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Aula Doenças Intestinais

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Doenças Intestinais
Doença inflamatória intestinal
Dilina Marreiro
Tópicos
Intestino Grosso:
- Doença Diverticular
- Síndrome do intestino irritável
Doença inflamatória intestinal
- Doença de Crohn (DC)
- Retocolite Ulcerativa (RCU)
Intestino Delgado
- Síndrome do Intestino Curto
Doenças do Intestino
Grosso
O intestino grosso é a porção do trato 
gastrointestinal desde a válvula 
ileocecal até o ânus. 
É dividido em seis porções: ceco, 
cólon ascendente, cólon tranverso, 
cólon descendente, cólon sigmóide, 
reto.
Doença Diverticular
Doenças do Intestino Grosso
Doença Diverticular
Diverticulose
A diverticulose é uma situação de
herniações semelhantes a sacos
(divertículos) da parede colônica,
que se acredita resultarem da
constipação de longo prazo e das
pressões colônicas aumentadas.
Doenças do Intestino Grosso
MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005, pág. 694
Diverticulite
Inflamação na base de um divertículo, provavelmente em
resposta à irritação causada por material fecal retido
 Incidência aumenta com a idade
 Envolvimento sigmóide em 95% dos casos
(cólon esquerdo) 
Etiologia
Não totalmente esclarecida
30%  mais de 50 anos
50%  mais de 70 anos 
66%  mais de 85 anos
Constipação
Aumento 
pressões 
intracolônicas
Fator Dietético Sedentarismo
Doença Diverticular
Doenças do Intestino Grosso
Epidemiologia
Doença Diverticular
Doenças do Intestino Grosso
Normal 
Diverticulose 
 Maioria dos pacientes é assintomática 
Diverticulose Diverticulite : 10-25% pacientes
Diverticulite
Dor forte no quadrante inferior esquerdo
Febre
Hábitos intestinais alterados – constipação X diarréia
(constipação: v. Augusto et al., p. 126-127; diarréia: v. Augusto et al., p. 121-123)
Doença Diverticular
Doenças do Intestino Grosso
Diverticulose
Complicações
Obstrução intestinal
Formação de abscesso
Perfuração
Peritonite 
Sepse
Fístula
Diverticulite
Doenças do Intestino Grosso
Tratamento
Casos não complicados: jejum, dieta líquida 
sem resíduos, antibióticos.
Casos complicados (abscesso, obstrução, 
fístula, necessidade de hospitalização): 
tratamento cirúrgico. 
Sigmoidectomia ou colectomia esquerda 
com anastomose colorretal.
Todo o cólon sigmóide é removido. 
Diverticulite
Doenças do Intestino Grosso
Síndrome do Intestino
Irritável
Doenças do Intestino Grosso
(Síndrome do cólon irritável, 
cólon espástico)
Síndrome do Intestino Irritável (SII)
 Fisiológico: sistema nervoso entérico é sensível à 
presença, composição química e volume dos alimentos. 
TGI recebe estímulos do cérebro e do sistema nervoso 
autônomo.
 Patológico: consciência e resposta aumentadas das 
vísceras aos estímulos enterais e externos = motilidade 
intestinal alterada.
 não existe nenhum envolvimento tecidual, inflamação 
ou envolvimento imunológico.
Doenças do Intestino Grosso
Síndrome do Intestino Irritável (SII)
 1°s sintomas entre a adolescência e a 4ª década da vida
 Sintomas mais comuns: diarréia, constipação alternante,
dor abdominal (aliviada por defecação), inchaço.
 Outros sintomas: flatulência excessiva, sensação de
evacuação incompleta, dor retal, desconforto GI após
as refeições ou com o desconforto psicossocial,
resposta gastrocólica aumentada, limiar diminuído para
desconforto GI normal.
Doenças do Intestino Grosso
Síndrome do Intestino Irritável (SII)
 Estresse pode desencadear ou agravar a doença.
 Fatores que podem piorar os sintomas: uso excessivo de
laxativos; antibióticos; cafeína; enfermidade GI prévia; ausência
de regularidade no sono, descanso e ingestão de líquido, história
familiar de alergia, hipersensibilidade a certos alimentos.
 Diagnóstico: sintomas por pelo menos 12 semanas do ano
anterior (desconforto aliviado pela defecação, alteração na
frequência / forma das fezes.
 Tratamento inespecífico, v. fatores desencadeantes.
Doenças do Intestino Grosso
Doenças inflamatórias
intestinais
Doenças do Intestino Delgado
Doença de Crohn
Retocolite ulcerativa
Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)
 Doença de Crohn (DC)
 Retocolite Ulcerativa (RCU)
Compartilham aspectos clínicos e 
epidemiológicos
Cursam de maneira imprevisível: 
atividade/remissão
Manifestações extra-intestinais
Etiologia: Não totalmente esclarecida
MULTIFATORIAL Predisposição 
genética
Infecções virais / bacterianas
Microflora do 
hospedeiro
Resposta autoimune anormal
TGI (principal órgão imune)
revestido de macrófagos, linfócitos T
disparam resposta imune 
(citocinas pró-inflamatórias, proteases, prostaglandinas, leucotrienos, 
eicosanóides...)
Resposta imune não cessa, se intensifica (???)
dano ao tecido gastrointestinal 
(fibrose, destruição tecidual)
Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)
Doenças do Intestino Delgado
Fisiopatologia
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Doença de Crohn (DC)
Mucosa normal
Doença de Crohn
Doença de Crohn (DC)
Fisiopatologia
 Crônica
 Pode envolver qualquer parte do 
trato GI, da boca até o ânus
 O mais comum (50 a 60% dos casos) 
é afetar o íleo terminal
 Alterna segmentos afetados com 
outros sadios
Doenças Inflamatórias Intestinais 
TEIXEIRA NETO, 2003, pág. 360; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005, pág. 690; GOMES, 2007, pág. 345 
Fisiopatologia
 O envolvimento da mucosa é transmural (todas as
camadas da mucosa)
 Conforme a inflamação, a ulceração, os abcessos e as
fístulas se resolvem, a fibrose, o espessamento mucoso e
a formação de feridas podem ocorrer, causando
segmentos estreitados do intestino, podendo causar a
obstrução parcial ou completa do lúmen intestinal
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Doença de Crohn (DC)
TEIXEIRA NETO, 2003, pág. 360; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005, pág. 690; GOMES, 2007, pág. 345 
 Ocorre mais em mulheres
 Aumento da incidência 
 Maior ocorrência: origem judaica 
 Menor ocorrência: asiáticos, africanos e sul-americanos 
 Variação sazonal: apresentação inicial durante o outono 
e “ataques” durante a primavera
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Doença de Crohn (DC)
Epidemiologia
TEIXEIRA NETO, 2003, pág. 360;.
Quadro Clínico
Dor abdominal (contínua ou em cólica)
Diarréia, emagrecimento, febre
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Doença de Crohn (DC)
TEIXEIRA NETO, 2003, pág. 363
Complicações
Obstrução intestinal 
Fístulas
Sangramento
Manifestações extra-intestinais
Cutaneo-mucosas, vasculares, hematológicas,
osteoarticulares, musculo-esqueléticas, oculares, ..........
Diagnóstico
 História Clínica
 Exame Físico
 Endoscopia (excluir H pylori)
 Exames laboratoriais 
(contagem hemácias, plaquetas, Hb, albumina, PCR)
 Exames de imagens
(enema opaco, ultrassom, tomografia)
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Doença de Crohn (DC)
Retocolite Ulcerativa (RCU)
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Normal
Retocolite
Ulcerativa
Retocolite Ulcerativa (RCU)
Fisiopatologia
 Inflamação e ulceração da camada mais superficial do 
cólon e reto (mucosa e submucosa), de maneira contínua. 
Fases
 Ativa: hiperemia difusa, sangramento, ulcerações
 Crônica: menos criptas, encurtadas e ramificadas
 De resolução: regressão de alterações inflamatórias
 Quiescente: mucosa histologicamente normal
Doenças Inflamatórias Intestinais 
TEIXEIRA NETO, 2003,´pág. 363; GOMES, 2007,´pág. 343; ESCOTT-STUMP, 2005, pág. 690 
 Mais comum 15 - 30 anos
 Pico secundário aos 50-60 anos
 Nenhum grupo etário isento 
Retocolite Ulcerativa (RCU)
Doenças Inflamatórias Intestinais 
EpidemiologiaQuadro clínico
 Diarréia, sangramento e dor abdominal
 Urgência para evacuar: fezes com sangue, muco 
ou pus
 A dor abdominal é aliviada pela evacuação
Os sintomas dependem muito da fase da doença, extensão do 
comprometimento e da gravidade
Retocolite Ulcerativa (RCU)
Doenças Inflamatórias Intestinais 
TEIXEIRA NETO, 2003,´pág. 364 
Diagnóstico
 História Clínica
 Exame Físico
 Exames Laboratoriais
 Exames Radiológicos: Enema opaco
 Endoscopia e Biópsia
Retocolite Ulcerativa (RCU)
Doenças Inflamatórias Intestinais 
DC e RCU
Controle da doença, melhora na qualidade de vida. 
 manutenção do estado nutricional
 alívio sintomático
 redução ou reversão do processo inflamatório
Medicamentos: sulfassalazina, ácido 5-aminossalicílico, 
corticosteróides, imunussupressores e antibióticos 
(efeitos colaterais afetam metabolismo de nutrientes, 
agravando o estado nutricional) 
Cirurgias
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Tratamento
TEIXEIRA NETO, 2003, pág. 366 - 367.
Ostomia intestinal
 Novo trajeto para saída das fezes
 Altera frequência de evacuações e consistência das fezes 
(líquidas / pastosas)
 Intestino grosso = COLOSTOMIA 
 Intestino delgado = ILEOSTOMIA
 Bolsa coletora: ostomizado não tem controle sobre a saída 
de material fecal
 Dieta: vida “normal”
Ostomia intestinal
Estoma: do 
tamanho de 
uma moeda 
pequena
Ostomia intestinal
Cirurgias
DC
- Cirurgia não é capaz de interferir na evolução, impedir 
recidivas ou alterar prognóstico a longo prazo
- - situações especiais, apenas paliativo
RCU
- Proctocolectomia total cura o paciente, mas exige 
ileostomia definitiva
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Tratamento
TEIXEIRA NETO, 2003, pág. 366 - 367.
Diferenças entre DC e RCU
Problemas nutricionais associados
 anorexia
 edema nutricional
 anemia
 perda de peso
Doença Inflamatória Intestinal
Doença Inflamatória Intestinal
Problemas nutricionais associados
 avitaminoses
 perda de proteínas
 desidratação
 distúrbio eletrolítico
 desnutrição - Doença de crohn
resposta imune
Perdas IntestinaisIngestão de Alimentos
Deficiências Nutricionais
- calorias, proteínas,
- vitaminas e mineraisMá Absorção
•Lesão da Mucosa
•Perdas Cirúrgicas
•Diarréia Crônica
•Interações com
• Medicamentos
Necessidades 
Nutricionais
Catabolismo
Patogênese da Desnutrição na DC
Objetivos da dieta
 recuperar ou manter o estado nutricional;
 evitar deficiências nutricionais; 
 controlar a sintomatologia;
 Aumentar o tempo de remissão da doença;
 Aplicar recomendações nutricionais 
adequadas com o tipo e grau de atividade.
Dietoterapia 
Dieta Normo a hipercalórica: 30 a 35
kcal/kg/dia
 Obtenção do balanço nitrogenado positivo
 Recuperação do peso
 manter a resposta imune
 Recuperação tecidual
 Promover a cicatrização
Característica das dieta 
 Dieta Hipolipídica: menor 20% do VCT
 Evitar a esteatorréia: 40 g/dia
 Substituir os TGC por TGM
 Desconforto abdominal
Característica das dieta 
 Lipídeos - suplementação
 Ácidos graxos de cadeia curta:
-atividade intensa da doença
 Ácidos graxos poliinsaturado W3
-atividade leve ou moderada
Característica das dieta 
 Dieta Hiperproteica: 1,0 a 1,5g/kg/dia até 2.
 Restaurar os tecidos
 Alcançar o balanço nitrogenado positivo
 Controlar o processo inflamatório
 Melhorar o sistema imunológico
 Glutamina e arginina
Característica das dieta 
 Carboidratos - fase aguda: normoglicídica
 Prevenir ou melhorar a diarréia
 Reduzir a intolerância a lactose
 Isenta de lactose (nível de lactase está ↓ na 
diarréia) controle de mono e dissacarídeos 
(para não ↑ diarréia)
 Rica em fibras SOLÚVEIS (pectinas, gomas)
Característica das dieta 
 Carboidratos - fase remissão: hiperglicídica
 Contribuir com o aporte calórico
 Reverter o catabolismo protéico fase aguda
 Evoluir aos poucos o teor de fibras INSOLÚVEIS 
(celulose, ligninas, hemiceluloses)
Característica das dieta 
 Evitar alimentos relacionados à formação de
gases: cebola, brócolis, repolho, pepino,
nabo, batata doce, leguminosas,frutos do
mar (marisco e ostras), ovo cozido
 Oral – fase de remissão
 NE ou NPT – fase aguda
Característica das dieta 
 Minerais
 Ferro
 Cálcio 
 Magnésio
 Selênio
 Zinco (resposta imune, cicatrização, 
anorexia)
Deficiências Nutricionais
 Vitaminas
 Vitamina B12
 Ácido Fólico
 Vitamina C e D
 Tiamina e Riboflavina
Deficiências Nutricionais
 Características gerais da dieta: Fase aguda
 Dieta hipercalórica, hipolipídica, normoglicídica
 hiperproteíca
 Dieta sem lactose
 Dieta fracionada
 Dieta com fibras solúveis e pobre em isolúveis
 Dieta antifermentativa (isenta de açucares simples).
Dietoterapia
 Características gerais da dieta: Fase remissão
 Dieta hipercalórica 
 Hipolipídica
 Hiperprotéica
 Hiperglicídica
 Evoluir progressivamente para conteúdo 
normal em fibras
Dietoterapia 
 Terapia Nutricional Enteral
 Melhora os mecanismos de defesa
 Previne a translocação bacteriana
 Baixo Custo
 Menor riscos de complicações
 Fácil administração fase aguda
 Na doença de Crohn- dieta elementares fase 
aguda
Dietoterapia 
 Vantagens 
 Melhora do estado nutricional
 Ganho do peso
 Aumento da estatura de crianças
 Melhora a clínica dos pacientes
Suporte Enteral
 Indicações da terapia Nutricional 
Parenteral Total
 Nas crises graves e repetidas
 Nos pacientes desnutridos
 No preparo pré-operatório
 Na presença de fístulas intestinais
 No retardo de crescimento infanto-
juvenil
Dietoterapia 
Doenças do Intestino
Delgado
O intestino delgado estende-se do
piloro até a válvula ileocecal.
É dividido em três regiões: Duodeno,
Jejuno e Íleo
Síndrome do Intestino
Curto (SIC)
Doenças do Intestino Delgado
Síndrome do Intestino Curto (SIC)
Ressecção cirúrgica extensa do intestino delgado 
deficiente absorção intestinal de nutrientes
TEIXEIRA NETO, 2003,´pág. 372; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005, pág. 696 
Doenças do Intestino Delgado
Etiologia
- Crianças: decorrente de enterite necrotizante, 
ressecções entéricas extensas para correção de volvo 
intestinal e anomalias congênitas intestinais
- Adultos: volvos, tromboses, doenças inflamatórias 
intestinais(principalmente D. Crohn)
Síndrome do Intestino Curto (SIC)
TEIXEIRA NETO, 2003,´pág. 372; 
Doenças do Intestino Delgado
 Cerca de 15% dos pacientes que têm o intestino 
ressecado desenvolvem SIC
- Ressecções intestinais pequenas (30 % do intestino): 
pouca ou nenhuma alteração
- Ressecções > 50%: repercussões clínicas, metabólicas 
e nutricionais. 
- Manifestações graves: paciente com < 200 cm de 
intestino. 
Síndrome do Intestino Curto (SIC)
TEIXEIRA NETO, 2003,´pág. 372; 
Doenças do Intestino Delgado
PRESERVAÇÃO DA VÁLVULA ILEO-CECAL
1) barreira anti-refluxo de bactérias 
colônicas para o intestino delgado;
2) reguladora da saída de líquidos e 
eletrólitos do intestino delgado
MELHOR PROGNÓSTICO 
A ressecção da válvula ileocecal pode
acarretar supercrescimento bacteriano, e na
passagem rápida de nutrientes e fluidos para
o cólon exacerbando a má-absorção e
aumentando sensivelmente a perda osmótica
do intestino delgado.
Fases evolutivas
Inicial (pós-operatória), adaptativa, recuperação
Absorção
Carboidratos e proteínas: duodeno e jejuno
Sais biliares, vitaminas lipossolúveise B12: íleo
Complicações
Deficiência de Vit A, B12, cálcio
Hipersecreção gástrica transitória
Má-absorção carboidratos 
Síndrome do Intestino Curto (SIC)
Doenças do Intestino Delgado
Quadro Clínico
 Sinais e sintomas evidenciados no pós-operatório 
imediato: diarréia aquosa, desidratação, esteatorréia, 
perda de peso, desnutrição (se intensificam com a 
oferta de nutrientes por VO ou NE). 
Síndrome do Intestino Curto (SIC)
Manifestações clínicas dependem também: 
Existência de doença prévia no TGI, local do 
segmento ressecado, função do remanescente, idade 
do paciente, capacidade adaptativa, tratamento 
instituído. 
Doenças do Intestino Delgado
Fisiopatologia
- Não absorção: acúmulo de solutos na luz intestinal
- Perda do mecanismo de desaceleração do transito
- Colonização bacteriana do delgado (válvula íleo-cecal)
- Sais biliares: menor [ ] na bile, menor formação micelas
- Prejuízo da atividade da lipase pancreática (gotas mto
grandes de gordura)
Síndrome do Intestino Curto (SIC)
TEIXEIRA NETO, 2003,´pág. 372; 
Doenças do Intestino Delgado
Síndrome do Intestino Curto (SIC)
 Não existe definição de comprimento mínimo de intestino 
delgado suficiente para manter a absorção dentro dos 
padrões de normalidade
Parte preservada
MUDANÇAS 
ADAPTATIVAS
(espessamento da 
parede, dilatação, 
diminuição da 
motilidade)
melhora da 
diarréia, 
esteatorréia 
e má 
absorção
 Mudanças morfológicas e fisiológicas resultam em 
aumento no tempo do trânsito intestinal e consequente 
melhora na absorção dos nutrientes
Doenças do Intestino Delgado
Hiperplasia da Mucosa 
Dilatação do segmento
Aumento do turn over celular
Hiperplasia das cél.gástricas
↑ secreção de hormônios gastrointestinais tróficos 
trofismo em alças intestinais excluídas do transito 
intestinal, mas mantidas com circulação sanguínea.
Adaptação Intestinal 
Vários hormônios têm sido
postulados como sendo importantes
nesse processo de adaptação
intestinal, tais como: enteroglucagon,
gastrina, secretina, colecistoquinina,
fator de crescimento epidermal, IGF-1
e peptídio YY.
Adaptação Intestinal 
1ª Fase:
• Reanimação hidro-eletrolítica e ácido-básica
• Reduzir a secreção gástrica e intestinal –
Omeprazol + Octreotídeo
• Jejum oral
• NPT (se estável hemodinâmicamente) 
• Dieta enteral (assim que recuperado da fase 
aguda)
Manejo Nutricional
Manejo Nutricional
1ª Fase:
Pós-operatório imediato:
 Cuidados de rotina,
 Administração de fluídos e correção de
distúrbios hidroeletrolíticos.
 Nutrição parenteral precoce;
 Duração do tempo de NPT depende do
comprimento intestinal residual e da proporção
de calorias toleradas pela dieta enteral
Manejo Nutricional
2ª Fase:
 Dieta Oral (após controle da 
diarréia)-
 Baixa quantidade de gorduras, 
lactose e fibras não solúveis
 NPT (complementar)
3ª Fase:
 Descontinuidade do suporte parenteral
 Dieta oral fragmentada em 6-8 vezes ao dia, com
baixo teor de gordura (máx de 30% do VCT)
 Reposição parenteral de vitaminas lipossolúveis e
oral das hidrossolúveis.
 Reposição de nutrientes específicos (ex. Fe, Cu,
B12, Zn, Mg)
Manejo Nutricional
Ressecção intestinal
- > 70-75% do ID
- 200 cm de intestino funcionante
Pós operatório
Estabilização hemodinâmica não
Reposição hidroeletrolítica.
Repor níveis séricos de K, Ca, P e Mg
sim
Inicio imediato de NPT:
- 30 kcal/kg/d
- 1 - 1,5 g prot./kg/d
-Balanço hidroeletrolitico 
estabilizado
- Retorno de sons intestinais
- diarréia < 2L /d
Inicio de alimentação via enteral
(até 0,67kcal/ml em crianças)
Tolerou bem?
sim
não Descontinuar o 
uso.Continuar 
com NPT
Adulto:começar c/ formula 
enteral polimerica. Elementar se 
não tolerar. Criança: iniciar c/ 
formula não elementar
Evoluir p/via oral em 6 
ref. sólidas /dia
Déficit de macro e 
micro nutrientes
sim
Suplem. 
Parenteral 
permanente
não
V.O com ou 
sem 
restrição
 Quando a perda líquida tiver diminuído, a
infusão enteral contínua é iniciada;
 Perdas fecais aumentarem mais que 50%,
>40-50ml/kg/dia - nutrição enteral deverá
ser controlado até a melhora destes
parâmetros.
Suporte Enteral: Quando iniciar?
Suporte Enteral
Recomendações iniciais para a NE:
Volume diminuído 
Fracionamento: administração 
contínua (BI)
Fórmula - Hidrolisado protéico / 
SEMI-ELEMENTAR
. 
Suporte Enteral
 Manter a oferta calórica mesmo que seja 
mínima
Estímulo trófico da mucosa intestinal
Prevenção da sepse por translocação 
bacteriana. 
Após o período de adaptação:
evoluir gradualmente a dieta;
Observando diarréia, distúrbios 
hidroeletrolíticos, distensão abdominal.
Suporte Enteral
 Hidrolisado protéico:
Adulto: Peptamen, El diet, Vivonex;
Pediatria: Alfaré, Pregestimil, Pregomin, 
Peptamen Jr.
 Conforme adaptação, evoluir para fórmulas
poliméricas, sem lactose e sem sacarose,
juntamente com alimentação VO adaptada.
 Evitar alimentos hiperosmolares.
Alimentação Via Oral
Alimentos sólidos podem ser iniciados e
dados através de sonda nasogástrica sem
dificuldade. Pequenos bolos de alimentos
podem ser tolerados e são importantes para
preservar o mecanismo de sucção e
deglutição.
Manejo Nutricional
Hipercalórica: 
- Harris Benedict ou Hollyday (pediatria), 
considerando peso atual.
Hiperprotéica
Lipídios: 
1. Os lipídios são bem tolerados pelos 
pacientes com SIC. 
2. 30% do VCT, dando preferência ao TCM, 
pela melhor absorção.
 Vitaminas e sais minerais:
suplementação de vitaminas e sais
minerais que têm sua absorção
prejudicada, via alimento ou
medicamento, dependendo do grau
de adaptação do intestino.
Manejo Nutricional
 Volume:
após o período de adaptação, aumentar o
volume gradualmente, atingindo o suficiente
para o aporte nutricional e hídrico.
 Fracionamento:
aumentado, mínimo de 6 refeições diárias.
Manejo Nutricional
Manejo Nutricional
Consistência: 
de acordo com a idade, e condições de 
mastigação, deglutição e absorção do 
paciente.
Fibras: 
•Evitar as insolúveis. 
•Suplementos de fibras solúveis são 
benéficos no controle da diarréia. 
Outras medidas
Nutrição parenteral
Agentes antidiarréicos
Antiácidos
Colestiramina
Antibióticos
Glutamina
Distensão 
abdominal
Motilidade intestinal 
comprometida 
Ação bacteriana 
no cólon.
Colelitíase
Falta de estimulação 
da vesícula biliar
COMPLICAÇÕES
Cálculo renal
sais biliares no
cólon 
aumentam a 
absorção 
de oxalato 
de CA.
Colite
Não infecciosa 
pode surgir no 
primeiro mês de
reanastomose 
Intestinal ou na 
Transição NP e NE
COMPLICAÇÃO
Referências Bibliográficas
AUGUSTO, A.L.P; ALVES, D. C. ;MANNARINO, I. C.; GERUDE, M. Terapia 
nutricional. Editora Atheneu, 1999, 293 p. 
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. Guias de Medicina Ambulatorial e 
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