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1 1 30 1 30 Prof. DIOGO VAZ DE LIMA E SILVA DIREITO TRIBUTÁRIO Aula 1 2 30 2 30 Princípios Constitucionais Tributários 3 30 Limitações do poder de tributar 4 30 Art. “150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”: Inciso I – exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça; Princípio da estrita legalidade tributária (art.150,I,CF) 5 30 Art. “150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”: Inciso II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; Princípio da igualdade tributária (art.150,II,CF) 6 30 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Princípio da capacidade contributiva (art.145, § 1º,CF) 2 7 30 Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”: Inciso III –- cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; Princípio da irretroatividade tributária (art.150,III,a,CF) 8 30 Art. “150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”: Inciso III –- cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; Princípio da anterioridade tributária ou da não-surpresa (art.150,III,b,CF) 9 30 Art. “150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”: Inciso III –- cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; Princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena ou da anterioridade mitigada (art.150,III,c,CF) 10 30 Art. “150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”: Inciso IV – utilizar tributo com efeito de confisco; Princípio do não-confisco (art.150,IV,CF) 11 30 Art. “150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”: Inciso V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; Princípio do livre trânsito de pessoas e bens (art.150,V,CF) 12 30 Art. 151 – É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócioeconômico entre as diferentes regiões do País. Princípio da uniformidade geográfica (art.151,I,CF) 3 13 30 Art. 152 – É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Princípio da Não Diferenciação da Procedência/Destino (art.152,CF) 14 30 14 30 Conceito Legal de Tributo 15 30 A Lei 5.172/66 - CTN define em seu artigo 3º o que é tributo, Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Conceito 16 30 O objeto da obrigação tributária principal é pagar, temos, por conseguinte, que a prestação, ou ato de prestar, significa o pagamento Tributo é toda prestação 17 30 Sabemos que pecúnia é sinônimo de dinheiro. Podemos entender até aqui que como regra esse pagamento deve ser feito em dinheiro Pecuniária 18 30 Ato compulsório é ato obrigatório. Então somos obrigados a pagar, não nos sendo facultada tal atitude, não podendo o sujeito passivo escolher pagar ou não, sendo a obrigatoriedade marca indelével do tributo Compulsória 4 19 30 Novamente como regra o tributo deve ser pago em dinheiro, ou seja, em moeda corrente no país, mas o próprio CTN, possibilita ao sujeito passivo outras formas de pagamento. Contempla em seu artigo 162, como formas de pagamento: o cheque, o vale postal, a estampilha, o papel selado ou o processo mecânico. [...] Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir 20 30 [...] É claro que algumas dessas possibilidades já não existem em nossos dias, mas outras apareceram, que substituem as anteriores, sendo legais como forma de pagamento do tributo. Salientamos que outras formas de extinção do crédito tributário além do pagamento são trazidas pelo CTN em seu artigo 156, incluindo- se a dação em pagamento, tida por alguns, como forma de pagamento do tributo, no que não concordamos. Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir 21 30 Por sanção podemos entender penalidade. Assim sendo por mais que seja o sujeito passivo obrigado a pagar o tributo, essa obrigatoriedade não é encarada como penalidade ou sanção. Mas qualquer sanção pecuniária aplicada pelo cometimento de ato ilícito não será tratada como tributo. Ex.: o que você paga por ter estacionado seu veículo em local proibido, tendo sido devidamente notificado. É uma multa, que será recolhida aos cofres públicos, mas é uma sanção pelo ilícito cometido, não sendo, pois, tributo. Que não constitua sanção de ato ilícito 22 30 Nada mais é do que a evidência clara e explícita Princípio da Estrita Legalidade Tributária. Deixando aparente que não há tributo sem lei que o preceda ou o estabeleça. Instituída em lei 23 30 Se o tributo deve estar submetido à reserva legal, sem qualquer arbitrariedade por parte do Poder Público, cabe à Fazenda Pública a constituição de seu crédito. Somente através do lançamento tributário é possível tal constituição, sem o que nada terá o Estado a exigir do particular. Por atividade administrativa vinculada e obrigatória, entendemos a atividade de lançamento, sob pena de responsabilidade funcional, quem assim não agir, conforme estabelece o parágrafo único do artigo 142, do CTN. E cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada 24 30 O tributo é entendido como fiscal, quando a finalidade do Estado é somente a arrecadação, não se preocupando com outras situações. Utiliza o produto arrecadado no mais das vezes para suprir a máquina estatal. Fiscalidade 5 25 30 Quando o tributo é extrafiscal ele não perde a característica da fiscalidade, mas tem aqui o Estado intenção maior do que simplesmentearrecadar, normalmente intervindo na atividade econômica e/ou financeira, às vezes para tentar corrigir determinadas situações em certos segmentos da economia ou mesmo em situações de ordem social. Extrafiscalidade 26 30 Da mesma forma o tributo parafiscal também não perde a característica da fiscalidade, mas seu objetivo maior é o de custear atividades que em princípio, não integram funções próprias do Estado, destinando as mesmas às entidades específicas, que arrecadam e utilizam o produto arrecadado para o desempenho de suas atividades. O exemplo que trazemos são os valores pagos pelos profissionais liberais a título de anuidade aos seus Conselhos Regionais, além de tantos outros. Parafiscalidade 27 30 Impostos; Taxas; Contribuições de melhorias; Empréstimos compulsórios; Contribuições especiais. Espécies tributárias 28 30 28 30 Impostos 29 30 Imposto é o único dos tributos e das espécies tributárias que é chamado de não vinculado, pois de acordo com o artigo 16, CTN, seu fato gerador independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Impostos 30 30 Assim define a Carta Magna/88 em seu artigo 153, como sendo de competência da União a instituição desses impostos, que trataremos de cada um deles, com algumas de suas características. Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II- exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; Impostos da União 6 31 30 III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Impostos da União 32 30 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III - propriedade de veículos automotores. Impostos dos Estados-Membros e do Distrito Federal 33 30 Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar Impostos dos Municípios 34 30
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