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Civil 1

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Civil 1
Ato, Fato e Negócio Jurídico.
- Fato Jurídico: qualquer fato que produza efeito jurídico.
Fato jurídico natura ordinário: é o evento natural previsível e comum de ocorrer, como é o caso da morte, do nascimento, do decurso de prazo, da prescrição e da decadência.
Fato jurídico extraordinário: é o evento decorrente da natureza, como o caso fortuito (evento totalmente imprevisível) ou a força maior (evento previsível, mas inevitável ou irresistível).
- Ato Jurídico: é todo ato humano voluntário ou involuntário que produza efeito jurídico.
Ex: art 1263CC – Se tornar dono de algo que não é de ninguém.
- Negócio Jurídico: é o ato humano praticado com o objetivo de produzir efeito jurídico.
Negócio Jurídico
	Plano de Existência
	Plano de validade
	Plano de Eficácia
	- agente 
	- capacidade (do agente)
	- condição
	- vontade
	- liberdade (da vontade ou consentimento)
	- termo
	- objeto 
	- licitude, possibilidade, determinabilidade (do objeto)
	- consequências do inadimplemento negocial (juros, multa, perdas e danos)
	- forma
	- adequação(das formas)
	- outros elementos (Efeitos dos negócios)
Requisitos de Validade: art 104CC
Declaração de vontade: feita por declaração ou manifestação.
Agente capaz: a capacidade do agente tem que ser de fato.
Objeto lícito: objeto que não contraria a lei, a moral ou a ordem pública; possível: possibilidade do seu cumprimento, física e jurídica; determinado: objeto específico ou determinável: objeto existente, porém que ainda não foi determinado ou escolhido, ex: a obrigação de entregar 10 cabeças de gado quando possui 100.
Forma escrita ou não defesa em lei.
Requisitos de Existência:
Declaração de vontade: o silêncio somente será considerado como declaração de vontade, se houver previsão neste sentido.
Finalidade Negocial: ato praticado com o objetivo de adquirir, conservar e modificar ou extinguir direitos.
Idoneidade do objeto: deve possuir os requisitos exigidos em lei para produzir efeitos.
Classificação dos Negócios Jurídicos:
Unilateral: realizado por uma única parte.
Não Receptícios: não é necessária a ciência do destinatário para produzir efeito jurídico, ex: procuração;
Receptícios: é o negócio que exige a ciência do destinatário para produzir efeitos jurídicos, ex: renúncia aos poderes recebidos por procuração.
Bilateral: negócio jurídico realizado por duas partes.
Simples: onde apenas uma das partes possui ônus, enquanto a outra se beneficia, ex: comodato e doação.
Sinalagmático: 	negócio que existe reciprocidade de prestações, ex: aluguel, compra e venda, etc.
Plurilateral: negócio jurídico realizado por duas ou mais partes, ex: seguro de vida empresarial.
O Negócio Jurídico pode ser classificado também quanto à forma, podendo ser solene (formal) e não solene (informal).
Solene: exige certa formalidade prevista em lei.
Não solene: não é exigida qualquer solenidade.
Outra classificação levada em consideração é o momento que produz efeito jurídico. Assim, pode ser classificado como inter vivos ou mortis causa.
Inter vivos: é o negócio jurídico que produz efeito em vida em relação aos contratantes.
Mortis causa: é o negócio jurídico que necessita da morte para produzir efeitos, ex: testamento, fundação.
Quanto ao modo de existência:
Principais: são os que têm existência própria e não dependem, pois, da existência de qualquer outro, ex: compra e venda, permuta e locação.
Acessórios: são os que têm a existência subordinada à do contrato principal, como se dá com a cláusula penal, a fiança, o penhor. Extinta a obrigação principal, extingue-se também a acessória.
O silêncio como manifestação de vontade: em regra não se aplica o provérbio “quem cala consente”. Normalmente o silêncio nada significa, por constituir total ausência de manifestação de vontade e, como tal, não produzir efeitos. Todavia, excepcionalmente, em determinadas circunstâncias, pode ter um significado relevante e produzir efeitos jurídicos.
Portanto, o silêncio pode ser considerado como manifestação tácita de vontade quando a lei conferir a ele tal efeito.
Reserva mental: ocorre a reserva mental quando um dos declarantes oculta a sua verdadeira intenção, quando não quer um efeito jurídico que declara querer. Tem por objetivo enganar o outro contratante ou declaratário. Se este, entretanto, não soube da reserva, o ato subsiste e produz efeitos que o declarante não desejava.
Representação
É ato pelo qual uma terceira pessoa declara a vontade em nome do representado. Art. 115CC
Representação Legal: Pais
Judicial: é nomeado pelo juiz para exercer poderes de representação no processo, como o inventariante, o síndico da falência, etc. – a Lei escolhe.
Representação Convencional: Advogados. A pessoa escolhe seu representante.
Auto contratação ou negócio consigo mesmo: o representante aproveita sua posição em benefício próprio. Ex: poderes para vender e poderes para negociar o valor da compra. O Procurador aproveita e ele mesmo compra o imóvel pelo valor que lhe for mais conveniente, aproveitando-se dos poderes que tem para vender e para negociar.
Obs: é permitido por lei, se previsto na Procuração.
Substabelecimento (subis): é ato pelo qual o representante transfere os poderes no todo ou em parte para uma terceira pessoa.
Substabelecimento sem reservas: transferência total para outro advogado;
Substabelecimento com reservas: é parcial, quem substabelece continua no processo. 
Elementos Acidentais do Negócio Jurídico
Recebem essa denominação porque o negocio existe e é válido mesmo sem esses elementos. Seu objetivo é atribuir um efeito modificativo ao negócio. São: Condição, Termo e Encargo.
Condição – art. 121 CC: é clausula do negócio jurídico que subordina seu efeito a um evento futuro e incerto. Ex: o dono de uma empresa promete aos seus trabalhadores uma gratificação se naquele mês a empresa atingir certa margem de lucro.
Voluntariedade: para ser considerada condição a cláusula deve ser estabelecida por ato de vontade de ambas as partes ou de pelo menos uma delas.
Futuridade: o efeito do negócio juridico deve estar subordinado a evento futuro sem o qual não será condição podendo ser o negócio simples.
Incerteza: além dos dois elementos anteriores os efeitos do negócio juridico devem estar subordinados a um evento futuro e incerto.
Obs: se o efeito do negócio juridico estiver subordinado a que certo individuo venha a falecer não há condição porque não há incerteza, já que a morte é certa, embora não possamos precisar o seu momento exato.
Classificação:
Quanto à licitude: será aquela cujo efeito do negócio jurídico estiver subordinado a algo em conformidade com a lei, a ordem pública e os bons costumes e do contrário será ilícita.
Quanto à possibilidade: a condição deve ser fisicamente possível, ou seja, realizável, por pessoa comum e também juridicamente possível, ou seja, não haja impedimento legal para a sua realização.
Quanto à participação da vontade das partes:
Condição Casual: trata-se de condição onde os efeitos do negócio jurídico estão subordinados exclusivamente a eventos exteriores ao homem e a sua vontade. Ex: o professor promete gratificar os alunos com um ponto se chover no dia da prova.
Condição potestativa: leva em consideração a vontade da parte ou das partes sendo dividida em:
a)puramente potestativa: quando seus efeitos estiverem subordinados exclusivamente a vontade da parte, sendo por este motivo, condição proibida por lei. Ex: o professor se compromete a gratificar os alunos com um ponto se no dia da prova entrar na sala de aula com o braço direito erguido.
b)condição simplesmente potestativa: quando além da vontade das partes, exigir um elemento externo alheio a sua vontade. Obs: a condição puramente potestativa será convertida em condição promiscua se algum fato imprevisível retirar a certeza do contratante.
Condição Promíscua: as condições puramente potestativas podem perder esse caráter em razãode algum acontecimento inesperado ou casual que venha a dificultar sua realização. Ex: é de início puramente potestativa a condição de escalar determinado morro, mas perderá esse caráter se o agente, inesperadamente, vier a padecer de algum problema físico que dificulte e torne incerto o implemento da condição. Neste caso, a condição transforma-se em promíscua.
Condição mista: é a que depende da vontade da parte e também de uma terceira pessoa. Ex: o pai promete um imóvel à filha se a mesma se casar com pessoa determinada considerada de boa índole.
Quanto ao modo de atuação:
Condição suspensiva (Eficácia): a eficácia do negócio jurídico está subordinada a um evento futuro e incerto. Ou seja, impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto.
Condição resolutiva: põe fim à eficácia do negócio jurídico (ou parte dele). Ex: cessará a bolsa de estudo caso o aluno tire média abaixo de 7 no bimestre.
Termo: evento futuro e certo.
Termo inicial (dies a quo) – marca o inicio dos efeitos do negócio juridico. Art. 131 CC
Termo final (dies ad quem) – marca o final dos efeitos do negócio jurídico.
Termo convencional – é o aposto no contrato pela vontade das partes.
Termo de Direito – é o que decorre da lei.
Termo de graça – é a dilação de prazo concedida ao devedor.
Termo Certo – é o termo inicial ou final estipulado por um momento determinado, que poder ser uma data ou um evento qualquer, desde que seja certo.
Termo incerto – é o termo inicial ou final marcado por um evento que irá acontecer, mas que não se pode apontar o momento exato. Ex: morte.
Encargo: art. 136CC. É o ônus estabelecido pelo beneficiário de determinada liberalidade (doação, testamento).
O encargo não impede o exercício nem a aquisição do direito, salvo se o encargo for estabelecido como condição suspensiva. Não se confunde o encargo estabelecido como condição suspensiva com a condição suspensiva estudada acima, pois nesta a característica é sua incerteza não podendo ser obrigada judicialmente a executá-la. Já no referido encargo o contratante pode ser obrigado judicialmente a executá-lo.
Encargo como condição suspensiva: obrigado judicialmente.
Condição Suspensiva: não é obrigatório judicialmente.
O artigo 137CC estabelece que o encargo ilícito ou impossível seja considerado não escrito, salvo se for a causa determinante da liberalidade, e o que causará a invalidade de todo o negócio jurídico.
Ex: a doação de um imóvel com o encargo de que nele seja construído um prostíbulo. Esse encargo anula todo o processo juridico, a doação é invalida. No entanto, se a doação do imóvel possuir como encargo que o beneficiário vá à lua, o encargo impossível é considerado cláusula não escrita, permanecendo válida a doação.
Encargo ilícito: invalida a doação.
Encargo impossível: não invalida a doação.
Vícios ou defeitos do Negócio Jurídico
Erro – art 138 cc: é a falsa noção ou noção equivocada da realidade que leva à realização do negócio jurídico. Para anular o negócio jurídico, no entanto, o erro deve ser substancial e real.
Substancial – art 139cc: é o erro que recai sobre circunstância relevante do negócio jurídico.
Real: é o erro causador de efetivo prejuízo.
Do contrário, o erro será considerado acidental, não ensejador de anulação do negócio jurídico.
Falso motivo – art 140cc: é impulso psíquico que leva alguém a determinado ato. O falso motivo não anula o negócio jurídico, salvo se for expresso como razão determinante de sua realização.
Dolo: a noção equivocada da realidade é causada pelo próprio declarante.
Espécies:
Dolo principal – art 145CC: consiste na atitude ensejadora da realização do negócio jurídico. Ex: um vendedor informa ao comprador que o celular que está a venda é original, quando na verdade se trata de uma falsificação.
Dolo Acidental – 146CC: embora torne a prestação mais onerosa, não é causadora de anulação, sendo resolvido o mesmo em perdas e danos. Ex: o vendedor de um telefone original, na hora de calcular o parcelamento da compra, inclui valores inexistentes.
Dolo positivo e dolo negativo: o positivo também é denominado comissivo, é o dolo causado por ação e o negativo é o dolo causado por omissão, ex: omitir moléstia grave na contratação do seguro de vida.
Dolo de terceiro: causado por pessoa alheia ao negócio jurídico, porém o mesmo somente será anulado se o beneficiado tinha conhecimento da atitude dolosa, pois do contrário, o lesado deverá buscar reparação diretamente do terceiro, permanecendo válido o negócio jurídico. Art 148 CC.
Dolo do representante – art 149CC: teoricamente beneficia o representado, pois os atos praticados não estão em nome próprio e sim do representado.
Dolo bilateral: é dolo causado por ambos os contratantes, dispondo o art 150CC que nenhum deles poderá requerer a anulação ou indenização por perdas e danos.
Coação: É conceituada como sendo a pressão física ou psicológica que é usada contra o negociante a fim de obriga-lo a realizar atos que não lhe interessam que não são do seu querer. A principio a pessoa não tinha desejo, intenção de realizar certo negócio, mas ela é forçada por outrem que se utiliza de algum motivo ou fato a celebrar tal negócio. Neste caso, não há manifestação de vontade, que é o elemento mais essencial para a efetivação do negócio.
Espécies:
Coação absoluta: surge quando há violência física, isto é, o coator utiliza de força física para obrigar uma pessoa a realizar certo ato ou negocio jurídico, e, portanto não possui nenhum consentimento da vítima, tornando o negócio ou ato nulo, inválido.
Coação relativa ou moral: surge quando há uma violência, uma pressão, psicológica ou moral. Nesta, o coator faz ameaças a vitima e a deixa escolhas, ou seja, a pessoa realiza certo ato ou sofrerá as consequências da ameaça. 
Lesão – art 157CC: “A lesão se constitui quando no ato da celebração ou execução do negocio jurídico, a pessoa obriga a si própria a uma prestação de valor desproporcional ao da prestação oposta, qual seja, a prestação da outra parte que compõe o negocio jurídico, tanto sendo credor ou devedor”.
2 requisitos:
Objetivo: diz respeito à onerosidade da prestação de uma parte da relação, isto é, ao sacrifício, ao gasto que a pessoa irá ter em seu patrimônio econômico. Portanto, a onerosidade deverá ser excessiva, ao tanto que a tornará desproporcional à outra prestação, e consequentemente fazendo com o individuo perca o interesse em manter o vínculo.
Subjetivo: está relacionado com a pessoa que compõe a relação jurídica. É a situação pessoal do individuo formador da relação jurídica, sendo esta situação de premente necessidade ou por inexperiência em celebrar negócios. Em se tratando de premente necessidade, um simples exemplo é o de uma pessoa que está muito doente, e que para tentar se curar, paga uma quantia exorbitante por algum tratamento que, geralmente não chega àquela quantia.
Fraude contra credores – arts 158 a 165CC: Entende-se, que fraudar credores, é o ato praticado pelo devedor, que já esta insolvente, ou que por praticar este ato, se torna insolvente causando prejuízos aos credores. É importante deixar claro que insolvente, é aquela pessoa que já não possui patrimônio, condições econômicas de adimplir, de pagar o que deve. Dessa forma, caracteriza-se pelo fato de o devedor, de um ou mais credores, que assume obrigações com estes, mas não tem como cumprir a prestação, ou quando possui condições, se desfaz de seu patrimônio, tornando-se insolvente, e, portanto não tendo como cumprir com a prestação que lhe cabe.
Art 158CC: Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
Pela leitura da parte inicial do caput deste dispositivo legal, se extrai duas hipóteses, quais sejam: transmissão gratuita de bens, ou a remissão de dívida, sendoque se forem praticados, em ambos os casos, por devedor que já não possui patrimônio ou que pela pratica destes atos jurídicos, o tornem insolvente, sem patrimônio. Ainda pela leitura do caput do art. 158 do Código Civil, observa-se que consequentemente o negocio se tornará anulável. Entende-se aqui
Sendo assim, esta anulação deverá ser requerida pelo credor que tiver seus direitos lesados, por meio da ação Pauliana, que tem por objetivo, reconhecer a fraude e efetivar a anulação do negócio jurídico celebrado.
Nulidades – Arts 166 e 167CC
Nulidade relativa: anulabilidade
Negócio realizado pelo relativamente incapaz.
Negócio realizado com um dos vícios de defeito.
A nulidade relativa é denominada anulabilidade e atinge negócios que se acham inquinados de vício capaz de lhes determinar a invalidade, mas que pode ser afastado ou sanado.
Nulidade absoluta: nulo
Simulação: declaração enganosa da vontade com o objetivo de produzir efeito juridico diverso do efetivamente indicado. Trata-se de vicio social. Na legislação atual a simulação torna o negócio nulo, qualquer pessoa pode requerer sua nulidade, podendo, inclusive o juiz declará-la de oficio.
Características: é em regra negócio jurídico bilateral. Resulta de acordo entre as partes, para lesar terceiros ou fraudar a lei.
Espécies de simulação:
Absoluta e relativa;
Inocente e fraudulenta;
Simulação absoluta: o individuo não realiza qualquer negocio juridico, apenas finge realizá-lo para fraudar a lei ou lesar terceiros. Diz-se absoluta porque a declaração de vontade se destina a não produzir resultado, ou seja, ela deveria produzir um, mas essa não é a intenção do agente. Ex: com o objetivo de não partilhar o seu automóvel com a sua esposa, por ocasião de um fruto de um futuro divórcio, o individuo finge vende-lo a um amigo.
Simulação relativa: o indivíduo finge realizar determinado negócio com o objetivo de ocultar outro negócio jurídico efetivamente realizado. Existe um negócio simulado (aparente) e outro negócio (oculto). Ex: com o objetivo de doar um imóvel para sua amante, o marido finge vende-lo a um amigo, para que ele faça a transferência do bem.
O art 167CC dispõe que o juiz poderá declarar a invalidade do negócio simulado, atribuindo validade ao negócio dissimulado se o mesmo for válido quanto à forma e substância.
Ex: um indivíduo compra o imóvel por 1 milhão de reais (negócio dissimulado) fazendo constar 500 mil (negócio simulado). Nesta hipótese, como foram respeitados todos os procedimentos da compra e venda, aplica-se o disposto no art 167CC, passando a constar que a compra fora efetivada por 1milhão. 
Simulação ad personam: diz-se simulação ad personam ou por interposição de pessoa quando o negócio é real, mas a parte é aparente, denominada “testa ferro”, laranha...
Prescrição e Decadência
Prescrição: perda da pretensão(do sujeito). A prescrição está ligada ao decurso do lapso temporal, tanto é que sua natureza jurídica é de fato jurídica em sentido estrito, ou seja, acontecimentos que advém de fenômenos naturais.
Prescrição é a perda da pretensão do titular de um direito que não o exerceu em determinado lapso temporal. Os prazos prescricionais são taxativos e estão elencados nos artigos 205 e 206 do Código Civil. Esses prazos não podem ser modificados, nem em caso de disposição em contrário, por acordo entre as partes, devendo ser alegada por qualquer parte que tiver interesse a qualquer tempo. Os prazos prescricionais podem sofrer impedimento, suspensão ou interrupção. No impedimento, o prazo prescricional não chega a se iniciar, já na suspensão, o prazo prescricional em curso sofre uma parada temporária, continuando, de onde havia parado, após a cessação do obstáculo. Por fim, na interrupção, o prazo prescricional em curso reinicia-se por inteiro, desconsiderando-se o período anteriormente transcorrido. As causas de impedimento e de suspensão são as mesmas e estão descritas nos arts. 197 a 201 do Código Civil, as causas que interrompem estão dispostas nos arts. 202 a 204 do CC.
Prescrição intercorrente: quando o autor do processo já iniciado permanece inerte, de forma continuada e ininterrupta, durante lapso de tempo suficiente para a perda da pretensão.
Decadência: é a perda do direito potestativo pela inércia do titular no período determinado por lei.
Diferença entre prescrição e decadência: na decadência o prazo começa a fluir no momento que o direito nasce. O prazo prescricional, todavia, só inicia a partir do momento em que este direito é violado. Também se diz que a prescrição resulta exclusivamente da lei, enquanto a decadência pode resultar da lei (legal), do testamento e do contrato (convencional).
Direito das Obrigações
Diferença entre obrigações propter ren e obrigações comuns: as obrigações propter ren se distinguem especialmente pelo modo de transmissão. Estas transmitem através dos negócios jurídicos, como cessão de crédito, sub rogação, etc.
Modalidades:
Obrigação de dar: 
- Coisa certa (restituir), consiste na obrigação de entregar dinheiro ou coisa específica, ou seja, determinada (arts 233 e 237CC).
Na obrigação de dar coisa certa, até a tradição o bem pertence ao devedor, porém seus acessórios pertencem ao credor, podendo ser exigido aumento no preço caso o credor tenha a intenção de adquiri-los.
Diante do perecimento do bem antes da tradição, o código civil prevê 2 hipóteses. Uma delas é a de que o bem se perde sem culpa do devedor e a outra é a de que o bem se perde por culpa do devedor, ambas previstas no art 234 CC.
Se antes da entrega o bem se perde sem culpa do devedor, a obrigação se resolve. Ou seja, se o devedor recebeu pelo valor do bem, terá por obrigação devolvê-lo sem pagar perdas e danos e a coisa perece para o dono.
Se o bem perece por culpa do devedor, pode o credor exigir o valor do bem mais perdas e danos (art 234CC).
Se a coisa se deteriora por culpa do devedor, poderá o credor aceita-lo no estado que se encontra ou se recusar a recebê-lo. Mas em ambos os casos poderá pedir perdas e danos.
Em ambos os casos o credor poderá pedir perdas e danos em decorrência do inadimplemento culposo do devedor. Se optar pelo não recebimento do bem, poderá, ainda, exigir o valor do mesmo, que será somado às perdas e danos.
- Obrigação de dar coisa incerta: é aquela determinada pela quantidade e pelo gênero. Ou seja, trata-se de obrigação cujo objeto é determinável, conforme dispõe o art 243CC.
Se no contrato não houver previsão de quem promoverá a escolha, esta caberá ao devedor, que não será obrigado a dar o que tem de melhor, também não podendo dar o que tem de pior, como prevê o art 244CC. Esta regra somente se aplica quando não houver previsão de quem irá escolher, uma vez que se os contratantes convencionarem que a escolha caberá ao devedor, este estará livre para escolher, inclusive o que tem de pior.
Outra regra estipulada pelo Código Civil é a de perecimento ou deterioração do bem antes da escolha. Estabelece o art. 246CC que se o bem se perde ou deteriora por caso fortuito ou força maior, permanece o devedor com a obrigação em sua integralidade.
Obrigação de fazer: o devedor tem a obrigação de executar um ato ou executar determinado serviço.
- Obrigação de fazer infungível: consiste na obrigação somente executável pelo devedor. Se o mesmo se torna inadimplente por sua culpa, terá obrigação de indenizar por perdas e danos, conforme art 247CC. Se o não cumprimento ocorrer sem culpa do devedor, a obrigação se resolve sem o pagamento das perdas e danos conforme dispõe o art 248 CC.
- Obrigação de fazer fungível: pode ser executada por qualquer pessoa e diante do inadimplemento do devedor, poderá o credor exigir a prestação judicialmente. Se diante da ação judicial o devedor não cumprir com a prestação, poderá o credor exigir a prestação judicialmente. Se diante da ação judicial o devedor não cumprir com a prestação, poderá o credor pedir autorização para ele mesmo fazer ou mandar alguém fazerà custa do devedor, além das perdas e danos, como prevê o art 249CC
Obrigação de não fazer: Impõe ao devedor um dever de abstenção, ou seja, de não praticar o ato que poderia livremente fazer se não tivesse obrigado. Se o ato for praticado, o devedor será considerado inadimplente, podendo o credor exigir, com base no artigo 251 do Código Civil, o desfazimento do que foi realizado, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado com perdas e danos.
Classificação das obrigações
Quanto ao objeto
Obrigação cumulativa: é aquela que possui mais de um objeto, porém devendo ser adimplida de uma única só vez. Se no momento do pagamento estiver faltando um único objeto a obrigação é considerada totalmente inadimplente, pois o credor não é obrigado a receber em parte se assim não foi convencionado.
Obrigação facultativa: existe apenas um único objeto, sendo facultado, porém, ao devedor, substituí-lo por outro previamente estabelecido em contrato. Não se confunde com a obrigação alternativa, pois na facultativa existe apenas um objeto, sendo facultado ao devedor substituí-lo por outro previamente estabelecido em contrato. Dessa forma, havendo perecimento do bem, a obrigação se extingue, uma vez que a existência do objeto substituto está condicionada à existência do objeto principal.
Obrigação Alternativa: se um dos objetos se perde, a obrigação se concentra no outro. Não havendo previsão contratual a respeito de quem irá escolher, caberá ao devedor fazê-lo, conforme art 252CC. “São duas prestações distintas, independentes, das quais uma tem que ser cumprida, ficando a escolha ao arbítrio do devedor, ou, anormalmente do credor”. Exemplo: “A pagará a dívida perante B, mediante a entrega de 200.000 reais ou de um apartamento nesse valor. O devedor exonera-se do débito quando oferece uma das prestações”.

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