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Dos embargos de terceiro no novo CPC

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Scanned by CamScanner
5 6 2 
T iago Figueiredo G o q yes
. 
IX . D O S E M B A R G
O S D E T E R C E I R O N O N O V OC P C
Tiago F igueiredo G onV đlvess143
sumário : 1 Introdução 2 C onc
eito 3 P rocesso incidente 4
prazo 4 1 D ecıaração de frau
de à execuç ão e prazo para os
em bargos 4 2 ciência 
do terceiro e fıuēncia do prazo 4 2 1
E fetiva ciência do terceiro N
āo utilizaçāo dos em bargos 5
D ireito tuteláveı nos em bargos de 
terceiro 6 Legitim açāo ativa
6 1 P rom issário com prador 6 2 C ô njuge ou com panheiro para
defesa de bem próprio ou de sua m eaçã o 6 3 0 adquirente de
bens cuja constrição decorreu de decisã o que declara a ineficácia
da alienação realizada em fraude à execuçāo 6 4 Q uem sofre
constrição judicial de seus bens por força de desconsideraçāo da
personalidade jurĺdica, de cujo incidente nāo fez parte 6 5 0 credor
com garantia real para obstar expropriaçāo judicial do objeto de
direito real de garantia, caso nāo tenha sido intim ado, nos termos
legais dos atos expropriatórios respectivos 7 Legitim ação passiva
8 C om petência 8 1 C om petência do tribunal9 P rocedim ento 9 1
P etição inicialR oı de testem unhas 9 2 A udiēncia de justificação
C itaçāo do em bargado 9 3 E m bargo lim inar T utela provisória de
evidência 9 4 C itaçã o do em bargado P razo para contestação 10
Lim itaçōes na cogniçāo 11 S entença e coisa juıgada
1 . I ntroduç ã o
0 novo C ódigo de P rocesso C ivil (Lei 13 10 5 /2 0 15 ) é dividido em duas
P artes : a prim eira, G eral, com posta de seis Livros
, 
a segunda, Especiaı,
form ada por trēs Livros
, 
acrescidos do Livro de disposiçōes finais e
transitórias
O Livro I da P arte E speciaı, sendo i ntitulado
" do processo de
conhecim ento e do cum prim ento de sentença tem seu Título llı destina
do
ao regram ento dos procedim entos especiais, cujo capitulo vll arts 67
4 a
6 8 1 apresenta a disciplina legal dos em bargos de terceiro B uscas
e, no
presente texto
, esboçar algum as prim eiras linhas relativam ente ao trato 
do
Procedim ento dos em bargos de terceiro na novel codificação, sem qua
lque r
pretensāo de esgotamento do tem a
9 4 3 D outor e M estre (puc/sp) professor (graduaç ão e pós graduação) do u
N Esc e 
da
F U N C A B D iretor da E S A /E S A dvogado
Scanned by CamScanner
2
. C on
N 
A nálise D outrinária sobre o N ovo D ireito proces 
ileiro
corl
hecim en
to e do cum prim ento de s entença
, seja no curso do processo
ce ito 3 6 3
poss
u a responsabilidade em torno do a dimplennento ou satisfaçāo do direito
geraf 
ameaça ou efetivam ente concretizar c onstriçāo sobre H X!não seja responsável patrim onial no processo
conhecime
nto, cum prim ento de sentença ou processo de execuçāo, 944 sofreameaça ou 
tem efetivada turbação ou esbulho sobre bem seu nāo sujeito
é voltada à obtençāo de tutela que iniba ou que desfaça o ato indevidode apreensão judicial, a exem plo da penhora
, do arresto
, 
do sequestro
,da alienaçāo judicial, da arrecadaçāo, do arrolamento
, 
do inventário
, 
da
partilha A pre
tensã o do em bargante é voltada a fazer cessar a eficáciade ato praticado pelo E stado no exercício da jurisdiçāo ; de ato
, portanto,
praticado no curso de processo jurisdicional
Em síntese conclusiva, os em bargos de terceiro constituem dem anda à
disposiçāo daqueıe que , nāo sendo responsável patrim oniaı, ou possuindo
bem específico que escapa a esta responsabilidade, sofre am eaça ou tem
concretizada sobre patrim ô nio seu a prática de turbaçāo ou de esbulho
perpetrado por força de decisāo judicial
一 
시
爿 
ヨ 
사
rocesso incidente
O processo que se form a pela propos
itura da açāo de em bargos de
terceiro é sem pre incidente a processo an
terior, de conhecim ento ou 
de
execuçāo, no quaı tenha sido exarada 
a ordem judicial de constriçāo que
alcançou o bem do terceiro A pretensão e a 
ação que o terceiro e
xerce pela
via dos em bargos de terceiro nascem 
do ato dejur rsdŕção que, p
roferido em
Na expressāo de P ontes de M iranda :
" A incidentalida
de dos embargos de
é que faz espontar a açã o P or isso 
mesmo, a 
ação de em
bargos de terce
iro
no direito processual : foi ato proce
ssual que 
feriu a prete
nsão do terce
iro N 94 5
944 BA R R os
, 
H am ilton de M oraes e c
om entário
s ao c
ódigo de p
rocess o c
ivilvol/x faris
945 P O N T E S D E M IR A N D A , C om eï ?t
áRos ao có
digo de p
toces s
o cívn tom
o W (arts 1 0
4 6
˜ m˜ m˜ m―― ― 哪 囀 唧 唧 哪 邮 明目
3 . P
Scanned by CamScanner
5 6 4 
T iago Figueiredo 
Ives
4 . P razo
O estado de litispendência do p
rocesso em que proferida a decisāo
im pugnada pelos em bargos é c
ondição para a adm issibiıidade do mesrrıo
M as até que m om ento o terceiro po
de especifi cam ente oferecer os e mbargos
N ovidades pontuais foram traz
idas, no particular, Peıa novel legisl
com parativam ente ao que disp
unha o C ódigo revogado 94 6 0corren
a am eaça ou a efetiva turbaçåo ou 
esbulho no curso do processo de
conhecim ento, os em bargos de terce
iro podem ser oferecidos enquanto nāo
ocorrido o trâ nsito em julgado ? decisâo nele pro
ferida
, ou seja, enquanto
perdurar o estado de litispendēncia
N a fase de cum prim ento de sentença
ou no processo de execuçāo, os em bargos ter
ã o vez até cinco dias depois
da adjudicaçāo, da alienação por iniciativa particular ou da arremataçāo
do bem do terceiro, desde que antes da ass
inatura da respectiva carta
A ssim
, 
se acontecer (o que seria incom um ) de a carta ser assinada antes de
decorridos 5 dias do ato de adjudicaçāo, de alienaçāo ou de arremataçāo, a
a despeito da fixaçāo do term o final para os em bargos em 5 dias depois
da adjudicaçāo, ? alienaçāo por iniciativa particular ou da arremataçāo,
tem se adm itido e a rigor nã o há justificativa para que este entendimento
seja m odificado agora com o novo C P C o oferecim ento dos em bargos de
terceiro enquanto nāo ocorrida a assinatura da respectiva carta 94 8
4 . 1 . D eclaraç ã o de fraude à execuç ã o e prazo para os
em bargos
O art7 9 2 do C P C /15 apresenta a disciplina legal da fraude à execução
0 texto de seu § 4 o dispõe, verbis " A ntes de declarar a fraude ā execuçāo,
o juiz deverá intim ar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor
em bargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias "
E xiste aparente antinom ia entre o prazo nele previsto e o prazo geral
1 10 2) R io de Janeiro : F orense
, 
19 7 7
, p 4
94 6 0 caput do art6 7 5 do C P C /15 dispõ e : A rt 6 7 5 0 s em bargos podem ser oposto
s a
qualquer tem po no processo de conhecim ento enquanto não transitada em julgado a sentenç
a
e
, no cum prim ento de sentença ou no processo de execuçāo, até 5 (cinco) dias depo
is da
acljudicaçāo da alienação por iniciativa particular ou da arrem atação, m as sempre an
tes da
assinatura da respectiva carta
S eu correspondente
, art 1 o4 8 no cpc/7 3
, 
dispunha : A rt 1 o4 8 os em bargos po
dem
julgado a sentença, e no processo de execuçāo, até 5 (cinco) dias depois da arrema
taçå O ,adjudicação ou remiçio, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta
arts 1 0 4 6 a 1 10 2 S āo P aulo : R ľ 19 8 1
, p 4 6 5
94 7 S ILV A
, 
C ıóvis do C outo e C om entános ao códio de processo civ vol月 tom
o //
94 8 E m sentido conträ rio : M O N T E N E G R O F IL H O
, 
M isael C ódigo de proc
ess O 
cíw
com enfado e ti?terpretado S ão paulo : A tlas 2 0 0 8
, p 9 3 0
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羽
o cpC A
nálise D outrinária sobre o N ovo D ireito processlial Brasileiro
ċ
ódigo
A antinom ia é aparente P ara a boa c o mpreensā o »7112, é p
recıso conjugálo s i s tematicamente com o que dispōem o § 2o do
675, ad
iante analisado, que o § 4 o do art792 contém regra que é consectária
II, do 
C P C /15 ), do dever de boa fé objetiva (art5° do C Pc/15), do devede co
operação para a obtençāo de tutela de mérito justa e efetiva (art6°
(art8 
° do C P C /15 ), da eficiência (art8° do C Pc/15) e de acesso àjustiça
observância 
das dem ais garantias inerentes à cláusula do devido processolegal)
0 advérbio
"
antes" no texto do 弓 4° do art792 alude expressamente
ao momen
to em que 0 juiz deve intimar 0 terceiro
, assim , a oportunidade
conferida ao terceiro de se m anifestar sobre a possível fraude à execuçāo
deve ocorrer anteriorm ente a sua declaraçāo
Existe um a prim eira regra que pode ser extraida do texto do dispositivo,
que tem por destinatário o juiz, vedando lhe a declaraçāo de fraude à
execuçāo sem oportunizar contraditório prévio ao terceiro atingido pela
decisāo O descum prim ento desta regra acarreta a nulidade da decisāo que
declara a fraude à execuçāo
A segunda regra extraída do texto é dirigida ao terceiro, criando para
ele o ônus de, dentro do prazo de 15 dias, oferecer embangos 
de terceiro
preverTlivo R eitere se, o prazo de 15 dias prev
isto no § 4° do art792 deve
ser interpretado com o o prazo para que 
o terceiro apresente embargos de
terceiro preventivo, ante o im inente r
isco de constrição de seu bem Atrav
és
dele
, 
terá a oportunidade de dem on
strar ao juĺzo a nāo configuração de
causa para declarar fraude à ex
ecução, inibindo a co
nstrição antes da
mesma ser determ inada por consegu
inte, a declaraç
āo de fraude só pode
juízo o exam e lim inar ? eventual ação 
de embargos pre
ventiva proposta
concedido antes m esm o de profe
rida a decis
ão judicial, desde q
ue já
o decurso do prazo do § 4 
° do artア 92 , c
onmdo, nāo 
retira do terce
iro o
direito de oferecer em bargos de ter
ceiro repre
ssivo, den
tro do prazo p
rescrito
juiz que declare a fraude A ssim é, 
ademais, 
como dev
e ser interp
retado o
Tribunais, vol6 3 6 (out) S ão paulo : 
R T , 19 8
8
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T iago Figueiredo G 0 nçalve S
enunciado 19 1 do F
ppc : · o prazo 
de quinze 
dias para opor embargos d
terceiro, disposto no § 4
° do art7 9 2 , é ap
ıicável exclusivam ente aos casos de
são regidos peıo prazo 
do caput do a
rt6 7 5
" O u sa, o prazo de 15 dias
terceiro no caso de fraude 
à execução, esp
ecificam ente para os embargos
de terceiro preventivo, já o pra
zo do caput d
o art6 7 5 é aplicáveı aos demais
casos de em bargos de 
terceiro, entre 
eles para os em bargos de terceiro
repressivo no caso 
de fraude à execuç
āo
4 . 2 . ciência do ter
ceiro e fıuência do prazo
A fıuência do prazo para a op
osiçāo dos em bargos 
de terceiro nāo está
condicionada à efetiva ciênc
ia do terceiro em re
laçāo à m edida constritiva
o prazo fıui existindo ou n
ão seu conhecim ento e
m relaçāo à constriçāo
por isso que a não utiıização dos e
m bargos de terceiro, m esm o por aqueıe
que tinha conhecim ento do a
to de constriçāo, nāo resulta na perda do direito
m ateriaı sobre o bem , cuja titularidade po
derá vir a ser discutida pela via
ordinária apropriada
9 5o D úvida pode surgir se , na espec
ífica hipótese do
parágrafo único do art 6 7 5 do 
C P C /15 , que não encontra correspondente
no cpC /7 3 , a não utilização dos em bargos 
de terceiros resulta na perda do
próprio direito m ateriaıÉ o que se buscará analisar no item seguinte
4 2 1 E fetiva ciência do terceiro N ã o utilizaç ä o dos em bargos
O parágrafo único do art 6 7 5 do C P C /15 não tem correspondente
no C P C /7 3 S ua redação é a seguinte :
" C aso identifique a existência de
terceiro titular de interesse em em bargar o ato, o juiz m andará intimáIo
pessoalm ente
0 dispositivo tem por destinatário o juiz, criando para ele o dever
de determ inar a ciência do terceiro na hipótese de verificar seu possível
interesse na oposição de em bargos de terceiro A regra, em certa medida,
com preende m itigaçāo ao princípio dispositivo, um a vez ser resultadode algum a dosagem de ativism o judicial conferida ao m agistrado, 9
51 tal
com o igualm ente pode ser verificado daqueıas extraidas do art 7° da Lei
9 5 0 " N o direito brasileiro
, a ação de embargos de terceiro
, 
de conteúdo im pugnativo, 
não é
obrigatória ou necessária ; fica ao terceiro o uso da açã o própria " poN T E s D E M IM
N DA
C om entáńos ao códtgo de processo civil
, tom o X V farts 1 0 4 6 1 10 2) R io de Jane
iro
Forense
, 
19 7 7
, p 4 5
9 5 1 C onfira se
, nessa linha de raciocinio
, aplicável a dispositivo sim ilar no processo c
oıetivoD ıD IE R J R
, 
F redie ; Z A N E T I J R
, H erm es C urso de diæ ito processual civir, vol4 Pro
cessocoletivo 8 E d Rev
, am pıe atualS aıvador JusP O D IV M
, 
2 0 1 3
, P 1 34
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No C pc : 
A nálise D outrinária sobre o N ovo D ireito processual Brasileiro
7 347
/85 9 
5 2 e do art13 9 , IX , do C P C /15 9 53 5 6 7
raz o 
áv e ı do pro
cesso (arts 4 o e 13 9
, 
I'
, do cpc/15j
, do dever de boa féobjetiv
a tart5
o do C P C /1 5 ), do dever d cooperaçāo para a obtençāo de
de pJbl
icidade dos atos processuais (art8° do C Pc/15), da eficiência (art
de maneı
ra plena e eficaz m ediante a observância das demais garantiasinefentes 
à cláusuıa do devido processo legal)
0 dispositivo nāo deixa evidenciado o momento em que a intimaçāodeve se dar P arece nos que se 0 juiz identifica possíve/interesse de terceiro
antes mesm
o de determ inar a prática do ato constritivo requerido pela parte,deve desde logo dar atendim ento ao com ando normativo a ele dirigido,
mandando intim ar pessoaım ente o terceiro N ada impede, contudo, que a
intimação seja pro cedida depois de já praticado o ato constritivo E m um ou
outro caso, o que nos parece fundam ental é que o juiz, antes de mandar
intimar pessoalm ente o terceiro, ouça am bas as partes sobre esse possível
interesse de outrem , inform ando lhes de que dará cum prim ento ao preceito
do parágrafo único do art6 7 5 do C P C /15 , e, com isso, oportunizando lhes
desistir ou requerer o cancelam ento da constriçāo T rata se de postura que
se amolda ao m odelo de processo orientado pela cooperaçāo N essa direçāo
é que o enunciado 18 5 do F P P C , que trata exatam ente ? regra contida no
parágrafo unico do art6 7 5 do C P C /15 , enuncia :
" 0 juiz deve ouvir as partes
antes de determ inar a intim açāo pessoal do terceiro
"
A interpretaçāo aqui pre conizada, de susten
tar necessária a intimaçāo
das partes antes de se proceder à intim açāo 
do terceiro, auxiıia, ademais,
na soluçāo de questã o que poderia assum
ir contornos mais tormentosos 
em
outro contexto A ssim , nāo nos parece q
ue a intimaçāo do terceiro r
etire o
caráter de facultatividade dos em bargos
D e modo que a sua n
āo utilização
nāo implica para o terceiro a perda 
do direito sobre o 
bem constrito, ficando
autorizado
, 
entāo
, 
a
, 
atendidas as pecu
liaridades do d
ireito tuteıado, e
da via ordinária cabível para deduzir 
sua pretens
ão
Scanned by CamScanner
5 6 8 T i' "Figu, jredo G l..5 . D ireito tutelável nos em bargos de terra
0o § 1° do art6 74 do C P C /15 preceitua que os em bargos p o derrı se rde terceiro proprŕetárro, inclusive fiduciário, ou possuidor N o i n" ly 
ĥ§ 2 ° do m esm o art6 7 4 tom a com o terceiro por equiparaçāo 0 credor corr)garantia rea/ O art6 7 7 , em seu caput, rem ete à prova sumária da posse oudom iitio o caput do art6 7 8 alude a prova de dom inio ou posse por firnart6 8 1 m enciona o reconhecim ento de dom iñìo, da m anutenção rÐ
ııı
, o
ou da reintegraçāo do bem ou do direito
" q P O SSe
Leiturados dispositivos desarticulada das bases e finalidades do institutopoderiam levar o intérprete a restringir o â m bito de cabim ento da açāo deem bargos de terceiro à defesa da posse do bem apenas com fundamentona posse em si ou com fundam ento no dom ínio
O que o em bargante objetiva com os em bargos de terceiro é inibi, oureprim ir a turbaçāo ou o esbulho da posse direta ou indireta que exerce sobreo bem objeto da constriçāo determ inada por decisã o judicialE ssa pretensāopode estar fundada na posse enquanto m ero fato (busca se
, no caso
, a tutelada posse com fundam ento na posse), quando entã o a açāo de embargosde terceiro assum irá natureza de verdadeira açāo possessória
, ou, entāopode estar fundada no dŕreito à posse, independentem ente da naturezareıaçāo juridica que the dá origem , ou seja, independentem ente de o direitoà posse ter fundam ento em direito real sobre a coisa ou de o direito à possedecorrer de reıaçã o jurídica obrigacionaıN esse sentido
, a liçāo de C láudiaC im ardi : " O s em bargos de terceiro podem ter com o fundam ento a posseem si m esm a considerada
, com o puro estado de fato desprovido de títulojurídico
, 
ou seja, o ius possessionis Todavia
, sāo estes igualm ente cabiveis,sem ter a posse com o fundam ento
, m as, sim , o dom ínio
, 
ou m esmo direitosde natureza creditícia \ 54 N ada obsta
, pois, que os em bargos de terceirosejam propostos por superficiário ou por locatário cuja posse é agredida
direito à posse em relaçāo ao bem
ou perturbada ou sofre am eaça de agressāo ou perturbaçāo, invocando o
V am os além
, para adm itirm os os em bargos de terceiro até m esmo paraa tutela de direito creditĺcio A este respeito
, em com entários ao art1 046do C P C /7 3
, com parando o ao que dispunha o art 7 0 7 do cpc/39 , pontesde M iranda aduz : " N ão se falou de 'direito'
, com o no código de 1939 , ma
sseria absurdo que nāo se adm itissem em bargos de terceiro se a penhorafoi de crédito
, ou outros direitos pessoais ( ), ou se arrestarem créditos ououtros direitos pessoais ( ), ou se sequestraram créditos ou outros direitosPessoais ( ), ou em caso de alienação judicial de créditos e de outro
sdireitos pessoais
, ou de arrolam ento
, 
inventário ou partiıha de crédito
s ouy s direitos pessoais É vulgar, em m uito ŝ livme r4 iı ırie ◆ a c falarse de
9 54 C IM A R D ı
, 
C láudia A n J
S ão P aulo R T 2 0 0 8
, p
A Parecida P roteçã o processua/da posse 2 E d Rev , atual
e amp
i
9 5 9 6
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Nov c
pcī An
áıise D outrinária sobre o Ny D ireito processi, al Bra s ileiroŢ X a exem pıificaçāo do art1 o4 7 e rrlo nenhum permitem qu
56 9
:-: ocorrem para em bargos de terceiro
, nāo t ; 0 titular direito real
enco
ntrado no art 1 o4 6 do CPċ 7 N ele a expressāo " bens sobre osquais 
tenha direito incom patíveľ" Permite extrair regra expressa no sentido
direitos cr
editicios, inclusive E ste é
, ademais o sentido do enunciado 186
e 681 deve 
ser interpretada em consonância com o art674fofma abrangente, adm ite os embargos de terceiro para 
/ ų
, caput, que. de
ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre quais tenha
afastar constrição
'direito incom pativeı com 0 ato constritivo' "
6 . L egitim aç ão ativa
O s em bargos sāo de terceiro Q ual é
, 
contudo
, o alcance do termo
terceiro para fins de legitim açāo ativa para tal ação, mormente diante do
que o texto norm ativo dispōe sobre a m atéria? N o Código, a legitimidade
para a propositura da açã o de em bargos de terceiros é regulada pelo art
674 do C P C /15 9 5 6
O caput do dispositivo atrela os em bargos de terceiro àquele que não é
parte no processo, e o § 1 · identifica taı terceiro com o proprietário, inclusive o
proprietário fiduciário, ou com o possuidor do bem O § 2
0 toma as situaçōes
Pontuais que enum era com o casos de terceiros p
or equiparaçāo, Para
conferirlhes iguaı legitim idade para o ajuizamento 
da açāo de embargos
de terceiro É preciso, entāo, dentro dos estreitos limites des
te opúscuıo,
955 P O N T E S D E M ıR A N D A C om entáríos ao código 
de processo civil
tomo X V ańs 1 04 6
em processo civiı
, 
atacou a esfera jurídico do terce
iro uma vez que 
nåo se trata de direito
956 A rt674 Q uem , não sendo parte no p
rocesso so
frer constrição ou 
ameaça de constr
içâo
Poderá requerer seu desfazim ento ou su
a inibição por 
meio de em
bargos de ter
ceiro 1
°
Os embargos podem ser de terceiro p
roprietário
inclusive fi
duciário ou p
ossuidor § 2
°
defende a posse de bens próprios ou de 
sua meação
ressalva
do o dispos
to no art84
3 ; 11 o
de desconsideração da personalidade j
urídica, de 
cujo inciden
te não fez p
arte ; Iv o 
credor
com garantia reaı para obstar exprop
riação judic īa 1 do 
objeto de 
direito rea
l de garantia
caso
Scanned by CamScanner
5 7 0 °
adequadam ente a 
legitim idade 
ativa na açã o de 
em bargos de terceiro95? '
E m outra oportuni
dade, tivem o
s a oportunidade de c onsignar : 958 ıı
de chiovenda que se 
colhe a defin
içã o de parte extraida de ï ı Ė"t
objeto do litígio por esta 
definiçāo, tom am s
e
, 
tam bém
, com o partes tarıto
aquele que exercita 
ação processua
l sem ser titular de um direito su bjĥ
m aterial ou de um a ação de 
direito m aterial, com o aquele em face de quern
a ação processual é prop
osta, sem que, 
contudo, esteja sujeito a um deyer
jurĺdico parte, então, é definida p
or chiovenda com o :
'
aquêle que deman(ia
em seu próprio nom e (ou em cujo 
nom e é dem andada) a atuaçāo duma
vontade da lei, e aquêle em 
face de quem essa atuaçã o é demandada'959
E sta definição tornou se clássica, v
indo a ser adotada por doutrinadores
das m ais variadas nacionalidades e tem pos
9 6 o N ã o se pode, contudo
, como
m ostra william couto G onçalves, aceitar a definiçã o de parte como sendo
9 5 7 A rt 1 o4 6 Q uem , não sendo parte no processo, so
frer turbaç ão ou esbulho na posse
de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos com o o de penhora, depósito, arresto
seqūestro, alienação judicial, arrecadaçāo, arrolam ento, inventário, partilha, poderá requerer
the sejam m anutenidos ou restituidos por m eio de em bargos
§ 1° O s em bargos podem ser de terceiro senhor e possuidor, ou apenas possuidor
§ 2 ° E quipara se a terceiro a parte que, posto figure no processo , defende bens que, pelo
titulo de sua aquisiçāo ou pela qualidade em que os possuir, n\o podem ser atingidos pela
apreensāo judicial
§ 3 ° C onsidera se tam bém terceiro o cô ruuge quando defende a posse de bens dotais
,
próprios, reservados ou de sua m eação
A rt 1 0 4 7 A dm item se ainda em bargos de terceiro
1 para a defesa ? posse, quando, nas açōes de divisã o ou de dem arcação, for o imóvelsujeito a atos m ateriais
, preparatórios ou definitivos
, 
da partiıha ou da fixação de rumosII para o credor com garantia real obstar aıienaçã o judicial do objeto da hipoteca, penhorou anticrese
9 5 8 G O N ÇA LV E S , Tiago Figueiredo O principio da atendibilidade do ius supervemens Tesede D outorado apresentada a P ontificia U niversidade C atólica de S ão paulo sob orientaçãoda P rofessora D outora C onsuelo Y atsuda M orom izato Y oshida S ão paulo
, 
2 0 0 2
, p235 e ss
S araiva
, 
19 6 9
, p 2 34
9 5 9 C H IO V E N D A
, 
G iuseppe Instituiçõ es de direito processual civilv II 3 ' E d S ão Paulo
9 6 0 R O D R ĹG U E Z
, 
A ntonio O caña P artes e terceros en e/proceso civilM adrid : cotex, 1997,
B osch
, 
19 5 0
, P 8 5 R O S E N B E R G
, 
Leo Tratado de derecho procesa/civilt 1 Trad: Ang
eıa
el proceso civilM adrid : La Ley, 2 0 0 0
, p 13 N O S E T E
, 
José A lm agro D erecho
ı : parte generalP rocesso C ivil : Volum e P rim ero Madrid : T rivium
, 
19 9 5
, P 38 5 M
ÉN DEZ,
S antos R io de Janeiro : B orsoi
, 
19 5 6
, P 2 12
E d V alencia : T irant Io B lanch, 2
003, P 
Scanned by CamScanner
No 
A náıise D outrinária sobre o N ovo Direito pro cessual Brasileiro
aqtje
le que pe
de ou
, 
em face de quem se pede po is hipóteses em que
5 7 1
assu
M e, uıter
iorm ente
, a condiçāo de parte no processo "
entre p
arcela da doutrina processual civil br ;;ĥ I neada por cândidoFįange
ı D i : am arco, que tom a como parte O s sujeito do c ontraditório instituído
nte aceitaçāo
vida alA
Cto (Cfr art 1 3 2 5 C Ód
, 
Cív), 0 -
'
/os suletos de /a relacìön
e/proceso 
los suíetos del contradíctorìo lnslituido ante e/juez
, 
/ os sujetos
pron unc
iar su providencia °9 6 1 A definiçāo, contudo
, 
também nāo satisfaz oassistente sim ples nāo é parte, mas sua atuaçāo como assistente o colocana condiçāo de suíeito do contradrtório M uito embora o assistente simplesnão seja parte, isto nāo faz com que deixe de ser suíeìto /}Tteressado
, 
tanto
que, se nāo tivesse 
interesse jurídico
, nāo poderia ingressar em juízo como
terceiro O assistente sim ples é, tam bém , sujeito do contraditório
, 
é também
sujeito interessado, e nã o é parte "
" pode se, entāo, definir parte, com a ressalva de que a relaçāo
processual em que figura pode ser ou nāo contenciosa, como :
'todo aqueıe
que (por si ou por outrem ), designada e determinadamente, originária ou
uıteriorm ente, figura na relação processual contenciosa, quer no polo ativo,
quer no poıo passivo, com O u sem interesse e legitimidade
1 11962
É preciso ir além A diferenciaçāo que Francesco C arnelutti faz entre
parte em sentido m aterial e parte em sentido process
ual, que Fredie D idier
JrDenom ina
, 
respectivam ente, de parte m ater
ial e parte processual, parece
nos extrem am ente relevante para o deslinde da 
legitimidade nos embargos
de terceiro D e C arnelutti, colhe se que pa
rte em sentido material é o s
ujeito
da lide ou do negócio, enquanto que p
arte em sentido proces
suaı é a parte
da lide que passa a ser tam bém sujei
to do processo, 
« 
en e/sentido de gue
figura na relaçāo juridica processua
l
,
"
assumindo qua
lquer das situaç
ōes
jurıdicas processuais, atuando com p
arcialidade e p
odendo sofrer a
lguma
0 6 1 ı ıp T ıı RTKıo r
RangelIntervençã o de terceiros 2
° ed S ão P au
lo : M alheiro
s 2000 P
16 DINAMAFCO
2o BuE N o cassio scarpinella par
tes e terce
iros no proc
es so c
ivil brasileiro
são P aulo
962 G O N ÇA LV E S W illiam C outo / rTterveïtç
. O de te
reeıros
B elo H ofizo
nte : D el R ey
19 96
963 C A R N E L U Ħ ı F rancesco Iusti
tucioue S d
e/proce
s O civif, vo
/ / Trad
S antiago S en
tis
M etendo B uenos A ires : E J E A 19 8 9 P
174 175
= 1
月
IA / de . o ntido : DINAMAFCO A D p Rderecho proc
esal civil
Trad: Santiago 
S entis
Scanned by CamScanner
5 7 2 
T iago Fig U e iredo G 0 "
ves
consequēncia com a dec
isã o" parte m a
terial ou parte do ıitígio é a que
titulariza a situaçã o jurídica pos
ta em juízo, Podendo ou nāo ser parte
processual
9 6 4
Terceiro, de sua feita, 
dize o W illiam C ou
to G onçaıves, "é todo aqttele
que não figura na relação p
rocessual na con
diç ã o de dem andante ou
dem andado, m as que dispõ e 
de certa m edida de relaçāo jurídica corn o
bem da vida ou com a situação juríd
ica conflitada , ou, ainda
, com outro
bem ou outra reıação jurídica, m as que p
odem tanto um a como outra sg,
afetadas em razão da decisão judicial, o qu
e o autoriza
, Por c o nseguinte
,
a ingressar no processo, volun
tariam ente ou por provocaçāo A noçāo
de terceiro , reafirm o, se perfaz com 
a noçāo de negaçāo g6 5 trata se de
conceito de terceiro que bem se am olda å s figuras intervencionais típicas
previstas no cpc/15 (à exceçã o do am icus cufJrae, que é figura m uito mais
próxim a a de um perito), assim com o, tam bém , à oposiçāo , reguıada no
novo C ódigo entre os procedim entos especiais É C O nceito , contudo
, que
nāo atende plenam ente à ideia do terceiro legitim ado à propositura da açāo
de em bargos de terceiro S e este terceiro, que se legitim a com o assistente
denunciado
, 
cham ado
, 
opoente, ou aquele em relaçāo a quem se deu
desconsideraçāo da personalidade jurídica pode ew ntualm ente ser terceirolegitim ado para fins de propositura da açāo de em bargos de terceiro
, assimcom o tam bém eventualm ente o pode aquele que é parte (aquele que ésom ente parte m aterial
, ou som ente parte processual), o alcance do termoterceiro para fins de em bargos de terceiro é m ais am pło
P ontes de M iranda afirm a que " nāo pode usar de em bargos deterceiro quem quer que esteja sujeito à efi cácia do ato judicial que pretendeem bargar"966 A parar desta precisa lfçã o, pode se identM car com o terceiro
,para lhs de / egrlim açã o à proposrtura da açã o de em bargos de terceiio,aguele culo pahĺ mônio ou culo bem especHico nã o está sujeito à ellcáciadb alo judicia/que pretende em bargar E ste legitim ado pode ser uma nãoParte, ou, ainda, um a parte na lide
, ou até m esm o um a parte no processo
em bargos de terceiro nāo é tāo abi lin,
"
a d,a denom inaçã o desta ação comorangente
, com o parece
, 
vez que terceiros
X ::: JR , Fredie curso de direito processual civil introduçã o ao direito processualcÍW paire gera/ e processo de conhecim ento 17 E d S alvador : Jus P odivm
, 
2 0 15 , P 28796 5 G O hXX Lv" , william couto Intervençã o de terceiros B elo H orizonte D eı R ey, 1996,
vador : Jus P odivm 2 0 15 , p 26 ï
9 6 6 P O N T E S D E M IR A N D A C om entários ao códrgo de processo ciw tom o X V farts 1 04ó
a qualquer eficácia do ato judicial ; e nāo há dúvida que o terceiro tam bém se pode opof 
a
- u e terceiros B elo H orizonte D eı R ey, 1 996 ,
Scanned by CamScanner
r 
ı
N cp D
outrinária sobre " y Direito p ro ce'Y !Brasileiro
hà qu
e não estão 
legitimados ao seu aforamento
, ao passo que partes
, emdetefm
ina das circunstâncias, legitimam Se Para tanto " 967
comprador
sigamos com exemplos Tem legitimidade ativa o promissário comprador
cuja prome
ss a nāo se encontra ainda inscrita no registro de imóveis É o que
ademais 
restou assentado no verbete 84 da Súmula do sTJ (É admissiveı a
oposição 
de embargos de terceiro fundados em aıegaçāo de posse advinda
do comprom
isso de compra e venda de imóveı
, ainda que desprovido do
registro), que tornou preju
dicado o entendimento antes externado no verbete
621 do ST F (Nāo enseja embargos de terceiro à penhora a promessa de
compra e ven
da nāo inscrita no registro de imóveis)968Em pıano atinente nāo
à admissibilidade dos embargos, sim ao seu mérito, mostrase acertada a
doutrina de H umberto T heodoro JrN o sentido de que na execuçāo ıastreada
por hipoteca 
o direito do promissário comprador sobre o bem cede passo
diante do direito reaı titularizado no credor hipotecário e na sequeıa que
dele decorre Por isso, a S umula 84 nāo teria aplicaçāo nesses casos vai
além para concıuir com igual acerto :
" M esmo que o promissário comprador
se apresente como tituıar de direito real de aquisiçāo por dispor de inscriçāo
no Registro Imobiliário, nāo terá como opô ıo ao credor hipotecário, se tal
inscriçāo for de época posterior à hipoteca O s direitos reais concorrentes
sobre a mesma coisa se exercitam segundo a ordem de constituiç\oO
direito de sequela aperfeiçoa se com a oponibilidade erga omnes, que
opera nāo só em face dos direitos pessoa
is
, 
mas iguaımente em face dos
outros direitos reais que the sejam posteriores
" Nāo foi este, contudo, o
entendimento adotado pelo S T J , que editou ver
bete deSumula em sentido
diametralmente oposto A ssim , o verbe
te 308 do STJ dispõe :
" A hipoteca
firmada entre a construtora e o agente finan
ceiro, anterior ou pos
terior à
celebraçāo da promessa de compra e 
venda, nāo tem e
ficácia perante os
adquirentes do imóvel
" A tese firmada na sůmu
ıa cria ruptura No sistem
a
legaı, ao inverter a ordem de prefer
ência do credor com g
arantia real
6
. 2 . cônļ ıge ou com panheiro para 
defesa de bem
É ıegitimado, conforme dispõe o inc
l do § 2 ° do art
674 ,
"
o cônjuge
ou companheiro, quando defe
nde a poss
e de bens p
róprios ou 
de sua
967 ARM EuN
, 
Donaldo D os embargos 
de terceiro 
Revista de 
Processo vo
ı62 (abrjun)
missárío compradrsem inscríção no reg
istrio imo
biliário sum
84 do S TJ In
aplicabilida
de
968 THEoD O R O 1 R H umberto Execução 
de hipotec
a Embarjgo
s de tereeiro 
maneìados por
Reyista de processo
, 
voı106 (abrjun)sã
o paulo : 
FT, 2002 , P 
コ
6 . 1 . P rom issário
Scanned by CamScanner
; 
574 
Tıago Flsueıredo G 0 n Çaıves
meaçêlo, ressalvado o d
isposto no ar
t843
" Existem hipóteses em qtıe tirr\
dos cönjuges ou companheiro, 
não sendo parte 
no processo em que o outro
cônjuge ou companheiro o 
é
, 
tem um de seus 
bens próprios a I c a nçacos
por ato constritivo Da
ĺ exsurge sua legitimida
de para oferecer e mbargos
de terceiro, visando a de
fesa da posse de 
bem que the é próprio
, e qtre
,
portanto, não se sujeita à respo
nsabiıidade patrimonial do executado
Em outras hipóteses, um dos 
cônjuges ou companheiro, não Sendo
parte no processo em que o 
outro cônjuge ou companheiro o é, tem urn
dos bens comuns alcançados por ato c
onstritivo Também em tais casos
exsurge a legitimidade do cônjuge ou 
companheiro para, sendo intimado
do ato constritivo, oferecer embargos 
de terceiro visando a defesa de sua
meação, que não se sujeita à responsabili
dade patrimonialCom a intimação
(citaçio ) da penhora do imóveı comum , esse cônjuge ou companheiro que
até entio não figurava no processo, assume tamb
ém a condiçāo de parte
,
podendo inclusive oferecer embargos à execução A regra do art674
,
§ 2°, I, busca exatamente assegurar que esse cônjuge O U companheiro
agora parte, possa oferecer embargos de terceiro ao lado dos embargos ä
execução, pois como aduz A ntônio Cabral, citado por Pontes de M iranda : · a
razāo é porque uma e a mesma pessoa a respeito de diverso direito e de
diversas pessoas se reputa Terceiro, o que é vulgaríssimo em direito" 969 0
enunciado 134 da Súmula do S TJ traz entendimento neste sentido
, conforme
seu texto : " Embora intimado da penhora em imóvel do casal
, o cônjuge do
executado pode opor embargos de terceiro para defesa de sua meação"
A regra que autoriza os embargos de terceiro para defesa da meaçãodo cônjuge que, não sendo parte no processo, é intimado da penhora, deveser interpretada em sintonia com a regra do art843 A ssim
, 
os embargosde terceiro nio tem o objetivo de impedir a alienaçāo do bem indivisível
, 
oua alienaçio apenas ? parcela do bem que se sujeita à responsabilidadepatrimonialA ntes
, visam a proteção de quantia equivalente à meaçãodentro do produto da alienaçāo O mesmo raciocinio se aplica no tocanteå quotaparte do coproprietário de bem indivisível penhorado em processono qual não é parte É de se destacar que a quantia da meação ou daquotaparte a ser assegurada ao embargante levará em conta o percentual
preço inferior
correspondente no valor da avaliaçāo, ainda que a arrematação se dê por
\
。
国
凱
,
969 PO NTES D E M IRA N DA Comenfańos ao oódigo de pnocesso ciw tomo X V arts 1
04ó
Scanned by CamScanner
Com efeito, se há o re conhecimento de fraude à execuçāo, para
declarar a ineficácia da alienaç\o do bem , significa dizer que o negócio foi
celebrado depois de estabelecida litispendência972 0 correndo sucessāo ou
nāo (art109 , § 1 o), intervindo ou nāo como assistente ıitisconsorciaı (art
109
, § 2°), os efeitos da sentença se estendem ao adquirente (art109 , § 3 
°)
A rigor, pois, o adquirente da coisa litigiosa (quando, pois, já es
tabelecida
litispendēncia) fica sujeito aos efeitos ? decisio finaı
973 Ainda assim , ė the
conferida por ıei art674 , § 2 °, ıi do C pC /15 ıegit
imidade para oferecer
embargos de terceiro se o bem q e ıhe 
foi transferido sofre constriçāo por
força de decisāo que declara sua ineficác
ia com fundamento em frau
de à
execuçāo O C P C /15 prescreve, ademais, 
em seu art137 , que 
depois do
acolhimento do pedido de desconsider
ação, a alienaçāo 
ou oneraçāo do bem
970 PO NTES D E M ıR A N D A Comentárros ao c
ódigo de proce
sso civiı, tomo 
X V arts 1 046
universaı ou singular, pendente a lide (ten
ha ou não hav
ido habiıitaçãoq
ue é simpıes 
inserção
Processuan está excluido dos embargos 
de terceiro; p
oIs 
X é terceiro sucede ã ž
tenha sido antes ou depois da sentença c
ondenatória
" poNTEs D
E MıFANDAcom
entários
1 046 a 1 1
02 Rio de 
Janeiro : F
orense
1977 P 
: 2 sobre a ıitispendēncia como requisito para a 
configuraç
å o da fra
ude à ex
ecução
:ĄLAMAC HA
, 
José EliFraude à execuç
ão direitos 
do credor 
e do adg
uirerJte d
e boafé
9 73AG UIA R JúNiO R
, 
R uy R osado de
Embargos 
de terceir
o : Fevista 
dos Tribu
nais VO
l636
(OUt)Sāo Pauıo : RT
, 
1988
, p 17 2
4
33
Scanned by CamScanner
6 . 4 . Q uem sofre constriç äo judicial de seus bgns po,força de desconsideraç ão da personalidade ju'"igde cujo incidente nã o fez parte
arts 133 e 13 7 regulamentaçāo sobreoincidente de desconsideração da personalidade jurídica O r e C O nhecimernojudicial da desconsideração da personalidade jurídica pressupõe
, pois
, aobservância de procedim ento próprio, realizado em contraditório
, sob penade nulidade da decisāo que atingir patrim ônio do sócio ou da p e s soajuridica(no caso de desconsideração inversa)
材
糞
垄
毛
籌
璽
諡
望
S e o procedim ento do incidente foi observado com a devida citaçāo dosócio ou da pessoa jurídica e a desconsideraçāo foi reconhecida
, eventualtransferência ou oneraçāo de bem pode ser tom ada como ineficaz ante aconfiguraçāo de fraude à execuçāo N esse caso, o sócio, em relaçāo a quemse deu a desconsideração da personalidadejurídica
, e que sofreu a constriçãosobre o bem supostam ente transferido em fraude
, 
tem legitimidade paraoferecer em bargos de terceiro com fundam ento no inciso II do § 2° do art6 7 4
, 
o m esm o valendo para a sociedade
, quando se dá a desconsideraçâoinversa O fundam ento determ inante para afastar a constrição girará emtorno da nāo caracterização da fraude à execuçāo
Já aquele que, mesm o nāo tendo sido parte no incidente dedesconsideraçāo da personalidade juridica
, ou que, sem nem mesmo tersido instaurado o incidente de desconsideraçāo, tem seu bem alcançadoPor constriçāo determ inada em decisāo judicial que desconsidera aPersonalidade juridica da parte, é para todos os efeitos terceiro legitimado àPropositura dos em bargos de terceiro A ıegitim idade do sócio ou da pessoaH i : ĦH ź ã - ş . iro exsurge, na hipótese,
A rigor, do próprio caput do art6 74 cria se regra suficiente para legitima
ro sócio ou a pessoa Jurídica à propositura dos em bargos de terceiro
O
a im portância de sua previsāo
, para rechaçar a proıação de decisõe
s dedesconsideraçāo da personalidade jurĺdica sem a instauraçäo do inciden
te,sem a devida observância do contraditório
do art6 74
O C P C 115 traz entre os seus
Scanned by CamScanner
r
N o v c
pc : A n
álise D outrinária sobre o N ovo D ireito pro c es s tial Bra s ileiro
expropr
iaç ã o judicial do objeto de direito eal de
legais dos atos e x P r o p r iatóriosr e s pectivos
0 bem gravado com garantia real nāo é ir
' nos termos
contlr
do, levado a efeito em relaçāo ao 
Judicial
, seja
IM urle à e x propriaçāo para
(cpc/7 5 art8 8 9 , inc V ) Efetivada com r e gularidade a intimaçāo o credor
a qual 
ad
-
outro turno, a 
intim açāo nāo acontece
, pode este sujeito cujo crédi o
embargos de terceiro visando a obtençāo de ordem que a afaste
, 
ıiberandoo bem A ssim , m uito em bora o sistem a nāo impeça de expropriaçāo o bemgravado com garantia real, Por outro lado assegura ao credor com garantiareal o direito de preservar o seu interesse
, 
impedindo a continuidade daexpropriaçāo do bem m ediante a via dos embargos de terceiro D e outroturno, dem onstrando o em bargado em sua defesa a configuraçāo de uma
das matérias enum eradas nos incisos I
, 
II e ıll do art68o
, pode afastar a
pretensão do credor em bargante 9 74
7 . L eg iti m aç ã o passiva
A specto dos em bargos de terceiro objeto de controvérsia em doutrina na
vigência do C P C /7 3 dizia respeito à legitim ação passiva Várias as p
osições
adotadas : um a prim eira, de que as partes no proc
esso em que determinada
a constriçāo figurariam sem pre com o litiscons
ortes necessários na açāo
de embargos 9 7 5 um a segunda, de que 
o Iegitimado passivo 
seria sempre
"
0 sujeito ativo
'
do processo em cujo bojo 
foi praticado o a
to constritivo,
com base nos dispositivos do cpc/7 3 , 
é extensível ao c
pc/1 5 : Essa, a 
meu veré a única
forma de conciliar sistem aticam ente os dispo
sitivos do có
digo de Proc
esso civil de 1
973 os
dos mesmos bens quando penhora
dos por outre
m É que, provan
do se a mso
lvëncia do
JúNioR
, 
H um berto curso de direito proce
ssual civil p
rocedimen 
to s especia
is 42 E d R
io
3 procedim entos especiais codilicado
s e da leg
islação esp
arsa, ju-
corıtenciosa 
e
juïjsdição w lunlárra 1 0 E d Rev e atual
S ão P aulo : 
S araiva, P
143 M O N
T E N E G P 0 
FıLH O
Scanned by CamScanner
5 7 8 
T iago \ き G "
..
( ), ainda que não tenha s
ido quem ind
icou o bem que foi penhora
por exem plo
' 9 76
, 
uma terceira, de q
ue a legitim idade passiva é da part
. 
e n
de sua parte, indicação direta 
e precisa do 
bem a ser apreendido''977
processo originário que 
deu causa ao a
to constritivo,
"
ainda que Haj
quarta, que sustenta nāo e
xistir litisconsórc
io necessário sempre
, j
a ele intervir ou nâo97e, um a quin
ta, negando a 
ıitisconsorciaçāo n e c essária
com o regra e afirm ando a nec
essidade de se verificar caso a caso a quernhpr se haveria litie n
as partes) ou se o rėu nos embargos se
ria apenas o sujeito a . i. ouApenas
o sujeito passivo do processo em que pro
ferida a decisão atacada 979 ; uma
sexta
, 
reconhecendo em princĺpio a legitim açāo do credor,
"
a quem aproveita
o processo executivo
"
,
"
ressalvadas duas hipóteses : a) cumu[açāo de
outra açāo (p ex , negatória) contra o executado ; e b) a efetiva e exclusiva
participação do devedor no ato ilegal (p ex , O devedor realizou a nomeaçāo
e
, 
apesar da oposiçāo do exequente, o juiz a deferiuT , sem deixar claro
se nas exceções enum eradas haveria litisconsorciaçāo ou legitimidade
apenas do devedor do processo princi pal 9ao ; e um a sétim a, que reconhece
a legitim idade passiva naquele que
"
ocupa a posição de demandante no
processo em que se determ inou a apreensāo judicial" , além do demandado
,"
quando tiver indicado o bem a ser apreendido" , caso em que haverá a
form açāo de litisconsórcio passivo necessário 98 1
N a jurisprudência do S T J a orientaçāo é de negar a litisconsorciação
passiva necessária com o regra, reconhecendo a
, 
contudo
, quando a
9 7 6 M A C H A D O A ntônio C láudio da C osta C ódigo de processo civif inteıpretado aïtio porartigo palägralo por palägralo 9 E d Rev e atualB arueri : M anoıe
, 
2 0 10
, p 14 379 7 7 G R E C O ĦLH O V icente D ireito processual civil brasileiro
, 
vo/ 3 processo de execuçãoa procedim entos especiais 2 0 E d Rev e atualS ão paulo : S araiva
, 
2 0 0 9
, p 268
escusada" dizer que sempre há litisconsórcio necessário nos em bargos de terceiro (p96)de m odo que ao terceiro é dado pedir a citação do executado
, esse, em qualquer ca
soé facultado intervir
, tom ando a figura que as circunstâ ncias da questão compusere
m
assistente do art54 ) " P O N T E S D E M ıR A N D A C om entários ao código cfe processo c
ivu,
P rocedim entos especiais do Cóďio de processo civirjuizados especjaits, vol2 , tomo //
SãoP aulo : S araiva
, 
2 0 11 p 15 1 pu uta l? , vu l & !9 8o A S S IS A raken de M anual da execuçã o 1o E d Rev
, atuaıe am pısão paulo : R
T t006
S R
9 4 6 a 1 10 21 2 E d R io de Janeiro Forense
, 1 9 8 0 3 6 2 N E R Y J R
, 
N elson F ïaude 
cor}llacredores e os embargos de terceiro R ev isla de o
, voı2 3 oulset) são 
I :H
PauLQN Z Q 3 6 Q
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cpc 
nálise D o
utrinária sobre o N ovo D ireito processual BrasileiroNOV 
5 7 9
; ipót e S e S 
em que 0 im óveı de terceiro foi constrito em decorrência de sua
par
a figur
af no poıo passivo dos E mbargos de Terceiro inexistindo
, como
sJste
ntado em c
onsiderável parcela da : t r i n a que traz're '& pecífica e
clara s
obre a legitim açāo passiva no § 4 do art677
, verbis " será legitimado
pass
iv o o sujeito a quem o ato de constriçāo aproveita
, assim com o o será
seJ a
dversário no processo principal quando for sua a indicaçāo do bem
para a 
constriçāo judicial
" E m outros termos
, existirá litisconsórcio passivonecessário se a indicaçāo do bem para constriçāo foi feita por parte diversada que dela se beneficia, ou, do contrário, figurará como réu apenas a partebeneficiária da constriçã o
l
艮
编
ー
直
8 . C om petência
0 juízo que determ inou a constriçāo é o competente para processar e
juıgar os em bargos de terceiro, os quais, por conseguinte, the sāo distribuıdos
por dependência, com autuaçāo em apartado D o caput do art6 7 6 extrai
se regra neste sentido , idêntica à que antes se encontrava prescrita no art
1 04 9 do C P C /7 3
O parágrafo único do art 6 7 6 do C P C /15 perm ite a form ulaçāo de
regra sem correspondente expressa no C ódigo revogado, para a específica
hipótese de constriçāo realizada por carta precatória 9 8 3 0 dispositivo
apresenta em seu bojo três diferentes situaçōes envolvendo constriçāo por
982 S T J R E sp 2 8 2 6 7 4 /S P Terceira T urm a R elM in N ancy A ndrighidata do julgam ento
3 4 20 0 1 D J 7 5 2 0 0 1 N o m esm o sentido : S T J R E sp 1 0 3 3 6 11/D F P rim eira Turm a R el
M in N apoıeāo N unes M aia F ilho
, 
data do julgam ento 2 8 2 2 0 12 D Je 5 3 2 0 12
Ainda : P R O C E S S U A L C ıV IL F R A U D E À E X E C U ÇÃO E M B A R G O S D E T E R C E IR O
LE G IT I M ID A D E pA S S IV A D O E X E C U T A D 0 1 D evem integrar o poıo passivo da ação de
embargos de terceiro todos aqueıes que, de algum m odo se favorec
eram do ato constritivo,
situaçāo na qual se insere o executado quando parte dele a iniciativa 
de indicar à penhora
o bem objeto da ıide 2 R ecurso especial a que se nega provimento
" S T J R E sp 7 39 9 8 5/
P R Q uarta T urm a R el M in Joāo otávio de N oronha, data do julgam en
to 5 11 2 00 9 D Je
16 11 ņ n n n I . U Y .
Nos embargos de terceiro
, 
há ıitisconsórcio necessário unit
ário entre o exequente e o
executado quando a constriçāo recai sobre imóvel da
do em garantia hipotec
ária pelo
devedor' S T J R E sp 6 0 1 9 2 0 /C E , Q uarta T urm a, R e
lM in M aria Isabel 
G alıotti, data do
julgarnento 13 12 2 0 11 D Je 2 6 4 2 0 12983 cpc/15 A rt 6 7 6 ( ) parágrafo único N os casos 
de ato de constrição rea
ıizadoPor carta os em bargos serāo oferecidos no juizo depreca
do, saıvo se 
indicado pelo juízo
d e PreGante o bem constrito ou se já devolvida a carta
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5 8 0 
es
precatória A prim eira em consonâ ncia co
m a regra geral de C O M petêrl
com petência para os em bargos de terce
iro , seguindo a regra geral ïe ĥ
dispunha o art7 11 do C P C /3 9
9 8 4 N O S C asos, C O ntudo, (1 ) de o beA c o nstritoser indicado pelo juízo deprecante , e (2 ) de já devoluç ã o da carta p r e catóriaa com petência é do juĺzo deprecante, a despeito de a constriçāo ter si
realizada pelo deprecado O texto do C P
C /15
, 
desse m odo
, passa a disporcom o norm a entendim ento firm ado pelo extinto T F R no enunciado 33 de suaS úm ula de jurisprudência, cujo conte Lıdo era o seguinte :
" 0 juĺzo deprecado
,
salvo se o bem apreendido foi indicado pelo juızo deprecante"
na execuç ã o por carta, é o com petente para julgar os em bargos de terceiro
,
8 . 1 . C om petência do tribunaı
Tendo sido a constriçã o originariam ente determ inada por tribunal
, ainda
que em grau de recurso , é dele a com petência para o processamento e
julgam ento dos em bargos de terceiro A ssim , exem plificativamente
, se
pıeiteada em prim eiro grau providência cautelar de indisponibilidade
, a qual
vem a ser indeferida por decisāo interlocutória im pugnada por agravo de
instrum ento a que o tribunal dá provim ento para determ inar a constriçāo, a
com petência para os em bargos de terceiro será do próprio tribunaı
9 . P rocedim ento
9 . 1 . P etiç ã o iniciaı. R ol de testem unhas
A petiçã o inicial deve atender os requisitos gerais discrim inados no art
3 19 do C P C /15 P ara fins de obtençāo de providência lim inar provisória,
visando a suspensāo da m edida constritiva sobre o bem e eventualmente
a m anutençāo ou a reintegraçāo provisória da posse, cabe ao em bargante
fazer de plano a dem onstraçāo de sua condiçāo de terceiro, bem como da
posse (enquanto fato), do fato jurídico constitutivo da relaçāo jurídica da
qual exsurge seu direito à posse ou outro direito sobre o bem , seja atravésde prova docum ental
, seja m ediante prova testem unhalA ssim , o rol de
testem unhas a ser trazido com a petiçã o inicial tem o objetivo exclusivode suprir a deficiência da prova docum entaı
, 
m ediante a reaıização de
audiência de justificaçāo (" audiência prelim inar" ) na quaı as testemunh
as
constantes do rol serão ouvidas
, para fins de exam e do requerimento 
de
tutela provisória A realizaçāo da audiência de justificaçã o não é cond
ição
Para a apreciação do requerim ento de tutela provisória lim inar, sendo a
ntes
e \ " de insuficiência da prova docum ental que instrui a inicial
9 84 C P C /3 9
, 
A rt7 11 A o juiz deprecado com petirá conhecer dos em bargos de terce
iro 
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Ţï I
9 , 3 . Em
bargo lim inar. T utela provisória de evidência
Temos que a decisão que aprecia o requerimento de embargo liminar
se enqu
adra como espécie de tutela provisória de evidência É dispensável
,
pois, p
ara a concessāo da providência provisória
, a demonstraçāo de
periculum 
in m ora T rata se de hipótese excepcional de tutela de evidēncia
para cuja con
cessāo, Por força de expressa disposiçāo legal, o magistrado
pode con
dicionar a apresentaçāo de cauçāo (art678
, parágrafo único
, 
do
CpC/15) A exigência de cauçāo nāo é medida impositiva, devendo ser
decorrēncia das circunstâncias do caso concreto D e outro turno, nunca
poderá ser fixa
da pelo juiz com o condiçāo para a concessāo do embargo
liminar no caso de o em bargante ser economicamente hipossuficiente
ozo para contestação
A citaçāo do em bargado é feita d iretamen
te na pessoa de seu advogado
constituído no processo principal, no bojo do qua
l determinada a constriçāo
do bem do em bargante
9 8 5 S om ente se exigirá a citação pe
ssoal, o que é
naturaı
, 
se o em bargado nāo tiver advog
ado constituído nos au
tos da açāo
principalA citaçāo do em bargado na p
essoa de seu advog
ado decorre de
previsāo legal, sendo, portanto, 
dispensada a ex
istência de procuraç
āo com
Para oferecer contestação, salvo q uan
do realizada au
diência de justificaç
ão,
O prazo de contestaçāo é de 
15 (quinze) dias, 
o qual se 
sujeita à
regra da contagem em dobro no c
aso de have
r ıitisconso
rtes passiv
os com
9g5 na vigencia do cpc/7 3 que nao con
tinha dispos
içao sim
ilardona
ldo armelin 
sugeria de
taı como ademais sucedia (com o Tam bém 
sucede no 
cpc/15) em 
sede de 
oposição 
e de
:b rj un) sāo pauıo R 1 9 9 1 p 4 o6o clóvis do c
outo e 
silva ap
licando p
orA na
logia a
comen 
' £ códrgo de processo civirvo/ xı
tomo //
atl5 1
o46 a '
' " s'"
auıo
RT l981 p 4 6 7
\
月
国
回
国
匡
디
9 . 4 . C itaç ã o do em bargado . P r
'
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5 8 2 Tiago F igueired
diferentes procuradores D ecorrido o prazo de contestaçāo
, o procediPassa a observar as regras do procedimento com um
cog n iç ão
terceiro é parciaı986 A pretensāo form ulada peıo em bargante é de inibi ; ou ijeafastar constriçāo judicial sobre bem seu C abe the tāo somente d e rn o rı stra r
ou seja, que o bem , " pelo titulo de aquisiçāo ou qualidade da posse"
, nāopode ser objeto de constriçāo judicial naqueıe processo E . Ërq$jrelaçāo que o em bargante m antém com o bem o libera da r e s p o n sabilidadpatrim onialD onaldo A rm elin foi direto no ponto, quando relacionou O rnérito
fundam ento do pedido nesta açāo há de ser a situação de terceiro ou de
dos em bargos de terceiro à configuração da legitim idade e do inte esse: "0
parte a este assem elhada
, 
bem assim com o de possuidor
, proprietário outitular de direitos reais ou pessoais O u seja, a situaçāo legitimante acopladaà existência de ato constritivo ou de am eaça de sua im inente c oncretizaçāoP or isso m esm o foi afirm ado que a causa petendi nos em bargos de terceiroalberga situações asseguradoras da presença do interesse de agir e dalegitim idade Ttg8 7
C om o bem anotado por H am ilton de M oraes e B arros : " A ıide
, nosem bargos de terceiro
, 
é restrita V ersará apenas a inclusāo ou a exclusāo dobem na execuçāo e não os direitos que o terceiro possa ter sobre a coisa ''988P or isso que a defesa do em bargado tam bém se cinge a discutir apenasa sujeiçāo ou nāo do bem à eficácia do ato judicial que the determinou aconstrição, ou seja, se o bem integra ou não patrim ônio legitimo sujeitoa responsabilidade patrim onial no processo N ão existe espaço para sePerquirir questōes atinentes ao títuıo de aquisiçāo do bem E xatamente porisso
, 
o S T J editou o verbete 19 5 de sua S úm ula de jurisprudência, concluindoPela im possibilidade de se pretender a anuıaçāo de ato jurídico invocandofraude contra credores no bojo de em bargos de terceiro O texto sumulado
contra credores "
expressa : " em em bargos de terceiro
, nāo se anula ato jurídico, por fraude
9 8 6 N esse sentido : N E R Y J R N elson F raude contra credores e os em bargos de terceiroR evista de P rocesso vol2 3 üulset) Sāo pauıo : R T 19 8 1
, p 9 0 B U E N O C assio S carpinellaC urso sistem atizado de direito processual civil procedim entos especiais do código 
deprocesso ciVil jujzados especiais V O / 2 tom o // S ão P aulo: S araiva 2 0 1 1 , P 1 4 8 A S
SıS
S ão P aulo : R T 19 9 1 p 4 0 6 0
9 8 7 A R M E L IN D O naldo D os em bargos de terceiro R evista de processo vol62 (abrĄun)
9 8 8 B A R R O S H am ilton de M oraes e com entários ao códrgo de pnocesso civilvolJx (
arts
ı
r
1 0 . Lim itaç õ es na
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5 8 4 
T ıago F 1 g U e ı r e d 0 
a ı Ve$
indevida se o ato de constriçã o é 
decorrênciade indicaçäo feita
devedor
, 
é dele a responsabilidade pe
los encargos da S U cumb i 
a
E ssa a orientaçã o contida no enuncia
do 3 0 3 da S úm ula do S T J
, verbis " ErTı
em bargos de terceiro, quem deu c
ausa à constriçã o indevida deve arca,
com os honorários advocatícios
"
A autoridade da coisa julgada vai se circunscrever ao com ando decisório
que reconhece ou nega a legitim idade da cons
triçāo, não im pedindo que o
interessado
, 
em dem anda futura, pleiteie o reconhecim ento o alegado direito
sobre o bem N a expressão de H am ilton de M oraes e B arros : 
ı ı A regra é
fazer a sentença de em bargos coisa julgada apenas sobre a licitude do ato
judicial, deixando ĺntegro o direito do em bargante e do executado " 992
D iante dos lim ites cognitivos im postos no procedim ento de embargosde terceiro
, 
nāo existe espaço para aplicaçã o da regra do § 1° do art503 doC P C /15
, que prevê a extensão dos lim ites objetivos da coisa julgada para o
exam e incidental da questão prejudicial
)
r 
n 
9 9 1 M E D IN A
, 
José M iguel G arcia ; A R A ÚJ O Fábio C aldas de ; G A JA R D O N ı, Fernando d
a
9 9 2 B A R R O S H am ilton de M oraes e com enttirios ao códrgo de processo civn vol/ x (
ańs

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