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GESTÃO DE RS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE Campus Estoril Graduação em Engenharia Civil Disciplina Sustentabilidade e Responsabilidade Sócio-Ambiental CAMILA ASSIS camila.assis@prof.unibh.br Perdas e desperdícios Custo de energia e água Custo de transporte, tratamento e disposição final • Cimento – 56% • Aço – 9% • Areia – 44% • Blocos e tijolos – 13% • Concreto – 9% Vanderley & Vahan (2001) Redução de impacto ambiental pela reciclagem (em %) (Kanayama, 1997) Material Aço Vidro Cimento Energia 74 6 40 Matéria Prima 90 54 50 Água 40 50 - A deposição irregular custa para a administração municipal cerca de US$ 10 por metro cúbico. Estima-se que o custo da reciclagem significa cerca de 25% desses custos. A produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 60% em relação aos preços dos agregados convencionais. Impactos da Construção Projeto Construção Operação Reformas Demolição Custos Concepção Possibilidade de intervenção Potencial de Geração de RCDs 0,8% 14% 80% 5% 0,2% 80% 15% 5% 0% 100% Nenhum Alto Baixo Médio Alto Nenhum Ciclo de Vida SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE Sustentabilidade Resolução CONAMA Nº307 (5 de Julho de 2002) Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil e: •Classifica os resíduos da construção civil (Classes A, B, C e D) •Geradores devem priorizar segundo a ordem de não geração de resíduos, redução de geração, reutilização, reciclagem e destinação final. •Formaliza a criação de Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, pelos municípios e pelo DF. •Indica as destinações dos resíduos segundo sua Classe. Resolução CONAMA Nº348 (16 de Agosto de 2004) •Altera a Resolução CONAMA Nº 307; •Inclui o amianto na classe de resíduos perigosos (Classe D). Legislação Classe C Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso. Classe A Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados: Solos, componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento), argamassa, concreto, peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras. Classe B Resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; Classe D Resíduos perigosos, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros. Classificação Ad Landsink – ex-Ministro do Parlamento Holandês Priorizar a não geração PIGRCC Instrumento para a implementação da gestão dos resíduos da Construção Civil (municípios e DF) PMGRCC Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (municípios e DF) PGRCC Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (grandes geradores) PIGRCD PMG RCC PLANO INTEGRADO Unidade de Pequenos Volumes Programa Municipal GRCD Usina de Reciclagem de Entulho Programa Municipal GRCD Programa Municipal GRCD O Sinduscon-MG aconselha os seguintes destinos para os RSCD: Terra de remoção – Classe A • utilizar na própria obra; • reutilizar na restauração de solos contaminados, aterros e terraplanagem de jazidas abandonadas e • utilizar em obras que necessitem de material para aterro, devidamente autorizadas por órgão competente ou em aterros de inertes licenciados. Tijolo, produtos cerâmicos e produtos de cimento – Classe A • estações de Reciclagem de Entulho (caso existam); • centrais de venda de materiais usados da construção quando estiverem em condições de uso (caso existam) e • aterros de inertes licenciados. Disposição e Destinos Argamassas – Classe A • estações de Reciclagem de Entulho (caso existam) e • aterros de inertes licenciados. Madeira – Classe B • empresas e entidades que utilizem a madeira como energético ou matéria-prima. Metais - Classe B • empresas de reciclagem de materiais metálicos; • cooperativas e associações de catadores; • depósitos de ferros-velhos devidamente licenciados e • centrais de venda de materiais usados da construção quando estiverem em condições de uso (caso existam). Disposição e Destinos Embalagens, papel, papelão e plásticos – Classe B • empresas de reciclagem de materiais plásticos e papelão; • cooperativas e associações de catadores e • depósitos e ferros-velhos devidamente licenciados. Gesso e derivados - Classe C • cabe ao gerador buscar soluções junto ao fabricante. Resíduos perigosos e contaminados (óleos, tintas, vernizes, produtos químicos e amianto) – Classe D • empresas de reciclagem de tintas e vernizes e • empresas de co-processamento. Não existe uma destinação adequada para grande parte dos resíduos perigosos ou contaminados, cabendo ao gerador buscar soluções junto ao fabricante. Disposição e Destinos Treinamento da mão-de-obra é o passo mais importante para a boa gestão de Resíduos da Construção Civil. Isso porque devemos preocupar com a diminuição de perdas e, caso seja inevitável, com a separação dos resíduos no momento de sua geração. Um plano de treinamento constante deve ser feito com os trabalhadores. Evitando os Resíduos Boas Práticas Muitas vezes, todo o processo de separação dos RSCD, apesar de ser feito de forma correta, é colocado a perder devido ao acondicionamento em caçambas fora do canteiro de obras. População do entorno, por desinformação, acaba misturando todo tipo de resíduos no recipiente. Importante, sempre que possível, reservar um espaço dentro dos canteiros para o acondicionamento dos RSCD segregados. X Boas Práticas • Caso a construção seja vertical, com múltiplos andares: • acondicionamento intermediário de resíduos classes B, C e D nos andares próximos. • Quando os coletores estiverem a uma capacidade próxima a 75%: • resíduos são transportados ao recipiente para a coleta; • resíduos de classe A: dutos verticais com aberturas em cada andar e coleta em caçamba no nível da coleta final. Coleta de Classe A nos andares Coleta em caçamba dos resíduos Classe A dos andares Boas Práticas • Separação dos RS classe A em caçambas: • 1ª para solo (terra ou agregados misturados com parcela de terra); • 2ª para argamassas e concretos endurecidos, tijolos, blocos, cerâmicas e pedras. • Facilitará as usinas de reciclagem para a moagem dos materiais da segunda caçamba, reciclando-os como areia e britas. • A necessidade de separação de solo de outros resíduos Classe A inviabiliza a utilização destes para a moagem e, assim, todo o material acaba sendo enviado para aterros de inertes. Classe A Solo Classe A para reciclagem Boas Práticas • Contratar equipamentos como argamasseiras e trituradores ou britadores de pequeno porte para reaproveitar em argamassas, enchimentos e pisos. • Estes, como segurança, não devem ser utilizados em elementos estruturais, a não ser que sejam feitos controles e estudos tecnológicos pelos laboratórios de resistência de materiais. Triturador Areia Brita Brita Boas Práticas• Planejar obra para utilizar o solo retirado na própria obra. • Utilizar as pedras da escavação do terreno na própria obra. • Aproveitar o solo superficial (rico em solo orgânico) para utilização posterior nos canteiros e jardins: • Essa reserva de solo depende de área disponível e planejada; • Solo deve ser protegido contra chuva e contra o sol (lonas ou sacos de ráfia). Canteiro de Obra Uso no próprio empreendimento ou em outro. Boas Práticas • Fornecedores que ofereçam entrega de elementos já montados: • evitar a geração de resíduos no canteiro de obras por perdas e/ou mal treinamento da mão-de-obra; • pré-moldados, pré-fabricados, elementos de gesso como por exemplo forros, janelas. • Procurar fornecedores preocupados com a gestão de resíduos: • evitar a transferência do problema. Boas Práticas • Associações e cooperativas de catadores podem ser parceiros para a coleta de RS classe B (metais, vidros, papéis, plásticos e madeira): • Em geral, as coletas não têm ônus para o empreendimento; • Podem até ser comercializadas pelo empreendimento: • especialmente no caso dos metais. $$$ Boas Práticas
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