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Notas de Aula DIREITO PENAL II Renato Patricio

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NOTAS DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DIREITO PENAL II 
Prof. Dr. Renato Patrício Teixeira 
Curso de DIREITOCurso de DIREITOCurso de DIREITOCurso de DIREITO Noite Noite Noite Noite –––– 3º Período 3º Período 3º Período 3º Período –––– 1º Semestre/20121º Semestre/20121º Semestre/20121º Semestre/2012 
24/04/2012 
Eliana DiasEliana DiasEliana DiasEliana Dias 
Denylson LopesDenylson LopesDenylson LopesDenylson Lopes 
DeLiuPUC@hotmail.com 
direitopucbar@groups.live.com https://groups.live.com/DIREITOPUCBAR/ 
07/02/2012 .................... 1 
DIREITO PENAL II............................................................. 1 
ARTIGOS 29 A 120 ....................................................................................... 1 
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS....................................................................... 1 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 1 
CONCURSO DE PESSOAS ................................................. 1 
1 Concurso Necessário ................................................................... 1 
2 Concurso Eventual ....................................................................... 1 
3 Conduta Delituosa ........................................................................ 1 
3.1 Teoria Pluralística (NA-CPB) ...................................................................1 
3.2 Teoria Dualística (NA-CPB) .....................................................................1 
3.3 Teoria Monística ou Unitária ....................................................................2 
3.3.1 Causalidades ........................................................................................... 2 
� Causalidade Física ............................................................................................ 2 
� Causalidade Psíquica ........................................................................................ 2 
4 Requisitos para o Concurso de Pessoas..................................... 2 
10/02/2012 .................... 2 
5 Autoria ........................................................................................... 2 
5.1 Conceito Restritivo ...................................................................................2 
5.2 Conceito Extensivo ..................................................................................2 
5.3 Teoria do domínio Funcional do Fato ......................................................3 
5.4 Autoria Direta ou Imediata .......................................................................3 
5.5 Autoria Indireta ou Mediata .....................................................................3 
5.6 Coautoria .................................................................................................3 
14/02/2012 .................... 3 
5.7 Autoria Intelectual ....................................................................................3 
5.8 Autor de Determinação ............................................................................3 
5.9 Coautoria Sucessiva ................................................................................4 
5.10 Autoria de Escritório ..............................................................................4 
5.11 Autoria Colateral ....................................................................................4 
5.12 Multidão Delinquente – Crimes Multitudinários .....................................4 
6 Participação em Sentido Estrito ................................................... 4 
6.1 Espécies de participação .........................................................................4 
6.1.1 Participações/Auxílios Morais .................................................................. 4 
� Indução .............................................................................................................. 4 
� Instigação .......................................................................................................... 4 
6.1.2 Participação Material ............................................................................... 4 
� Auxílio Material .................................................................................................. 4 
17/02/2012 .................... 5 
6.3 Fundamentos da Punibilidade do Partícipe .............................................5 
6.3.1 Teoria da Participação na Culpabilidade ................................................. 5 
6.3.2 Favorecimento ou Causação ................................................................... 5 
6.4 Acessoriedade da Participação (CP).......................................................5 
6.4.1 Acessoriedade Extrema ........................................................................... 5 
6.4.2 Acessoriedade Mínima ............................................................................ 5 
6.4.3 Acessoriedade Limitada (CP) .................................................................. 5 
6.4.4 Hiperacessoriedade ................................................................................. 5 
17/02/2012 .................... 5 
6.5 Participação e Art. 15 C.P. ......................................................................5 
6.6 Participação de Participação – “Em Cadeia”...........................................5 
6.7 Participação Sucessiva ............................................................................5 
6.8 Participação Impunível ............................................................................ 5 
7. Punibilidade em Concurso de Pessoas ...................................... 5 
7.1 Artigo 29, § 1º ......................................................................................... 5 
7.2 Artigo 29, § 2º ......................................................................................... 5 
21/02/2012 ................... 5 
Carnaval ........................................................................................... 5 
24/02/2012 ................... 6 
7.2 Artigo 30 - Comunicabilidade .................................................................. 6 
8. Concurso de pessoas em crimes omissivos ............................. 6 
9. Crimes Omissivos ....................................................................... 7 
9.1 Coautoria ................................................................................................. 7 
9.2 Participação ............................................................................................ 7 
10 Concurso de Pessoas em Crimes Culposos ............................. 7 
10.1 Coautoria ............................................................................................... 7 
10.2 Participação Culposa ............................................................................ 7 
Exercícios ........................................................................................ 8 
Curso de DIREITO PENAL - Fernando Capez - Saraivajur.com.br ............. 8 
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................... 10 
28/02/2012 ................. 14 
PENA ............................................................................... 14 
CONCEITO # FUNÇÃO .............................................................................. 14 
TEORIAS DA PENA ................................................................................... 14 
1 Absoluta ou Retributiva ............................................................. 14 
2 Preventiva ou Relativa................................................................ 14 
2.1 Espécies ................................................................................................ 14 
2.1.1 Teoria Preventiva Geral ......................................................................... 14 
2.1.2 Teoria Preventiva Especial.................................................................... 14 
3 Teoria Mista ou Unificadora ....................................................... 15 
4 Prevenção Geral Positiva Fundamentadora .............................. 15 
5 Prevenção Geral Positiva Limitadora ........................................ 15 
SISTEMAS PENITENCIÁRIOS .................................................................. 15 
1 Pensilvânico ou Celular ............................................................. 15 
2 Auburniano ................................................................................. 15 
3 Progressivo................................................................................. 15 
4 Montesinos ................................................................................. 15 
5 Individualização da Pena – Hoje ................................................ 15 
02/03/2012 ................. 16 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE .......................................................... 16 
1 Espécies...................................................................................... 16 
1.1 Reclusão ............................................................................................... 16 
1.2 Detenção ............................................................................................... 16 
2 Regimes Penais .......................................................................... 16 
2.1 Regime Penal Fechado ........................................................................ 16 
2.2 Regime Penal Semiaberto .................................................................... 17 
2.3 Regime Penal Aberto ............................................................................ 17 
06/03/2012 ................. 17 
3 Regime Inicial ............................................................................. 17 
3.1 Fixação Provisória................................................................................. 17 
 SUMÁRIO – Direito Penal II 
 
 
2
3.2 Fatores .................................................................................................. 17 
09/03/2012 ..................19 
4 Prisão Domiciliar......................................................................... 19 
5 Progressão de Regime ............................................................... 19 
5.1 Critério Material Objetivo ...................................................................... 19 
5.2 Critério Material Subjetivo..................................................................... 19 
5.3 Progressão para o Regime Aberto ....................................................... 19 
5.4 Progressão nos Crimes Hediondos ...................................................... 19 
5.4.1 Critério Objetivo ..................................................................................... 19 
5.5 Requisitos Formais para a Progressão ................................................ 20 
5.5.1 Exame Criminológico ............................................................................. 20 
5.5.2 Exame de Personalidade ....................................................................... 20 
6 Regressão ................................................................................... 20 
7 Detração Penal ............................................................................ 21 
8 Remição ...................................................................................... 21 
13/03/2012 ..................22 
9 Regime Especial ......................................................................... 22 
10 Direito do Preso ........................................................................ 22 
11 Superveniência de Doença Mental ........................................... 22 
12 Trabalho Prisional ..................................................................... 23 
12.1 Características: ................................................................................... 23 
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................... 24 
16/03/2012 ..................27 
PROVA INDIVIDUAL – 30 PONTOS ..........................................................27 
PENA RESTRITIVA DE DIREITO ...............................................................28 
1 Requisitos Objetivos (RO) .......................................................... 28 
1.1 Quantidade de Pena Aplicada (RO) ..................................................... 28 
1.1.1 Pena Superior a 1 até 4 anos ................................................................ 28 
1.1.2 Pena igual ou inferior a 1 ano ................................................................ 28 
1.2 Modalidade de Execução: Crime Cometido sem Violência ou Grave 
Ameaça (RO) .............................................................................................. 29 
20/03/2012 ..................29 
2 Requisitos Subjetivos (RS)......................................................... 29 
2.1 Réu Não Incidente em Crime Doloso (RS) .......................................... 29 
2.2 Prognose de Suficiência da Substituição (RS) .................................... 29 
� Substituição até 1 ano ........................................................................... 29 
� Substituição até 6 meses (pena privativa)............................................. 29 
3 Espécies de Penas Restritivas de Direito .................................. 30 
3.1 Prestação Pecuniária ............................................................................ 30 
23/03/2012 ..................30 
3.2 Perda de Bens e Valores ...................................................................... 30 
3.3 Limitação de Fim de Semana ............................................................... 31 
3.4 Prestação de Serviços à Comunidade ou Entidade Pública ................ 31 
3.5 Interdição Temporária de Direitos ........................................................ 32 
3.5.1 Proibição exercício de cargo, função ou atividade pública .................... 32 
3.5.2 Proibição do Exercício de Profissão Regulamentada ............................ 32 
3.5.3 Suspensão de Autorização ou de Habilitação ....................................... 32 
3.5.4 Proibição de Frequentar Determinados Lugares ................................... 32 
27/03/2012 ..................33 
4 Incidentes de Execução.............................................................. 33 
4.2 Conversão para Restritiva de Direitos Durante a Execução ................ 33 
4.2.1 Requisitos para Conversão.................................................................... 33 
4.3 Poder Coercitivo da Conversão para Privativa de Liberdade .............. 33 
4.3.1 Causas Gerais de Conversão (§§ 4º e 5º do art. 44, CP) ..................... 34 
4.3.2 Causas especiais ................................................................................... 34 
4.4 Penas Pecuniárias (multa, prestação pecuniária, perda de bens e 
valores) ....................................................................................................... 34 
4.4.1 Dissenso ................................................................................................ 34 
30/03/2012 ..................35 
4.5 Pena Pecuniária (Multa Cominada)...................................................... 35 
4.5.1 Tipos de Multa ....................................................................................... 35 
4.5.2 Dia-Multa ................................................................................................ 35 
4.5.3 Dosimetria – Cálculo da Pena ............................................................... 36 
4.5.4 Pagamento da Multa .............................................................................. 36 
4.5.5 Formas de Pagamento ..........................................................................37 
4.5.6 Competência para Execução ................................................................. 37 
4.5.7 Prescrição .............................................................................................. 37 
03-06/04/2012 ............ 37 
Recesso Semana Santa ................................................................ 37 
10/04/2012 ................. 38 
APLICAÇÃO DA PENA ............................................................................. 38 
1 Indeterminação Relativa ............................................................. 38 
2 Individualização da Pena ........................................................... 38 
3 Elementares ................................................................................ 38 
4 Circunstâncias ............................................................................ 38 
4.1 Circunstâncias Comuns (CC) ............................................................... 38 
4.2 Circunstâncias Especiais (CE) ............................................................. 38 
4.2.1 Qualificadoras (CE) ................................................................................ 38 
4.2.2 Privilégios (CE) ...................................................................................... 38 
13/04/2012 ................. 39 
4.3 Circunstâncias Judiciais - Art. 59, CP (CC) .......................................... 39 
4.4 Circunstâncias Legais - Agravantes e Atenuantes (CC) ...................... 40 
4.4.2 Circunstâncias Agravantes .................................................................... 40 
17/04/2012 ................. 41 
4.4.3 Circunstâncias Atenuantes .................................................................... 41 
4.5 Causas de Aumento (CA) e de Diminuição (CD) ................................. 41 
4.6 Dosimetria da Pena .............................................................................. 42 
4.6.1 Critério Trifásico ..................................................................................... 42 
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................... 43 
27/04/2012 ................. 50 
PROVA INDIVIDUAL – 30 PONTOS ......................................................... 50 
20/04/2012 ................. 51 
CONCURSO DE CRIMES .......................................................................... 51 
1 Sistemas de Fixação da Pena .................................................... 51 
1.1 Cúmulo Material (ACP) ......................................................................... 51 
1.2 Cúmulo Jurídico .................................................................................... 51 
1.3 Absorção ............................................................................................... 51 
1.4. Exasperação (ACP) ............................................................................. 51 
2 Espécies de Concursos de Crime .............................................. 51 
2.1 Concurso Material ................................................................................. 51 
2.1.1 Concurso Material Homogêneo ............................................................. 51 
2.1.2 Concurso Material Heterogêneo ............................................................ 51 
2.2 Concurso Formal................................................................................... 51 
2.2.1 Concurso Formal Próprio (Perfeito) ....................................................... 51 
2.2.2 Concurso Formal Impróprio (Imperfeito) ................................................ 52 
2.2.3 Concurso Material Benéfico ou Favorável ............................................. 52 
2.3 Crime Continuado ................................................................................. 52 
2.3.1 Natureza Jurídica ................................................................................... 52 
2.3.2 Teorias ................................................................................................... 53 
2.3.3 Crime Continuado Específico ................................................................ 53 
24/04/2012 ................. 53 
3 Crimes Aberrantes...................................................................... 53 
3.1 Erro na Execução (aberratio ictus) ....................................................... 53 
3.1.1 “aberratio ictus” com unidade simples ................................................... 53 
3.2 Resultado Diverso do Pretendido (aberratio delicti/ criminis) .............. 54 
3.3 Erro Sucessivo (aberratio causae) ....................................................... 54 
4 Limite de Cumprimento da Pena de Prisão ............................... 54 
4.1 Unificação de Pena ............................................................................... 54 
4.2 Nova Unificação Pena .......................................................................... 54 
4.3 Multa ...................................................................................................... 54 
NotAulas – Direito Penal II Concurso de Pessoas 
 
 
1
07/02/2012 
DIREITO PENAL II 
ARTIGOS 29 A 120 
 
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS 
16/03 � 1ª Prova (30 pts) 
27/04 � 2ª Prova (30 pts) 
04/05 � Trab. Prescrição Penal (10 pts) 
??/05 � Avalição Global (30 pts) 
BIBLIOGRAFIA 
César Roberto Bittencourt – Tratado de Direito Penal – Vol. 1 – Ed. Saraiva 
Luiz Régis Prado – Curso de Direito Penal Brasileiro – Ed. RT. Vol. 1 
Rogério Greco – Curso de Direito Penal – Ed. Impetrus . Vol. 1 
 
CONCURSO DE PESSOAS 
Regras comuns às penas privativas de liberdade 
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide 
nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode 
ser diminuída de um sexto a um terço. 
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos 
grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o 
resultado mais grave. 
Circunstâncias incomunicáveis 
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de 
caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 
Casos de impunibilidade 
Art. 31. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo 
disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime 
não chega, pelo menos, a ser tentado. 
Quando mais de uma pessoa contribui para a ocorrência de um 
delito 
Mesmo quando uma pessoa adere ao propósito criminoso de outro 
mesmo sem conhecê-lo 
Ex.: briga de torcida 
Reunião de pessoas para o cometimento de infração penal 
Possível até a consumação do delito – sempre que existir alguém 
executando conduta considerada infração penal. 
Quem concebe a infração penal, tem a ideia e realmente ingressa 
na fase executória, mesmo que a pessoa não participe da 
execução, seja apenas o mentor, será penalizado. 
 
1 Concurso Necessário 
Crimes plurissubjetivos (praticado por mais de uma pessoa). 
Ex.: Rixa (Desavença ou disputa entre duas pessoas ou grupos) e 
Bigamia. 
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
Art. 235. Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: 
Todos que participarem de forma consciente responderão como 
autores do crime. 
 
2 Concurso Eventual 
Nos casos de crimes unissubjetivos (pode ser praticado por uma só 
pessoa). 
Quando a lei não exige a presença de mais de um agente, mas 
eventualmente pode ter mais de um participante. 
Ex.: O furto pode ser praticado por uma só pessoa. 
 
CAPUT DO ART. 29, CP – PARA CRIMES UNISSUBJETIVOS 
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide 
nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
 
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
O art. 137 não precisa do art.29 porque ele se autodefine, por 
precisar de mais de uma pessoa. 
Art. 137 CP 29 é incorreto. 
Ex.: Todos que eventualmente contribuírem para o furto 
responderão na medida da sua culpabilidade, do grau de atuação 
de cada um. 
 
3 Conduta Delituosa 
Conduta delituosa praticada em concurso dá ensejo a quantos 
delitos? 
 
3.1 Teoria Pluralística (NA-CPB) 
Há quantos crimes quantos forem os participantes; é subjetiva; a 
cada participante corresponde uma conduta, havendo assim, 
elemento subjetivo próprio. Cada agente responderá por um crime. 
 
3.2 Teoria Dualística (NA-CPB) 
Há dois crimes; um para aqueles que realizam a ação principal; 
outro para os que têm papel secundário. 
O autor de um crime principal será sempre quem realiza a conduta 
nuclear – ação principal. 
O outro crime será para quem realiza o papel secundário. 
Teoria não adotada pelo CPB (NA-CPC) 
 
Concurso de Pessoas NotAulas – Direito Penal II 
 
 
2
3.3 Teoria Monística ou Unitária 
Um só crime, pelo qual todos respondem pela sua totalidade. É a do 
CP. 
Todos respondem pelo mesmo crime na medida de sua atuação, 
culpabilidade diferenciada. 
 
3.3.1 Causalidades 
Como aferir a participação no crime 
� Causalidade Física 
Contribuição material 
Se materialmente existiu um ato que contribuiu 
� Causalidade Psíquica 
Contribuição subjetiva de participar da obra comum; exige adesão 
consciente e voluntária. 
A existência das 2 causalidades são necessárias, 
Exemplo: Quem empresta um punhal para outro realizar um 
homicídio e o outro acaba matando com um revólver, não 
contribuiu com a causalidade física, apenas com a psíquica, por 
isso não existirá o concurso de pessoas. 
 
4 Requisitos para o Concurso de Pessoas 
É necessária a existência concomitante de todos os requisitos: 
• Pluralidade de condutas e de participantes 
• Relevância causal de cada conduta física e psíquica 
• Vínculo subjetivo entre os participantes 
Implica na adesão voluntária e conscientemente. Não é mero 
conhecimento. 
• Identidade de infração penal 
Atuando em prol da mesma infração penal 
 
10/02/2012 
5 Autoria 
(define autor da infração penal) 
O art. 29 não se preocupa em identificar autor e partícipe. Essa 
distinção é doutrinária. 
 
5.1 Conceito Restritivo 
Análise objetivo - o autor é quem realiza a conduta descrita na lei; o 
que realiza a conduta nuclear. 
Parte de uma análise objetiva para identificar o autor. Basta que se 
verifique quem realizou a conduta descrita no verbo. 
• Teoria Objetiva Formal: 
Autor ���� O agente responsável pelo comportamento/conduta 
correspondente a verbo (nuclear) – podem ser verbos diferentes 
e que estejam no mesmo tipo penal – no mesmo artigo. 
Partícipe � responsável pelo papel secundário, colaboração - 
responsável pelo comportamento/conduta NÃO correspondente 
ao verbo (não nuclear). 
 
• Teoria Objetiva Material: 
(aprimoração conceitual do conceito restritivo) 
Autor � maior perigosidade (capacidade de ofender mais 
fortemente o bem jurídico). 
Partícipe � menor perigosidade. 
Perigosidade 
Nível do potencial de 
ofensividade a bens 
jurídicos – histórico de 
proximidade da delinquência 
� Nível de perigo 
≠ Periculosidade Termo utilizado na 
análise de medida de 
segurança, detentiva 
ou restritiva � Ação 
contra o inimputável 
Ex.: Coronel “A” traz um pistoleiro “B” da Bahia para matar “C” 
no Vale do Jequitinhonha. 
A ���� Partícipe B � Autor 
 
Mesmo não explícito no código 
penal brasileiro, o legislador 
brasileiro mostra uma 
predileção/simpatia ao conceito 
restritivo. 
 
5.2 Conceito Extensivo 
Diferença entre autor e partícipe 
por critério subjetivo. 
Preocupa-se a quem 
interessava/queria a realização do evento delituoso. 
Autor � realiza contribuição causal com “vontade de ser autor”; 
“quer o fato como próprio”. A quem interessa o crime. 
Partícipe � quer o fato como alheio, menor interesse. 
Ex.: Coronel “A” traz um Pistoleiro “B” da Bahia para matar “C” no 
Vale do Jequitinhonha 
A (mandante) � Autor B (executor) ���� Partícipe 
NotAulas – Direito Penal II Concurso de Pessoas 
 
 
3
5.3 Teoria do domínio Funcional do Fato 
(objetivo – subjetivo) 
Analisa os papéis realizados por cada envolvido. Analisa se era 
fundamental ou não para o evento delituoso. 
AUTOR ���� quem tem o poder de decisão 
sobre a realização do fato - tem domínio 
sobre a função que lhe foi confiada. 
Ex.: Quadrilha que assalta o banco: 
Autor � O integrante do bando que rende 
o gerente ou quem empresta as armas. 
Partícipe� os que, como o dono da casa utilizada pela quadrilha 
pernoitar antes do roubo - não 
interfere no resultado. 
 
Consequências da adoção da 
teoria do domínio: 
• Realização pessoal e 
responsável de todos os 
elementos do tipo 
fundamenta a autoria. Todos os envolvidos têm consciência e 
responsabilidade do que está acontecendo. 
• É autor quem realiza o ato valendo-se de outro como instrumento. 
(dono do cão). 
• Quando utiliza-se de outra pessoa para realizar evento delituoso 
sem que a mesma tenha conhecimento. 
Ex.: médico que manda a enfermeira ministrar remédio para 
paciente e o paciente morre (art. 20, CP) 
Autor: médico 
• É autor o coautor. 
Coautor: concorrência de autoria. Se três participam de um crime, 
são todos coautores desse crime. Autoria 
compartilhada/concorrente. 
• Há divisão de tarefas; 
• Limita-se a delitos dolosos. Nos culposos não 
há domínio 
Nos crimes dolosos, o agente age de forma 
voluntária e conscientemente. 
 
5.4 Autoria Direta ou Imediata 
Pessoal e dolosa. 
O agente atua diretamente, pessoalmente. 
 
5.5 Autoria Indireta ou Mediata 
Quem pratica o fato punível, procede usando outra pessoa como se 
fosse instrumento. 
Não tem atuação direta, o agente atua induzindo uma pessoa a 
cometer um equívoco. 
Ex.: médico e enfermeira. 
• Hipóteses: 
Erro sobre elementos do tipo 
Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de 
crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se 
previsto em lei. 
... 
Erro determinado por terceiro 
§ 2º Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. 
 
Coação irresistível e obediência hierárquica 
Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em 
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de 
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da 
ordem. 
Condição ou qualidade pessoal do agente � Tenho um amigo 
que é louco e uso ele para atacar outra pessoa! 
• Não há autoria mediata nos crimes de mão própria 
(testemunha); são personalíssimos. 
• É possível nos crimes próprios 
crime próprio exige uma particularidade do agente. 
Ex.: crime contra a administração pública só pode ser praticado 
pelo funcionário público. 
• Não há coautoria nos crimes de mão própria 
Não há como compartilhar um crime que só determinada pessoa 
pode cometer. 
 
5.6 Coautoria 
Independe de acordo prévio, bastando a consciência de cooperar 
em ação comum. 
Autoria compartilhada. 
14/02/2012 
5.7 Autoria Intelectual 
Homem inteligente, detém domínio funcional do 
fato. 
Não é utilizada no conceito restritivo, porque esse autor planeja e 
idealiza a infração penal, mas não atua diretamente na execução. 
Só é utilizada na teoria funcional do fato. 
 
5.8 Autor de Determinação 
Quando não se pode falar em autoria ou participação. 
Faltam todas as qualidades para ser chamada de autor ou partícipe 
(para ser partícipe, tem que ter consciência do fato). 
Ex.: Até algum tempo atrás, o crime de estupro só poderia ser 
praticado por o homem contra a mulher. Hoje, o estupro é todo ato 
que utiliza de violência ou grave ameaça para 
obtençãode atos sexuais. Imagine então, um 
homem (B) sob hipnose por uma mulher (A) que 
seja levado a estuprar outra mulher. (C). 
Embora não possa falar que A é autor porque 
faltam atributos para isso, mas ela contribuiu para o crime. Dessa 
forma, tem-se uma construção jurídica para evitar impunidade 
(autoria de determinação). 
Concurso de Pessoas NotAulas – Direito Penal II 
 
 
4
5.9 Coautoria Sucessiva 
Acordo de vontade após o início da execução. Possível até o 
exaurimento. Ocorre quando os fatos anteriores são conhecidos e 
desde que não sejam fatos que por si só Importem em infrações 
mais graves. 
Nesse caso, um autor atua quando já está em execução o fato 
criminoso por outro autor. Para que seja responsabilizado 
penalmente, é necessário que ele tenha conhecimento do histórico 
anterior do fato e que nenhum fato praticado anteriormente tenha se 
esgotado. 
Ex.: A produziu em B, lesão corporal grave, perigo de vida. Não 
poderá C ser coautor sucessivo. 
 
5.10 Autoria de Escritório 
Autoria Mediata Especial; todos têm conhecimento integral do que 
se objetiva. 
Quem é utilizado no evento delituoso, 
sabe que está cometendo infração 
penal, sabe do seu papel na 
engrenagem da prática criminosa. 
Ex.: Esquema do tráfico de drogas – O 
chefe do tráfico que têm vários 
comandados, com a aquiescência dos 
mesmos. 
 
5.11 Autoria Colateral 
Duas ou mais pessoas ignorando uma a conduta da outra. Realizam 
condutas convergentes, objetivando a execução da mesma infração. 
Há ausência de vínculo subjetivo entre os agentes por isso não tem 
concurso de pessoas 
Ex.: Quando A e B, sem combinarem nada, atiram e matam C. 
*Não se verificando o responsável pela ofensa letal, fala-se em 
autoria incerta. Responderiam os executores pela forma tentada. 
Se houver o vínculo subjetivo, responderá pela autoria do crime. 
 
5.12 Multidão Delinquente 
– Crimes Multitudinários 
Ex.: Caminhão de cerveja 
tombado na estrada e a 
multidão rouba a carga. 
Independe de quantas latas 
foram roubadas e sim o prejuízo 
da vítima. Não afasta 
responsabilidade penal, concurso de pessoas. 
Prática coletiva não afasta vínculo psicológico: 
Circunstâncias atenuantes 
Art. 65. São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou 
maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou 
moral; 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, 
logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, 
ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em 
cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a 
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da 
vítima; 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a 
autoria do crime; 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se 
não o provocou. 
Os que promovem, lideram, contam como agravante: 
Agravantes no caso de concurso de pessoas 
Art. 62. A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a 
atividade dos demais agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua 
autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade 
pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou 
promessa de recompensa. 
 
6 Participação em Sentido Estrito 
Não aparece no CP, mas é uma construção doutrinária. 
O partícipe não pratica conduta descrita pelo preceito primário 
(Verbo/Nuclear), necessariamente tem que existir o autor. Ele induz, 
instiga ou auxilia materialmente o autor. 
 
6.1 Espécies de participação 
Indução, Instigação (moral), Auxílio Material � Cumplicidade. 
 
6.1.1 Participações/Auxílios Morais 
� Indução 
Instala uma ideia que não existia � “Por que você não mata ele?!” 
� Instigação 
Estimula uma ideia já existente � “Boa ideia, mata ele?!” 
 
6.1.2 Participação Material 
� Auxílio Material 
Fornece/possibilita os meios materiais à execução. 
“- Eu não tenho arma – Não tinha, tá aqui o revolver!” 
Quando atua na execução, torna-se coautor. 
*Exige: eficácia causal, consciência de participar. 
NotAulas – Direito Penal II Concurso de Pessoas 
 
 
5
 
17/02/2012 
6.3 Fundamentos da Punibilidade do Partícipe 
6.3.1 Teoria da Participação na Culpabilidade 
Há corrupção do autor. O partícipe corrompe o autor. 
 
6.3.2 Favorecimento ou Causação 
Há contribuição para a prática do crime 
 
6.4 Acessoriedade da Participação (CP) 
Exige adesão a fato principal. 
Alcance da acessoriedade. 
 
6.4.1 Acessoriedade Extrema 
A conduta principal tem que ser: 
- Fato Típico - Ilícito - Culpável 
 
6.4.2 Acessoriedade Mínima 
Basta o comportamento ser Fato Típico (quem incentiva Legítima 
defesa). 
 
6.4.3 Acessoriedade Limitada (CP) 
Conduta principal típica e ilítica (incentivar a adolescente ao Tráfico 
de entorpecentes). 
 
6.4.4 Hiperacessoriedade 
Vai além da extrema, além de exigir: fato típico, ilício e culpável, 
exige Punibilidade. (A punibilidade do autor é indispensável para 
que o participe possa ser punido) 
 
17/02/2012 
6.5 Participação e Art. 15 C.P. 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir 
na execução ou impede que o resultado se produza, só 
responde pelos atos já praticados. 
É o partícipe beneficiado pela regra do art. 15? 
• SIM! As hipóteses levam à atipicidade da conduta inicial, dada a 
acessoriedade, alcança a participação. 
• NÃO! O benefício é pessoal e intransferível, o partícipe age 
com dolo em relação à conduta inicial; 
Regra do Art. 29, § 2º 
Duas pessoas combinam um roubo, e um deles no ato mata uma 
pessoa, sem a anuência do comparsa. Existiram dois crimes 
(homicídio e furto). 
Regras comuns às penas privativas de liberdade 
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide 
nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
... 
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos 
grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o 
resultado mais grave. 
 
6.6 Participação de Participação – “Em Cadeia” 
É possível. 
Induzir A (participe) � a induzir B (participe) � a induzir C (Autor) 
 
6.7 Participação Sucessiva 
Deve ser relevante. 
 
 
6.8 Participação Impunível 
Quando não gera eficácia causal – não inicia a execução 
Casos de impunibilidade 
Art. 31. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, 
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o 
crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
7. Punibilidade em Concurso de Pessoas 
7.1 Artigo 29, § 1º 
Participação de menor importância – intensidade volitiva do agente. 
Regras comuns às penas privativas de liberdade 
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide 
nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode 
ser diminuída de um sexto a um terço. ... 
 
7.2 Artigo 29, § 2º 
Cooperação dolosamente distinta – Desvio subjetivo de condutas. 
Corretivo (lesão corporal) � Assassinato (homicídio) 
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos 
grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o 
resultado mais grave. 
 
21/02/2012 
Carnaval 
Concurso de Pessoas NotAulas – Direito Penal II6
 
24/02/2012 
7.2 Artigo 30 - Comunicabilidade 
Circunstâncias incomunicáveis 
Art. 30. Não se comunicam (alcançam/estendem) as 
circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime. 
• Condições de caráter pessoal 
Relações do agente com outras pessoas; particularidades. 
(particularidade que alguém tem que o vincula a outra pessoa). 
Ex.: Ser pai (vinculo entre pai e filho) 
 
TÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 181. É isento de pena quem comete qualquer dos crimes 
previstos neste título, em prejuízo: 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo 
ou ilegítimo, seja civil ou natural. 
Art. 182. Somente se procede mediante representação, se o 
crime previsto neste título é cometido em prejuízo: 
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
Art. 183. Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando 
haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; 
II - ao estranho que participa do crime. 
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou 
superior a 60 (sessenta) anos. 
 
• Circunstâncias 
Não é essencial, depende de outros dados que são os essenciais; 
sua supressão não acarreta a reclassificação ou atipicidade. 
Ex.: matar alguém por motivo fútil. (Se retirar o motivo fútil, não 
modifica o tipo penal) 
 
• Elementares 
Dado essencial que aparece descrito no tipo penal e que se 
retirado modifica ou extingue o tipo. 
Ex.: matar alguém 
 
A comunicabilidade depende da circunstância ter ingressado na 
esfera de conhecimento do agente. 
 
Ex.: furto realizado pelo funcionário 
público (Peculato-Art. 312) com a 
ajuda de outra pessoa consciente e 
voluntária, os dois responderão pelo 
mesmo crime. 
 
O furto (art. 155) 
realizado por cônjuge 
com a ajuda do 
“Ricardão”. Com base 
no art. 181, a esposa 
não responde pelo furto, 
mas o ”Ricardão”, sim, 
porque “cônjuge” não é 
elementar do art. 155. 
 
8. Concurso de pessoas em crimes omissivos 
Omissivos Próprios Omissivos Impróprios 
Comissivo Por Omissão 
Inação, o verbo revela um não-
fazer. 
Ex.: deixar de prestar socorro 
 
Não exigem resultado 
naturalístico. 
Hipóteses do art. 13, § 2º, CP 
Art. 13. O resultado, de que 
depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe 
deu causa. Considera-se causa a 
ação ou omissão sem a qual o 
resultado não teria ocorrido. 
§ 2º A omissão é penalmente 
relevante quando o omitente devia e 
podia agir para evitar o resultado. O 
dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de 
cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a 
responsabilidade de impedir o 
resultado; 
c) com seu comportamento anterior, 
criou o risco da ocorrência do 
resultado. 
Preveem conduta negativa do 
agente. 
Somente garantidores podem 
praticá-lo. 
Norma mandamental. O tipo narra conduta positiva, 
porém no caso, praticada 
negativamente. 
O agente deve estar apto a agir 
diante de situação típica (não 
precisa de vínculo, é um dever 
genérico) 
Há vínculo especial do agente 
em relação a vítima ou à fonte 
produtora do perigo. 
NotAulas – Direito Penal II Concurso de Pessoas 
 
 
7
 
9. Crimes Omissivos 
9.1 Coautoria 
• Possível � se houver vínculo psicológico 
Ex.: duas pessoas que acordam entre si para não socorrerem 
alguém. Se comprovada esse vínculo, tem coautoria. 
• Não possível � há dever pessoal e indecomponível (não pode 
ser fracionado) de agir. 
 
9.2 Participação 
Possível, quer nos crimes próprios (surfista), quer nos impróprios 
(bombeiro). 
 
Ex.: surfista (autor) que vê alguém se afogando, pode atuar, mas 
prefere não atuar e sai, induzido por um amigo paraplégico 
(partícipe ���� induziu o surfista a não atuar) que também viu o 
afogamento. 
Se fosse um bombeiro � garantidor da não 
ocorrência do resultado, responderia por 
homicídio culposo e o amigo paraplégico 
seria partícipe (omissivo impróprio são crimes 
materiais). 
 
10 Concurso de Pessoas em Crimes Culposos 
10.1 Coautoria 
• Possível � ação e resultado resultam da união de esforços; há 
mais de uma inobservância do dever de cuidado. 
Ex.: duas pessoas jogam as carteiras pela janela sem a intenção 
de ferir alguém. 
 
10.2 Participação Culposa 
• Não é possível (regra) 
Se em crime doloso � art.20, § 2º (Responde pelo crime o 
terceiro que determina o erro) � não há identidade de infrações. 
Se em crime culposo � Concausa � cooperação na causa leva 
à coautoria. 
Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se 
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido. 
 
Ex.: médico que pede a 
enfermeira para ministrar 
remédio em dose elevada 
em paciente � Médico 
responde pelo doloso, a 
enfermeira se comprovado 
que foi negligente 
responde de forma 
culposa, por isso não tem 
identidade nos dois crimes. 
Possível – não há 
conjugação 
simultânea de 
condutas. 
Concurso de Pessoas NotAulas – Direito Penal II 
 
 
8
 
Exercícios 
Curso de DIREITO PENAL - Fernando Capez - Saraivajur.com.br 
 
Cortesia de Odirlei Jorge Moreira, vulgo Kevin Bacon, frito. 
1) Quais as espécies de crimes quanto ao concurso de pessoas? 
Monossubjetivos: podem ser cometidos por um ou mais agentes; 
Plurissubjetivos: só podem ser praticados por uma pluralidade de 
agentes. 
 
2) Quais as espécies de condutas de crimes plurissubjetivos? 
Condutas paralelas: as condutas auxiliam-se mutuamente, visando à 
produção de um resultado comum; 
Condutas convergentes: as condutas tendem a encontrar-se, e desse 
encontro surge o resultado; 
condutas contrapostas: as condutas são praticadas umas contra as 
outras. 
 
3) Quais as espécies de concurso de pessoas? 
Concurso necessário: refere-se aos crimes plurissubjetivos, que exigem 
o concurso de pelo menos duas pessoas; 
Concurso eventual: refere-se aos crimes monossubjetivos, que podem 
ser praticados por um só agente. 
 
4) Em que consiste o autor do fato típico? 
É aquele que realiza a conduta expressa no verbo da figura típica, ou seja, 
a conduta descrita no tipo. E, portanto, quem mata, subtrai, obtém 
vantagem ilícita etc. 
 
5) O mandante de um crime pode ser considerado autor? 
O mandante de um crime não pode ser considerado autor, uma vez que 
não lhe competiram os atos de execução do núcleo do tipo (quem manda 
matar, não mata; logo, não realiza o verbo do tipo). 
 
6) Qual é a definição de autor e de participe para Wessels, segundo a 
teoria do domínio do fato? 
Autor é quem, como ‘figura central’ (= figura-chave) do acontecimento, 
possui o domínio do fato (dirigido planificadamente ou de forma co-
configurada) e pode, assim, deter ou deixar decorrer, segundo a sua 
vontade, a realização do tipo. Partícipe é quem, sem um domínio próprio 
do fato, ocasiona ou de qualquer forma promove, como ‘figura literal’, do 
acontecimento real, o seu cometimento”. 
 
7) Quais são e em que consistem as teorias da autoria? 
Restritiva: autor é só quem realiza a conduta típica; 
Extensiva: autor é também todo aquele que concorre de qualquer modo 
para o crime; 
Domínio do fato: autor é todo aquele que detém o controle final da 
produção do resultado, possuindo, assim, o domínio completo de todas as 
ações até a eclosão do evento pretendido. 
 
8) Qual a teoria adotada pelo Código Penal? 
Teoria restritiva, em que o autor só realiza a condutaprincipal contida no 
núcleo do tipo. Todo aquele que, sem realizar conduta típica, concorrer 
para a sua realização não será considerado autor, mas mero participe. 
 
9) Quais são e em que consistem as formas de concurso de pessoas? 
Co-autoria: todos os agentes, em colaboração recíproca e visando ao 
mesmo fim, realizam a conduta principal. Ocorre a co-autoria, portanto, 
quando dois ou mais agentes, conjuntamente, realizem o verbo do tipo; 
Participação: os participes apenas concorrem para que o autor ou os co-
autores realizem a conduta principal. 
 
10) Qual a diferença entre autor e participe? 
Autor é quem realiza a conduta principal descrita no tipo incriminador; 
participe é aquele que, sem realizar a conduta descrita no tipo, concorre 
para a sua realização. 
 
11) E conforme o Código Penal? 
Autor é quem realiza a ação nuclear do tipo (o verbo), enquanto partícipe 
é aquele que, sem realizar o núcleo (verbo) do tipo, concorre de alguma 
maneira para a produção do resultado ou para a consumação do crime. 
 
12) Qual a natureza jurídica do concurso de agentes? 
Teoria Unitária: todos os que contribuem para a prática do delito 
cometem o mesmo crime; 
Teoria Dualista: há um só delito para os autores e outro para os 
participes; 
Teoria Pluralística: cada um dos participantes responde por delito 
próprio. 
 
13) Qual é a teoria adotada pelo Código Penal? 
O Código Penal adotou, como regra, a teoria unitária, também conhecida 
como monista, conforme seu art. 29, caput: “Quem, de qualquer modo, 
concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de 
sua culpabilidade”. Assim, todos aqueles que, na qualidade de co-autores 
ou participes, deram a sua contribuição para o resultado típico devem por 
ele responder; portanto, todos são responsabilizados, em regra, pelo 
mesmo crime. 
 
14) Qual é a exceção pluralística desse dispositivo? 
A exceção está prevista no § 2º desse dispositivo: “se algum dos 
concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a 
pena deste...”. Embora todos os coautores e partícipes devam responder 
pelo mesmo crime, excepcionalmente, o legislador determina a imputação 
por outro delito quando o agente quis participar de infração menos grave. 
 
15) Qual a natureza jurídica da conduta de participação conforme a 
teoria da acessoriedade? 
De acordo com a teoria da acessoriedade, a participação é uma conduta 
acessória à do autor, tida por principal. Considerando que o tipo penal 
somente contém o núcleo (verbo) e os elementos da conduta principal, os 
atos do participe acabam não encontrando qualquer enquadramento, pois 
não existe descrição típica específica para quem ajuda a matar ou induz a 
furtar, mas tão-somente para quem pratica diretamente o próprio verbo do 
tipo. 
NotAulas – Direito Penal II Concurso de Pessoas 
 
 
9
16) Quais as classes dessa teoria? 
Acessoriedade Mínima: basta o participe concorrer para um fato típico; 
Acessoriedade Limitada: deve concorrer para um fato típico e ilícito; 
Acessoriedade Extrema: o fato deve ser típico, ilícito e culpável; 
Hiperacessoriedade: o fato deve ser típico, ilícito e culpável, e o participe 
responderá ainda pelas agravantes e atenuantes de caráter pessoal 
relativas ao autor principal. 
 
17) Qual a teoria adotada? 
A teoria adotada pelo Código Penal é a da acessoriedade limitada. 
 
18) A participação é uma conduta principal ou acessória? 
A participação é uma conduta secundária, devendo o partícipe responder 
toda vez que o fato principal for típico e ilícito, ou seja, sempre que houver 
crime, sendo irrelevante se o autor é ou não inimputável. Constituindo um 
comportamento acessório e não havendo correspondência entre a 
conduta do partícipe e as elementares do tipo, faz-se necessária uma 
norma de extensão que leve a participação até o tipo incriminador. 
 
19) O agente que contribui para um resultado sem praticar o verbo é 
enquadrado no tipo descritivo da conduta principal? 
De acordo com a norma do art. 29 do Código Penal, qualquer um que 
concorrer para um crime por ele responderá, sendo dessa forma 
enquadrado no tipo descritivo da conduta principal. 
 
20) Em que consiste o autor mediato? 
Autor mediato é aquele que se serve de pessoa sem condições de 
discernimento para realizar por ele a conduta típica. Ela é usada como um 
mero instrumento de atuação, como se fosse uma arma ou um animal 
irracional. O executor atua sem vontade ou consciência, considerando-se, 
por essa razão, que a conduta principal foi realizada pelo autor mediato. 
 
21) Qual a diferença entre autoria mediata e autoria intelectual? 
A autoria mediata distingue-se da intelectual, porque nesta o autor 
intelectual atua como mero participe, concorrendo para o crime sem 
realizar a ação nuclear do tipo. O executor (o que recebeu a ordem ou 
promessa de recompensa) sabe perfeitamente o que está fazendo, não se 
podendo dizer que foi utilizado como instrumento de atuação. 
 
22) Por que o executor é o autor principal? 
O executor é o autor principal porque ele realizou o verbo do tipo, 
enquanto o mandante atua como participe, pela instigação, induzimento 
ou auxílio. 
 
23) Do que a autoria mediata pode resultar? 
De ausência de capacidade penal da pessoa da qual o autor mediato se 
serve; 
De coação moral irresistível. Se a coação for física, haverá autoria 
imediata, desaparecendo a conduta do coato; 
De provocação de erro de tipo escusável. O autor da ordem sabe que 
esta é ilegal, mas se aproveita do desconhecimento de seu subordinado. 
 
24) É possível a autoria mediata nos crimes de mão própria e nos delitos 
culposos? 
Não é possível autoria mediata nos crimes de mão própria, nem nos 
delitos culposos. 
 
25) É possível concurso de agentes entre o autor mediato e o executor? 
É impossível, pois inexiste concurso de agentes entre o autor mediato e o 
executor usado. 
26) Quais são os requisitos do concurso de pessoas? 
Pluralidade de condutas: sem estas, nunca haverá uma principal e outra 
acessória, mínimo exigido para o concurso; 
Relevância causal de todas elas: se a conduta não tem relevância 
causal, o agente não concorreu para nada, desaparecendo o concurso; 
Liame subjetivo: é imprescindível a unidade de desígnios, pois o crime é 
produto de uma cooperação desejada e recíproca. E necessária a 
homogeneidade de elemento subjetivo (não se admite participação dolosa 
em crime culposo e vice-versa); 
Identidade de infração para todos: em regra, todos devem responder 
pelo mesmo crime, salvo as exceções pluralísticas. 
 
27) Quais são e em que consistem as formas de participação? 
Moral: instigação e induzimento; 
Material: auxílio. 
 
28) Em que consiste instigar e induzir? 
Instigar é reforçar uma ideia já existente. O agente já a tem em mente, 
sendo apenas reforçada pelo participe. Induzir é fazer brotar a idéia no 
agente. O agente não tinha idéia de cometer o crime, mas ela é colocada 
em sua mente. 
 
29) O cúmplice é considerado participe? 
O cúmplice é o participe que concorre para o crime por meio de auxilio. 
 
30) Quando ocorre a autoria colateral? 
A autoria colateral ocorre quando mais de um agente realiza a conduta, 
sem que exista liame subjetivo entre eles. 
 
31) Quando ocorre a autoria incerta? 
A autoria incerta ocorre quando, na autoria colateral, não se sabe quem foi 
o causador do resultado. Dessa forma, sabe-se quem realizou a conduta, 
mas não quem deu causa ao resultado. 
 
32) Quando ocorre a autoria ignorada? 
A autoria ignorada ocorre quando não se consegue apurar qual o 
realizador da conduta. Dessa forma, não se sabe nem quem foi seu autor. 
 
33) Em que consiste a participação de participação? 
Uma conduta é acessória de outra conduta acessória. É o auxílio do 
auxílio,o induzimento ao instigador etc. 
 
34) Em que consiste a participação sucessiva? 
Ocorre quando, após uma participação, realiza-se outra. Exemplo: o 
participe induz o autor a praticar um crime e depois o auxilia. 
 
35) Qual a diferença entre conivência e participação negativa? 
Apesar de ambas serem formas de participação por omissão, somente na 
negativa existe o dever jurídico de agir. 
 
36) Quando ocorre a participação impunível? 
Quando o fato principal não chega a ingressar em sua fase executória. 
Como antes disso o fato não pode ser punido, a participação também 
restará impune. Sendo assim, o auxílio, a instigação e o induzimento são 
atípicos na fase preparatória (CP, art. 31). 
Concurso de Pessoas NotAulas – Direito Penal II 
 
 
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LEITURA COMPLEMENTAR 
Cortesia: Cristiano Alves 
CONCURSO DE PESSOAS 
Conceito 
O concurso de pessoas (ou de agentes) ocorre quando há mais de uma 
pessoa contribuindo para a realização do delito. O agente se encontra ciente 
e adere voluntariamente à prática da infração penal, ou seja, pode-se 
pressupor que há uma convergência de vontades para que se chegue a um 
fim comum. 
Importante: o concurso pode acontecer desde a fase de ideação (iter criminis 
– caminho do crime: ideação, preparação, execução e consumação.), isto é, 
desde a elaboração intelectual do crime até a sua consumação, pode haver o 
concurso. Mas atenção: não é obrigatório verifica-lo em todo o iter criminis, 
digo, pode acontecer de o concurso ser verificado a partir da execução, por 
exemplo. 
Interessante: o concurso não pode ocorrer na fase de exaurimento do crime, 
pois o tipo já foi plenamente realizado. “Assim, quem simplesmente oculta 
cadáver não responde por crime de homicídio. Tais fatos ou são punidos 
autonomamente (ocultação de cadáver, art. 211), ou não constituem crime 
algum.” Paulo Queiroz, p. 243. 
 
Espécies 
Há duas espécies de concurso de pessoa: 
 Concurso eventual - refere-se aos crimes unissubjetivos, ou seja, 
naqueles crimes onde um só agente pode dar causa ao fato ou pode haver 
a participação de outrem. Os crimes de furto (155); homicídio (121); lesão 
corporal (129); roubo (157); dano (163) pode ser praticado por um só 
agente ou por mais de um, neste caso, os tipos acima citados seriam 
analisados em consonância com caput do artigo 29, do CP. Ex: 155 c/c 29; 
121 c/c 29. O artigo 29 seria, portanto, uma norma de extensão. Pois não 
seria possível a analise do concurso de pessoas sem ela. 
 Concurso necessário – refere-se aos crimes plurissubjetivos, isto é, 
àqueles que necessariamente contam com mais de um agente para a 
prática de um dado delito. É importante ressaltar que nesse caso a própria 
legislação assim estabelece, é o caso do crime de bando ou quadrilha 
(288); rixa (137)????? (capez). Para que o crime ocorra é obrigatório o 
concurso de pessoas. 
Importante: o caput do artigo 29 só se justifica em crimes unissubjetivos, pois 
eles, no caso do concurso de pessoas, precisam de uma norma de extensão, 
a saber, o referido artigo. Sem essa norma o fato não se emolduraria ao tipo 
penal. Os plurissubjetivos por sua vez já trazem na sua redação o concurso 
de pessoas, não há a necessidade de uma norma de extensão para 
complementar a interpretação do tipo. 
 
Teorias sobre o concurso de pessoas 
 Teoria pluralística – de acordo com essa teoria haveria tantas infrações 
penais quantos fossem o numero de autores. Seria como se cada partícipe 
cometesse sua própria infração penal independente dos demais autores. 
 Teoria dualística – nessa teoria temos papéis diferenciados, pois são 
distintos o papel primário e o papel secundário daqueles que deram causa 
ao crime. Imaginemos a seguinte situação: João e Carlos concorrem para 
prática de um homicídio. O primeiro empresta uma arma de fogo para que 
o segundo leve a cabo o intento criminoso. Para a teoria dualística Carlos 
responderia pelo crime de homicídio, já que ele desempenhou o papel 
primário e João responderia pelo crime de homicídio na forma de partícipe, 
pois este desempenhou um papel secundário. É importante ressaltar que 
os crimes seriam diferentes. 
 Teoria monística ou unitária – de acordo com essa teoria todos os que 
contribuem para a ocorrência de um delito estarão incidindo nas penas a 
este cominadas, isto é, todos os participantes responderão pelo mesmo 
crime na medida de sua culpabilidade. O crime permanece único e 
indivisível. “Não faz ela nenhuma distinção entre autor, co-autor e partícipe: 
todos os que concorrem para o crime são autores dele. A participação não 
é entendida como acessória. O partícipe é sempre um co-autor e responde 
inteiramente pelo evento. A sua origem está no código penal italiano.” 
Regis Prado, p. 394. 
“Essa concepção parte da teoria da equivalência das condições necessárias à 
produção do resultado. No entanto, o fundamento maior dessa teoria é 
político-criminal, que prefere punir igualmente a todos os participantes de uma 
mesma infração penal.” Bitencourt, p. 380. 
Importante: o código penal brasileiro adotou como regra a teoria monistica, 
porem pode-se dizer que ela é temperada, pois ela determina graus de 
participação distinguindo a atuação de autores e particípes, permitindo, 
portanto, graus de punição na medida da culpabilidade de cada um. Os §§ 1° 
e 2° do artigo 29 (principalmente o § 2°), dão uma suavizada na punição. Pois 
pune de forma diferente a participação em determinadas situações. Alguns 
autores como Bitencourt dizem se tratar de uma concepção dualista, pois há 
distinção entre autor e participe. Mas essa visão não é acolhida por muitos. 
 
Causalidade física e psíquica 
A causalidade deve ser analisada sob o aspecto físico (objetivo – contribuição 
causal física que foi causa de um determinado resultado danoso) e 
psicológico (subjetiva – contribuição subjetiva; vontade de atuar daquela 
forma na busca de tal resultado). Portanto se inexistir o nexo causal ou o 
liame subjetivo, não há concurso de pessoas. 
Ex 1: João empresta uma arma para Carlos, este tinha o intuito de matar seu 
desafeto. Por uma razão qualquer Carlos utiliza uma faca de cozinha para 
alcançar seu intento. Faltará nesse caso o elemento objetivo/físico em 
relação a João já que a arma não foi utilizada na execução do crime. 
Ex 2: um criado, por imprudência deixa o portão da garagem aberta e por isso 
se torna viável a um ladrão que já estava à espreita adentrar naquela 
residência e cometer o crime de furto. Apesar de o furto ter sido alcançado 
com êxito não se pode falar que houve concurso de pessoas, pois o vinculo 
psicológico/subjetivo não existe. Porque ao deixar o portão aberto o criado 
não queria aquele resultado. 
Importante: é indispensável que a adesão seja voluntária e consciente, 
quanto à ação praticada e também quanto ao resultado. 
 
Requisitos para o concurso de pessoas 
 Pluralidade de participantes e condutas - este é o requisito básico do 
concurso de pessoas, pois é necessário que mais de uma pessoa esteja 
concorrendo para a execução de um delito. Interessante: embora todos 
participem do crime nem todos atuam da mesma forma, porque alguns 
praticam o fato material típico, representado pelo verbo núcleo do tipo. 
Enquanto outros realizam outras funções como induzir, auxiliar moral ou 
materialmente o executor praticando atos que, em si mesmos, seriam 
atípicos. A participação de cada um e de todos contribui para o 
desdobramento causal do evento e respondem todos pelo fato típico em 
razão da norma de extensão do concurso. (trecho retirado do livro de 
Bitencourt, p. 382, no qual ele menciona a opinião de Esther Ferraz e 
Damásio.). 
 Relevância causal de cada conduta – o comportamento do agente deve 
ter vínculo com o resultado, pois nem todo comportamento constitui 
“participação”, pois precisa ter eficácia causal, provocandofacilitando ou ao 
menos estimulando a realização da conduta principal. A conduta de cada 
participante deve ter sido causa, isto é, deve ter determinado/contribuído 
de forma eficaz para a produção do resultado. 
 Vinculo subjetivo entre os participantes – deve haver um vínculo 
psicológico entre os vários participantes, ou seja, consciência de que 
participam de uma obra em comum. Se não há o vinculo subjetivo não há 
que se falar em concurso eventual de pessoas, podem-se ter condutas 
isoladas e autônomas. Observação: não se menciona o concurso 
necessário porque se não houver o vinculo psicológico entre os 
participantes não há crime. 
Importante: o mero conhecimento não leva à responsabilização se não 
constituir alguma forma de contribuição causal, ou não constituir, por si 
mesma, uma infração típica, salvo, nos casos em que a pessoa tinha o dever 
jurídico de proteção, por exemplo, nos crimes omissivos impróprios (dever de 
garantidor). 
NotAulas – Direito Penal II Concurso de Pessoas 
 
 
11
 Identidade da infração penal – os agentes unidos pelo vinculo subjetivo 
tem o intuito de praticar a mesma infração penal. A vontade dos agentes 
converge para o ponto em comum. Respondem então por um mesmo 
crime. 
 
Autoria 
A despeito do conceito de autoria temos três conceitos principais: 
 Conceito restritivo (mais se aproxima do art. 31) – para os adeptos 
dessa teoria o autor é aquele que realiza o núcleo do tipo penal, isto é, 
realiza a conduta descrita pelo verbo. Ex: matar, seqüestrar, extorquir, etc. 
Nesse caso nem todo aquele que dá causa a um resultado delituoso 
realiza o tipo penal, pois nem toda causa é sinônimo de realização de um 
crime. “As espécies de participação, instigação e cumplicidade serão, 
nessa acepção causas de extensão de punibilidade.” (Bitencourt, p.485). 
Para que a punição alcance os participantes surge a necessidade de 
complementação do conceito para participação, já que esta se distingue da 
autoria, por isso, de acordo com Jescheck, esse conceito restritivo de autor 
necessita ser complementado por uma teoria objetiva de participação, que 
pode assumir dois aspectos distintos: 
• Teoria objetivo-formal – o autor é aquele que realiza a conduta 
descrita pela forma verbal contida no tipo, enquanto que o participe tem 
um outro papel (papel secundário, ele produz qualquer outra 
contribuição causal ao fato). 
• Teoria objetivo-material – o autor, por realizar o tipo penal, detém 
maior periculosidade, pois a sua conduta é mais agressiva em relação 
ao participe, a sua ação é mais relevante para que o resultado ocorra. 
Já o participe realiza um papel menos relevante. 
• Critica ao critério objetivo – analisa apenas se a conduta se emoldura 
ao tipo, se o agente praticou a conduta ele será o autor. Isto traz 
problemas como na definição do autor na autoria mediata, aquela em 
que o agente se utiliza de outrem para atingir seu intento criminoso. 
• Ex: A é o mandante do crime; B é o executor (isto é, leva, a cabo, a 
pratica do núcleo do tipo), nesse caso B será o autor e A será o 
participe. Atenção: a distinção dessa forma entre mandante e 
participe não quer dizer necessariamente que o participe sofrerá 
uma penalidade menor que o autor. 
 
 Conceito extensivo – não parte de uma analise objetiva, e sim se 
aproxima do conceito subjetivo. Essa teoria não faz distinção entre autoria 
e participação, pois partindo da idéia da teoria da equivalência das 
condições (objetivo), é autor todo aquele que contribui de alguma forma 
para o resultado. Porem essa teoria dá um tratamento diferenciado a autor 
e participe. Objetivamente não há distinção entre eles, mas para que haja 
uma diferenciação partir-se-á de um critério subjetivo (teoria subjetiva da 
participação). De acordo com ela é autor aquele que tem a vontade de sê-
lo, quer o fato como próprio, age com o animus auctoris; o participe quer o 
fato como alheio, age com animus socii. 
• Critica ao conceito extensivo – poderia ser condenado como 
participes sujeitos que realizam pessoalmente todos os elementos do 
tipo e, como autores, quem não tem intervenção material no fato. 
 Teoria do domínio do fato – a doutrina e a jurisprudência têm trabalhado 
com essa teoria, por isso ela é de cunho doutrinário. Ela alarga o sentido 
de autor e ainda distingue com clareza autor e executor. 
• Surgiu em 1939 com o finalismo de Welzel e sua tese de que nos crimes 
dolosos é autor quem tem o controle final do fato. 
• É uma teoria objetivo-subjetiva. 
• Autor é quem tem o poder de decisão sobre a realização do fato. É não 
só o que executa a ação típica, como também aquele que se utiliza de 
outrem, como instrumento, para a execução da infração penal (autoria 
mediata). O autor tem o poder de decidir se continuará na empreitada 
criminosa ou não e se ele optar pela não-participação pode 
comprometer a empreitada criminosa, dada à importância da sua 
conduta. É importante ressaltar que nessa teoria há divisão de tarefas e 
cada tarefa é de extrema importância para o sucesso na prática da 
infração penal, ex: o motorista que aguarda os companheiros em um 
assalto ao banco, na verdade ele, pessoalmente, não pratica o núcleo 
do tipo, porem se ele desistir pode comprometer o assalto. Atenção: 
mesmo ele desistindo responderá pelo crime em que os demais forem 
incididos. 
• Autor é quem possui o manejo dos fatos, e os leva a realização. 
Participe é quem simplesmente colabora, sem poderes decisórios a 
respeito da consumação do fato. Ex: a moça que emprestou a casa para 
que os assaltantes se reunissem, a fim de combinarem a prática da 
infração penal. 
• Conseqüências – a autoria é compartilhada, já que é autor o coautor; a 
realização é considerada pessoal e responsável de todos; é autor quem 
realiza o fato valendo-se de outro instrumento (autoria mediata); limita-
se a crimes dolosos. 
 
Co-autoria 
Na co-autoria mais de uma pessoa contribui para que a infração penal seja 
cometida, mas a principio o co-autor não atua na execução do tipo penal. Co-
autoria é em ultima analise a própria autoria (Hans Welzel; Bitencourt, p. 489). 
Os agentes que participam do delito aderem a ele dolosamente, bastando 
para tanto a consciência de cooperar na ação comum, isto é, independe de 
aviso prévio. É a atuação consciente de estar contribuindo na realização 
comum de uma infração penal. Essa consciência é o liame psicológico que 
une a ação de todos, dando o caráter de crime único. 
A co-autoria fundamenta-se no principio da divisão de trabalho (teoria do 
domínio do fato), onde a ação de cada participante é peça essencial na 
realização do crime. “Na co-autoria não há relação de acessoriedade, mas 
a imediata imputação recíproca, visto que cada um desempenha uma 
função fundamental na consecução do objetivo comum.” Bitencourt, p. 
490. Ex: crime de estupro, no qual enquanto um dos agentes segura a vitima, 
o outro a possui sexualmente. 
 Autoria direta ou imediata – o agente atua pessoalmente na prática da 
infração penal. 
 Autoria indireta ou mediata – o agente (autor mediato) manipula outrem 
para que o crime seja cometido. Esse alguém é usado como mero 
instrumento. Exige o domínio do fato, ou seja, quem tem o poder de 
decisão sobre a realização do fato é o agente e não quem está sendo 
manipulado, ainda que este realize o núcleo do tipo penal. Importante: o 
terceiro não sabe que está sendo usado para a pratica de um delito. 
Hipóteses de autoria mediata: 
• Erro determinado por terceiro (art. 20, § 2º) – ex: enfermeira que, a 
pedido do medico, aplica veneno letal em um paciente. Atenção: há que 
se notar se ela poderia ter agido com mais cuidado, pois nesse caso ela 
poderá responder a titulo de culpa. Mas se é um erro, no qual, qualquer 
pessoa com mediana inteligência incorreria, afasta o dolo e a culpa. 
• Coação moral irresistível(art. 22, primeira parte) - há uma causa de 
exclusão da ação (coação física), pois o agente não teve vontade, não 
houve voluntariedade, ele foi um mero instrumento para que o autor 
mediato alcançasse seu objetivo. 
• Obediência hierárquica (art. 22, segunda parte) – uma pessoa 
exercendo uma determinada função de natureza publica dá um 
comando a uma outra pessoa, subordinada, contendo a determinação 
de realizar essa ou aquela conduta, positiva ou negativa. 
• Caso de instrumento impunível em virtude de condição ou 
qualidade pessoal (art. 62, III, segunda parte do CP) – aquele em que 
o agente instiga a cometer um crime alguém que é inimputável, ex: um 
menor de idade. 
 Autoria mediata e crime de mão própria – não é cabível, já que nos 
crimes de mão própria o próprio agente precisa atuar, portanto possuem 
caráter personalíssimo, a execução nesses crimes não pode ser transferida 
a ninguém. Ex: testemunha. 
 Autoria mediata e crime próprio – é possível, pois quem deve possuir as 
condições especiais exigidas pelo tipo penal é o autor mediato (autor que 
usa de outrem para praticar o delito) e não o imediato (aquele que pratica 
pessoalmente). 
 Co-autoria em delito de mão própria – não é possível, pois somente a 
pessoa pode atuar. 
Concurso de Pessoas NotAulas – Direito Penal II 
 
 
12
 Autoria de escritório ou mediata especial – diferentemente da autoria 
indireta ou mediata (simples), nesta o agente sabe que está sendo usado 
como instrumento para a prática da conduta delituosa. Na autoria de 
escritório o agente organiza, gerencia a função dos demais, por isso 
podemos dizer que ele é autor imediato?????? 
 Autor intelectual – esse conceito só se aplica se estivermos trabalhando 
com a teoria do domínio do fato, nos demais conceitos ela não se aplica 
(conceito restritivo). Nesse caso um agente elabora o evento criminoso e 
os demais executam. É tido como um homem inteligente que detém 
domínio do fato (tem poder decisório sobre a situação). Existe inclusive 
uma agravante para tais autores: art. 62, I. 
 Autoria colateral – ocorre quando duas ou mais pessoas, ignorando umas 
as outras, convergem suas condutas para a execução da mesma infração; 
é o caso das concausas. Nesse caso não há reciprocidade consensual 
entre os agentes (não há vinculo subjetivo); o dolo dos participantes é 
considerado individualmente. Caso soubessem um do outro seriam co-
autores. Ex: A atira em B, C também atira em B, (a bala alvejada por C é 
irrelevante para o resultado morte), sem que um saiba do outro. É o caso 
de uma concausa concomitante absolutamente independente. A 
responderia por homicídio e C responderia por tentativa de homicídio. Não 
há que se falar em concurso de pessoas, pois não há liame subjetivo nem 
identidade de condutas. 
 Autoria incerta – embora se saiba possivelmente quais foram os autores 
da infração delituosa, não se consegue determinar quais das condutas 
foram determinantes para o resultado. Ex: A e B alvejam C, mas não se 
consegue provar qual das condutas foi determinante para o evento morte. 
Nesse caso ambos respondem por tentativa de homicídio, já que seria 
inadmissível penalizar um deles por crime que não cometeu. Porém se eles 
agissem unidos pelo liame subjetivo não importaria de qual arma partiu o 
projétil, ambos responderiam por homicídio (haveria o concurso de 
pessoas). 
 Autoria ignorada – não se faz a mínima idéia de quem é o autor do crime. 
 Co-autoria sucessiva – nesse caso o liame subjetivo ocorre quando 
alguém ou o grupo já iniciou a empreitada criminosa, os agentes estão 
alem da fase de execução, isto é, estão na fase de consumação do delito. 
Há responsabilidade integral do autor sucessivo se: os fatos anteriores 
tenham ingressado na sua esfera de conhecimento e desde que não 
importem em infrações mais graves, já consumadas. Em tese o que entrou 
em momento posterior responderia de forma integral, porém se a agressão 
anterior já tiver provocado um fato mais grave ele responderia pelo fato 
menos grave. Ex: A agride B, C (os fatos ingressaram na sua esfera de 
conhecimento) vendo a agressão adentra no feito delituoso dando um soco 
no rosto de B, porém a esta altura B já se encontra com o braço quebrado, 
esta é uma lesão mais gravosa do que a que C provocou em B, por isso C 
responderia pela lesão menos grave provocada por ele. 
Importante: esse conceito só se aplica se estivermos trabalhando com a 
teoria do domínio do fato, pois nas demais teorias não é possível sua 
aplicação. 
 
Participação em sentido estrito 
O participe desempenha um papel secundário na realização de um delito. O 
participe não atua na execução e só ganha relevância jurídica se esta é 
iniciada. (o código penal brasileiro só pune um crime se é iniciada a execução 
deste.). 
Espécies: 
• Instigação: esta é uma participação no sentido moral, um auxilio moral, 
pois o participe estimula uma idéia preexistente criminosa que já existe na 
mente do autor. 
• Indução: também uma espécie de auxilio moral, consiste no estimulo de 
uma idéia inexistente por parte do autor. “Induzir é fazer brotar a idéia 
criminosa na cabeça do agente.”. 
• Auxilio material: o agente auxilia materialmente o autor na pratica do 
delito. Através, de meios físicos. Ex: o participe que empresta a arma de 
fogo para a consumação de um homicídio. 
Importante: para que a participação seja consumada é necessário verificar 
se a conduta do participe teve eficácia causal na produção do resultado e se 
ele tinha consciência de estar participando de um crime. 
 
Fundamentos para punibilidade (qual é o fundamento para punibilidade 
do participe?) 
1 – Teoria da participação na culpabilidade: o agente, nesse caso, ajuda a 
corromper o autor e, por isso, é punível. 
2 – Favorecimento ou causação (corrente predominante): o participe 
contribui para a pratica da infração. Ele favorece ou ajuda a dar causa ao fato 
delituoso. O injusto do participe depende do injusto do autor. 
 
 
Participação e artigo 15, do CP. É o participe beneficiado pelo referido 
artigo???? Desistência voluntária e arrependimento eficaz do autor. 
Existem 2 correntes: 
1 – alguns dizem que SIM sob o seguinte argumento: se a conduta do autor é 
considerada atípica, por causa da desistência voluntária e do arrependimento 
eficaz, logo essa atipicidade será estendida ao participe tendo em vista, que a 
sua conduta é acessória em relação à conduta principal. 
2 – NÃO. Pois parte-se da premissa de que o beneficio do artigo 15 é pessoal 
e intransferível. O participe agiu com dolo próprio em relação à conduta inicial 
do autor; aplicar-se-á, portanto, a regra do artigo 29, § 2º. 
 
Participação de participação – “em cadeia”. 
Ocorre quando um participe induz outro participe a induzir o autor para que 
ele cometa um crime. Ex: “A” induz “B” a induzir “C” a matar “D”. 
 
Participação sucessiva 
Ocorre quando os participes induzem o autor a praticar um delito. Ate aqui é 
muito parecido com a participação de participação. Porém na participação 
sucessiva os participes atuaram em tempos distintos e não existe vinculo 
subjetivo entre eles (????). Ex: ontem “A” induz “B” a matar “C”, hoje “D” 
induz “B” a matar “C”. Há que se notar que a participação sucessiva é 
diferente da coautoria sucessiva, esta é uma autoria compartilhada, os 
agentes responderão como autores. 
 
Acessoriedade de participação 
Limitam (ou tentam faze-lo) o alcance da acessoriedade da participação. As 
teorias da participação tratam de estabelecer quando uma pessoa pode se 
punida como participe. 
• Teoria da acessoriedade extrema ou máxima: a participação será 
punida quando o autor praticar um fato principal típico, ilícito e culpável. 
Todos esses elementos devem ser verificados na conduta do autor. 
• Teoria da acessoriedade mínima: para que a participação

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