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02 UNIDADEIII NOVO TEORIADANORMAJURÍDICA

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AULA V – TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Macapá-AP, MAIO DE 2015
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
1. Conceito de norma.
2. Estrutura lógica e características da norma.
3. As diversas classificações da norma.
a) Quanto ao tipo de comando
b) Quanto à amplitude
c) Quanto ao elemento espacial
d) Quanto ao elemento temporal
e) Quanto aos efeitos sobre o fato
f) Quanto às fontes
4. Os planos da vigência, validade e eficácia da norma.
- O desuso das leis e as leis anacrônicas
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
.
NORMA – CONCEITO
O conceito de norma jurídica tem caráter amplo e engloba os diferentes tipos de fonte de direito reconhecidas pelo Estado, que criam condicionantes do agir social e fixam as bases da organização das instituições públicas no Estado de Direito. 
Paulo Nader (2007), diz a norma jurídica exerce o papel de ser o instrumento de definição da conduta exigida pelo Estado. Ela esclarece ao agente como e quando agir.
Portanto, norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social.
	Pode ser de forma expressa (caso do Brasil), consuetudinário ou doutrinário (em alguns países).
TEORIA DA NORMA JURÍDICA.
Distinção entre norma moral e jurídica:
	A norma moral e a jurídica tem em comum uma base ética, ambas constituem normas de comportamento.
	Todas as normas são imperativas porque fixam as diretrizes da conduta humana, entretanto, só a jurídica é autorizante, porque só ela dá ao lesado pela sua violação o poder de exigir seu cumprimento ou a reparação do mal sofrido.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Estrutura lógica e características da norma.
Normas de conduta
São também denominadas de normas primárias, exatamente porque cumprem a finalidade básica das regras de direito, que é a disciplina de comportamentos na sociedade. 
Tais normas têm as pessoas como destinatárias e estabelecem um padrão de agir social segundo uma estrutura lógica, na qual a norma prevê uma hipótese, correspondente a um fato do mundo da vida e uma consequência jurídica para a ocorrência concreta do fato hipotético. 
A ocorrência do fato deflagra um efeito previsto no denominado dispositivo da norma, consistente em uma sanção jurídica, de acordo com o esquema a seguir: 
Estrutura da norma = hipótese (fato) + dispositivo (sanção)
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Estrutura lógica e características da norma.
Normas de organização
Chamadas também de secundárias, fixam competências e atribuições no âmbito do Estado, algo indispensável no Estado do Direito, no qual prevalece o império da lei, estando as autoridades públicas subordinadas a um princípio de legalidade estrita, segundo o qual as suas ações somente podem ocorrer nos limites fixados pela lei.
Sob o prisma da lógica, as normas de organização têm uma formação diferente das normas de conduta, uma vez que em regra normas de organização não possuem uma sanção específica, sendo o efeito do descumprimento deste tipo de norma a nulidade do ato praticado.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Estrutura lógica e características da norma.
O esquema lógico da norma de organização é o seguinte:
Premissa Maior: previsão de um rito ou procedimento.
Premissa Menor: descumprimento de requisito formal ou material.
Efeito: nulidade do ato praticado.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Quanto ao tipo de comando 
NORMA IMPERATIVA OU COGENTE (PRECEPTIVA): É aquela que exige de seu destinatário uma conduta positiva ou uma ação, sendo antijurídica qualquer atitude diferente da prescrita na lei ou a omissão. Ex.: norma que exige o recolhimento de um determinado valor de imposto, diante da ocorrência da hipótese legal (fato gerador). O não recolhimento do tributo pelo contribuinte ou o seu recolhimento em desconformidade com o montante previsto na lei denotam uma violação à ordem jurídica.
NORMA PROIBITIVA	Parte exatamente da premissa oposta da norma imperativa: neste caso, a postura juridicamente admitida pressupõe uma omissão por parte do destinatário da prática da conduta prevista pela norma. A hipótese legalmente estabelecida não pode acontecer do contrário enseja aplicação de uma sanção jurídica. Ex.: norma que proíbe fumar em determinado local e fixa uma penalidade em dinheiro, para aquele que praticar o ato.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Quanto ao tipo de comando 
NORMA SUPLETIVA (PERMISSIVA): Este tipo de norma compreende aquelas situações em que a ordem jurídica cria um padrão de agir, mas permite ao destinatário optar por uma atuação diferente, de acordo com o princípio da autonomia privada.
	Ex.: No Direito Civil, a legislação cria regimes jurídicos padronizados para a destinação dos bens no casamento e na sucessão por morte, mas permite aos nubentes a celebração de um pacto antenupcial, no primeiro caso, e ao falecido a elaboração de legados ou testamentos, no segundo, dispondo de forma diversa do padrão legal.	
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
ATENÇÃO:
Em relação à norma permissiva ainda cabe uma observação importante, no sentido de que o princípio da legalidade, que é um dos pilares do Estado de Direito, funda-se na premissa de que todos são livres para agir até onde a lei limita a sua atuação, preceito que pode ser sintetizado no princípio de que ninguém é obrigado a fazer ou a deixar fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. Diante deste fato, em não havendo imposição legal (norma imperativa) ou vedação legal (norma proibitiva), entende-se pela existência de uma norma permissiva implícita, fundada exatamente na esfera de autonomia privada decorrente da conjugação entre liberdade e legalidade.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Quanto à amplitude:
NORMA GENÉRICA: 	A hipótese nela prevista tem conteúdo aberto, sendo aplicável a uma infinidade de situações. As normas que trazem em si princípios de direito ou garantias fundamentais tendem a ter uma dicção genérica: “todos são iguais perante a lei”, por exemplo.
NORMA ESPECÍFICA (PARTICULAR):	Disciplina certas situações de modo pontual, buscando um regramento detalhado do direito em questão ou simplesmente trata de uma matéria muito especializada. Ex.: normas que disciplinam o contrato de locação imobiliária residencial, exatamente porque há uma infinidade de modalidades contratuais e dentro do contrato locação há também diferentes espécies.	
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Quanto à amplitude:
NORMA INDIVIDUALIZADA (“DE EFEITOS CONCRETOS”): Tem aplicação a uma situação determinada, perfeitamente identificável no tempo e no espaço, havendo casos em que sua disciplina jurídica se exaure na incidência sobre um fato específico ou perdura durante reduzido período de tempo.
Ex.: atos normativos elaborados pelas autoridades político-administrativas, no exercício do chamado poder regulamentar, é usual a atribuição de formato de norma a atos administrativos, como um Decreto de nomeação de alguma pessoa em um cargo público. 	
	
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Quanto ao elemento espacial:
NORMA DE DIREITO INTERNACIONAL:	As relações entre os Estados na ordem internacional contam com normas estabelecidas com base em tratados, convenções e costumes internacionais, cujo fundamento se encontra no princípio da “autolimitação da soberania”.
NORMA DE DIREITO INTERNO (FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL)	: De modo geral, a norma jurídica é associada à norma de direito interno, que é criada pelo Estado, no exercício do seu poder soberano, e que se impõe a todos que se encontram em seu território. A Constituição brasileira adotou a forma federativa de Estado, na qual são atribuídas competências legislativas aos entes públicos: União, Estados e Municípios. (artigo 18 da CF).	
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
ATENÇÃO
O modelo hierarquizado de inspiração kelseniana fixa um tipo de correlação entre as normas na qual preponderaa Constituição, que serve de fundamento de validade para a lei (conceito que engloba as diferentes espécies legislativas previstas constitucionalmente), que, por sua vez, dá validade aos chamados regulamentos, que são elaborados pelas autoridades administrativas.
A hierarquia entre as normas não pode ser confundida com a repartição político-territorial de competências legislativas.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Normas jurídicas quanto aos diversos âmbitos de validez – âmbito espacial de validez: gerais e locais:
Gerais são as que se aplicam em todo o território nacional. 
Locais, as que se destinam apenas à parte do território do estado. Na primeira hipótese, as normas serão sempre federais, enquanto que na segunda poderão ser federais, estaduais ou municipais.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Normas jurídicas quanto à hierarquia: sob este aspecto, dividem-se em: constitucionais, complementares, ordinárias, regulamentares e individualizadas. As normas guardam entre sí uma hierarquia, uma ordem de subordinação entre as diversas categorias. No primeiro plano alinham-se as normas constitucionais – originais na carta magna ou decorrentes de emendas – que condicionam a validade de toda as outras normas e têm o poder de revogá-las. Assim, qualquer norma jurídica de categoria diversa, anterior ou posterior à constitucional, não terá validade caso contrarie as disposições desta.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Normas jurídicas quanto a sua violação: A regra de direito é promulgada para ser cumprida, mas existe sempre a possibilidade de sua violação. Violada a norma jurídica, a sociedade e o Estado tomam posição em face do infrator e com referência ao ato lesivo como tal. Podem ser:
Leges perfectae;
Leges plus quam perfectae;
Leges minus quam perfectae;
Leges imperfectae;
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Leges perfectae (norma perfeita) – é quando prevê a nulidade do ato, na hipótese de sua violação;
Leges plus quam perfectae (norma mais que perfeita) – é quando prevê, além da nulidade, uma pena, para os casos de violação;
 Leges minus quam perfectae (norma menos que perfeita) – é a norma que determina apenas a penalidade, quando descumprida.
 imperfectae (norma imperfeita) – é quando não considera nulo ou anulável o ato que a contraria, nem comina castigo aos infratores. Ex.: lei complementar 95/1998, relativa às técnicas de elaboração, redação e alteração das leis (art. 18).
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Quanto ao elemento temporal:
NORMA PERMANENTE:	O usual é que uma norma ao entrar em vigor, assim permaneça até que outra norma a revogue, salvo se ela própria criar algum tratamento específico para a sua incidência temporal.	
NORMA TEMPORÁRIA:	Situação excepcional no direito, se traduz por uma norma cuja vigência é limitada no tempo por disposição expressa daquele que a criou ou pelo exaurimento das hipóteses concretas por ela alcançadas. Ex.: leis temporárias ou excepcionais.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
Quanto aos efeitos sobre o fato:
NORMA DE EFEITO PROSPECTIVO:	Com base no princípio da irretroatividade da lei, em regra a mudança legislativa operará apenas em relação aos fatos ocorridos após a entrada em vigor das novas normas, o que se chama de efeito prospectivo, ex nunc,
NORMA DE EFEITO RETROATIVO:	A exceção no direito é a atribuição à norma de efeitos retroativos, também chamados de ex tunc. Nas situações pontuais em que uma nova legislação deita efeitos para o passado, normalmente estar-se-á falando de normas de conteúdo benéfico, que concedem algum benefício aos seus destinatários, sem causar prejuízos a terceiros, uma vez que a regra no direito brasileiro é a irretroatividade da lei, com a preservação das situações constituídas.
Ex nunc:
Os efeitos NÃO retroagem.
Ex tunc:
Os efeitos retroagem.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
V – planos de validade da norma jurídica:
	Não basta que uma regra jurídica se estruture, pois é indispensável que ela satisfaça a requisitos de validade, para que seja obrigatória. A validade de uma norma de direito pode ser vista sob três aspectos: o da validade formal (vigência), o da validade social (eficácia ou efetividade) e o da validade ética (fundamento).
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
a) vigência:	Para que a norma disciplinadora do convívio social ingresse no mundo jurídico e nela produza efeitos, é indispensável que apresente validade formal (vigência);
b) Eficácia ou efetividade: significa que a norma jurídica, produz, realmente, os efeitos sociais planejados. No momento em que os órgãos do Poder Judiciário reconhecem que uma norma carece de validade por ser incompatível com as demais normas do sistema jurídico(inconstitucionalidade), o efeito prático de tal decisão será exatamente o da proibição da sua aplicação aos casos concretos. Trata-se de uma norma vigente no ordenamento, mas que apresenta um vício jurídico, que a tornará ineficaz a partir de uma decisão judicial neste sentido. 
c) legitimidade: Exame da fonte de onde emana o direito.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
As diversas classificações da norma
O desuso das leis e as leis anacrônicas:
LEI EM DESUSO:	É ineficaz desde o seu nascedouro.
O desuso de uma norma tem causas variadas, podendo ser resultado do fenômeno da norma defectiva, que prevê hipótese, mas não contém sanção; ser decorrente de uma hipótese legal de impossível cumprimento em termos concretos ou de uma exigência jurídica irrazoável, injusta ou que afronte o senso comum que predomina na sociedade.	
LEI ANACRÔNICA (VELHA, ULTRAPASSADA, DEFASADA): É aquela que durante um determinado período até teve aplicação na sociedade, mas que sofreu um enfraquecimento de sua normatividade com o passar dos anos.
Há 45 anos, nossa vida é transformar a sua.
Obrigado.

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