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caderno pedagógico 6º ano História 4º bimestre

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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
SUBSECRETARIA DE ENSINO 
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO 
 
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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
SUBSECRETARIA DE ENSINO 
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO 
COORDENADORIA TÉCNICA 
 
 ILMAR ROHLOFF DE MATTOS 
CONSULTORIA 
 
ROBERTO ANUNCIAÇÃO ANTUNES 
COORDENAÇÃO 
 
LUCIO CARVALHO IGNÁCIO 
ROBERTO ANUNCIAÇÃO ANTUNES 
 ELABORAÇÃO 
 
CARLA DA ROCHA FARIA 
JAIME PACHECO DOS SANTOS 
LEILA CUNHA DE OLIVEIRA 
SIMONE CARDOZO VITAL DA SILVA 
REVISÃO 
 
LETICIA CARVALHO MONTEIRO 
MARIA PAULA SANTOS DE OLIVEIRA 
DIAGRAMAÇÃO 
 
BEATRIZ ALVES DOS SANTOS 
MARIA DE FÁTIMA CUNHA 
DESIGN GRÁFICO 
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A ANTIGUIDADE ROMANA 
 Neste bimestre, vamos conhecer a Roma Antiga: uma cidade que se tornou um império. 
Vamos conhecer um conjunto de experiências e vivências de povos que, na Antiguidade, se 
estabeleceram na região da Península Itálica, na Europa. 
 Roma, a chamada Cidade Eterna, possui monumentos que atestam a grandiosidade de 
diferentes momentos da história, como os exemplificados abaixo. 
 
 
 
 O COLISEU 
 
 Com 524 m de circunferência, foi construído a mando 
do imperador Vespasiano, por volta do ano 70 d.C.. Servia 
como arena para as lutas entre gladiadores e também 
para outros entretenimentos da época. Vimos no bimestre 
passado, que o Coliseu foi escolhido em votação popular, 
como uma das atuais maravilhas do mundo moderno, 
demonstrando a importância deste monumento. 
 
jornallivre.com
.br 
ARCO DO IMPERADOR SÉTIMO SEVERO 
 
 Localizado próximo ao Forum romano, foi construído por 
volta do ano 203 d.C., para comemorar as vitórias militares 
desse imperador romano. Mandar construir arcos, para 
engrandecer seus feitos e vitórias, era uma prática dos 
diversos governantes de Roma. 
historiadaarte.pbw
orks.com
 
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 Observe, no mapa acima, a posição da Península Itálica no continente europeu. É uma região 
privilegiada em relação ao Mar Mediterrâneo, dividindo o Mediterrâneo em duas partes: ocidental e oriental. 
Essa localização foi muito importante quando ocorreu a expansão romana e o Mediterrâneo foi chamado de 
Mare Nostrum. Mais à frente, você entenderá melhor essa expressão, que está em latim, que era o idioma da 
Roma Antiga. 
 Observe também, no mapa, como a cidade de Roma se encontra numa posição privilegiada no 
território da Península Itálica. Com fácil acesso ao norte, ao sul e ao Mar Adriático, o domínio da península 
também foi facilitado no processo de expansão de Roma sobre essa e outras regiões da Europa. 
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Mar Mediterrâneo 
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A FUNDAÇÃO DE ROMA 
 
 Todas as cidades têm uma origem, um começo. Um momento único, no qual pessoas e povos se 
juntam para construir uma vida em comum. 
 Roma tem uma origem lendária. Vamos conhecê-la, através do relato do historiador Tito Lívio que 
escreveu “História de Roma” , concluída no século I. Em sua obra, ele nos conta que... 
 “Segundo uma antiga lenda da tradição romana, a cidade de Roma foi fundada pelos gêmeos Rômulo 
e Remo, filhos do deus Marte com a vestal Rea Sílvia, filha de Numitor, rei de Alba Longa. De acordo com 
a lenda, os irmãos gêmeos, ainda bebês, foram sequestrados, colocados em um cesto e jogados no rio 
Tibre por Amúlio, irmão de Numitor e que cobiçava o poder. A correnteza do rio os levou até a região do 
Monte Palatino, onde foram achados por uma loba. A loba os teria amamentado e, posteriormente, teriam 
sido encontrados, recolhidos e criados por pastores. 
 Quando cresceram, lutaram pela recuperação do trono e decidiram fundar uma cidade no local onde a 
loba os teria encontrado e amamentado. No entanto, tempos depois, ocorreu uma disputa entre eles pelo 
trono da cidade e pelo poder. Remo, com ciúme da preferência dos deuses por Rômulo, o atacou. Rômulo 
então matou seu irmão Remo e se tornou o primeiro rei de Roma. Isso teria acontecido no ano de 753 
a.C..” 
 
 lacom
unidad.elpais.com
 
Monumento na cidade de Roma, em referência a Rômulo e Remo. 
sportking.gr 
 Escudo da Associação Esportiva 
Roma, popular clube de futebol italiano, 
que, em seu símbolo, homenageia a 
fundação lendária da cidade. 
GLOSSÁRIO: vestal: sacerdotisa do templo dedicado à deusa Vesta, a deusa romana do fogo. 
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OS PERÍODOS DA HISTÓRIA DE ROMA NA ANTIGUIDADE 
 A história de Roma dura cerca de doze séculos, desde os primeiros povoamentos até o fim do Império. 
Ao longo desse tempo, os romanos acumularam poder e dominaram povos e territórios muito importantes 
para a futura grandiosidade do Império. Os historiadores dividem essa trajetória política em três períodos: 
- Realeza (da fundação da cidade até 509 a.C.) – pouco se sabe sobre este período. Dos sete reis que teriam 
governado a cidade, somente é comprovada a existência dos três últimos, de origem etrusca. 
- República (de 509 a 27 a.C.) – momento marcado por mudanças na estrutura social, econômica, política e 
pela expansão territorial. Ao final do período, a crescente concentração de poderes deu origem ao Império. 
- Império (de 27 a.C. a 476 d.C.) – neste período, ocorreu um desenvolvimento econômico expressivo e o 
aumento do poderio político da cidade. Nos últimos dois séculos do período, diversos acontecimentos internos e 
externos provocaram a desagregação do império. 
1yachtua.com
 
A região do Lácio (área dos primeiros povoamentos de Roma). 
No mapa ao lado, contando 
sempre com o apoio de seu 
Professor, pinte a região circulada 
que mostra o núcleo inicial do 
povoamento de Roma. 
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HISTÓRIA DE ROMA ANTIGA: LINHA DO TEMPO 
REALEZA 
Da fundação da cidade até 
509 a.C. 
 
 
REPÚBLICA 
De 509 até 27 a.C. 
 
 
 
 
IMPÉRIO 
De 27 a.C. a 476 d.C. 
 
 
 Mesmo lidando com palavras que ainda hoje são 
usadas, os povos do passado e outras sociedades muitas 
vezes os utilizavam com significados diversos daqueles com 
que os empregamos. Basta lembrarmos da democracia 
grega, bem diversa do atual conceito de democracia. Fique 
sempre atento! 
De acordo com os dados acima, responda: 
 
Quantos anos durou a república romana? __________________ 
 
E quantos anos durou o império? ________________________ 
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 Na página anterior, vimos os períodos da história política de Roma: REALEZA, REPÚBLICA e IMPÉRIO. 
Sabemos que muitos países atuais vivem sob esses regimes: alguns são repúblicas, tendo um presidente 
para governá-los; outros são governados por um rei ou imperador, sendo, portanto, uma monarquia, forma 
de governo que compreende tanto a realeza quanto o império. 
 Com a orientação de seu Professor, pesquise e registre, no espaço abaixo, alguns países atuais que 
sejam ou republicanos ou monarquistas. Um site que pode ajudar nessa pesquisa é: 
http://www.brasilescola.com/geografia/paises.htm . Boa pesquisa! 
 
 
 
 
 
Países que vivem sob o regime republicano: Países que vivem sob o regime monárquico: 
 
_____________________________________ ____________________________________ 
 
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OS PRIMEIROS HABITANTES DA PENÍNSULA ITÁLICA 
 Aproximadamente no ano 2.000 a.C., a Península 
Itálica foi invadida por povos vindos da Europa oriental. 
Eram os italiotas, que se dividiam em pequenos 
grupos, como os latinos, habitantes do Lácio, e os 
sabinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por volta do séc. VIII a.C., um outro povo, o 
etrusco, cuja procedência é desconhecida, se 
estabeleceu no noroeste da península. Os etruscos 
teriam ocupado a região do Lácio, impondo seus 
costumes, unificando todos os povos em um único 
centro de poder, a cidade de Roma. Pode-se dizer que 
essa atuação dos etruscos, na formação inicial de 
Roma, foi, em boa parte, resultado de um longo 
processo que incluiu o desenvolvimento da agricultura 
e do artesanato em bronze e cerâmica, associado ao 
fato de serem os etruscos também hábeis 
comerciantes. 
 
 
ARTE ETRUSCA 
Sarcófago de Larthia Seianti, uma nobre etrusca, séc. 
III a.C.. Museu Nacional de Parma, Itália. 
Vasos etruscos do século VI a.C. 
http://t3.gstatic.com
 
theoldbouquet.com
 
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 Depois dos etruscos, vieram os gregos, que ocuparam o sul da península e a Sicília, fundando a 
MAGNA GRÉCIA. Os gregos desenvolveram, na região, uma intensa atividade comercial. Ocorre, por 
essa razão, um aumento populacional. 
 Portanto, italiotas, etruscos e gregos foram os principais povoadores da Península Itálica. 
Sicília 
Sardenha 
Córsega 
Pompeia 
Gênova 
Cartago 
Volsinii 
Roma 
ETRÚRIA 
CAMPANIA 
Mar Mediterrâneo 
Mar 
Tirreno 
Mar 
Adriático 
Território etrusco 
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A REALEZA ROMANA 
 As informações sobre o período da REALEZA 
romana são muito escassas. Muito deverá ser 
descoberto ainda, graças às pesquisas dos 
historiadores, como também, às novas 
tecnologias e escavações arqueológicas que 
continuam a ser realizadas nas proximidades de 
Roma. 
 
 
 Nas obras de Tito Lívio e Virgílio, escritores 
romanos, aparecem os nomes dos antigos 
monarcas romanos, cuja existência não foi 
totalmente confirmada. Os quatro primeiros reis 
teriam sido latinos: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio 
Hostílio e Anco Márcio. A partir do séc. VII a.C., o 
Lácio ficou sob o domínio de reis etruscos: 
Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o 
Soberbo. Em 509 a.C. foi deposto o último rei, 
começando então um novo período para Roma: a 
República. 
 
 
Infopedia.pt 
 Mosaico romano que representa o poeta 
Virgílio, entre as musas gregas da poesia e da 
comédia, Calíope e Talia. O mosaico é uma 
arte que consiste na utilização de pequenas 
pastilhas de cerâmica ou mesmo pedrinhas, 
para formar uma imagem maior. 
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CONSTRUINDO O SEU PRÓPRIO MOSAICO 
 Agora, que você sabe o que é um mosaico, que tal construir o seu? Peça a orientação de seu Professor 
e, com pequenos pedaços de papel colorido, crie uma cena do cotidiano ou apenas uma figura, utilizando 
essa técnica tão ligada à arte romana. 
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A ORGANIZAÇÃO SOCIAL ROMANA NA ÉPOCA DA REALEZA 
 
 
O termo patrício vem de pater (pai), chefe poderoso 
das famílias que detinham privilégios na sociedade. 
Possuíam terra e gado. Eram os únicos a ter direitos 
políticos, jurídicos, civis e religiosos. 
 PLEBEUS 
 
Homens livres sem direitos políticos, como 
estrangeiros e imigrantes. Comerciantes, artesãos 
e camponeses também faziam parte dessa classe 
que representava a maioria da população. 
 ESCRAVOS 
 
Indivíduos que perderam sua liberdade em razão de dívidas ou, 
principalmente, quando aprisionados em guerras. Seu número era muito 
reduzido. Meros instrumentos de trabalho, sem nenhum direito, eram 
obrigados a trabalhar sob a ameaça de castigos corporais violentos. A 
crucificação era a pena máxima para os insubordinados. 
PATRÍCIOS 
 CLIENTES 
 
 Eram plebeus ou estrangeiros 
que se colocavam sob a proteção 
de uma família patrícia, prestando 
serviços. 
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OS CLIENTES 
“O que é um cliente? É uma pessoa livre, pobre ou rica, que se aproxima de 
um patrício em busca de proteção das leis para si e sua família. Como as leis só 
amparavam os patrícios, cada vez mais tornou-se necessário buscar ajuda de 
quem tinha poder. Criaram-se, então, laços de dependência mútua entre o cliente-
protegido e o patrício-protetor. Pela manhã, formavam-se filas na porta da casa do 
patrono/protetor: eram os clientes que vinham saudá-lo, vestidos com roupas 
especiais. Aos mais pobres eram oferecidas pequenas quantias de dinheiro, com 
que compravam os alimentos do dia. Era comum serem recebidos pelo protetor 
em sua mesa de refeição, onde se colocavam por ordem de importância.” 
Adaptado de: VEYNE, Paul. História da vida privada: do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1990. P. 98-99 
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CLIENTES 
PATRÍCIOS 
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• Classe social composta pelos privilegiados na Roma Antiga. 
• Período inicial da história romana. 
• Fundador lendário de Roma. 
• Um dos reis etruscos que governou o Lácio. 
• Um dos primeiros povos a ocuparem a Península Itálica. 
• Buscavam a proteção dos patrícios, em troca de serviços prestados. 
14 
X I J N R R G C X V C D E P L O I U Y G A I A 
E N I R U E O E W S X C L I E N T E S E T S E 
R P I O Q A B V T L K S A W C R L P T V D C N 
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M I A O W U D A J P Y W P A T R I C I O S I M 
É hora de caça-conhecimento! 
Preencha os retângulos e encontre cada uma das palavras no caça-
conhecimento. 
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A base da organização social romana eram os 
clãs ou gens, famílias formadas por aqueles que 
tinham um ancestral comum. No caso da região do 
Lácio, onde se desenvolveu Roma, sabe-se que 
havia clãs de origem etrusca, sabina e latina. Apesar 
da situação social e jurídica variar muito ao longo da 
história romana, as mulheres, por herança dos 
etruscos, tinham mais participação na sociedade que 
as mulheres da Grécia e conquistaram alguns 
direitos. Apesar disso, a mulher estava quase sempre 
sujeita ao poder de um homem, principalmente do pai 
(o chefe da família) ou do marido. Quanto ao 
casamento, eram os chefes de família que escolhiam 
e decidiam os casamentos das filhas, podendo 
realizá-los quando as meninas completassem doze 
anos. 
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 Você concorda que devem existir 
pessoas com mais direitos do que 
outras? Você acha justo? Que tal formar 
uma equipe para discutir essa questão? 
Combine com o seu Professor. Ao final, 
registre aqui a opinião da equipe. 
 
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_________________________________ 
 
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Você conhece mulheres que sejam chefes de família? 
 
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No Brasil atual, os direitos sociais e políticos são iguais para todos? 
 
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Você estudou o que era um cliente. Existe clientelismo no Brasil atual? 
 
____________________________________________________________ 
 
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ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NA REALEZA ROMANA 
 No período da realeza, como o nome já indica, o rei era a maior autoridade da cidade. Ele exercia o 
comando militar, conduzia as cerimônias religiosas, determinava as punições, como se fosse um juiz. Seu 
reinado era vitalício, ou seja, governava até morrer. Seu poder era controlado pelo Conselho de Anciãos ou 
Senado. Este órgão era formado pelos chefes dos clãs e tinha função consultiva, com poder para vetar as 
decisões do rei. Havia, ainda, a Assembléia Curiata (reunião de clãs ou gens), formada por alguns patrícios. A 
ela cabiam as decisões sobre as declarações de guerra e paz, a adoção de novas leis e a confirmação do novo 
monarca, pois o cargo de rei não era hereditário. Os patrícios, que controlavam o Senado romano, nunca se 
conformaram com o domínio etrusco sobre Roma. Em 509 a.C., aproveitando-se do enfraquecimento dos 
etruscos, por causa de guerras com os povos vizinhos, os patrícios derrubaram o rei etrusco Tarquínio, o 
Soberbo, e fundaram a República Romana. 
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A cloaca máxima, uma das mais antigas redes 
de esgoto do mundo, foi concluída no governo 
de Tarquínio, o Soberbo. 
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TARQUÍNIO, O SOBERBO. 
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A RES PUBLICA 
Em latim, república (res publica) significa coisa pública, ou ainda, bem comum. Na Roma 
Antiga, República significava um governo regido pelo interesse comum, em conformidade com a 
lei. Reformas contrárias aos interesses dos patrícios eram muito combatidas, como podemos ver 
no trecho do discurso abaixo reproduzido. 
 
República é uma forma de governo que se diferencia da Monarquia. Em vez de reis, com 
poderes hereditários e vitalícios, predominam as eleições periódicas para escolha do 
governante, cujo mandato é por um tempo determinado, como acontece no Brasil, nos dias de 
hoje. 
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 Tradução: “A reforma irá 
prejudicar os ricos. Por 
isso, nós, patrícios e 
senadores, unidos no 
Partido Aristocrático, 
somos contra.” 
* Obs.: o discurso está em italiano, 
 atual idioma falado na Itália. 
* 
SENADORES ROMANOS 
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O PODER NA REPÚBLICA ROMANA 
 Mesmo trazendo em seu nome a ideia do bem comum, a República que se formou em Roma, em 509 a.C., 
não atendia, no seu início, aos interesses da imensa maioria do povo, formada pelos plebeus. Ela beneficiava 
exclusivamente os patrícios, responsáveis por todas as decisões políticas. Assim, apesar de usarmos o termo 
República Romana, o sistema político apresentava restrições e privilégios. Para entendermos melhor como isto 
acontecia, vamos conhecer a estrutura do poder em Roma. 
A organização do poder na República Romana 
 
CÔNSULES: eram os dois magistrados principais, com poder 
semelhante ao dos antigos reis. Sempre eram escolhidos entre os 
mais importantes patrícios. 
DITADOR: tinha plenos poderes, pelo período máximo de seis 
meses. Sua nomeação era feita pelos cônsules, segundo 
proposta do Senado. 
SENADO: instituído no período da Realeza, era o órgão mais 
importante e poderoso da administração republicana, ao qual 
tinham acesso somente os patrícios. Os senadores possuíam 
cargo vitalício. No caso de graves crises internas ou de séria 
ameaça externa, o Senado suspendia o poder dos dois cônsules 
e transferia o comando romano ao ditador. 
ASSEMBLEIA CENTURIAL: assembleia do exército, da qual 
participavam patrícios e plebeus. Recebeu essa denominação 
porque seus componentes, os centuriões, durante as reuniões, 
organizavam-se em centúrias (fileiras de cem soldados). Cada 
centúria tinha direito a um voto e a Assembleia, em seu conjunto, 
possuía 98 centúrias patríciase 95 plebeias. A Assembleia 
Centurial decidia sobre declarações de guerra ou tratados de paz, 
votava as leis e elegia os cônsules. 
ASSEMBLEIA CURIATA: cuidava, basicamente, dos assuntos 
religiosos. Com a queda da Realeza, perdeu prestígio e poder. 
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Senatus Populusque Romanus (O 
Senado e o Povo Romano). Assim, 
pretendia-se mostrar a ligação 
entre o Senado e o povo, 
valorizando o poder do Senado. 
os símbolos abaixo eram 
símbolos de poder? 
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Quem colocava em prática as decisões governamentais, eram os magistrados romanos, cujos 
principais cargos eram: 
PRETOR: responsável pela aplicação da justiça. 
CENSOR: encarregado de recensear os cidadãos, de acordo 
com critérios de riqueza, a fim de elaborar o álbum senatorial. 
Cuidava, ainda, da conduta moral dos cidadãos. 
QUESTOR: responsável pelo tesouro público. 
EDIL: encarregado da conservação da cidade (limpeza, policiamento, 
abastecimento de água e gêneros alimentícios etc.). 
PONTÍFICE: responsável pelos assuntos religiosos. 
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Estátua do pretor Otávio 
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O censor Catão 
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Um edil 
O termo censor ainda está presente em nosso cotidiano. Ele se 
refere à pessoa que está encarregada de analisar determinadas 
obras artísticas, como filmes e peças de teatro, para classificá-las 
de acordo com a faixa etária apropriada. Temos também censo, 
termo que se refere à pesquisa ou levantamento feito por uma 
instituição. Não podemos confundir com senso, termo que diz 
respeito ao julgamento que fazemos das atitudes e opções 
cotidianas, julgando-as certas ou erradas. E também utilizamos o 
termo pontífice, hoje referente ao Papa. 
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Você aprendeu, nas páginas anteriores, que os cargos mais importantes e as 
decisões ficavam a cargo dos patrícios no início da República. Que, apesar dos 
plebeus constituírem a maioria da população, não tinham poder de decisão. 
Agora, contando com a ajuda de seu Professor e de seus colegas, tente fazer 
uma relação com os dias atuais: a maioria do povo, hoje, tem sua importância 
reconhecida e seus direitos realmente garantidos? Escreva aqui os pontos principais 
da discussão. 
 
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AS LUTAS DE CLASSE: PATRÍCIOS X PLEBEUS 
 O período republicano teve início sob o controle 
aristocrático dos patrícios. Apesar dos plebeus 
representarem uma grande parcela da população romana, 
sua participação política era limitada. Sua condição 
econômica era bastante instável, embora alguns 
conseguissem até enriquecer, pagassem impostos e 
participassem do exército. Mas, apesar disso, não podiam 
exercer nenhum cargo importante no governo, controlado 
pelos patrícios. O casamento entre plebeus e patrícios 
também era proibido. Essa situação descontentava os 
plebeus mais ricos e influentes. Os plebeus reclamavam 
da escravidão por dívidas, que era uma ameaça 
constante. Diante desse quadro, explodiram sucessivos 
conflitos entre os séculos V e IV a.C., como em 494 a.C., 
quando os plebeus foram convocados para uma 
campanha militar. A fim de lutar por seus direitos, 
retiraram-se de Roma e ameaçaram não participar do 
exército, exigindo maior participação política. Os patrícios 
viram-se sem saída, pois, afinal, a maioria dos soldados 
romanos eram plebeus. A atitude da plebe não deixou 
alternativa aos patrícios, senão lhes conceder direito de 
representação. Surgiram, assim, para representar os 
plebeus, os TRIBUNOS DA PLEBE. O tribuno podia vetar 
(anular) as leis que considerasse contrárias aos 
interesses dos plebeus. 
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A LEI DAS DOZE TÁBUAS E O DIREITO ROMANO 
 Até então, as leis que vigoravam entre os romanos eram baseadas 
nos costumes e transmitidas oralmente entre os patrícios. Em 450 
a.C., pressionados por novas revoltas plebeias, os patrícios 
convocaram dez juristas, escolhidos entre os dois grupos sociais, e os 
incumbiram de redigir um conjunto de leis. O trabalho dos juristas 
resultou num código jurídico gravado em 12 tábuas de bronze, a LEI 
DAS DOZE TÁBUAS, leis iguais para todos. 
 
 
 
 A LEI DAS DOZE TÁBUAS veio para substituir o direito 
consuetudinário que, interpretado pelos patrícios, nunca favorecia os 
plebeus. Aos poucos, a plebe conquistou novos direitos. Em 445 a.C., 
instituiu-se a LEI CANULEIA, que permitia o casamento entre pessoas 
dessas duas camadas sociais. Mesmo assim, essa possibilidade 
estava mais ao alcance dos plebeus que haviam enriquecido. Outra 
grande conquista foi a LEI LICÍNIA, de 367 a.C., que, atendendo uma 
antiga reivindicação dos plebeus, proibiu a escravização por dívidas. 
GLOSSÁRIO: 
direito consuetudinário - aquele que é baseado nos costumes e tradições, não precisando estar escrito; 
juristas ou jurisconsultos: - pessoas com conhecimento das leis e que possuem autoridade para dar pareceres sobre assuntos jurídicos. 
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A LEI DAS DOZE TÁBUAS 
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A EXPANSÃO ROMANA: A CONQUISTA DA ITÁLIA 
 Desde muito cedo, os romanos entraram em conflito com seus vizinhos por terras e bens. Aos poucos, 
foram formando um grande exército e passaram ao ataque. Nas guerras com as cidades vizinhas, Roma, 
muitas vezes, tornava os povos vencidos, seus aliados. Estes passavam a fornecer soldados para auxiliar as 
tropas romanas e, em troca, recebiam proteção de Roma. Os romanos ficavam com parte da terra 
conquistada, que era convertida em “terra pública” (ager publicus, em latim). Estas terras acabaram sendo 
alvo de disputas entre os patrícios e os plebeus sem terra. 
 
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GÁLIA CISALPINA 
NÚCLEO INICIAL 
MAGNA GRÉCIA 
Expansão 
A EXPANSÃO DE ROMA – SÉC. IV A.C. 
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Observe, no mapa ao lado, 
sob a orientação do seu 
Professor, a expansão 
romana a partir de seu 
núcleo inicial. 
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A EXPANSÃO DE ROMA E O EXÉRCITO 
 “A principal razão para o sucesso e a expansão de Roma foi seu exército – o maior e melhor da sua 
época. Soldados eram enviados aos quatro cantos do império para sufocarrebeliões e guardar as 
fronteiras. Durante os períodos de paz, eles moravam em fortes de madeira ou de pedra, onde 
continuavam treinando, exercitando-se e se preparando para a guerra. Não era tão empolgante quanto a 
guerra em si e eles ansiavam por um conflito se houvesse paz durante muito tempo. Se fosse um cidadão 
romano, você poderia se alistar no exército como legionário. Os não-cidadãos se alistavam como 
auxiliares. Cada legião tinha 5 mil soldados, divididos em unidades menores, chamadas de centúrias.” 
 GANERI, Anita. Como seria sua vida na Roma Antiga? São Paulo: Scipione, 1996. p. 36. 
 Entre os séculos V e III a.C., os romanos, com seu poderoso exército, conquistaram toda a península itálica. 
As conquistas ocorriam em consequência de uma política de defesa e proteção, diante do perigo representado 
pelos povos vizinhos. Ocorria, ainda, a busca pelo controle de recursos necessários ao abastecimento da 
própria população romana, desde terras férteis até regiões produtoras de matéria-prima. 
 O segundo movimento de expansão territorial ocorreu nas regiões do mar Mediterrâneo, principalmente em 
sua parte ocidental. Procurava-se expandir a atividade comercial. A expansão, entretanto, encontrou firme 
resistência dos cartagineses. Cartago, uma cidade africana fundada pelos fenícios, mantinha colônias na 
Córsega, na Sardenha, na Sicília, na península Ibérica e no próprio norte da África, controlando praticamente 
todo o comércio marítimo no Mediterrâneo ocidental, como você pode observar no mapa da página seguinte. 
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“Delenda est Carthago” 
 A expressão acima, em latim, significa: Cartago deve ser destruída! Segundo os historiadores, era assim que 
o senador Catão terminava cada um de seus discursos, mostrando a necessidade da vitória romana sobre Cartago, no 
período final das Guerras Púnicas. 
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Territórios dominados por Cartago até 220 a.C. 
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 A disputa pelo controle do Mediterrâneo ocidental foi o motivo 
principal das guerras entre Roma e Cartago. Tais guerras foram 
chamadas de Guerras Púnicas (264 – 146 a.C.), porque os 
romanos chamavam os fenícios de phoenis, púnicos. 
 
 
 
 
 O conflito começou com a disputa por territórios na Sicília. Os 
romanos saíram vitoriosos e receberam como recompensa a 
Sicília, a Sardenha e a Córsega, além de considerável 
indenização. Eram as primeiras conquistas fora da área 
peninsular. 
 
 Os cartagineses, desejando se vingar, armaram-se 
novamente. Com um poderoso exército, liderado por Aníbal, 
obtiveram várias vitórias, mas tiveram que recuar para defender 
Cartago, atacada pelos romanos. O último confronto desenrolou-
se na própria África. Diante do crescimento de Cartago, os 
romanos sentiram-se ameaçados. Enviaram um exército à 
cidade, que a destruiu, escravizando a população e 
incorporando a região aos seus domínios. 
 
 
 
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ANÍBAL 
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GUERRAS PÚNICAS 
AS GUERRAS PÚNICAS 
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 Ao final das Guerras Púnicas, Roma não era mais só uma cidade. Era um verdadeiro Império. Controlava toda 
a península italiana, o norte da África e a península Ibérica. Com a derrota de Cartago, principal rival no 
Mediterrâneo, este mar passou a ser chamado de Mare Nostrum (nosso mar) pelos romanos. Depois de 
conquistar terras a oeste, os romanos voltaram-se para o leste, onde se apossaram da Macedônia, da Grécia e de 
vários reinos da Ásia Menor. Em seguida, já no século I a.C., comandados por Júlio César, completaram a 
conquista da Gália (aproximadamente onde hoje estão a França e a Bélgica). Anos depois, os romanos tomaram 
as terras em volta do mar Mediterrâneo, invadindo o Egito e o norte da África. 
 
 Para manter suas conquistas, Roma investia em mais do que um poderoso exército. Para facilitar as 
comunicações e o comércio e, também, para manter a agilidade das tropas, em casos de revolta em seus 
territórios, desenvolveu a construção de estradas pavimentadas com pedras, tão bem feitas que, em alguns casos, 
são ainda encontradas em bom estado. Desde esse tempo até hoje, um ditado popular já fazia menção à 
importância das estradas romanas: “Todos os caminhos levam a Roma”. 
Estradas romanas: 
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OS RESULTADOS DA EXPANSÃO 
 
 
 As conquistas trouxeram mudanças profundas na vida dos romanos: 
 
* um grande afluxo de riquezas para Roma, provenientes das áreas conquistadas, e o aumento das trocas 
comerciais; 
 
 
* a concentração das terras conquistadas nas mãos da aristocracia romana (formação de latifúndios); 
 
* o aparecimento de novos grupos sociais, ligados à expansão comercial, como mercadores e banqueiros 
(chamados homens novos), aumentou o êxodo rural, a quantidade de pobres na cidade (chamados 
proletários), além do enriquecimento dos cobradores de impostos nas áreas conquistadas (chamados 
publicanos); 
 
* como resultado da marginalização dos plebeus e da ampliação do número de escravos, além do êxodo rural 
daí decorrente, as cidades tornaram-se superpovoadas, contribuindo para um período de fome, epidemias e 
violência. Para controlar esta massa urbana, o governo da República inicia a política do Pão e Circo – 
distribuição de alimentos e diversão gratuita. Com isso, o Estado Romano procurava controlar as 
manifestações em favor de uma reforma agrária; 
 
* ocorrência de guerras civis em função da nova configuração social, na qual se opunham a velha e a nova 
aristocracia, grupos dirigentes e massa empobrecida, senhores e escravos. Tais guerras acabaram por 
enfraquecer as instituições políticas e arruinar a República; 
 
* os pequenos agricultores, que se alistaram no exército, ao retornarem, encontravam as suas terras 
devastadas ou incorporadas ao patrimônio de um aristocrata. 
 
 
 
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A REPÚBLICA EM CRISE 
 
 Com a crise republicana, as terras foram controladas pelos 
aristocratas, que se transformaram em latifundiários. Como a 
mão de obra escrava tinha aumentado com as conquistas 
militares, não havia trabalho no campo. Os escravos se 
revoltavam. As cidades inchavam. 
 
 Quando o cônsul Mário promoveu a reforma militar, em 107 
a.C., instituindo o pagamento de salário aos soldados, além do 
que recebiam como parte dos saques de guerra e terras, 
criaram-se a título de recompensa, laços de lealdade dos 
soldados para com seus comandantes. Os generais, por sua 
vez, usavam as tropas para obter poder político, pressionando 
assim o Senado. Desta crise resultaráuma nova organização 
política: o Império. 
 
 
 
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ROMA: DA REPÚBLICA PARA O IMPÉRIO 
 Com o objetivo de colocar um fim às ambições 
políticas de Mário, o Senado nomeou um general 
patrício como ditador perpétuo. Sila assumiu esse 
cargo inovador na República Romana, dando sinais 
de que esse regime político, dali por diante, já não 
seria mais o mesmo. Mário morre e todos os seus 
aliados são perseguidos e eliminados por Sila. No ano 
de 79 a.C., Sila renuncia e em seu lugar assume o 
Primeiro Triunvirato, uma forma de governo em que 
o poder é dividido entre três pessoas, no caso, por 
três generais: Júlio César, Pompeu e Crasso. Daí por 
diante, percebe-se que a República dá lugar a um 
poder extremamente centralizado, em que o Senado 
perde um pouco de sua autoridade, não só sobre o 
exército, mas também sobre o próprio Estado. 
 O primeiro triunvirato apoiava o seu poder na 
popularidade dos generais com seus legionários. E 
entre os três, o mais habilidoso e popular era Júlio 
César, “o conquistador da Gália”. Feitos militares 
como este, fizeram dele o mais admirado e 
fortalecido general, aumentando o seu prestígio, 
não só entre os soldados, mas também em toda a 
população romana. Com a morte de Crasso, numa 
batalha em 53 a.C., essa grande popularidade de 
César incomodou bastante os membros do Senado 
que, de imediato, manifestaram todo o apoio ao 
general Pompeu, elegendo-o cônsul único e 
retirando de César seus poderes sobre a Gália. 
POMPEU, JÚLIO CÉSAR E CRASSO: O 1º TRIUNVIRATO 
brasilescola.com
 
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 Essa tentativa de enfraquecer Júlio César e suas 
pretensões políticas provocou nele uma reação 
imediata. César não acatou as ordens, pois 
desconfiava das intenções do Senado e sabia que, se 
desorganizasse suas tropas, perderia seu poder e 
teria suas pretensões políticas frustradas. Em 49 a.C., 
atravessou com suas legiões o rio Rubicão (que 
separava a Itália da Gália), limite de sua jurisdição, e 
disse a famosa frase: Alea jacta est (“A sorte está 
lançada"). Com seu exército, Júlio César invadiu 
Roma, aliou-se à rainha do Egito, Cleópatra (após 
contribuir para a sua ascensão ao poder), e derrotou 
Pompeu, dando início a um governo pessoal. 
Ocorreu, a partir daí, uma profunda centralização do 
Estado Romano, isto é, o soberano César passou a 
concentrar, em suas mãos, amplos poderes. Vale 
lembrar que um dos termos ao qual se relaciona a 
palavra imperador é general. 
 
 
JÚLIO CÉSAR 
 César enfrenta várias conspirações dos patrícios 
no Senado, que viviam apavorados com a poderosa 
força política de Júlio César. Em 44 a.C., ocorreu, 
no próprio Senado, o assassinato de César, 
apunhalado por 33 senadores, inclusive por seu 
filho adotivo, Brutus. 
 Os aliados de César, apoiados pelo povo 
romano, impediram que esse golpe desse certo e 
organizaram o Segundo Triunvirato, formado 
pelos generais Marco Antônio, Lépido e Caio 
Otávio, sobrinho de César. 
GLOSSÁRIO: Jurisdição - local sobre o qual se tem poder. 
ib3tv.com
 
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 Porém, intensas disputas pelo legado de 
César, entre os generais do Segundo 
Triunvirato, provocaram uma nova divisão do 
poder: o Ocidente (Europa) fica para Otávio, 
enquanto o Oriente (Ásia) fica sob o controle 
de Marco Antônio. Lépido assume o poder 
das regiões localizadas na África e na 
Espanha. Lépido, entretanto, em 36 a. C., foi 
afastado do poder por Otávio, que assumiu 
sozinho o controle de todo o Ocidente. Logo 
surge o conflito com Marco Antônio, que 
vinha se fortalecendo no Oriente, após forjar 
uma aliança com Cleópatra, rainha do Egito. 
Otávio, em 31 a. C., derrota o exército de 
Marco Antonio que, então, se suicida ao lado 
de sua amada Cleópatra. Finalmente, Otávio 
retorna para Roma como vitorioso e assume 
o poder de forma única, sendo aclamado 
como Augusto, Imperador de “todas as 
Romas“ (chefe supremo do Exército), Sumo 
Pontífice (chefe religioso) e Príncipe (o 
principal cidadão) romano. 
 
LÉPIDO 
historialuniversal.com
 
MARCO ANTONIO 
dec.ufcg.edu.br 
OTÁVIO 
O 2º triunvirato. 
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 Foi durante o Império que Roma alcançou sua 
extensão máxima, ocupando a Europa, da Península 
Ibérica até o Rio Reno e o Rio Danúbio, a Ásia Menor, o 
Oriente Médio e o norte da África. 
 
 Durante o governo de Augusto, Roma viveu a era 
conhecida como a Pax Romana. Nesta fase, Augusto 
reorganizou as tropas militares, construiu diversas 
estradas que facilitariam os deslocamentos e as 
comunicações, e iniciou a política de bom 
relacionamento com as regiões para as quais se 
expandiria o Império, buscando manter, assim, a 
supremacia de Roma. 
 
O PERÍODO IMPERIAL 
paxrom
anafrica.
org 
AUGUSTO 
 Você sabia que Júlio César e Augusto inspiraram o 
nome de dois meses de nosso calendário? 
 Se você nasceu nos meses de Julho ou Agosto, 
saiba que deve a esses personagens da história 
romana, o nome dos meses em que nasceu. 
italiam
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.br 
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 Ao longo de sua duração, o Império Romano foi 
governado por várias dinastias, mas foi no período 
de 96 a 192 da era cristã, durante a dinastia dos 
Antoninos, que ocorreu a fase dourada do 
expansionismo imperial, período de apogeu das 
conquistas romanas, quando atingiu sua maior 
extensão territorial, acompanhada de grande 
prosperidade econômica. A extensão do Império 
Romano nesse período você pode observar no mapa 
da próxima página. Vá até ele. 
 
 
 
 
 Observa-se, nessa fase, um desenvolvimento do 
comércio, com grande afluxo de riquezas para 
Roma. Por outro lado, esses imperadores 
mantiveram uma política de conciliação em relação 
ao Senado, com exceção do último. Os imperadores 
desta fase foram: Nerva, Trajano, Adriano, Antonino 
Pio, Marco Aurélio e Cômodo. 
 
 
NERVA 
livius.org 
TRAJANO 
cafehistoria.ning.com
 
ADRIANO 
italiaoggi.com
.br 
ANTONINO PIO 
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ons.w
ikim
edia.org 
MARCO AURÉLIO 
educacao.uol.com
.br 
CÔMODO 
ihaa.com
.br 
OS ANTONINOS 
GLOSSÁRIO: dinastia - soberanos pertencentes a uma mesma família. 
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Expansão do Império Romano em seu apogeu, por volta do ano 117. 
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ikipedia.org 
Observe que, neste mapa, algumas regiões da Europa têm nomes bem diferentes dos que vemos atualmente. Com 
a orientação de seu Professor, pesquise e escreva, nos espaços indicados, os nomes atuais dessas regiões: 
 
Hispânia - __________________ Lusitânia - _____________________ 
 
Britânia - ____________________ Gália - _______________________ ib
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 A mão de obra escrava tornou-se a base da 
economia romana e deixou uma multidão de 
plebeus sem ocupação. Nessa escravidão antiga, 
não era a cor da pele que determinava a condição 
de ser escravo. Eram os povos vitimados pela 
expansão, que forneciam os escravos 
necessários para Roma. A política expansionista 
do Império garantia a obtenção de mais escravos. 
Assim, a plebe passou a ser um peso para o 
Estado, na medida em que este era obrigado a 
criar políticas públicas que atendessem a essa 
massa de miseráveis. Uma iniciativa bem aos 
moldes da cultura romana foi o chamado “pão e 
circo”. Com a necessidade de conter os anseios 
populares, o Estado passou a aumentar a 
distribuição de trigo para os mais pobres e a 
promover espetáculos teatrais e circenses, além 
da luta de gladiadores. Eram formas pelas quais o 
governo entendeu ser possível desviar as 
atenções do povo, dos graves problemas sociais: 
muita miséria e injustiça. 
A VIDA COTIDIANA EM ROMA IMPERIAL: A ESCRAVIDÃO ANTIGA 
GLADIADOR 
rrpg.com
.br 
Você sabia que o termo “gladiador” tem origem na espada curta que eles 
usavam, chamada “gládio”? 
Essa espada possuía uma precisão maior. Por essa razão, era a preferida 
dos lutadores, chamados então de gladiadores. 
sohistoria.com
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 Sabemos que a escravidão, no Brasil, acabou 
oficialmente com a assinatura da Lei Áurea, em 
13 de maio de 1888. Infelizmente, porém, ainda 
nos deparamos com relatos de trabalho escravo 
no Brasil de hoje. 
 Com o apoio de seu Professor, debata com 
seus colegas sobre essa triste realidade e sobre 
a importância de serem respeitados os direitos 
dos trabalhadores. Registre aqui suas 
conclusões. 
 
_______________________________________ 
 
_______________________________________ 
 
_______________________________________ 
 
_______________________________________ 
 
_______________________________________ 
 
_______________________________________ 
 
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ARTE E CULTURA ROMANAS 
 A arte romana foi muito influenciada pelos 
etruscos e pelos gregos. Os afrescos (murais 
característicos da pintura romana), buscavam 
retratar cenas do cotidiano de Roma, servindo 
para a decoração de espaços internos das 
casas romanas. Pesquisas arqueológicas, do 
século XIX, realizadas na região das antigas 
cidades de Pompeia e Herculano, tornaram 
mais conhecidas as pinturas romanas. 
setecolinasderom
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ebs.com
 
historiadaarte.com
.br 
 A preocupação e a atenção aos detalhes 
também podem ser vistas nas esculturas 
romanas. Nos bustos esculpidos pelos artistas 
romanos, marcas de expressão e até as 
rugas, são perfeitamente observáveis. Mesmo 
nos bustos, que homenageavam imperadores, 
esses traços podem ser vistos, como nos 
exemplos abaixo. 
portalsaofrancisco.com
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Busto do imperador Adriano 
klickeducacao.com
.br 
Busto do imperador Tito 
Pintura Escultura 
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 A maior expressão da arte romana se encontra na arquitetura. Grandes construções e monumentos 
exemplificam a grandiosidade da arquitetura romana. Arcos para registrar os triunfos militares, aquedutos 
que auxiliavam na irrigação das terras, e outras construções públicas, como templos e arenas, mostram o 
desenvolvimento desta importante expressão artística do povo de Roma. 
starandart.w
ebnode.com
 
Arco de Tito, construído para 
homenagear o imperador Tito. 
Aqueduto Romano, que tinha 
como objetivo o transporte de 
água para abastecer a cidade. 
infoescola.com
 
Arquitetura 
Literatura 
 Na literatura, além do já citado Tito 
Lívio, destaca-se Virgilio, grande poeta, 
autor do épico poema Eneida, que trata 
da origem de Roma, bem antes da 
suposta fundação da cidade por Rômulo. 
tanogabo.it 
Mosaico do poeta Virgílio 
educacional.com
.br 
Cúpula do Panteão Romano. 
Panteão é um templo dedicado 
a todos os deuses de 
determinada crença. 
lisboacity.olx.pt 
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 A imagem do aqueduto romano, visto na página anterior, lembra bastante uma 
importante construção e atração turística de nossa cidade. Você saberia dizer qual 
é? Então, escreva: _____________________________________ . 
 Orientado por seu Professor, pesquise sobre a história desse monumento, 
quando foi construído e com que objetivo. Registre aqui sua pesquisa e, se 
possível, cole uma gravura desse monumento carioca. Como indicação de sites 
para a pesquisa, temos: 
•http://www.infoescola.com/rio-de-janeiro/arcos-da-lapa/ 
•http://portalgeo.rio.rj.gov.br/armazenzinho/web/ 
•http://www.brasilcult.pro.br/brasil_antigo/viajandobr/viajandobr04.htm 
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COMO SE DIVERTIAM OS ROMANOS? 
 A diversão e o entretenimento tinham papel 
muito importante entre os romanos. Na época do 
Império, criou-se, a partir do governo de 
Augusto, a política do pão e circo, que buscava 
distribuir gêneros (como trigo e pão) e promover 
competições nas arenas, como o Coliseu, para 
desviar a atenção da população dos problemas 
sociais e políticos que poderiam levar a conflitos. 
As corridas de biga também faziam parte das competições vistas nas arenas, assim como as lutas entre gladiadores. 
 O Circus Maximus foi a maior arena da 
Roma Imperial. Tinha capacidade para cerca 
de 250 mil pessoas. Nesses espaços romanos 
eram apresentadas lutas, inclusive as que 
eram disputadas até a morte dos 
competidores: os gladiadores. 
arquehistoria.com
 
GLOSSÁRIO: biga- carro de duas rodas puxado por dois cavalos. 
feedlol.com
 
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RELIGIÃO ROMANA 
 Os antigos romanos eram politeístas, isto é, 
acreditavam emvários deuses. Nos primórdios de 
sua história, cultuavam seus antepassados, o que 
confere à religião romana inicial um caráter 
doméstico. O termo LARES, por exemplo, 
designava o conjunto de divindades que protegiam 
a família e a residência. Daí, a origem da palavra 
LAR, que usamos até hoje. 
 
 
 Quando dominam os gregos, os romanos 
adotam, entre outros aspectos, muitas 
características religiosas gregas, inclusive a 
presença dos deuses, dando-lhes novas 
denominações. Assim, o Zeus grego torna-se 
Júpiter, o principal dos deuses romanos. O deus 
grego da guerra, Ares, converte-se no deus romano 
Marte e a deusa da beleza, Afrodite, passa a ser 
denominada Vênus. 
 
 
 Nesse momento, o culto, antes doméstico e 
privado, torna-se público, sendo dirigido pelos 
sacerdotes. São construídos templos para adoração 
e reverência aos deuses. 
portalsaofrancisco.com
 
Busto do deus Júpiter 
infoescola.com
 
Templo de Júpiter, em Roma, construído 
em 292 a.C.. 
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• No início da religião de Roma, eram as divindades das residências. 
• Nome latino de Ares, o deus grego da guerra. 
• São característicos da pintura romana. 
• Espada curta usada pelos gladiadores. 
• Templo dedicado a todos os deuses. 
• Era distribuído aos pobres para conter possíveis insatisfações. 
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X I J N R B G C X V C D E P L O I U Y W K Y P 
E N A F R E S C O S X C L A R E S E S E T S E 
R P I O Q A B V T L K S A W C R L P T V D C N 
X F J Z R R E U Q A D P U W N F O K R V S G U 
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L C V K T V C W O M A R T E O R T N U G O A F 
E C S I Z A A W Q P O M I G B R Y W R R U D P 
E T R P A O Z S V C S C T X Z A A T L O R I A 
M I A O W U D A J P A N T E A O W M J O K O M 
 
Preencha os retângulos e encontre cada uma das palavras no caça-conhecimento. 
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A CRISE DO IMPÉRIO ROMANO 
 Mesmo com toda a expansão e desenvolvimento 
do Império Romano, surgiriam, ao longo do tempo, 
conflitos e insatisfações que levariam o império ao 
seu final. As constantes lutas internas também 
contribuiriam para essa situação. 
 
 
 A sociedade de privilégios dos patrícios já se 
encontrava abalada desde o surgimento das leis 
que beneficiariam a plebe. O fim do período de 
conquistas do Império também aumentou a crise, 
pois o numeroso exército romano ficou muito 
tempo inoperante, tornando muito cara a sua 
manutenção. 
 
 
 Entre os séculos II e III, povos vindos de diversas 
regiões da Europa iniciam uma ocupação em áreas 
de fronteira do Império, o que aumentaria sua 
fragilização. 
 
 
 Finalmente, não podemos esquecer que o 
crescimento do Cristianismo em Roma, por 
provocar o enfraquecimento do poder imperial, foi 
fundamental para a eclosão da crise que resultaria, 
primeiro, na divisão do Império em Ocidental e 
Oriental e, depois, na queda do Império Romano 
do Ocidente, no ano de 476. 
O Império Romano e as invasões bárbaras 
infoescola.com
 
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 Quando Roma se tornou um grande império, 
passou a conviver com várias culturas diferentes. Desta 
convivência, outras práticas culturais também surgiriam. 
A crença cristã foi uma delas. Nos seus primeiros 
tempos em Roma, os cristãos foram duramente 
perseguidos. Era comum serem responsabilizados pelas 
tragédias que aconteciam, mesmo que tivessem causas 
naturais como tempestades ou incêndios. Muitos 
cristãos eram jogados aos leões, nas arenas de 
combate, mesmo sendo mulheres ou crianças. Mas, 
com o passar dos tempos, tudo foi se modificando. Os 
cristãos passaram a compor uma importante parcela da 
população romana, ocorrendo, assim, a chamada 
cristianização do Império. 
 
 No ano de 313, o imperador Constantino assinou o 
Edito de Milão, um documento que assegurava a 
liberdade de culto e o reconhecimento público da religião 
cristã pelo Império Romano. Foi uma medida bastante 
significativa, pois uma crença, duramente combatida e 
perseguida em seus primórdios, passava a ser aceita e 
respeitada. 
 
Glossário : edito - lei publicada por uma autoridade. 
 A CRISE NO IMPÉRIO E O DESENVOLVIMENTO DO CRISTIANISMO 
carpem
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Constantino 
O Arco de Constantino. 
 
Uma importante 
construção da época 
desse imperador, que até 
hoje pode ser apreciada 
em Roma. 
panoram
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 TEODÓSIO: 
O CRISTIANISMO COMO RELIGIÃO 
 OFICIAL DO IMPÉRIO ROMANO 
 A partir do Edito de Milão, o crescimento do 
cristianismo tornou-se um fato visível aos olhos 
dos imperadores. 
 
 Pregando a igualdade entre os homens 
perante Deus, os cristãos iam frontalmente 
contra o sistema escravocrata existente em 
Roma. O monoteísmo cristão também 
confrontava o politeísmo romano e enfraquecia o 
próprio imperador, que era visto quase como um 
deus. 
 
 Apesar de tudo, o cristianismo crescia e, 
finalmente, no governo do imperador Teodósio, 
se tornou a religião oficial do Estado, com a 
assinatura do Edito de Tessalônica, em 380. 
Teodósio 
Caro estudante! 
Esperamos que você tenha gostado de estudar 
Roma, neste bimestre. 
No próximo ano, você vai conhecer e estudar 
outras épocas históricas e outros povos e culturas. 
A viagem pela história é sempre uma aventura 
repleta de emoção e novos conhecimentos! 
Abaixo, seguem ícones de sites confiáveis que 
você pode consultar, pesquisar e conhecer! 
Até breve! 
 
 
 
www.educopedia.com.br 
http://www.brasilescola.com 
www.historiadomundo.com.br 
HISTÓRIA do MUNDO 
http://www.onu.org.br 
historiadees.w
ordpress.com

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