Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
12 ESAB - ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL CURSO MBA EXECUTIVO EM ADMINISTRAÇÃO E MARKETING EDMILSON MARTINS DE OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO FERRAMENTA PARA DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS CODÓ – MA AGOSTO – 2009 13 EDMILSON MARTINS DE OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO FERRAMENTA PARA DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Monografia apresentada à ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil, sob orientação da Professora Beatriz Christo Gobbi. CODÓ – MA ABRIL – 2009 14 EDMILSON MARTINS DE OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO FERRAMENTA PARA DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Monografia apresentada como requisito obrigatório para obtenção do título de pós- graduação em MBA em Administração e Marketing junto à ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Aprovada em 07 de outubro de 2009 Beatriz Christo Gobbi Maria Lonara Andrade Lucia de Fátima Assis CODÓ – MA ABRIL – 2009 15 Dedico este trabalho a todos os que comigo partilharam de seu conhecimento e experiências, aos professores do Curso MBA Executivo Empresariais em Gestão Administrativa e Marketing, das mais variadas disciplinas e corpo funcional da faculdade pelo apoio ao atendimento as minhas solicitações, bem como a todos que de forma direta ou indireta contribuiu para que chegássemos à conclusão do curso. 16 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e pelas oportunidades que a mim tem permitido por sua imensa bondade, aos meus pais, pelo apoio na minha educação secundária, essencial para a minha formação profissional e para o meu desenvolvimento pessoal e para o grande interesse em estudar e aprender cada vez mais, a minha esposa e filhos, que são o motivo da busca pelo crescimento profissional e o desenvolvimento pessoal. 17 "Enquanto suspiramos por uma vida sem dificuldades, devemos nos lembrar que o carvalho cresce forte através de ventos contrários e que os diamantes são formados sob pressão." (Peter Drucker) 18 RESUMO O planejamento estratégico é sem dúvida uma importante ferramenta de apoio na tomada de decisão. Através dele podemos coletar e avaliar as informações do ambiente interno e externo da empresa, traçando os objetivos e as metas que a empresa deve seguir para chegar a uma posição desejada em um determinado período de tempo. O planejamento estratégico é um tema atual e muito importante que está ganhando um espaço cada vez maior no ambiente empresarial. Geralmente são as grandes empresas que utilizam essa ferramenta de negócio, porém o objetivo principal desta pesquisa é verificar a importância do planejamento estratégico como ferramenta de desenvolvimento organizacional para pequenas e médias empresas. Este trabalho será dividido em duas etapas, revisão bibliográfica e coleta e análise de dados sobre Planejamento Estratégico em Pequenas e Médias Empresas. A coleta de dados será feita por meio de entrevista, aplicada em uma pequena empresa do ramos de recreação e lazer, situada no interior do Estado, Cidade da região Leste Maranhense, para verificar aplicabilidade do planejamento estratégico nessa pequena empresa. A pesquisa bibliográfica permite um melhor entendimento sobre o tema citado, enquanto que a pesquisa de campo permite avaliar a utilização do planejamento estratégico em termos prático no contexto das pequenas e médias empresas. 19 LISTA DE FIGURAS Figura 01: A Organização e o Ambiente de Negócios..................................... 23 Figura 02: Etapas do Planejamento Estratégico ............................................. 25 Figura 03: Exemplos de definições de negócios ............................................. 26 Figura 04: Matriz de SWOT............................................................................. 28 Figura 05: Fases do planejamento estratégico no modelo de Oliveira ............ 42 Figura 06: Modelo de planejamento estratégico de Oliveira ........................... 44 Figura 07: Estrutura Organizacional da Empresa............................................ 45 20 LISTA DE TABELAS Tabela – 01: Tabela Para Levantamento dos Fatores Interno e Externos....... 47 Tabela – 02: Matriz Para Análise do Fatores Internos e Externos ................... 48 Tabela – 03: Diagnóstico Estratégico .............................................................. 49 Tabela – 04: Cronograma ................................................................................ 53 Tabela – 05: Alocação de Recursos ................................................................ 54 Tabela – 06: Investimento Inicial ..................................................................... 55 Tabela – 07: Investimento Financeiro .............................................................. 56 Tabela – 08: Investimento Total....................................................................... 56 Tabela – 09: Projeção De Receitas ................................................................. 57 Tabela – 10: Custos Fixos ............................................................................... 57 Tabela – 11: Custos Variáveis ......................................................................... 58 Tabela – 12: Resultados Operacionais ............................................................ 58 Tabela – 01: Indicadores de Desempenho ...................................................... 59 21 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12 1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM PEQUENAS EMPRESAS ............ 13 2. CONCEITUAÇÃO DE PLANEJAMENTO.................................................... 14 2.1. PARTES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .................................... 15 3. PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO............................................................ 17 3.1. PRINCÍPIOS GERAIS DE PLANEJAMENTO ........................................... 17 3.2. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO PLANEJAMENTO ................................ 19 4. TIPOS DE PLANEJAMENTO ...................................................................... 21 4.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO........................................................... 21 4.2. PLANEJAMENTO TÁTICO ....................................................................... 21 4.3. PLANEJAMENTO OPERACIONAL........................................................... 22 5. METODOLOGIA .......................................................................................... 23 5.1 DEFINIÇÃO .............................................................................................. 25 5.1.1 Tipo De Negócio .................................................................................... 26 5.1.2 Missão Da Empresa............................................................................... 27 5.1.3 Visão Da Empresa ................................................................................. 28 5.2 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO................................................................ 28 5.3 INSTRUMENTOS PRESCRITIVOS E QUANTITATIVOS .......................... 30 5.4 AVALIAÇÃO E CONTROLE....................................................................... 32 6. FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIA ............................................................. 33 7. O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NAS PEQUENAS EMPRESAS...... 38 7.1. PARTICULARIDADES COMPORTAMENTAIS......................................... 39 7.2. PARTICULARIDADES ESTRUTURAIS .................................................... 39 7.3. PARTICULARIDADES CONTEXTUAIS .................................................... 40 8. ELABORANDO O PLANEJAMENTO ........................................................ 41 9. MODELOBÁSICO ...................................................................................... 44 9.1. HISTÓRICO DA EMPRESA ..................................................................... 45 9.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................................... 45 10. FASE I: VISÃO, ANÁLISE DAS FORÇAS E FRAQUEZAS, OPORTUNIDADE E AMEAÇAS...................................................................... 46 10.1 VISÃO ...................................................................................................... 46 10.2 NEGÓCIO ................................................................................................ 46 10.3 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO.............................................................. 47 10.4 ANÁLISE DO FATORES INTERNOS E EXTERNOS............................... 48 11. FASE II: MISÃO, POSICIONAMENTO ESTRATÉGIO.............................. 49 22 11.1 MISSÃO ................................................................................................... 49 11.2 POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO...................................................... 49 12. FASE III: INSTRUMENTOS PRESCRITIVOS E QUANTITATIVOS.......... 50 12.1 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................... 50 12.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................... 50 12.3 METAS ..................................................................................................... 50 12.4 ATIVIDADES ............................................................................................ 51 12.5 METODOLOGIA....................................................................................... 51 12.6 PLANO DE AÇÕES .................................................................................. 53 13. FASE IV: AVALIAÇÃO E CONTROLE...................................................... 54 13.1 RECURSOS NECESSÁRIOS .................................................................. 54 13.2 INVESTIMENTO INICIAL ......................................................................... 55 13.3 INVESTIMENTO FINANCEIRO ............................................................... 56 13.4 INVESTIMENTO TOTAL .......................................................................... 56 13.5 PROJEÇÃO DE RECEITAS OPERACIONAIS MENSAIS........................ 57 13.6 CUSTOS FIXOS MENSAIS...................................................................... 57 13.7 CUSTOS VARIÁVEIS MENSAIS ............................................................. 58 13.8 PROJEÇÃO DE RESULTADOS OPERACIONAIS MENSAIS ................. 58 13.9 AVALIAÇÃO ............................................................................................. 59 13.10 INDICADORES DESEMPENHO ............................................................ 59 14. CONCLUSÃO ............................................................................................ 60 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 61 12 INTRODUÇÃO Palavras-Chaves: Planejamento Estratégico; Pequenas e Médias Empresas; Tomada de decisão. É cada vez maior o número de empresas que diante da complexidade no cenário empresarial e de tantas turbulências e incertezas, estão buscando ferramentas e técnicas para que as auxiliem no processo gerencial. O Planejamento Estratégico é uma dessas ferramentas. Ao contrário do que alguns pensam, esta contempla as características das pequenas e médias empresas. Nas empresas competitivas verificamos que, uma importante condição para sua sobrevivência está ligada à clara definição de seus objetivos e ao traçado antecipado dos possíveis caminhos a serem percorridos para atingi-los. É necessário que as empresas estejam preparadas para os desafios que se sucedem, analisando suas competências e fragilidades, confrontando-as com o ambiente externo. Este processo é focado na busca do melhor caminho a ser seguido para garantir a sobrevivência e crescimento sustentável da organização a longo prazo. O planejamento é um processo contínuo, que envolve então quase que simultaneamente a formulação, a implementação e a reformulação do planejamento. Temos então colocada à evidência de que a implementação da estratégia retroalimenta o próprio processo de planejamento estratégico, e quase se confunde com o mesmo, reforçando a importância de viabilizar de forma plena a implementação, como forma de se melhorar a própria estratégia. 12 13 1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM PEQUENAS EMPRESAS Problema de pesquisa: Buscar entender o uso do planejamento estratégico como ferramenta administrativa de apoio a decisão e como esse pode ser utilizado como instrumento de desenvolvimento organizacional no ambiente das pequenas e Médias empresas. Objetivo Geral: Analisar os aspectos técnicos, sociais e econômicos relevantes a sua utilização prática, bem com, sua importância para desenvolvimento organizacional de Pequenas e Médias Empresas. Objetivos Específicos: Conhecer as principais etapas para implementação do Planejamento Estratégico, avaliar as possíveis mudanças que podem ocorrer nas organizações de pequeno e médio porte em função do Planejamento Estratégico, evidenciar os fatores que podem interferir no sucesso do Planejamento Estratégico, identificar os reais benefícios que puderam ser alcançados por essas organizações após adoção do Planejamento Estratégico. 13 14 2. CONCEITUAÇÃO DE PLANEJAMENTO O Que é Planejamento Estratégico? Com as constantes mudanças no cenário econômico mundial, inclusive no Brasil, surgem alguns fatores negativos que interferem direta ou indiretamente no ambiente organizacional, sobre os quais deverá se concentrar a atenção dos administradores. Questões como reduzido crescimento econômico, globalização, regulamentação governamental, inflação, escassez de alguns recursos e protecionismo internacional deverão alertar as organizações para a utilização e aperfeiçoamento desse Planejamento. No Brasil, apesar de muitas empresas já estarem utilizando a metodologia do Planejamento Estratégico, ainda persiste algumas dúvidas sobre o que realmente este vem a ser e como deve ser formulado. A maior dúvida diz respeito a uma acentuada tendência para a utilização dos termos “Planejamento Estratégico” e “Planejamento a Longo Prazo” como se fossem sinônimos. Segundo ANSOFF (1990), somente um número reduzido de empresas utiliza o verdadeiro Planejamento Estratégico. A grande maioria das organizações continua empregando as antiquadas técnicas do Planejamento a Longo Prazo, que se baseiam em extrapolação das situações passadas. A metodologia do Planejamento a Longo Prazo foi desenvolvida nos Estados Unidos na década de 50, com profunda influência da tecnologia de planejamento dos países com economia planejada a longo prazo. 14 15 Em conseqüência disso, na opinião de BOWER (1966), os planos a longo prazo tornaram-se projeções de lucro (para dez anos ou mais) sem muita utilidade, representados por uma enorme quantidade de papel e uma limitada quantidade de pensamento estratégico. KOTLER (1975), um dos defensores da sua utilização, propõe o seguinte conceito: “O Planejamento Estratégico é uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela Organização, visando maior grau de interação com o ambiente”. A direção engloba os seguintes itens: âmbito de atuação, macropolíticas, políticas funcionais, filosofia de atuação, macroestratégia, estratégias funcionais, macroobjetivos, objetivos funcionais. O grau de interação entre uma organização e o ambiente, que pode ser positivo, neutro ou negativo, é variável dependendo do comportamento estratégico assumido pela organização perante o contexto ambiental. O quadro aseguir ilustra os comportamentos opcionais de uma organização e as respectivas conseqüências. 2.1. PARTES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO “[...] O planejamento é um processo contínuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter-relacionadas que podem ser separadas de formar diferentes.” (OLIVEIRA, 2007, p.14) De forma geral e independentemente da metodologia utilizada, alguns aspectos básicos devem ser considerados em qualquer planejamento. ACKOFF(1974, p.4) apresenta cinco partes. 15 16 Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado, ou seja, a visão, a missão, os propósitos, os objetivos, os objetivos setoriais, os desafios e as metas. Planejamento dos meios: projeção de caminhos para a empresa chegar ao resultado futuro desejado, por exemplo, pela expansão da capacidade produtiva de uma unidade e/ ou diversificação de produtos. Aqui tem-se a escolha de macroestratégias, macropolíticas, estratégias, políticas, procedimentos e processos. Planejamento organizacional: esquematização dos requisitos organizacionais para poder realizar os meios propostos. Aqui pode-se ter, por exemplo, a estruturação da empresa em unidades estratégicas de negócios. Planejamento dos recursos: Dimensionamento de recursos humanos, tecnológicos e materiais, bem como a determinação da origem e aplicação de recursos financeiros. Aqui se tem o estabelecimento de programas, projetos e planos de ação necessários ao alcance do futuro desejado. Planejamento da implantação e do controle: corresponde à atividade de planejar o acompanhamento da implantação do empreendimento. Deve-se ressaltar alguns aspectos, a saber: O próprio processo de planejamento deve ser planejado; O processo é interativo, ou seja, sua ação se exerce mutuamente, entre duas ou mais partes do todo; O processo é iterativo, ou seja, repete-se ao longo do tempo; 16 17 3. PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO OLIVEIRA (2007) em seu livro Planejamento Estratégico, cita que o planejamento dentro de uma empresa deve respeitar alguns princípios, para que o resultado de sua operacionalização sejam os esperados. Pode-se separar esses princípios em gerais e específicos. 3.1. PRINCÍPIOS GERAIS DE PLANEJAMENTO Segundo OLIVEIRA (2007) são quatro os princípios gerais para os quais os executivos devem estar atentos: a) O princípio da contribuição aos objetivos, e neste aspecto o planejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da empresa. No processo de planejamento deve-se hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua totalidade, tendo em vista a interligação entre eles. b) O princípio da precedência do planejamento, corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras (organização, direção e controle). Na realidade é difícil separar e seqüenciar as funções administrativas, mas pode-se considerar que, de maneira geral, o planejamento “do que é como vai ser feito” aparece na ponta do processo. Como conseqüência, o planejamento assume uma situação de maior importância no processo administrativo. 17 18 c) O princípio da maior penetração e abrangência, pois o planejamento pode provocar uma série de modificações nas características e atividades da empresa. As modificações provocadas nas pessoas podem corresponder à necessidade de treinamento, substituição, transferências, funções, avaliação, etc.; na tecnologia pode ser apresentada pela evolução dos conhecimentos, pelas novas maneiras de fazer os trabalhos, etc.; e nos sistemas podem ocorrer alterações nas responsabilidades estabelecidas nos níveis de autoridade, descentralização, comunicações, procedimentos, instituições, etc. d) Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade. O planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências. Através desses aspectos, o planejamento procura proporcionar a empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade. Eficiência é: - Fazer as coisas de maneira adequada; - Resolver problemas; - Salvaguardar os recursos aplicados; - Cumprir o seu dever; - Reduzir os custos. Eficácia é: - Fazer as coisas certas; - Produzir alternativas criativas; - Maximizar a utilização de recursos; - Obter resultados; - Aumentar o lucro. 18 19 Efetividade é: - Manter-se no ambiente; - Apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente) A efetividade representa a capacidade de a empresa coordenar constantemente, no tempo, esforços e energias, tendo em vista o alcance dos resultados globais e a manutenção da empresa no ambiente. Portanto, para que a empresa seja efetiva, é necessário que ela também seja eficiente e eficaz. É importante salientar que a eficiência, eficácia e a efetividade são algumas das principais medidas para avaliar uma boa administração, pois normalmente os recursos com os quais o administrador trabalha são escassos e limitados. A eficácia de uma empresa depende basicamente de dois aspectos: - De sua capacidade de identificar as oportunidades e necessidades do ambiente; - E de sua flexibilidade e adaptabilidade, visando usufruir dessas oportunidades e atender às necessidades identificadas no ambiente. 3.2. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO PLANEJAMENTO Segundo Ackoff (1974), existem quatro princípios de planejamentos que podem ser considerados como específicos: 19 20 - Planejamento participativo: o principal benefício do planejamento não é o seu produto, ou seja, o plano, mas o processo envolvido. Nesse sentido, o papel do responsável do planejamento não é simplesmente elaborá-lo, mas facilitar o processo de sua elaboração pela própria empresa e deve ser realizado pelas áreas pertinentes ao processo. - Planejamento coordenado: todos os aspectos envolvidos devem ser projetados de forma que atuem interdependentemente, depois nenhuma parte ou aspectos de uma empresa pode ser planejado eficientemente se o for de maneira independente de qualquer outra parte ou aspecto. - Planejamento integrado: os vários escalões de uma empresa devem ter seus planejamentos integrados. Nas empresas voltadas para ambiente, nas quais os objetivos empresariais dominam os dos seus membros, geralmente os objetivos são escolhidos de “cima para baixo” e os meios para atingi-los “de baixo para cima”, sendo este fluxo usualmente invertido em uma empresa cuja função primária é servir aos seus membros. - Planejamento permanente: essa condição é exigida pela própria turbulência do ambiente, pois nenhum plano mantém seu valor com o tempo. 20 21 4. TIPOS DE PLANEJAMENTO Com base em uma suposta pirâmide organizacional e considerando os níveis hierárquicos OLIVEIRA (2007), distingue três tipos básicos de planejamento a saber: Planejamento Estratégico; Planejamento Tático; Planejamento Operacional; 4.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É considerado como um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização na relação com seu ambiente. O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada. 4.2. PLANEJAMENTO TÁTICO Tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico. 21 22 O planejamento tático é desenvolvido a níveis organizacionais inferiores, tendo como principal finalidade à utilização eficiente dos recursos disponíveispara a consecução dos objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia pré- determinada bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. 4.3. PLANEJAMENTO OPERACIONAL Pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nessa situação tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Os planejamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas de planejamento tático. Cada um dos planejamentos operacionais devem conter com detalhes: Os recursos necessários para o seu desenvolvimento e implantação; Os procedimentos básicos a serem adotados; Os produtos ou resultados finais esperados; Os prazos estabelecidos; Os responsáveis pela sua execução e implantação. 22 23 5. METODOLOGIA Entre os motivos que levam o pequeno empresário a não planejar, estão: o receio de conhecer as fraquezas e os problemas da sua empresa, a falta de conhecimento do processo e o sentimento que as mudanças futuras não podem ser planejadas. O planejamento é um processo que requer criatividade, tempo e habilidade, mas que realmente auxilia o pequeno empresário a detectar os problemas potenciais e a se antecipar a eles. O planejamento estratégico aplicado às pequenas e médias empresas necessita de um grau de simplificação e enfrenta a dificuldade de conseguir que o empresário desenvolva tarefas que não fazem parte de seu cotidiano, sendo necessário criar um comprometimento com sua equipe (ALMEIDA, 2001). Figura – 01 “A Organização e o Ambiente de Negócios” 23 24 PRAHALAD (2000) afirma que as metodologias de planejamento tendem a ser sofisticadas para as necessidades da pequena empresa e, ainda, que as pequenas e médias empresas devem pensar a estratégia como algo que se desenvolve com o tempo, visando desenvolver um objetivo claro, em termos de estímulo e alavancagem de recursos e não apenas em alocação de recursos. As empresas precisam começar a construir bases de competência que lhes permitam sobreviver conforme os mercados se transformam. Segundo o autor, esses requisitos são verdadeiros, tanto para grandes como para pequenas e médias empresas, talvez ainda sejam mais verdadeiros para as pequenas. De acordo com TIFFANY & PETERSON (1998), as razões para o fracasso do planejamento estratégico nas pequenas e médias empresas são as seguintes: ausência de uma visão de longo prazo; incapacidade de definir metas e objetivos claros; compreensão equivocada do que os clientes querem; visão subestimada da concorrência; planejamento financeiro inadequado; falta de forte liderança; procedimentos e sistemas ineficazes; ausência de habilidades críticas; incapacidade de mudar; e incapacidade de comunicar o plano para os demais membros da organização. Faz-se necessário, então, elaborar um planejamento procurando inibir as razões apresentadas acima. As razões para o fracasso da elaboração e implantação do planejamento nas pequenas e médias empresas revelam o contexto do processo estratégico na pequena empresa: a necessidade de realização do planejamento estratégico abrangente, mas, por sua vez, simples e que auxilie a pequena empresa a tornar-se mais competitiva e, as particularidades da pequena empresa que influenciam o processo estratégico. Assim sendo, mais relevante que a metodologia a ser utilizada está o tratamento das características e obstáculos presentes nas pequenas médias empresas. 24 25 Abordaremos metodologia apresentada por OLIVEIRA (2007), Certamente, essa metodologia deverá ser adaptada à realidade interna e ambiental da organização considerada. Desse modo, o autor apresenta quatro fases básicas para a elaboração e implementação do planejamento estratégico: diagnóstico estratégico, missão da organização, instrumentos prescritivos e quantitativos, e controle e avaliação, as quais serão detalhadas a seguir: Figura – 02 “Etapas do Planejamento Estratégico” 5.1 DEFINIÇÃO A definição do negócio segundo DIRNEI (2006), envolve a explicitação do âmbito de atuação da empresa. Na definição de negócios, pressupõe-se que seja explicitado o benefício que a empresa pretende oferecer aos seus clientes. 25 26 Deve-se ter o cuidado para não definir de forma restrita o negócio, com base em produtos e serviços. Uma definição com base em produtos e serviços limita a percepção de oportunidades e ameaças à empresa. 5.1.1 Tipo de Negócio Para DIRNEI (2006), existem basicamente dois tipos de definições para o negócio: Negócio Restrito Limita as opções de produto/serviço para o atendimento às necessidades do mercado. Negócio Amplo O produto/serviço passa a ser um dos meios de satisfazer os desejos e necessidades do mercado. Figura – 03 “Exemplos de definições de negócios” 26 27 5.1.2 Missão da Empresa OLIVEIRA (2007) sugere como segunda fase que deve-se estabelecer a missão ou razão de ser da organização, isto é, a determinação de “onde a empresa quer ir ou atuar”. A missão deve ser definida de modo a satisfazer alguma necessidade do ambiente externo e os propósitos da organização. Portanto, a organização necessita armazenar todos os dados e as informações relacionadas aos seus propósitos atuais e futuros. Outro aspecto a ser considerado é a postura estratégica da organização, em outras palavras, como ela se posiciona diante de seu ambiente. A postura estratégica propicia um diagnóstico da organização pelo confronto de seus pontos fortes e fracos, que a qualifica quanto a sua capacidade de aproveitar as oportunidades e enfrentar as ameaças. Desse modo, a organização poderá adotar uma postura estratégica de sobrevivência, manutenção, crescimento ou desenvolvimento. Nesta fase é que se deve estabelecer as macroestratégias (grandes ações ou caminhos que a organização vai adotar para melhor interagir, usufruir e gerar vantagens no ambiente) e as micropolíticas (grandes orientações que a organização deve respeitar e que irão facilitar e agilizar as suas ações estratégicas). É importante salientar a necessidade do estabelecimento de macroestratégias básicas, que possibilitarão alterar o “rumo” da organização de forma estruturada. 27 28 5.1.3 Visão da Empresa Para OLIVEIRA (2007) a visão da empresa é um quadro claro que define o futuro, tendo o poder de motivar e inspirar. Expressa as aspirações de uma organização, descrevendo uma nova e inspiradora realidade em direção a qual a empresa deve caminhar. Visa à busca do crescimento e perpetuação da empresa através de um processo de motivação e envolvimento de todos os colaboradores. 5.2 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO No diagnóstico, determina-se “como se está” ou “onde se está” e “onde se quer chegar”. Esta fase é realizada por pessoas representativas das mesmas informações, que procedem a uma análise interna e externa, diz OLIVEIRA (2007). Figura – 04 “Matriz de SWOT” 28 29 Na análise interna, procura-se verificar os pontos fortes, fracos e neutros da organização. Por pontos fortes, entendem-se as variáveis internas e controláveis que proporcionam uma condição favorável para a organização, em relação ao seu ambiente. Pontos fracos são limitações internas ou variáveis incontroláveis que provocam uma situação desfavorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. Finalmente, pontos neutros consistem em variáveis identificadas pela organização, mas que, no momento, não existem critérios de avaliação para a sua classificação como ponto forte ou fraco. Para o estabelecimento dos pontos fortes, fracos e neutros da organização, em princípio, deve-se analisar uma série de aspectos, entre os quais: Quanto às funções: consideram-se as grandesfunções de uma organização, como a Função Marketing, a Função Finanças, a Função Produção e a Função Recursos Humanos. Dentro de cada função, consideram-se os principais aspectos. Quanto aos aspectos da organização: pode-se analisar a estrutura organizacional, políticas, sistemas de informações gerenciais, normas e procedimentos operacionais, sistemas de planejamento, capacitação e habilidade dos empregados, domínio do mercado consumidor, dentre outros. Quanto à abrangência do processo: pode-se examinar a organização na sua totalidade, ou seja, as áreas funcionais, os grupos de indivíduos e os indivíduos. Quanto ao nível de controle do sistema pelo administrador: se o mesmo controla a eficiência, a eficácia e a efetividade organizacional. Quanto aos critérios utilizados para a análise dos pontos fortes, fracos e neutros: pode-se considerar, entre outros, a base histórica da organização, opiniões pessoais e de consultores, análise em literatura e análise orçamentária. Quanto às técnicas para coleta das informações: pode-se utilizar observação direta, como questionários, experiência prática, documentação do sistema, reuniões, funcionários, livros, revistas, consultores indicadores econômicos. 29 30 Na análise externa, procura-se verificar as ameaças e oportunidades que estão no ambiente da organização e as melhores maneiras de evitar ou usufruir dessas situações. Por ameaças, entendem-se as variáveis externas e não controláveis pela organização, que podem criar condições desfavoráveis para a mesma. Oportunidades são as variáveis externas e não controláveis pela organização que podem criar condição e/ou interesse de usufruí-las. O aspecto mais importante do diagnóstico estratégico é que o resumo das sugestões deve ser tratado de tal forma que prevaleçam as idéias da organização e não as individuais, inclusive com suas contradições que, por meio de um debate dirigido, proporciona a concordância geral. 5.3 INSTRUMENTOS PRESCRITIVOS E QUANTITATIVOS Os instrumentos prescritivos e qualitativos descritos por OLIVEIRA (2007, p.52) como: Os instrumentos prescritivos do processo de planejamento estratégico explicitam o que deve ser feito pela organização para que se direcione ao alcance dos propósitos estabelecidos dentro da missão, de acordo com sua postura estratégica, respeitando as macropolíticas e as ações estabelecidas pelas macroestratégias; e se direcionando para uma visão estabelecida ou seja, o que a empresa quer ser. O tratamento dos instrumentos prescritivos pode ser realizado de determinadas etapas, a saber: Objetivo geral: é o alvo ou situação que se pretende atingir, determinando para onde a organização deve dirigir seus esforços. Objetivo funcional: é o objetivo intermediário, que diz respeito às áreas funcionais. 30 31 Desafio: é uma quantificação, com prazos definidos, do objetivo funcional estabelecido. Meta: corresponde às etapas quantificadas e com prazos para alcançar os desafios. Estratégia: é o caminho mais adequado a ser executado para atingir o objetivo e o desafio. É importante traçar estratégias alternativas para o caso de ser necessária uma mudança de caminho. Geralmente, as estratégias são estabelecidas por área funcional. Política: são orientações para decisões repetitivas. Geralmente são estabelecidas por área funcional. Plano de ação: é a formulação do produto final da utilização de determinada metodologia. Projeto: é o trabalho a ser executado. Consideram-se pontos como a responsabilidade de execução; resultado esperado com quantificação de benefícios; prazos de execução preestabelecidos; recursos humanos, financeiros, materiais e equipamento; e áreas necessárias envolvidas no seu desenvolvimento. Este é o momento mais adequado para a definição da estrutura organizacional, em virtude dos esforços estarão direcionados para os objetivos estabelecidos. Quanto aos instrumentos quantitativos, estes consistem nas projeções econômico- financeiras do planejamento orçamentário, associadas à estrutura organizacional, que serão necessárias para o desenvolvimento dos planos de ação, dos projetos e das atividades previstas. Nesta etapa, deve-se verificar quais são os recursos necessários e as expectativas de retorno para atingir os objetivos, os desafios e as metas. 31 32 5.4 CONTROLE E AVALIAÇÃO “[...] Nesta fase, observa-se “como a organização está indo” conforme a situação desejada. Quanto ao controle, ele pode ser definido como a ação necessária para assegurar o cumprimento dos objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos” (Oliveira, 2007, p.55). Essa função, geralmente, envolve processos de: Avaliação do desempenho; Comparação do desempenho observado com os objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos; Análise dos desvios dos mesmos; Ação corretiva provocada pelas análises efetuadas; Acompanhamento para avaliar a ação conetiva, e Adição de informações para desenvolver os futuros ciclos de atividades administrativas; Nesta fase, deve-se considerar, entre outros, os critérios e parâmetros de avaliação, dentro de uma situação adequada de custo-benefício. Dessa forma, para Quinn (1980), a efetividade do planejamento nestes moldes é necessário que a empresa desenvolva algumas premissas, dentre elas, a geração de um genuíno compromisso psicológico no âmbito executivo para a diversificação; preparação conscientemente para deslocar-se oportunamente; construção de um “fator de conforto” para suportar riscos; e o desenvolvimento de novos parâmetros operacionais. 32 33 6. ESCOLAS FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIA De acordo com MINTZBERG (2000), da formulação de estratégia, surgiram várias escolas que se encontram em estágios diferentes do desenvolvimento da administração estratégica. Algumas já chegaram ao pico e declinaram, outras estão agora se desenvolvendo e outras permanecem pequenas, mas significativas em termos de publicação e de prática. Essas escolas são as seguintes: • A Escola do Design: formulação de estratégia como um processo de concepção; • A Escola do Planejamento: formulação de estratégia como um processo formal; • A Escola do Posicionamento: formulação de estratégia como um processo analítico; • A Escola Empreendedora: formulação de estratégia como um processo visionário; • A Escola Cognitiva: formulação de estratégia como um processo mental; • A Escola de Aprendizado: formulação de estratégia como um processo emergente; • A Escola do Poder: formulação de estratégia como um processo de negociação; • A Escola Cultural: formulação de estratégia como um processo coletivo ; • A Escola Ambiental: formulação de estratégia como um processo reativo; A Escola de Configuração: formulação de estratégia como um processo de transformação. 33 34 Estratégia é um termo vindo das aplicações bélicas para a administração, em sua utilização original está voltada a arte de planejar e executar movimentos e operações com o objetivo de alcançar ou manter posições relativas. Porém dentro da administração a definição de estratégia permite ir alem do planejamento, esta voltada à colocação da empresa frente a novos desafios, novos mercados. Segundo Mintzberg, Ahlstrad e Lampes (2000, p.19) pode-se definir estratégia como um truque isto é uma manobra especifica da organização para enganar um concorrente dentro do mundo globalizado. A estratégia envolve vários processos de pensamento e é distinta em diferentes níveis corporativos (Mintzberg, Ahlstrad e Lampes, 2000, p.20). Como a estratégia pode ser distinta dentro dos diversos níveis da organização, é necessário que se defina o gerenciamento ou planejamento estratégico. É esse planejamento que formula, implementa e avalialinhas de ação multidepartamentais levando a organização a atingir seus objetivos ao longo prazo. Serão apresentado, sinteticamente, os dez modelos teóricos de escolas estratégicas, conforme Mintzeberg et al 2000, com suas limitações e contribuições para o processo da estratégia. Os modelos são formadores de duas escolas a Escola Prescritiva e Escola Descritiva. Segundo MINTZBERG (2000), as três primeiras são de natureza prescritiva, mais preocupadas em como as estratégias devem ser formuladas do que em como elas são formuladas. As seis escolas seguintes consideram aspectos específicos do processo de formulação de estratégias e têm-se preocupado menos com a prescrição do comportamento estratégico ideal do que com a descrição de como as estratégias são, de fato, formuladas. Escola Prescritiva - se preocupa mais de como as estratégias devem ser formuladas do que como elas são formuladas: 34 35 Escola do Desing: busca avalias as situações da empresa tanto internas quanto externas, revelando assim suas forças e fraquezas quanto ao seu nicho. Esse modelo é aplicado em organizações que passam por uma reestruturação de foco de seus objetivos. Escola de Planejamento: esse modelo engessa a empresa ao burocratizar as gestões empresariais, esquecendo-se do desenvolvimento do negócio básico da empresa, bem como opções estratégicas exeqüíveis em função de cenários aleatórios. Escola de Posicionamento: esse modelo enfoca o processo, ignorando que as condições não são suficientemente estabelecidas e estáveis, para a implementação do processo estratégico, devido as variáveis aleatórias tangíveis e intangíveis. Escola Descritiva – consideram aspectos específicos do processo de formulação de estratégias e preocupa-se menos coma preocupação do comportamento estratégico ideal do que com a descrição como as estratégias são formuladas; procurando abrir o processo de formulação da estratégia além do indivíduo, para outras forças e agentes, (MINTZEBERG et al. 2000). Escola Empreendedora: esta escola esta inserida em líderes visionários e com um grande carisma que implementam seus idéias enfocando nichos de mercado. Sua implementação tem por ênfase a formação da estratégia como um processo visionário pragmático, buscando realizações e liderança, com enfoque no controle de riscos calculados em função de condições de incerteza, buscando identificar altos ganhos, otimizando dessa forma, sua natureza proativa, liderança personalizada e visão estratégica. 35 36 Escola Cognitiva: esta escola busca a elaboração estratégica como um processo mental. Porém há o apego às estratégias existentes devido às fixações cognitivas. Escola do Aprendizado: enfoca a formulação da estratégia como um processo emergente, onde o mundo é demasiadamente complexo para que as estratégias sejam desenvolvidas de uma só vez como planos ou visões claros. Nessa escola a experimentação é o foco. A escola do aprendizado é baseada em empirismo e ingenuidade, sua viabilidade está baseada em conhecimentos inatos que são implementados e procedidas as correções de rumo e foco. Escola do Poder: seu foco está na formação da estratégica como um processo de negociação de indivíduos e grupos de interesse em busca do poder, através de alianças endógenas e exógenas. Essa escola é de alianças, coalizões, convivência com os contrários em busca da manutenção ou ampliação do poder. Escola Cultura: busca através da interação social, formação da estratégia como um processo coletivo, embasando em crenças e senso comum dos indivíduos da organização, promovendo mudanças de posição dentro da perspectiva estratégica global da organização. Escola Ambiental: ela enfoca a formação de estratégia como um processo reativo do ambiente como agente central no processo de geração de estratégia. Seu enforque peca pelas dimensões do ambiente serem vagas e abstratas, dificultando a seleção de estratégias especificas de diferenciação para fazer frente a ambientes, aparentemente semelhantes. Escola de Configuração: enfoca a formulação de estratégias como um processo de transformação, onde busca a integração com as outras escolas, quanto ao processo de formulação de estratégias, conteúdo das mesmas, estruturas organizacionais e 36 37 seus contextos, ou seja, é a formação de estratégia como um processo de transformação de ruptura sem destruir a organização. Alguns autores acreditam que a melhor escola para a empresa do século XXI é a escola estratégica da configuração, tendo em vista que ela utiliza a estrutura organizacional existente, formulando assim planos estratégicos com o objetivo de melhorar o que não está sendo favorável a organização, não sendo necessário destruir a organização existente na empresa e sim transformá-la. 37 38 7. O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NAS PEQUENAS EMPRESAS Segundo BUCHELE (Apud RAFAEL, 2005, P.23) As pequenas empresas são extremamente sensíveis a mudanças no mercado. O que acontece muito é que nestas empresas as decisões são normalmente tomadas pelos proprietários, que nem sempre são pessoas qualificadas no que diz respeito à administração. “Isto faz com que as ações tomadas por estas empresas sejam, em grande parte, reações a mudanças no ambiente, ao invés de serem pró-ativas” . Apesar das mudanças que ocorrem serem imprevisíveis, o empresário que administra sua empresa estrategicamente está sempre atento aos pequenos sinais de mudanças, a novas tendências, o que faz com que possa agir rapidamente aproveitando novas oportunidades e tentando neutralizar ameaças. A empresa que se antecipa a mudanças já tem um grande diferencial, podendo, inclusive, acelerar a concretização da mesma. BUCHELE (Apud RAFAEL, 2005, P.23) afirma que as limitações de recursos financeiros impossibilita a pequena empresa de competir em várias frentes, e isto reforça a necessidade destas empresas terem suas ações planejadas. A essência da estratégia está na competição, por isso o processo de planejamento estratégico deve considerar os concorrentes, além dos fornecedores, clientes e do mercado como um todo. Almeida reforça a importância do processo de planejamento estratégico, dizendo que a reflexão estratégica, quando realizada pelo pequeno empresário, pode mostrar que pequenas mudanças no rumo da organização podem alterar completamente os resultados finais. O problema é que as metodologias para planejamento estratégico existentes foram desenvolvidas para grandes empresas, e não levam em consideração as particularidades das pequenas. Isto faz com que o planejamento estratégico praticamente não seja utilizado nestas empresas. 38 39 7.1 PARTICULARIDADES COMPORTAMENTAIS As particularidades comportamentais estão relacionadas aos aspectos pessoais do pequeno empresário, refletindo seus valores, suas ambições e ideologias, sua visão e outros. Como, por exemplo, poderemos citar: Desconhecimento de ferramentas administrativas, e conseqüentemente, do planejamento estratégico; Falta de habilidade na gestão do tempo: normalmente sobrecarregado por problemas que exigem ações imediatas, o pequeno empresário acaba não dedicando tempo ao planejamento da empresa, o que faz com que as ações sejam voltadas para o curto prazo. O fato de acreditar no futuro do negócio da maneira como foi concebido faz com que, muitas vezes, o pequeno empresário resista a mudar as estratégias da empresa ou mesmo sua missão, deixando de aproveitar oportunidades e ignorando ameaças. O planejamento estratégico contribui para evitar este comportamento. Por outro lado, o fato de acreditar na empresa, a motivação com que realiza suas atividades pode contagiar os demais funcionários. 7.2 PARTICULARIDADES ESTRUTURAIS As particularidades estruturais são as mais citadas na literatura e referem-seaos aspectos internos decorrentes da organização da pequena empresa. Entre as particularidades estruturais estão: 40 40 Informalidade das relações; Estrutura organizacional reduzida; Administração não profissional; Falta de recursos e pessoal qualificado; Inadequação ou não utilização das técnicas gerenciais; 7.1 PARTICULARIDADES CONTEXTUAIS As particularidades contextuais se referem ao efeito que o ambiente externo tem na empresa e que nem sempre pode ser controlado pelos dirigentes. Podemos citar: • A carência de informações sobre o mercado; • A dificuldade de acesso a processos de treinamento gerencial; • Dificuldade de acesso a fontes de financiamento para novos projetos. Estas particularidades se bem exploradas e administradas, podem ser consideradas uma vantagem competitiva às empresas de pequeno porte. Segundo Quezada et al. (Apud RAFAEL, 2005, P.24) a principal razão para a não utilização da metodologia de planejamento estratégico nas pequenas empresas é a carência de informações. 41 8.0 ELABORANDO O PLANEJAMENTO Na revisão de algumas literaturas existentes que tratam sobre o tema planejamento estratégico encontramos achados interessantes que propõe alguns modelos de roteiros básicos para a elaboração de um planejamento estratégico focado nas características e particularidades das pequenas e médias empresas, com base em um desses modelos apresentaremos de forma prática a elaboração de um planejamento estratégico para uma pequena empresa do ramo de recreação e lazer. Não temos a pretensão de sugerirmos um modelo ideal ou padrão a ser seguido pelas pequenas e médias empresas, nosso objetivo é expor em termos prático que existe a possibilidades das pequenas empresas fazerem uso dessa ferramenta tão importante o desenvolvimento sustentável. É obvio que a utilização do planejamento estratégico por essas empresas, não elimina o risco de fracasso, entretanto, reduzirá sensivelmente o número de incertezas, dando a elas a direção certa para o alcance de seus objetivos. O modelo estudado foi o modelo de planejamento estratégico proposto por OLIVEIRA (2007). Segundo este modelo, as fases básicas para elaboração e implementação do planejamento estratégico são as seguintes: FASE I – Diagnóstico estratégico FASE II – Missão da empresa FASE III – Instrumentos prescritivos e quantidades FASE IV – Controle e Avaliação 42 Estas fases são apresentadas de maneira esquemática na figura a seguir. Figura – 05 “Fases do planejamento estratégico no modelo de Oliveira Fonte: Adaptado de OLIVEIRA (2007)” Ao contrário dos modelos sugeridos por outros autores, o modelo de Oliveira se inicia com a fase de diagnóstico e não com uma forma de determinação da missão da empresa. Para iniciar dessa forma, o autor utiliza as seguintes justificativas: • Muitas empresas iniciam suas atividades porque reconhecem uma oportunidade importante; • Muitas empresas não têm objetivos estabelecidos, pois é difícil para elas determinar o que realmente desejam; contudo, reconhecem as boas oportunidades; • Muitas empresas modificam os seus objetivos com as mudanças e oportunidades; • É mais fácil e lógico o estabelecimento de objetivos (aonde se quer ir?), conhecendo e analisando a própria situação (como se está?). As três primeiras justificativas acima são atribuídas a Kotler (1980), que ainda reconhece que a questão de onde se deve começar um planejamento estratégico 43 (pelo diagnóstico ou pela missão) é um debate sem solução na literatura administrativa. 44 9. MODELO BÁSICO Figura – 06 “Modelo de planejamento estratégico de Oliveira” Fonte: Adaptado de Oliveira (2007) 45 Com base na figura – 07 apresentaremos o modelo básico de planejamento estratégico elaborado para uma pequena empresa no ramo de recreação e lazer, situado no interior do maranhão que buscou através do planejamento estratégico o desenvolvimento sustentável. 9.1 HISTÓRICO DA EMPRESA A empresa de recreação e lazer está instalada em município no interior do Estado do Maranhão, a 283 quilômetros da capital São Luís. Iniciou suas atividades em agosto de 1979, com o objetivo de promover lazer, cultura, esporte e recreação e lazer, conta hoje com aproximadamente 300 sócios, além da promoção de eventos já citados atua também na integração social, apoiando ou promovendo ações nesta área. 9.2 ESTRUTURA ORNIZACIONAL Figura – 07 “Estrutura Organizacional da Empresa” 46 10. I FASE: VISÃO, ANÁLISE DAS FORÇAS E FRAQUEZAS, OPORTUNIDADE E AMEAÇAS 10.1 VISÃO Torna-se uma referencia na região dos cocais em recreação e lazer e lazer, garantir o desenvolvimento sustentável. Buscando a satisfação dos sócios e seus dependentes, favorecendo a integração social respeitando o meio ambiente, investindo em tecnologia, na modernização de nossas instalações e na capacitação de nossos colaboradores, transformando a segurança no lazer o nosso diferencial na prestação de serviço reconhecido por toda a sociedade. 10.2 NEGÓCIO Oferecer soluções em recreação e lazer, esporte, cultura e lazer para os sócios e a sociedade em geral. 47 10.3 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO Com a tabela abaixo foram levantados todos os fatores considerados relevantes ao negócio da empresa, conforme entendimento da Diretoria em exercício. Tabela – 01 “Tabela Para Levantamento dos Fatores Interno e Externos” Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 48 10.4 ANÁLISE DO FATORES INTERNOS E EXTERNOS Após o levantamento dos fatores externos e internos, foi realizada a análise dos mesmos para a definição do posicionamento estratégico da empresa. Tabela – 02 “Matriz Para Análise do Fatores Internos e Externos” Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 49 11. FASE II: MISÃO, POSICIONAMENTO ESTRATÉGIO 11. 1 MISSÃO Promover e garantir lazer e recreação e lazer com conforto e segurança, visando a satisfação e o bem estar dos sócios e da sociedade em geral, dentro dos padrões exigidos, valorizando a nossa marca e tornando-se excelência em atendimento. 11.2 POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO Com a conclusão da análise dos ambientes internos e externos a empresa, ficou evidenciada a predominância no ambiente interno dos pontos fortes e no ambiente externo a predominância de oportunidades, sugerindo assim um posicionamento estratégico de desenvolvimento conforme ilustra a figura abaixo. Tabela – 03 “Diagnóstico Estratégico” Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 50 12. FASE III: INSTRUMENTOS PRESCRITIVOS E QUANTITATIVOS 12.1 OBJETIVOS GERAIS Estabelecer uma maior interação entre a empresa e a sociedade como um todo, através de iniciativas que estimulem a participação de jovens, adultos e idosos, em um ambiente saudável, familiar, seguro e sobre tudo agradável. Para isso é preciso desenvolver ações na área social, promover e garantir lazer e recreação e lazer com conforto e segurança, visando à satisfação e o bem estar dos sócios e da sociedade em geral, dentro dos padrões exigidos, valorizando a nossa marca e tornando-a referência em atendimento. 12.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Desenvolver ações que possibilite ao Clube Recreativo Nassau sua auto- sustentabilidade ao final do projeto, fazendo com que sua sobrevivência independa do apoio externo de recursos financeiros. 12.3 METAS Atingir em 1 (um) ano o ingresso de 250 (duzentos e cinqüenta) novos sócios, que possibilitará um aumento na receita mensal da empresa de R$ 6.250,00 (seis mil duzentos e cinqüenta reais). Articulação com agências de turismo para fixação 51 do clube em seus roteiros de paradas. Formar convênios com empresas para a oferta de pacotes turístico-recreativo para seus funcionários e criação de um site institucional como objetivo de divulgar todo o potencial do clube. 12.4 ATIVIDADES Levantamento de endereços de sócias potências; Campanha de Marketing divulgando o potencial da empresa; Ampliação dos serviços já existentes (Ginástica, Natação e Restaurante); Formar parceria com agências de turismo em São Luís e Teresina, para fixarem o clube em seus roteiros de paradas; Formar convênios com empresas para ofertar pacotes turístico-recreativo para seus funcionários; Criação de um site institucional com o objetivo de divulgar todo o potencial do clube; 12. 5 METODOLOGIA 1. Consultar o banco de dados do DETRAN, SEBRAE, ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, ROTARY, LYONS E etc..., para elaboração de lista de endereços dos possíveis sócios, para futura pesquisa de interesse através de mala direta. 2. Campanha de marketing iniciando na comunidade junto aos sócios funcionários, no rádio, televisão e folhetos ilustrativos. Divulgando o 52 diferencial da empresa como local de recreação, levando em conta a relação custo beneficio. 3. Modernização da estrutura com reforma da sala de ginástica e cozinha, aquisição de máquinas e equipamentos que possibilite o aumento na oferta dos serviços já existentes. 4. Estabelecer contato com agências de turismo para que venham visitar as instalações do clube, com o objetivo de formamos futuras parcerias no sentindo de incluir o clube em seus roteiros de paradas. 5. Formar convênios com empresas para que seus funcionários possam utilizar as instalações do clube através de pacotes recreativos para finais de semana e feriados, ficando a mesma responsável pelo repasse das mensalidades, bem como, os danos causados por seus funcionários. 6. Desenvolver um site para divulgação do histórico do clube, infra-estrutura, diferencial competitivo, veicular os principais acontecimentos, eventos e promoções realizados pelo clube ou parceiros, oferecendo um novo canal de comunicação para sócios, usuários e a sociedade em geral. 53 53 12. 6 PLANO DE AÇÕES Tabela – 04 “Cronograma” CRONOGRAMA Atividades Mai jun Jul Ago Set Out Levantamento dos end. dos sócios potenciais. Campanha de marketing Ampliação dos serviços (Gisnática/Natação/Restaurante) Formar parcerias com agências de turismo Formar convênio com empresas Criação de um site institucional Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 54 13. FASE IV: AVALIAÇÃO E CONTROLE 13.1 RECURSOS NECESSÁRIOS Tabela – 05 “Alocação de recursos” 1 – Recursos Humanos Consultor de marketing 01 Diretor social (Pesquisador) 01 Cozinheiro 01 Nutricionista 01 2 – Obras/Benfeitorias Reforma da sala de ginástica 800 M2 Reforma da cozinha 600 M2 3 – Máquinas/Equipamentos Aparelhos de ginástica 01 Panelas diversas 20 Bomba sapo 01 3 – Móveis e Utensílios Material p/ natação (Pranchas/Bóias/Macarrões) 01 Guarda-sol 06 Espreguiçadeiras p/ piscina 06 Mesas de plástico 30 Jogos de toalhas 20 Louças, copos e talheres (conjunto). 01 Serviço de Terceiros Mototaxi 01 Provedor de Internet 01 Serviço gráfico (cartazes, Formulários, Panfletos). 01 Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 55 13.2 INVESTIMENTO INICIAL Tabela – 06 “Investimento Inicial” Item Quantidade Valor Unitário Valor Total 1 – Recursos Humanos Consultor de marketing 01 R$ 1.300,00 R$ 1.300,00 Diretor social 01 *** *** Cozinheiro 01 R$ 260,00 R$ 260,00 Nutricionista 01 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 2 – Obras/Benfeitorias Reforma da sala de ginástica 800 M2 R$ 1,50 R$ 1.200,00 Reforma da cozinha 600 M2 R$ 1,50 R$ 900,00 3 – Máquinas/Equipamentos Aparelhos de ginástica 01 R$ 1690,00 R$ 1.690,00 Panelas diversas 05 R$ 500,00 R$ 500,00 Bomba sapo 01 R$ 120,00 R$ 120,00 3 – Móveis e Utensílios Material p/ natação (Pranchas/Bóias/Macarrões) 01 R$ 600,00 R$ 600,00 Guarda-sol 06 R$ 40,00 R$ 240,00 Espreguiçadeiras p/ piscina 06 R$ 200,00 R$ 1.200,00 Mesas de plástico 30 R$ 50,00 R$ 1.500,00 Jogos de toalhas 40 R$ 15,00 R$ 600,00 Louças, copos e talheres (conjunto) 20 R$ 30,00 R$ 600,00 Serviço de Terceiros Mototaxi 01 R$ 150,00 R$ 150,00 Provedor de Internet 01 R$ 70,00 R$ 70,00 Serviço gráfico (cartazes, Formulários, Panfletos) 01 R$ 400,00 R$ 400,00 Investimento Fixo Total R$ 12.530,00 Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 56 13. 3 INVESTIMENTO FINANCEIRO Tabela – 07 “Investimento Financeiro” Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 13.4 INVESTIMENTO TOTAL Tabela – 08 “Investimento Total” Item Valor total Investimento fixo R$ 12.530,00 Investimento financeiro R$ 6.354,31 Total R$ 18.884,31 Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) Item Valor total Custo fixo do 10 mês R$ 3.039,24 Composição do estoque inicial R$ 3.130,00 Subtotal R$ 6.169,24 Provisão imprevista (3%) R$ 185,07 Total R$ 6.354,31 57 13.5 PROJEÇÃO DE RECEITAS OPERACIONAIS MENSAIS Tabela – 09 “Projeção das Receitas” Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 13. 6 CUSTOS FIXOS MENSAIS Tabela – 10 “Custos Fixos” Total R$ 3.039,24 Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) Item de Consumo Quantidade Preço Médio Valor Total Mensalidade Sócios Contribuinte (Empresas) 250 R$ 25,00 R$ 6.250,00 Pacote de Recreação c/ Almoço p/ 40 Pessoas (Agência de Turismo) 08 R$ 600,00 R$ 4.800,00 Usuários (Gisnástica/Natação/Restaurante) 80 R$ 15,00 R$ 1.200,00 Sócios Funcionários 497 R$ 3,45 R$ 1.704,14 Receita Total R$ 13.954,14 Salários R$ 1.341,44 Mant. Piscina R$ 900,00 Mat. Limpeza R$ 300,00 FGTS R$ 107,28 INSS R$ 302,00 Subtotal R$ 2.950,72 Outros (3% sobre os itens acima) R$ 88,52 58 13.7 CUSTOS VARIÁVEIS MENSAIS Tabela – 11 “Custos variaveis” Item Valor Aquisição de Mercadorias R$ 3.130,00 Impostos (8,8 %) R$ 668,80 Combustível R$ 150,00 Outros (3% Sobre os itens acima) R$ 118,46 Total R$ 4.067,26 Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 13.8 PROJEÇÃO DE RESULTADOS OPERACIONAIS MENSAIS Tabela – 12 “Resultados Operacionais” Item Valor 1. Receita operacional R$ 13.954,14 2. Custos variáveis R$ 4.067,26 3. Margem de contribuição (1-2) R$ 9.886,88 4. Custos fixos R$ 3.039,24 Lucro líquido (3-4) R$ 6.847,64 Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 59 13.9 AVALIAÇÃO A avaliação ocorrerá mensalmente através do uso de indicadores de desempenho já definidos, a análise dos indicadores será realizada em reuniões participativas, onde serão expostos os resultados alcançados com a participação de todos envolvidos nas etapas do planejamento. Ao final de cada etapa será promovido um seminário para apresentação dos resultados alcançados, pela comissão responsável por cada etapa do planejamento. 13.10 INDICADORES DESEMPENHO Tabela – 13 “Indicadores” Item Índice Ponto de equilíbrio 30,74% Lucratividade 49,07% Rentabilidade mensal 36,26% Prazo de retorno do investimento (meses) 2,75 Fonte: Empresa de Entretenimento e Laser (2006) 60 14. CONCLUSÃO Uma das premissas básicas de um trabalho cientifico é sua aplicabilidade. esperamos ter alcançado o propósito de demonstrar qual a real importância da elaboração eficaz e eficiente de um Planejamento Estratégico. A revisão bibliográfica do tema principal e outros subjacentes foi o método escolhido e desenvolvido no decorrer do trabalho. O objetivo do trabalho foi detalhar de forma prática a utilização de um modelo de planejamento estratégico em pequenas e médias empresas. bem como fazer uma pesquisa dentro da área de administração estratégica, para elaboração de um planejamento, atualmente uma necessidade em grandes corporações, especialmente as pequenas e médias empresas.No modelo abordado foram analisados seus componentes (responsabilidades, autoridades, decisões e comunicações), seus condicionantes (fator humano, fator tecnológico, fator ambiental os objetivos e estratégias), bem como as variantes externas (oportunidades e ameaças ) e internas (pontos fortes e fracos). Portanto, privilegiou-se estudar os pontos a serem analisados no processo que norteia todo o planejamento estratégico. Assim, este trabalho apresentou um estudo de caso contemplando esse processo de análise dos principais pontos do planejamento. Em linhas gerais pode-se dizer que uma empresa que tem como ferramenta o Planejamento Estratégico bem elaborado, o qual consiga contemplar os pontos cruciais que influenciam o desenvolvimento do negócio, terá em suas mãos o aliado que lhe auxiliará nas decisões das organizações em segmentar ou não seu negócio, bem como cumprir um dos princípios mais importantes de uma organização, o da efetividade. 61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Manual de planejamento estratégico: desenvolvimento de um plano estratégico com a utilização de planilhas Excel. São Paulo: Atlas, 2001. DIRNEI. Prof. Planejamento – 18/maio/2006 – SEBRAE/RS. cap.2 (p.15-19) e cap.3 (p.21-25) BORTOLI NETO, A. A virada dos pequenos. Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios. N. 100. Pág. 37 , 1997. CALVALCANTE, Marly. Gestão Estratégica de Negócios. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. MARQUES, RAFAEL. Um Processo de Planejamento Estratégico para Pequenas Empresas de Tecnologia da Informação. RECIFE: UFPE, 2005. 101p. Dissertação (Mestrado) – Pós-graduação em Ciência da Computação, Centro de Informática, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005. MINTZBERG,H.,AHLSTRAND,B., LAMPEL,J. Safári de Estratégias. Porto Alegre: Bookman, 2000. OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico – Conceitos, Metodologia, Práticas, 24 edição, São Paulo, Editora Atlas S/A, 2007.
Compartilhar