meio de um sistema interno. O auditor e o 
perito não são responsáveis pela prevenção, mas sim devem avaliar a ocorrência de 
fraudes e/ou erros através de um trabalho planejado, pois assim, terão maior chance 
de detectá-los. 
A administração da empresa deve tomar providências para que não haja 
formas para que erros ou fraudes ocorram e, por isso, deve ter um ótimo controle 
interno. Além disso, a empresa não deve se preocupar apenascom fraudes e erros 
cometidos no passado, mas também preveni-los no futuro. 
Mesmo que a empresa tenha um bom sistema contábil e um bom controle 
interno que diminua os erros e/ou fraudes, sempre haverá algum risco, pois quando 
a fraude ocorre por meio de planejamento entre funcionários ou é cometida pela 
administração, um controle interno eficiente a impedirá, uma vez que há níveis da 
administração que burlam os controles de prevenção de fraudes. 
Conforme está ocorrendo a auditoria, é preciso comunicar a administração 
da empresa as irregularidades que foram encontradas e ao serem detectadas, o 
auditor deve sugerir medidas para corrigi-las. 
9 
 
Numa auditoria corriqueira, a intenção não é descobrir fraudes, uma vez que 
não se aprofunda a investigação e as fraudes são mais difíceis de serem detectadas 
do que os erros e isso faz com que se demore para descobri-las, pois geralmente 
são muito bem feitas. Contudo, quando o auditor está seguindo as normas de 
auditoria, pode descobrir erros ou fraudes que afetaram as operações da empresa. 
Quando a auditoria é realizada para se descobrir erros e/ou fraudes, o 
trabalho deve ser bem mais aprofundado, pois num procedimento normal ele é 
apenas por amostragem. 
Se o cliente decidir não corrigir os erros detectados, o auditor deve realizar 
as observações devidas por escrito, pois elas servirão para embasar sua opinião no 
parecer e também para futuras auditorias que possam ser realizadas no futuro. Caso 
o erro for relevante e não corrigido, é preciso emitir parecer com opinião adversa ou 
com ressalva. 
Uma certa área da empresa pode estar sob suspeita de fraude e nesse 
caso, o certo é contratar um perito, pois ele pode realizar uma investigação mais 
profunda apenas em uma parte das informações contábeis e não em todas as 
demonstrações e contas como numa auditoria, permitindo assim, as bases 
necessárias para que se possa chegar a uma conclusão se a suspeita procede ou 
não. 
O perito contábil tem um conhecimento especializado nos aspectos físicos, 
qualitativos, quantitativos e também nas causas e efeitos a respeito da realidade 
patrimonial da empresa. 
Os diferentes aspectos dos objetos e do instinto pericial embasam o conceito 
de perícia. Isso porque, esses fatores também embasaram a definição feita por 
Alberto, que afirma: "Perícia é um instrumento especial de constatação, prova ou 
demonstração, científica ou técnica, da veracidade de situações, coisa ou fatos" 
(2000, p. 51). 
De acordo com Ornelas (2000, p.50) “resumem-se no perito a competência 
técnica da sua especialidade, a experiência da função e as qualidades morais, 
formando um conjunto de requisitos que lhe dão a reputação necessária para ser 
preferido pelas partes interessadas e pelas autoridades judiciárias”. 
A perícia contábil é um instrumento essencial na verificação de erros e 
fraudes contábeis, pois de acordo com as normas técnicas, realiza procedimentos 
para embasar o laudo pericial, tais como: 
10 
 
- exame: analisa livros e documentos que constitui a análise de livros e documentos; 
- vistoria: verifica e constata uma situação de uma situação ou fato de forma 
circunstancial; 
- indagação: obtém testemunho de pessoas que tem ou deveriam conhecer o porquê 
da perícia; 
- investigação: realiza pesquisa para poder colocar no laudo o que não está 
aparente por qualquer motivo; 
 - arbitramento: determina solução ou valores controversos através de critérios 
técnicos; 
- certificação: informa através do laudo o perito contábil afirma o que está sendo 
informado e sua autenticidade é reconhecida porque o perito é um profissional. 
Segundo Sá (2000, p.77), "a manifestação literal do perito sobre fatos 
patrimoniais devidamente circunstanciados gera a peça tecnológica denominada 
laudo pericial contábil”. 
Essa manifestação pericial é realizada por meio do laudo pericial que possui 
vários tipos, podendo ser classificado através de características específicas tais 
como técnica utilizada, finalidade, utilidade, etc. 
Além disso, o laudo pode ser individual- quando o perito realiza a perícia 
sozinho, sem a ajuda de um assistente – ou coletivo, quando a perícia é realizada 
por mais de um perito, de acordo com a pessoa que requereu a perícia ou de acordo 
com exigência legal. 
Alberto (2000) aponta cinco tipos de laudo que são classificados segundo um 
conjunto de caracteres, tais como finalidade, técnica utilizada e utilidade. São eles: 
Laudo Pericial - deve atender os requisitos básicos para ser realizado, pois é a 
manifestação simples da perícia. O laudo pericial surge da necessidade de 
autenticar ou não uma suspeita. Esse tipo de laudo se diferencia dos outros, porque 
se destina à formalização de prova, trazendo opiniões e informações que subsidiam 
a decisão, seja no início da perícia ou quando essa termina. 
Relatório de Vistoria – é realizada em tempo e lugar específicos e o que foi 
examinado se restringe a esse tempo e lugar nos quais foi realizada a vistoria. Esse 
tipo de laudo é mais rigoroso, pois pode utilizar desenhos, fotos, reproduções 
escritas, entre outros, do objeto da vistoria. O perito pode até emitir opinião, mas 
essa opinião deve estar integrada à vistoria. 
11 
 
Laudo de Louvação – depende de conhecimentos específicos para ser elaborado, 
tais como, em finanças, matemática, etc. Por utilizar esses conhecimentos 
específicos, tem a forma de Laudo de Louvação, pois sua avaliação é certificada 
como corretas. Se esse laudo for elaborado para avaliar débitos, créditos ou bens, é 
necessário que se tenha um quadro de avaliação com critérios técnicos e 
justificativas que mostram onde esse laudo se apoiou e por isso, é louvado, pois dá 
a certeza do valor avaliado estar correto. 
Parecer Pericial – esse tipo de laudo é especial, pois a opinião do perito 
expressada nele é elaborada seguindo as abrangências periciais e as técnicas. Por 
causa disso, esse laudo é o mais solicitado pelas pessoas e empresas que vai 
utilizá-lo para esclarecer um fato ou para defender seus interesses. 
Laudo Arbitral - esse tipo de laudo é elaborado na forma de relatório descritivo e 
traz uma conclusão arbitral, originada de uma decisão sobre o assunto tratado. Ele é 
parecido com o laudo elaborado na sentença judicial em alguns dispositivos e 
fundamentos. Tem o nome de arbitral, pois o perito atua como árbitro e não exerceu 
trabalho pericial e sim uma tomada de decisão. 
De acordo com SÁ (2000), o laudo por mostrar de forma concreta o trabalho 
realizado, ao ser elaborado devem ter alguns requisitos observados, pois o laudo é 
de suma importância. Esses requisitos são: 
a. Objetividade; 
b. Rigor Tecnológico; 
c. Concisão; 
d. Argumentação; 
e. Exatidão; 
f. Clareza. 
Quando elabora um laudo, o perito deve ter como foco o principal do fato, não 
se preocupando com pretextos. É preciso também se basear em conhecimentos 
científicos e técnicos para que medidas concretas sejam tomadas. 
Com relação à objetividade, o laudo deve mostrar o fim que se quer atingir, 
sendo elaborado de forma neutra e suas opiniões não podem ser emitidas sem 
fundamentação científica sobre o fato abordado. 
 Sá (2000), em sua obra "Teoria da Contabilidade Superior" aborda a 
objetividade da Perícia Contábil afirmando: "A opinião de um contador não é 
12 
 
inspirada no que ele supõe, mas no que ele aprendeu ou absorveu como 
conhecimento”. 
Assim, o laudo deve ter uma boa redação e não deve se desviar do assunto e 
sim responder de forma satisfatória as questões levantadas, evitando argumentos e 
palavras próprias do laudo. 
A concisão é outro requisito do laudo pericial, ou seja, o laudo deveem 
poucas palavras, responder às questões satisfatoriamente, mas sem excluir os 
argumentos essenciais para seu entendimento. 
Com relação à argumentação, o laudo deve mostrar onde o perito se baseou 
para concluir seu trabalho ou emitir sua opinião. Quando a argumentação é muito 
longa, é preciso que o perito as apresente através de anexos, pois assim torna a 
leitura e a utilização do laudo mais prática. 
As respostas contidas no laudo devem ser exatas, sem suposições, pois o 
perito deve levar em conta apenas os fatos concretos na elaboração do laudo, pois 
assim passará segurança em sua opinião. 
Para que o laudo seja exato, as provas devem ser condizentes e A exatidão 
do laudo pode ser alcançada através de provas condizentes e apenas contábeis. A 
transparência é muito importante e se deve evitar o uso de expressões muito 
técnicas e científicas, que apenas alguém da área contábil pode entender, pois o 
laudo não é para contadores e sim para pessoas que não entendem do assunto. 
Além disso, o perito não pode utilizar frases que levem a dupla interpretação. 
Quando há clareza nas repostas do laudo é porque é preciso não haver dupla 
interpretação. Por isso, a clareza é tão importante, pois ela ceve contemplar apenas 
o que foi questionado. 
O perito deve evitar respostas curtas, como “sim” ou “não”, uma vez que elas 
não são admitidas nas normas técnicas da perícia contábil (NBC T.13) do laudo 
pericial. Se o perito utiliza essas respostas curtas, isso significa que o laudo não 
tem qualidade, pois sua função é oferecer uma resposta e não apenas responder 
por responder, como se fosse uma obrigação. 
Há alguns elementos que complementa as respostas do laudo: precisão, 
justificação e complementação, quando for necessário para poder orientar o 
desfecho do trabalho pericial que é muito complexo e precisa ser justo. 
Além disso, quando a empresa não toma medidas corretivas referentes às 
fraudes, o profissional deve se retirar do trabalho ou se for constatado que a fraude 
13 
 
envolve a alta administração, que o contratou, pois isso abala a confiança e 
fidedignidade das informações. 
Por isso, a auditoria e a perícia contábil são essenciais para evitar erros e/ou 
fraudes dentro das empresas, especialmente se forem de grande porte. 
CONIDERAÇÕES FINAIS 
 
A realização desse artigo possibilitou uma maior compreensão se erro e 
fraude, cuja diferença está na intenção ou não em praticar os mesmos e também 
que se uma fraude for descoberta é preciso comunicar a administração da empresa 
o que está ocorrendo para que medidas de correção cabíveis sejam tomadas. 
Quando a empresa necessita, pode e deve contratar um perito para detectar 
em que área a fraude ou o erro está ocorrendo, pois o perito tem um conhecimento 
mais aprofundado sobre o assunto e sua investigação é bem minuciosa para que 
possa emitir uma opinião embasada em informações consistentes. 
Além disso, ao longo desse trabalho foi visto que para que fraudes ou erros 
sejam evitados dentro de uma empresa, é preciso haver um bom controle interno, 
bem como ter mais informações sobre os funcionários contratados. 
As empresas podem ser muito prejudicadas se houver irregularidades, uma 
vez que as empresas e o clientes se baseiam nas informações contábeis e se estas 
forem falsas, as decisões podem ser erradas e trazer sérios prejuízos e quando 
essas irregularidades vem a público, “mancham” i nome das empresas. 
Por isso, a administração deve tomas providencias para que não ocorram 
erros ou fraudes dentro de uma empresa e a auditoria é essencial para que sejam 
evitados. 
 Portanto, se conclui que o auditor e o perito contábil são muito importantes 
no cenário empresarial atual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALBERTO, Valder Luiz Palombo Alberto, Perícia Contábil. 2 ed. São Paulo: Atlas, 
2000. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFISSIONAL CONTADOR. Disponível em: 
www.portaldecontabilidade.com.br. Acesso em 22 out. 2017. 
 
CONSELHO Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Princípios 
Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade. 16. ed. 
Porto Alegre: CRCRS, 2000, Coordenador Geral: José João Appel Matos - 
Presidente do CRCRS. 
 
INTERPRETAÇÃO TÉCNICA (IT) 03 do Conselho Federal de Contabilidade. 
Disponível em: www.cfc.otg. Acesso em 21 out. 2017. 
 
NORMAS Brasileiras de Contabilidade. Disponível em: www.cfc.otg. Acesso em 21 
out. 2017. 
 
NORMAS Profissionais do Auditor Independente. Disponível em: 
www.portaldecontabilidade.com.br. Acesso em 22 out. 2017. 
 
ORNELAS, Martinho Maurício Gomes de. Perícia Contábil. 3 ed. São Paulo: Atlas, 
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SÁ, Antônio Lopes. Perícia Contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
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