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BROMATOLOGIA – ALIMENTOS FUNCIONAIS Profa. Dra. Kátia Callou Histórico – Alimentos funcionais Hipócrates : que o alimento seja teu medicamento e que teu medicamento e o seu medicamento seja seu alimento Japão (1980) – FOSHU – Alimentos para uso específico em Saúde Alimentos funcionais Ampliado para outros países Efeitos dos alimentos funcionais • Câncer • Diabetes • Hipertensão • Mal de Alzheimer • Doenças ósseas, cardiovasculares • Inflamatórias e intestinais Causas do aumento da procura por alimentos funcionais Maior expectativa de vida da população Consumidores optam mais pela redução do risco de doenças Os consumidores estão mais cientes sobre a relação entre nutrição e saúde Desejo de combater os males causados pela poluição, microrganismos, agentes químicos na água, e nos alimentos Aumento das evidências sobre sua eficácia Definição – alimentos funcionais A American Dietetic Association (ADA) classifica alimentos funcionais como aqueles alimentos in natura fortificados ou enriquecidos que apresentam potencial efeito benéfico sobre a saúde quando consumidos como parte de uma dieta variada, em quantidades regulares. A European Comission define como alimentos funcionais aqueles que têm uma ou mais funções benéficas para o organismo, além dos efeitos nutricionais, de forma a serem relevantes para um melhor estado de saúde e bem-estar e/ou redução do risco de doenças. Brasil- definição de alegação de propriedade funcional todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica Divisão dos alimentos funcionais (ADA) 1 - Alimentos convencionais: São aqueles que contêm naturalmente substâncias responsáveis por propriedades funcionais, denominadas compostos bioativos; 2 - Alimentos modificados: São enriquecidos ou fortificados com tais compostos; 3 - Ingredientes alimentares sintetizados: São constituintes que desempenham benefícios semelhantes aos dos compostos bioativos como, por exemplo, amido resistente. ANVISA – Propriedade funcional em alimentos com compostos bioativos ácidos graxos (ômega-3); carotenoides (licopeno, luteína e zeaxantina); fibras (fibras alimentares, beta glucana, dextrina resistente, frutooligossacarídeo, goma guar parcialmente hidrolisada, inulina, lactulose, polidextrose, psillium e quitosana); Fitoesteróis; Probióticos; proteína de soja; Vitaminas e Minerais Compostos sufurados Benefícios dos alimentos funcionais e sua atuação no organismo CLASSIFICAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS CAROTENÓIDES São potentes antioxidantes: sequestram o oxigênio singlete e reagem com os radicais peróxido; retardam o processo de oxidação. Fontes de carotenóides Frutas amarelas e vermelhas Tomate (licopeno) – 10mg/100g – câncer de próstata Cenouras (b-caroteno) – elevada ativ. Antioxidante Milho (zeaxantina) – catarata Espinafre (luteína) - catarata Vitamina E Tocoferóis e tocotrienóis Atividade antioxidante Compostos fenólicos Mais estudados Ácidos fenólicos, taninos, cumarinas Compostos fenólicos não flavonóides (ácido clorogênico) Café Maçã Pêra Berries Alcachofra Berinjela Função anticancerígena Flavonóides Sequestram radicais livres, doando átomos de hidrogênio Mudanças estruturais do anel caracterizam as diversas subclasses Subclasses de flavonóides Isoflavonas (soja) Efeito benéfico sobre a saúde do coração, câncer, osteoporose, sintomas da menopausa Biodisponibilidade, efeitos tóxicos e efetividade (estão em estudo) Sofrem biotransformação microbiana Antocianinas/antocianidinas Fibras da dieta Funções da fibra na dieta Isotiocianatos Inibem a proliferação celular Indução da apoptose Brócolis, couve-flor, mostarda, couve, etc Brócolis – glicosinolato (importante composto protetor da saúde do coração) Selênio Ação antioxidante (faz parte do centro ativo da enzima glutationa peroxidase) Câncer Imunidade Envelhecimento selenoproteínas Aspectos regulatórios dos alimentos funcionais Alegações aprovadas no Brasil (ANVISA 18/99) Diretrizes para o uso das alegações Lista de nutrientes e não nutrientes aprovada pela ANVISA Ômega -3 “O consumo de ácidos graxos ômega-3 auxilia na manutenção dos níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos Carotenóides (licopeno, luteína e zeaxantina) “O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. A quantidade do carotenoide contida na porção diária do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à declaração. Proteína da soja “O consumo diário, de no mínimo 25g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos Fitoesteróis “Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção do colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos Inulina “A inulina contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Mercado dos alimentos funcionais Futuro dos alimentos funcionais Referências bibliográficas VIDAL, A.M. et al. A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição para a diminuição da Incidência de doenças. Cadernos de Graduação, ciências biológicas e da Saúde, v.1, n.15, p. 43-52, 2012. OLIVEIRA, M.N. et al. Aspectos tecnológicos de alimentos funcionais contendo probióticos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 38, n.1, p. 1-21, 2002. LUIZETTO, E.M. et al. Alimentos funcionais em alimentação coletiva: reflexões acerca da promoção da saúde fora do domicílio. Nutrire, v.40, n.2, p.188-199, 2015. ANJO, D.F.C. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. J Vasc Br, v. 3, n. 2, p.145-54, 2004. STRINGHETA, P.C. et al. Políticas de saúde e alegações de propriedades funcionais e de saúde para alimentos no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v.43, n. 2, p. 181-194. PEREIRA, K.D. Amido resistente, a última geração no controle de energia e digestão saudável. Ciênc. Tecnol. Aliment., V. 27, P. 88-92, 2007. GIUNTTINI, E.A.; LAJOLO, F.M.; MENEZES, E.W. Potencial de fibra alimentar em países ibero-americanos: alimentos, produtos e resíduos. Archivos latinoamericanos de nutricion, v. 53, n.1, p. 1-7, 2003. SILVA, A.S.S.D. et al. Frutoligossacarídeos: fibras alimentares ativas. B.CEPPA, v. 25, n. 2, p. 295-304 jul./dez. 2007. MELO, V.D.; LAAKSONEN, D.E. Fibras na dieta: tendências atuais e benefícios à saúde na síndrome metabólica e no diabetes melito tipo 2. Arq Bras Endocrinol Metab, V.53, N.5, 2009. Referênciasbibliográficas
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