PLANO DE ENSINO HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO (19012015)

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Disciplina: HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105 
Turma: HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO (CCJ0105/1810098) 2006
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Título
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO (19/01/2015) 
Contextualização
A crescente demanda por profissionais do Direito com ampla capacidade crítica e reflexiva acaba por exigir das instituições de ensino que propiciem a seus alunos sólida formação intelectual, habilitando-os não somente a exercer a profissão com competência técnica, mas também de forma ética e cidadã.
Esta disciplina tem por propósito capacitar o discente a compreender o pensamento jurídico e o ordenamento brasileiro vigentes, como produtos de progressivas construções no tempo e no espaço, a partir da necessidade que cada sociedade histórica tem de solucionar seus problemas e projetar seus ideais de vida conjunta, demonstrando a inquestionável influência recíproca entre direito e história. 
Para tanto, parte-se do pressuposto de que as particulares visões de mundo das diversas sociedades, mesmo construídas a partir de horizontes políticos, sociais, mentais, culturais e econômicos presentes em cada tempo histórico específico, quando observadas em conjunto, em sua inteireza, demonstram não apenas conectividade, mas também alguma unidade.
É a identificação dessa unidade que acaba por explicitar o que chamamos de tradição jurídica brasileira, construída no âmbito de uma pluralidade híbrida decorrente não só da riqueza cultural multirracial que no Brasil se fez presente desde a América portuguesa, mas também em face do contínuo alinhamento ao que se denomina de grande família cultural ocidental.    
Ementa
A América portuguesa, e as perspectivas sócioeconômicas, mentais e jurídicas no decorrer do processo de colonização. Brasil Imperial: a construção e consolidação da estrutura sócio-político e jurídica autônoma. O contexto oligárquico da República Velha e a construção jurídico-política do período. A Era Vargas: conjuntura sócio-política e a gênese dos direitos sociais no Brasil em contexto de liberdade mitigada. O direito brasileiro no pós-Guerra: ascensão e decadência democrática. A ordem jurídica na ditadura militar: da radicalização à distensão do regime de força. O direito brasileiro na ambiência de reconstrução democrática.
Objetivos gerais
Compreender o pensamento jurídico e o ordenamento brasileiro vigentes como construções decorrentes das rupturas e permanências observadas nas realidades política, social, mental, cultural e econômica nos diversos momentos históricos vivenciados no país.  
Objetivos específicos
- Analisar as instituições jurídicas e estruturas judiciais aplicadas no Brasil a partir do período colonial da América portuguesa até sua independência com suas influências na formação de uma tradição do pensamento jurídico brasileiro;
-  Relacionar as instituições e estruturas jurídicas construídas no período republicano, a partir de estruturas jurídicas, políticas e sociais herdadas do Brasil Colônia e do Brasil Imperial com um quadro de permanências e rupturas no decorrer do tempo histórico para compreender o atual perfil do pensamento e da dogmática jurídica brasileiras;
- Compreender as transformações, rupturas e permanências dos institutos do direito brasileiro no decorrer da história, enfatizando a relação direta entre a produção jurídica de dado tempo histórico com a mentalidade vivenciada pelo grupo social a que se destina o direito.  
- Reconhecer-se como sujeito histórico, potencial transformador da realidade sociopolítica e jurídica do mundo em que vive, a partir dos exemplos históricos daqueles que lutaram pela liberdade e pela igualdade social;
- Analisar o direito como produto de seu tempo, demonstrando que sua legitimidade busca raízes mais profundas na tradição histórica e mental da sociedade que o produz.
Conteúdos
CONTEÚDOS
UNIDADE I 
1 -  O Brasil Colônia. 
1.1 - A Chegada dos Portugueses
1.2 - Capitanias Hereditárias
1.3 - A Legislação portuguesa: as Ordenações, os Alvarás
1.4 - A Criação do Governo Geral
1.5 - A Escravidão e a economia colonial
1.6 - A agromanufatura açucareira 
1.7 - Mineração: a era do ouro
2 - O Processo de Independência 
2.1 - O Império português em tempos de crise
2.2 - As conjurações mineira e baiana (1789-1798)
2.3 - A transferência da corte portuguesa para as Américas, ou o início do processo de ?interiorização da metrópole.
2.4 - A Revolução do Porto e a emancipação da América Portuguesa
3 - A construção do Brasil imperial
3.1 - De Reino Unido a Império do Brasil
3.2 - A constituição de 1824 e suas repercussões
3.3 - O Código Penal de 1830
3.4 - A crise do Primeiro Reinado
3.5 - O Segundo Reinado
3.6 - D. Pedro II reina, mas não governa: o período regencial 
3.7 - O regresso conservador e a antecipação da maioridade de D. Pedro 
3.8 - O Código Civil e a Lei de Terras
3.9 - As Leis abolicionistas
3.10 - Crise e fim do Império do Brasil (1870-1889)
UNIDADE II 
4 ? A construção da República
4.1 - A República Militar
4.2 - Os Governos Militares
4.3 - O Governo Provisório (novembro de 1889 - fevereiro de 1891)
4.4 - O Código Penal de 1890
4.5 - O novo governo de Deodoro da Fonseca (fevereiro de 1891 ? novembro de 1891)
4.6 - O Governo do Marechal Floriano Peixoto (1891 ? 1894)
4.7 - A Primeira Constituição Republicana
5 ? A República Café com Leite
5.1 - O Café com leite: a política na República Oligárquica
5.2 - Movimentos Sociais na República do Café com Leite
5.3 - Movimentos Rurais
5.4 - As revoltas urbanas
5.5 - O Código Civil de 1916
5.6 - O movimento operário
5.7 - A Semana de Arte Moderna - 1922
5.8 - O Tenentismo
5.9 - A crise da Oligarquia
6 - A era Vargas
6.1 - Os anos "20": permanências, tensões, expectativas.
6.2 - Da vitória do candidato oficial ao movimento revolucionário 
6.3 - O PERÍODO DO GOVERNO PROVISÓRIO - de 1930 a 1934
6.4 - Código Eleitoral de 1932!!! 
6.5 - A Constituição de 1934
6.6 - O Período do governo constitucional - de 1934 a 1937
6.7 - O período da ditadura do estado Novo (de 1937 a 1945) e a Constituição de 1937 
6.8 - A questão federativa e o Estado Novo
6.9 - O Departamento de Imprensa e Propaganda e a nova institucionalidade social e trabalhista do Estado Brasileiro
6.10 - Vargas, o "protetor dos trabalhadores", o "pai dos pobres"...
6.11 - Da continuidade da configuração da institucionalidade social e trabalhista no Estado Novo, iniciada no período do Governo Provisório. 
6.12 - A Constituição de 1937
6.13 - Os Código Penal e de Processo Penal
6.14 - O enfraquecimento e a derrocada do Estado Novo
Unidade III  
7 - Da Democracia à Ditadura.
7.1 - A redemocratização no Pós-Guerra e o Governo Dutra
7.2 - A Constituição de 1946
7.3 - O Segundo Governo de Getúlio Vargas 
7.4 - O industrialismo de JK 
7.5 - João Goulart e o golpe militar de 1964
8 - Da ditadura à abertura lenta e gradual.
8.1 - O Golpe Militar de 1964
8.2 - O Ato Institucional e a repressão
8.3 - A Constituição de 1967 
8.4 - Os movimentos de resistência 
8.5 - O Ato Institucional nº 5 e os ?Anos de Chumbo? 
8.6 - A Abertura lenta e gradual
UNIDADE IV  
9 - O processo de redemocratização do Brasil 
9.1 - O retorno paulatino à normalidade democrática
9.2 - A Era Sarney- as graduais reconquistas nos campos da política e das liberdades públicas e o fracasso na economia
9.3 - A Constituinte e o exercício pleno da cidadania em contexto de luta ideológica
9.4 - A Constituição de 1988, e as conquistas democráticas e sociais
10 - O Estado Democrático de Direito 
10.1 - 29 anos depois: a democracia chega às urnas!
As eleições de 1989 e o Governo Collor
A polarização de forças políticas e a solução conservadora.
10.2 - A breve ?República das Alagoas?
10.3 - A crise econômica e moral do Governo Collor
10.4 - ItamarFranco e o governo de transição
10.5 - A Era FHC e o primeiro Mandato: estabilização política e econômica e os ventos neoliberais
10.6 - O segundo mandato FHC: o fim da lua-de mel.
10.7 - O primeiro mandato da Era Lula: entre economia e política, as contradições de um período.
10.8 - O direito brasileiro na contemporaneidade: breves notas.
Mapa conceitual
Procedimentos de avaliação
A avaliação se dá de forma continuada. Antes de cada aula o estudante deverá ler o Plano da Aula e as páginas indicadas do Livro Didático e resolver os casos e exercícios propostos, postando o resultado na webaula da disciplina.
A AV1 será uma prova escrita, sem consulta, com questões objetivas e discursivas, que valerá no mínimo 8,0 (oito) e no máximo 10,0 (dez) pontos. Os até dois pontos serão atribuídos aos trabalhos postados na webaula. A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização.
As AV2 e AV3 serão realizadas por provas escritas, sem consulta, valendo até 10,0 (dez) pontos, contendo questões objetivas e discursivas, sendo, ao menos uma das questões, um dos casos resolvidos ao longo do período. As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina.
Para aprovação na disciplina o aluno deverá:
1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina.
2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações.
3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. 
Bibliografia básica
1.   ANGELOZZI, Gilberto. História do direito no Brasil. São Paulo: Freitas Bastos, 2011.
2.   CASTRO, Flávia Lages de. História do direito geral e do Brasil. 10. ed. rev. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013.
3.   WOLKMER, Antônio Carlos. História do Direito no Brasil. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
legenda de ícones:
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