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* Hidráulica Geral Escoamento em Condutos Livres Carlos Lloret Ramos * Classificação . Escoamento Livre (ação da gravidade): Aula 1 * Classificação . Quanto a variabilidade no tempo: Escoamento Permanente: (constante no tempo) Escoamento Não Permanente: (variável no tempo) Variação Gradual (onda de cheias) Variação Brusca (ondas de choque) * Classificação - exemplos Escoamento Não Permanente: (variável no tempo) Variação Gradual (onda de cheias) * Classificação - exemplos Escoamento Não Permanente: (variável no tempo) Variação Brusca (ondas de choque) * Classificação . Quanto a variabilidade no percurso: Escoamento Uniforme: (constante ao longo do percurso) Escoamento Variado: (variável ao longo do percurso) Variação Gradual – ( Remanso ) Variação Brusca – ( Ressalto ) * Classificação - exemplo Escoamento Variado: Variação Gradual – ( Remanso ) * Classificação - exemplo Escoamento Variado: Variação Brusca – ( Ressalto ) * Classificação . Quanto a influência da viscosidade: Re < 500 – Regime Laminar Re > 2.500 – Regime Turbulento * Classificação . Quanto a influência da Rugosidade: * Classificação . Quanto a influência da gravidade: ( Mobilidade do Escoamento ) Fr < 1,0 – Regime Fluvial Fr = 1,0 – Regime Crítico Fr > 1,0 – Regime Torrencial * Definição Efeito da Geometria: (Raio Hidráulico) Em canais de grande largura o efeito de margem praticamente desaparece * Distribuição de Tensões Hipóteses: Canal muito largo (Rh z h) Regime Permanente e Uniforme Leito Plano (distribuição hidrostática de pressões) * Distribuição de Tensões (Variação Linear) * Definição Velocidade de atrito: Portanto: * Distribuição de velocidades Regime Turbulento Rugoso * Escoamento em canais Hipótese: Regime Uniforme Regime Turbulento Rugoso Nessas condições são válidas a maior parte das EQUAÇÕES EMPÍRICAS * Equações Empíricas Chézy: * Equações Empíricas Manning: * Equações Empíricas Manning-Strickler: * Resumo das Equações Todas as equações podem ser expressas na forma adimensionalizada: * Equação do Regime Uniforme Todas as equações vistas podem ser transformadas em: * Problemas Típicos em R.U. Sendo uma única equação Uma única incógnita Tome-se como exemplo a Equação de Manning: Problema Dados Pede-se Tipo 1 Geometria; Sf; n Q (capacidade de descarga) Tipo 2 Geometria; Sf; Q n (curva-chave; fator de resist.) Tipo 3 Sf; Q; n Geometria (dimensionamento de canal) * Problemas Típicos - exemplo: EXERCÍCIO: Um ribeirão apresenta problemas sistemáticos de inundação. As margens são bastante irregulares, com vegetação densa. Foi feita uma campanha hidrométrica onde se obteve uma vazão de 11,1 m3/s para uma profundidade média de 1,3 m. Os levantamentos topo-batimétricos indicam que a seção média é trapezoidal com 6,0 m de largura de base (no leito do ribeirão), profundidade máxima de 2,5 m e taludes 1V:2H. A declividade do trecho é de 0,0017 m/m. Os estudos hidrológicos forneceram que a vazão de projeto para um período de retorno de 25 anos deveria ser de 116 m3/s. * Problemas Típicos - exemplo: EXERCÍCIO: A partir desses dados, pede-se: O canal atual atende à condição de projeto ou seria necessário fazer alguma intervenção para isto? Em quanto melhoraria a capacidade de descarga se fosse feita uma regularização de margem, com revestimento em grama (n = 0,026)? Qual seria o ganho se fosse feita a regularização e revestimento completo com gabião ou ainda com concreto, sem alterar a geometria média? Dimensionar a seção para atender a vazão de projeto para a condição de máxima eficiência, adotando a geometria retangular, totalmente revestida em concreto. Dimensionar uma canalização retangular em concreto, admitindo uma largura máxima de 12 metros * Problemas Típicos - exemplo: RESOLUÇÃO: O canal atual atende à condição de projeto ou seria necessário fazer alguma intervenção para isto? Determina-se primeiro o fator de atrito com o valor da vazão medida (Problema tipo P1): Dados: b = 6,00 m Q = 11,10 m3/s Sf = 0,0017 m/m h = 1,30 m h máx = 2,50 m Cálculos dos parâmetros geométricos A = 11,18 m2 P = 11,8 m Rh = 0,94 m n = 0,040 Com o valor de n calculado determina-se a vazão máxima(Problema tipo P2): h máx = 2,50 m A = 27,50 m2 P = 17,2 m Rh = 1,60 m Qmáx = 38,8 m3/s * Problemas Típicos - exemplo: RESOLUÇÃO: 2. Em quanto melhoraria a capacidade de descarga se fosse feita uma regularização de margem, com revestimento em grama (n = 0,026)? n = 0,026 (estimativa para canais regularizados com grama) h máx = 2,50 m A = 27,50 m2 P = 17,2 m Rh = 1,60 m Qmáx = 59,7 m3/s * Problemas Típicos - exemplo: RESOLUÇÃO: 3. Qual seria o ganho se fosse feita a regularização e revestimento completo com gabião ou ainda com concreto, sem alterar a geometria média? Determina-se o valor de n (Manning-Strickler) e a vazão máxima: gabião k = 0,05 m n = 0,023 h máx = 2,50 m A = 27,50 m2 P = 17,2 m Rh = 1,60 m Qmáx = 67,4 m3/s Concr. k = 0,01 m n = 0,018 h máx = 2,50 m A = 27,50 m2 P = 17,2 m Rh = 1,60 m Qmáx = 86,2 m3/s * Problemas Típicos - Dimensionamento CRITÉRIO: SEÇÃO DE MÁXIMA EFICIÊNCIA HIDRÁULICA Não obecece a critério hidráulico, apenas a critério matemático Máxima área com o menor perímetro molhado A – área da seção; P – Perímetro molhado; b – largura da seção; h - profundidade. Em pequenas canalizações em geral representa a solução mais econômica Demonstra-se que é a seção que circunscreve um semi-círculo Seção natural – Seção circular e semi-circular Aula 2 * Problemas Típicos - Dimensionamento CRITÉRIO: SEÇÃO DE MÁXIMA EFICIÊNCIA HIDRÁULICA * Problemas Típicos - Dimensionamento CRITÉRIO: Derivando-se por “b” e por “h” resulta: * Problemas Típicos - Dimensionamento CRITÉRIO: SEÇÃO DE MÁXIMA EFICIÊNCIA HIDRÁULICA Caso particular: Seção Retangular b = 2y ou 2h A = 2y2 ou 2h2 * Problemas Típicos - exemplo: RESOLUÇÃO: 4. Dimensionar a seção para atender a vazão de projeto para a condição de máxima eficiência, adotando a geometria retangular, totalmente revestida em concreto. Dimensiona-se pela equação de máxima eficiência (Problema tipo P3): concreto n = 0,018 Q = 116,00 m3/s b = 2.h ou 2.y (máx. efic.) h ou y = 4,0 m b = 8,0 m * Problemas Típicos - exemplo: RESOLUÇÃO: 5. Dimensionar uma canalização retangular em concreto, admitindo uma largura máxima de 12 metros Dimensiona-se adotando a limitação de máxima largura (Problema tipo P3): Resolução por tentativas: n = 0,018 Q = 116,00 m3/s b = 12,00 m h ou y = 2,7 m * Rugosidade Composta: * Seção Composta: * Borda Livre: Não existe um critério universal Em canais de drenagem pode-se adotar 10% a 20% de “h” ou um mínimo de 0,50 m * Seções Fechadas: * Seções Fechadas: Exemplo de situações: Dimensionar uma galeria retangular em concreto pelo critério de máxima eficiência para uma vazão de 45 m3/s. Considere Sf = 0,0035 m/m. * Seções Fechadas: Seção Circular: * Seções Fechadas: Seção Circular: * Seções Fechadas: Seção Especiais: * Teoria da Carga Específica Definição de Carga em Escoamento Livre:Carga referida ao fundo do canal Aula 3 * Teoria da Carga Específica Carga em Canais: * Teoria da Carga Específica Carga em Canais: * Teoria da Carga Específica Carga Específica: * Teoria da Carga Específica Equação Geral: * Classificação . Quanto a influência da gravidade: ( Mobilidade do Escoamento ) Fr < 1,0 – Regime Fluvial Fr = 1,0 – Regime Crítico Fr > 1,0 – Regime Torrencial * Teoria da Carga Específica Função de Q : * Teoria da Carga Específica : Pontos notáveis: * Teoria da Carga Específica Função de Q : * Teoria da Carga Específica Função de He ( ou E) : * Teoria da Carga Específica : Pontos notáveis: * Teoria da Carga Específica Função de He ( ou E) : * Aplicação ao caso de Vertedores: Equação Geral: * Aplicação ao caso de Vertedores: Caso de Vertedores de Soleira Espessa Retangular: * Aplicação: Variação de largura em canais Caso de travessias de pontes: * Aplicação: Variação de largura em canais Caso de travessias de pontes: * Aplicação: Variação de largura em canais Caso de travessias de pontes: * Aplicação: Variação de largura em canais Caso de travessias de pontes: Determinar a variação de nível de água num canal ao atravessar um trecho sob uma ponte, na condição de vazão máxima (de projeto). O canal é muito longo, retangular com declividade 0,0015 m/m, largura de 14,0 m e profundidade máxima de 2,5 m. O trecho da ponte apresenta um estreitamento com largura igual a 12,7 m. O canal é construído em concreto em todo o seu perímetro (n=0,018). Desconsiderar a perda de carga localizada. Repetir o exercício anterior, considerando agora um canal com as mesmas características geométricas, porém de maior declividade, com 0,015 m/m, e profundidade máxima de 1,3 m. Esboce no esquematicamente a variação da linha d’água. Aula 5 * Aplicação derivações: Um canal de grande largura e declividade fraca (termo cinético desprezível) num determinado ponto tem uma derivação para irrigação. A cota do nível d´água a montante do ponto de derivação é 510,5 m, ainda sem o efeito da aceleração do escoamento. O canal de derivação tem seção retangular, em concreto (n=0,016) e declividade acentuada, de 0,025 m/m (declividade forte). A seção tem largura de 1,0 m e profundidade de 0,60m (considerar borda livre de 0,10 m). Pede-se: Determinar a máxima vazão possível a ser derivada para o canal secundário de irrigação. Explique qualitativamente, com auxílio da curva da energia específica e conhecimentos sobre regime gradualmente variado, como deve ficar a linha d´água no canal de derivação (colocar os níveis de referência – crítico e normal). * Aplicação derivações: * Movimento Gradualmente Variado: Equação da energia: Aula 6 * Movimento Gradualmente Variado: Equação da energia: * Movimento Gradualmente Variado: Equação da energia: * Movimento Gradualmente Variado: Equação da energia: * Movimento Gradualmente Variado: Equação da energia: * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo M1 – Declividade Fraca * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo M2 – Declividade Fraca * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo M3 – Declividade Fraca * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo S1 – Declividade Forte * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo S2 – Declividade Forte * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo S3 – Declividade Forte * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo C1 – Declividade Crítica * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo C3 – Declividade Crítica * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo N2 – Declividade Nula * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo N3 – Declividade Nula * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo A2 – Ascendente * Movimento Gradualmente Variado: Exemplos: Curva tipo A3 – Ascendente * Exemplo 1 Num canal retangular escoa a vazão de 4,5 m³/s, sendo a largura B igual a 1,85m, a declividade longitudinal 0,002 m/m e a rugosidade de fundo 0,012 (Manning). Esboçar a linha d´água neste canal sabendo-se que o mesmo é longo e termina em queda brusca. * Exemplo 2 Um canal de seção retangular, muito largo, tem vazão de 5 m³/s/m, declividade 0,40 m/km e rugosidade 0,021 (Manning). Se na extremidade de jusante a profundidade é igual a 2,40 m, quais seriam as linhas d´água que podem ocorrer? * Exemplo 3 Um canal de seção retangular, com largura 1,85m, tem vazão de 4,5 m³/s, declividade 0,40 m/km e rugosidade 0,021 (Manning). Se na extremidade de jusante a profundidade é igual a 2,40 m, quais seriam as linhas d´água que podem ocorrer neste escoamento? * Movimento Gradualmente Variado: Equação da energia: Aula 7 * Movimento Gradualmente Variado: Equação da energia: * Movimento Gradualmente Variado: Exemplo: Determinar o remanso produzido por um vertedor colocado num canal de irrigação em concreto (n=0,013) de seção retangular com 4,0 m de largura. O vertedor é de soleira normal, retangular com a mesma largura do canal, com coeficiente de vazão = 0,49. A crista do vertedor está a 1,5 m do leito. A declividade do canal é de 0,0015 m/m. O Canal foi projetado para uma profundidade de 1,0 m a montante, a partir do ponto onde não há influência do vertedor. * Movimento Gradualmente Variado: Exemplo: Cálculo semelhante a reservatórios * Movimento Gradualmente Variado: Exemplo: Determinar a linha d’água produzido por uma mudança de declividade de um canal concreto (n=0,016) de seção de grande largura projetado para uma vazão específica de 1,2 m3/s.m. Este canal tem um ponto em que apresenta um aumento de declividade passando de So= 0,0015 m/m para So= 0,023 m/m. * Movimento Gradualmente Variado: Exemplo: Cálculo passando pelo Regime Crítico * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Definição: O ressalto hidráulico é um fenômeno de desaceleração brusca do escoamento, passando do regime torrencial para o regime fluvial, com substancial perda de carga. É aproveitado para uma série de atividades, dentre as quais: - Dissipação de energia; - Desaceleração rápida do escoamento; - Recuperação de nível de água; Aula 8 * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Características Gerais: Aula 8 * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Classificação: Aula 8 * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Equação: Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento Hipóteses: Canal retangular e horizontal Paredes lisas Sem contribuições laterais * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Equação: Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Curva das profundidades conjugadas: Gráf1 45.9185673469 22.9599836735 15.307922449 11.4827918367 9.1886734694 4.6118367347 2.3759183673 1.7106122449 1.4679591837 1.4183673469 2.4591836735 8.2295918367 18.1530612245 32.1147959184 (y) M(y) Profundidades Conjugadas Plan1 Q = 3 B = 1 y M 0.01 91.84 0.02 45.92 0.04 22.96 0.06 15.31 0.08 11.48 0.1 9.19 0.2 4.61 0.4 2.38 0.6 1.71 0.8 1.47 1 1.42 2 2.46 4 8.23 6 18.15 8 32.11 10 50.09 Plan1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (y) M(y) Profundidades ConjugadasPlan2 Plan3 MBD00B00DC1.unknown * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Equação das profundidades conjugadas: * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Dissipação de energia: * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Exemplo de aplicação: Determinar a profundidade a jusante de um ressalto numa bacia de dissipação de um vertedor de uma barragem, sabendo-se que a vazão específica é de 3,5 m3/s.m e a profundidade ao pé do vertedor é de 0,20 m. Calcular a perda de carga no ressalto. * Ressalto Hidráulico Exemplo de aplicação: Determinar a cota de fundo da bacia de dissipação de energia, considerando um vertedor de grande largura, a carga sobre o vertedor = hv=1,0 m, Zcrista = 20,0 m, Zrio = 0,0 m e a profundidade do rio a jusante yrio= 3,5 m. * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Exemplo de aplicação com curvas de remanso: Um canal de concreto (n=0,016), de seção retangular foi dimensionado para escoar uma vazão de 1,5 m3/s pelo critério de seção de máxima eficiência, num trecho onde a declividade é de 0,025 m/m. A partir de um determinado ponto a jusante, sua declividade fica reduzida para 0,00017 m/m. Pede-se: Haverá formação de ressalto? Justifique; Determinar em que trecho de canal deverá ocorrer o ressalto hidráulico; Esboçar a linha d’água esperada para esta vazão de projeto; Calcular a curva de remanso produzida. * Movimento Bruscamente Variado: Ressalto Hidráulico Exemplo de aplicação com curvas de remanso: * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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