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30/01/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/12
PODER JUDICIÁRIO
A estrutura judiciária brasileira está prevista no texto constitucional de 1988,
assim, antes de tratar das Instituições Judiciárias cabe uma breve reflexão sobre
os três Poderes da União. De acordo com artigo 2º da Constituição Federal “São
Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário”. 
Remonta da Antiguidade a primeira base teórica sobre a separação de poderes,
sendo na obra Política[1] de Aristóteles que se vislumbrou a existência de três
funções distintas que eram exercidas pelo poder soberano, quais sejam, edição de
normas, aplicação das referidas normas e a função de julgamento, a fim de dirimir
conflitos oriundos da aplicação das normas aos casos concretos.
Não obstante, Aristóteles idealizou a teoria das três funções distintas exercidas
por um mesmo soberano, que mais tarde, foi aprimorada por Montesquieu na sua
obra O Espírito das Leis[2]. O aprimoramento se deu em razão de que as três
funções eram exercidas por três órgãos distintos, autônomos e independentes
entre si. Com base nesta teoria, cada órgão exercia uma função típica,
predominante, ou seja, inerente à sua própria natureza.
A teoria de Montesquieu teve grande aceitação entre os Estados modernos sendo
ao final abrandada, permitindo-se que um órgão tivesse além do exercício da sua
função típica, o exercício de funções atípicas (de natureza de outros órgãos) sem,
contudo, macular a autonomia e independência dos mesmos. É o que ocorre na
atualidade, os três Poderes previstos constitucionalmente (art. 2º CF/88) são
exercidos de forma autônoma e independente, porém, com o exercício de funções
típicas e atípicas. Nos termos do texto constitucional cabe ao Poder Legislativo em
sua função precípua, ou seja, típica, legislar. No entanto, o legislativo ao dispor
sobre sua organização a fim de prover cargos, conceder férias e licenças a seus
servidores, atua de maneira atípica, a qual seria uma função executiva, portanto,
típica de outro poder.
O Poder Executivo tem como função típica a prática de atos de chefia de Estado e
atos da administração, porém, quando o Presidente da República adota medida
provisória, com força de lei, estamos diante do exercício de uma função atípica, a
qual seria legislativa.
Por fim, com maior interesse para nossos estudos, o Poder Judiciário tem como
função típica a função de julgar, também conhecida como função jurisdicional, ou
seja, dizer o direito ao caso concreto, dirimindo conflitos que lhe são levados,
quando da aplicação das leis. Não obstante, pode o Poder Judiciário exercer
funções atípicas, tais como elaborar o regimento interno de seus tribunais
(legislativa) assim como, conceder licenças e férias a seus magistrados e
serventuários (executiva).
Tendo o Poder Judiciário a função precípua de julgar, o mesmo encontra-se
regularmente estruturado para exercer a sua função jurisdicional através de seus
órgãos. O Poder Judiciário é o que detém o poder jurisdicional de forma que não
pode ele abster-se de analisar as demandas jurídicas que lhe são submetidas (art.
5º, XXXV da CF/88), configurando o princípio da inafastabilidade da jurisdição que
reza: "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito".
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/12
No entanto, pelo princípio da inércia da jurisdição, o Poder Judiciário não atua de
ofício nas demandas, ou seja, deve ser ele provocado pelo interessado para poder
intervir nas relações conflituosas, é o disposto no artigo 2o do NCPC que dispõe: 
"O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial,
salvo as exceções previstas em lei".
A estrutura do Poder Judiciário está prevista no artigo 92 da Constituição Federal,
qual seja: “São órgãos do Poder Judiciário: O Supremo Tribunal Federal; o
Conselho Nacional de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais
Regionais Federais e Juízes Federais; os Tribunais e Juízes do Trabalho, os
Tribunais e Juízes Eleitorais; os Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes
dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Cabe ressaltar que o rol do artigo 92 acima transcrito é um rol taxativo, de forma
que quaisquer outros órgãos, mesmo que recebam a denominação de Tribunal
não integram o Poder Judiciário, como é o caso do Tribunal Marítimo, Tribunal de
Contas e outros. Ademais, qualquer outro juízo criado à margem da Constituição
Federal poderá ser considerado ilegítimo (art. 5º XXXVII).
Para melhor exemplificar, reproduzimos abaixo o organograma do Poder Judiciário
brasileiro (Lenza, Pedro):
A doutrina costuma fazer distinção entre os órgãos do Poder Judiciário dividindo-
os entre justiça comum ou ordinária e justiça especial ou especializada. Excetua-
se o órgão de cúpula do Poder Judiciário que é o Supremo Tribunal Federal
também conhecido como órgão de superposição, pois suas decisões se sobrepõem
a todas as Justiças e Tribunais, não pertencendo, portanto, a nenhuma Justiça
específica (comum ou especial).
De acordo com a divisão doutrinária é a seguinte:
Justiça Especial ou Especializada: a) Justiça do Trabalho (composta pelo Tribunal
Superior do Trabalho – TST, Tribunais Regionais do Trabalho – TRT’s e pelos
Juízes do Trabalho – Varas do Trabalho); b) Justiça Eleitoral (composta pelo
Tribunal Superior Eleitoral – TSE, Tribunais Regionais Eleitorais – TRE’s, Juízes
Eleitorais e Juntas Eleitorais); c) Justiça Militar da União (composta pelo Superior
Tribunal Militar – STM e Conselhos de Justiça, Especial e Permanente, nas sedes
das Auditorias Militares); d) Justiça Militar dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios (composta pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ[3], Tribunal de
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Justiça – TJ, ou Tribunal de Justiça Militar[4], sendo em primeiro grau, pelos
Juízes de direito togados e pelos Conselhos de Justiça, com sede nas auditorias
militares).
Com caráter residual, ou seja, o que não for da competência da justiça
especializada, será da justiça comum ou ordinária, assim estruturada: a) Justiça
Federal (composta pelos Tribunais Regionais Federais – TRF’s e Juízes Federais);
b) Justiça do Distrito Federal e Territórios (Tribunais e Juízes do Distrito Federal e
Territórios); c) Justiça Estadual comum (composta pelos Tribunais de Justiça e
Juízes de Direito de 1º grau).
A discussão doutrinária gira em torno de pertencer o Superior Tribunal de Justiça
– STJ a uma justiça específica, no caso, a comum ou a especial. O entendimento
majoritário da doutrina está no sentido de que o STJ não pertence a nenhuma das
duas justiças, sendo considerado também um órgão de instância máxima da
justiça brasileira. No entanto, faz-se necessário uma breve reflexão sobre a
estruturação do Poder Judiciário nos termos prescritos pela Constituição Federal.
Certo é que o STJ não recebe, em regra, recursos advindos das justiças
especializadas, quais sejam, trabalhista, militar[5] e eleitoral, sendo que cada
uma delas possui o seu próprio tribunal superior.
Desta forma, o STJ tem atuação em sede recursal no que toca aos recursos vindos
da justiça comum, ou seja, Federal e Estadual. Com base neste entendimento,
poder-se-ia dizer que cada justiça especializada tem o seu tribunal superior,
sendo Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral e Superior
Tribunal Militar, sendo que a justiça comum também teria o seu próprio tribunal
superior, qual seja, o Superior Tribunal de Justiça. Mais uma vez relembramos que
o entendimentomajoritário da doutrina está no sentido de que o STJ não pertence
a nenhuma das justiças específicas.
Cabe ressaltar mais uma divisão feita entre as justiças do Poder Judiciário. Temos
órgãos judiciários federais e órgãos judiciários estaduais. As Justiças que são
organizadas pela União são as chamadas Justiças Federais, são elas: Justiça
Especializada do Trabalho, Justiça Especializada Eleitoral, Justiça Especializada
Militar da União, Justiça Comum Federal e Justiça Comum do Distrito Federal e
dos Territórios, além do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de
Justiça.
As Justiças que são organizadas pelos Estados são as chamadas Justiças
Estaduais, são elas: Justiça Especializada Militar dos Estados e a Justiça Comum
Estadual. A estrutura das Justiças Federais está prevista no texto constitucional,
enquanto que das Justiças Estaduais no texto das respectivas Constituições
Estaduais, respeitadas as diretrizes constitucionais.
No que toca ao Poder Judiciário há que se falar ainda do princípio do duplo grau
de jurisdição, tendo como significado que toda demanda apresentada ao Poder
Judiciário para apreciação está sujeita a um duplo exame, sendo o primeiro
exame feito pelo juízo monocrático (um só juiz) e o segundo exame, em caráter
recursal, por um juízo colegiado (vários juízes), com prevalência da segunda
decisão em relação à primeira. Exceção a este princípio ocorre nas causas que
têm início diretamente nos Tribunais ou órgãos colegiados e não no juízo
monocrático, denominada competência original dos Tribunais.
[1] LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado, p. 199. 
[2] Idem. 
[3] Cabe aqui um esclarecimento sobre o assunto em tela, o STJ não é um órgão da Justiça Militar Estadual, no entanto, poderá o
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mesmo julgar, dependendo do assunto, recursos interpostos em face dos acórdãos do TJ ou TJM. Nestes casos, o STM não julgará
matéria da justiça militar estadual já que a sua competência está restrita à justiça militar federal (enquanto instância recursal). 
[4] Nos Estados em que o efetivo militar for superior a 20.000 integrantes. 
[5] Verificar nota de número 3.
ÉTICA
Conceito - Ética é a ciência do comportamento moral (costumes, regras,
convenções estabelecidas por cada sociedade), dos homens em sociedade. É uma
reflexão sobre a moral. [1]
Desta forma, a ética tem como objeto o comportamento moral do indivíduo
através da prática reiterada de seus atos livres, visando à realização do bem
comum. Sabemos que a reiteração de certos atos pode nos tornar virtuosos ou
viciados.
Objeto – Comportamento moral humano. 
A ação humana nada mais é do que uma movimentação de energias que se
desenvolvem no tempo e no espaço, tais como trabalhar ou roubar, elogiar ou
ofender, construir ou destruir, agradar ou desagradar.
Normas sociais - Podemos dizer que as normas morais decorrem na verdade das
experiências morais das práticas vivenciais sócio-humanas. Desta forma, as
normas éticas têm em vista o que a experiência sócio-humana registrou como
sendo bom e como sendo mau.
Direito - Complexo de normas e obrigações, para serem cumpridas pelos
homens, compondo o conjunto de deveres, aos quais não podem fugir, sem que
sintam a ação coercitiva da força social organizada.
As normas jurídicas em muito se assemelham às normas morais, que muitas
vezes antecedem àquelas. No entanto, as normas jurídicas caracterizam-se pela
cogência, imperatividade e sanção. As normas jurídicas decorrem de um
procedimento formal, complexo e rígido (processo legislativo), com o qual se dá
publicidade aos mandamentos jurídicos.
Lacuna legal - Há regras morais que balizam as condutas humanas em
sociedade, porém, não são consideradas relevantes para o ordenamento jurídico.
Exemplo: incesto.
Há, no entanto, regras jurídicas que demonstram a importância da moralidade e
dos bons costumes. Exemplo: Art. 4° da LINDB, senão vejamos: Art. 4° Quando a
lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito.
Justiça - Nada seria mais certo do que o entendimento de que o Direito que
advém da moral fosse justo. O conceito de justiça tem-se mostrado bastante
relativo. Pode adotar o conceito jurídico daquilo que se faz conforme o Direito, ou
ainda, a realização do Direito, ou mais, num ponto de vista de discussão ética, dar
a cada um o que é seu [...] a impulsão firme e consciente para o bem.
Códigos de Ética - A ética profissional, quando regulamentada, perde seu
conteúdo de espontaneidade, passando a ser um conjunto de prescrições de
conduta. Portanto, não se fala mais em normas puramente éticas, e sim, em
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normas jurídicas de direito administrativo com sanções administrativas (perdas de
cargo, advertências, suspensões etc.).
 
 
Normas puramente éticas – livre arbítrio do cidadão. 
Normas éticas – conduta prescrita pelas normas administrativas. 
Normas jurídicas – conteúdo legal. Coerção do Estado.
[1] NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 5 ed. São Paulo: RT, 2006. 
MAGISTRATURA
Conceito: Derivado do latim magistratus, exprime o cargo ou dignidade de
magistrado. Assim, literalmente, quer significar uma função de mando ou designar
aquele que a exerce [...] que manda, que ordena, que dirige. [1] 
 
Requisitos para Ingresso: 
a) ser brasileiro nato ou naturalizado, 
b) ser diplomado em Curso de Direito por Instituição de Ensino oficial assim
reconhecida pelo Ministério da Educação, 
c) possuir 03 anos de atividade jurídica (incluindo exercício de cargos, empregos
ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utilização de
conhecimento jurídico – Resolução 75 do CNJ), 
d) regularidade com o serviço militar, 
e) estar em pleno gozo dos direitos políticos, 
f) integridade física e mental 
g) boa conduta social.
Ingresso na Carreira: O concurso público de provas e títulos para ingresso na
carreira de magistrado, em regra, é composto de fases, sendo todas
eliminatórias. 
Ética: Ao se exigir do Magistrado, enquanto aplicador da lei e da justiça, um
comportamento ético, este virá revestido por uma ética da prudentia (o bem
julgar implica em exercício constante de faculdades garantidoras da higidez
psíquica. A paciência, a prudência, o interesse pelos dramas humanos, a sadia
análise dos fatos e seu cotejo com o fluir da história, convertem o juiz em eficaz
redutor de conflitos). [2] 
O juiz é antes de tudo um agente público atuante na realização da justiça e na
pacificação dos conflitos. Para que ele possa exercer com liberdade e
independência seu mister, proferindo seus julgamentos com isenção e retidão de
acordo com sua convicção racional, faz-se necessária a existência de mecanismos
reguladores e sustentadores da carreira.
Garantias Constitucionais: As garantias funcionais da magistratura são
atributos que permitem ao juiz agir com liberdade e imparcialidade. Não
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constituem simples privilégios ou tampouco afrontam o princípio da igualdade
(Art. 5°, caput da CF/88), pois existem em favor do jurisdicionado.
São duas espécies de garantias funcionais: de liberdade e de imparcialidade. 
• São garantias funcionais de liberdade de acordo com o artigo 95 caput
da CF/88: 
Vitaliciedade: impossibilidade da perda do cargo por mero procedimento
administrativo do Tribunal ao qual o juiz estiver vinculado. Esta garantia é
adquirida após 2 anos de efetiva atividade do magistrado quando o ingressona
Magistratura se dá por meio de concurso público, sendo considerado este período
como estágio probatório, com a necessidade do envio de relatórios periódicos à
Corregedoria-Geral de Justiça. Uma vez vitaliciado, o magistrado somente poderá
perder o cargo através de processo judicial específico, mediante sentença judicial
transitada em julgado, sendo-lhe assegurados o contraditório e a ampla defesa.
Inamovibilidade: garantia dada aos juízes titulares, que não poderão ser
removidos de seus respectivos cargos, ou até mesmo promovidos para
entrância/instância superior, sem seu consentimento. A inamovibilidade não é
uma garantia absoluta, comportando exceção que é o interesse público. Nestes
casos, a decisão caberá ao respectivo Tribunal ao qual o juiz estiver vinculado ou
ao Conselho Nacional de Justiça, por voto da maioria absoluta de seus membros,
sempre assegurado o exercício da ampla defesa (art. 93, VIII CF/88).
Irredutibilidade de subsídio: refere-se à proteção do valor nominal dos
subsídios, não alcançando esta regra a reposição de eventuais perdas
inflacionárias, bem como não impedindo descontos previdenciários e tributos
incidentes.
• São garantias funcionais de imparcialidade de acordo com o artigo 95
§ único CF/88:
As garantias funcionais de imparcialidade manifestam-se por meio de vedações
constitucionais à magistratura, e são elas:
I - Exercer ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
magistério; 
II - Receber a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III - Dedicar-se à atividade político-partidária; 
IV - Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V - Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração
(quarentena). (g.n).
O dever de imparcialidade é antes de tudo um dever ético, de dignidade, de
paridade de tratamento entre as partes e de justiça na aplicação correta da lei ao
caso concreto. Para assegurar esta imparcialidade, o legislador infraconstitucional
também cuidou de algumas situações, que uma vez verificadas poderão
comprometer a imparcialidade do juiz na sua atuação processual.
Estatuto da Magistratura: De acordo com a CF/88, lei complementar, de
iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura
(art. 93, caput). Na falta de uma nova lei que dispusesse sobre o Estatuto da
Magistratura tem-se aplicado a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN),
lei complementar n. 35, de 14-3-1979, recepcionada pela Carta Magna. 
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A exemplo do que ocorre com outras carreiras jurídicas, o magistrado possui
deveres fixados em lei e deve cumpri-los à risca, uma vez que, da sua atuação
decisória implicará no destino material, moral, psicológico, familiar e profissional
das pessoas. A LOMAN, por exemplo, em seu artigo 35 faz a previsão dos deveres
do magistrado:
Art. 35. São deveres do magistrado: 
I - cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as
disposições legais e atos de ofício; 
II - não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar; 
III - determinar as providências necessárias para que os atos processuais se
realizem nos prazos legais; 
IV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os
advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos
que o procurarem, a qualquer momento, quando se trate de providência que
reclame e possibilite solução de urgência; 
V - residir na sede da comarca, salvo autorização do órgão disciplinar a que
estiver subordinado; 
VI - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou sessão, e não
se ausentar injustificadamente antes de seu término; 
VII - exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se
refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das
partes; 
VIII - manter conduta irrepreensível na vida pública e particular. 
[1] SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 25ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004. 
[2] NALINI, José Renato. Ética e justiça. São Paulo: Oliveira Mendes, 1998.
STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça)
Órgãos do Poder Judiciário → Art. 92 da CF/88 que reza:
São órgãos do Poder Judiciário: 
I – O Supremo Tribunal Federal; 
I-A – O Conselho Nacional de Justiça; 
II – o Superior Tribunal de Justiça. 
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI – os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Supremo Tribunal Federal - STF
O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário, isso quer
dizer, é a máxima instância da Justiça brasileira, cabendo-lhe especialmente a
guarda da Constituição Federal.
Nos termos do artigo 101 da CF/88 o STF é composto de 11 Ministros que são
escolhidos e indicados pelo Presidente da República, devendo esta escolha ser
aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal. Uma vez aprovada a escolha e
indicação, passa-se à nomeação do Ministro, momento em que ele é vitaliciado.
São requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF: 
a) ser brasileiro nato, 
b) ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade, 
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c) ser cidadão (estar em pleno gozo dos direitos políticos), 
d) ter notável saber jurídico, 
e) reputação ilibada.
A competência do STF vem prescrita na Constituição Federal em seus artigos 102
a 103, sendo competência: 
a) originária, 
b) recursal ordinária, 
c) recursal extraordinária 
d) competência para a edição de súmulas vinculantes. 
(O STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos
seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante
em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei - artigo 103-A CF/88).
O Supremo Tribunal Federal tem sede na Capital Federal (Brasília) e jurisdição em
todo o território nacional.
Superior Tribunal de Justiça – STJ
Composição → O Superior Tribunal de Justiça, nos termos do artigo 104 da
CF/88 é composto de pelo menos 33 Ministros, os quais serão escolhidos e
nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal em
maioria absoluta.
Requisitos → São requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STJ: 
a) ser brasileiro nato ou naturalizado, 
b) ter mais de 35 e menos de 65 anos, 
c) notável saber jurídico, 
d) reputação ilibada.
Regra do terço constitucional → A escolha dos Ministros do STJ segue a regra
do terço constitucional, ou seja, 1/3 de Desembargadores Federais dos Tribunais
Regionais Federais, 1/3 de Desembargadores dos Tribunais de Justiça, 1/3 de
Advogados e Membros do Ministério Público (não especializado – regra do artigo
94 da CF/88).
Art. 94 – Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelosórgãos de representação das
respectivas classes. (g.n).
Nota - Verifica-se uma limitação no poder de escolha do Presidente da República,
uma vez que necessariamente, o Ministro a ser escolhido será proveniente de um
dos órgãos do Poder Judiciário listados, da Advocacia ou do Ministério Público. No
caso dos Desembargadores Federais e dos Desembargadores dos Tribunais de
Justiça, o STJ elaborará lista tríplice, enviando-a ao Presidente da República que
escolherá um nome e depois o nomeará Ministro após a aprovação do Senado
Federal. 
No caso da escolha de Advogados e Membros do Ministério Público, os órgãos de
representação de cada classe farão a indicação em lista sêxtupla de seus
membros.
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Órgãos de representação → Colégio de Procuradores da República pela
indicação de membros do Ministério Público Federal. Conselhos Superiores de cada
Ministério Público Estadual e Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
com relação à Advocacia. 
Competência → A competência do STJ vem prescrita na Constituição Federal em
seu artigo 105, sendo competência originária, recursal ordinária e recursal
especial (guarda do direito federal comum).
Jurisdição → O Superior Tribunal de Justiça tem sede na Capital Federal
(Brasília) e jurisdição em todo o território nacional. 
Há divergência na doutrina quanto à classificação do STJ como um órgão de
superposição, tal qual o STF, como visto acima.
Exercício 1:
De acordo com o texto constitucional, o Superior Tribunal de Justiça - STJ é
composto por:
A)
11 Ministros.
B)
20 Ministros.
C)
Pelo menos 33 Ministros.
D)
Pelo menos 35 Ministros.
E)
11 Ministros e 10 juízes dos Tribunais dos Estados.
Comentários:
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Exercício 2:
Segundo texto constitucional, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) é composto
de 1/3 de juízes dos Tribunais Regionais Federais, 1/3 de Desembargadores dos
Tribunais de Justiça e 1/3 de advogados e Membros do Ministério Público.
A regra acima prevista é chamada de:
 
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A)
regra do quinto constitucional.
B)
regra da reserva constitucional.
C)
regra do terço constitucional.
D)
regra da magistratura de carreira.
E)
regra do merecimento e antiguidade.
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Exercício 3:
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem sede:
A)
Em Brasília com jurisdição em todo o território nacional.
B)
Nas capitais de cada Estado, com jurisdição nas respectivas Capitais.
C)
Em cada região do país, a saber Norte, Sul, Leste, Oeste e Central, com jurisdição
específica na região Central.
D)
Em Brasília porém sem função jurisdicional.
E)
Não tem sede no país.
Comentários:
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Exercício 4:
A quem compete a guarda da Constituição Federal? 
A)
ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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B)
aos Tribunais Regionais Federais (TRFs).
C)
ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
D)
ao Supremo Tribunal Federal (STF).
E)
aos Tribunais de Exceção (TE).
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 5:
Analise as assertivas abaixo:
I - Em regra, toda demanda apresentada ao Poder Judiciário para apreciação está sujeita a
um duplo exame.
II - As decisões do segundo grau de jurisdição são em regra proferidas por um juízo
monocrático. 
III - A decisão proferida em segundo grau prevalece em relação à proferida em primeiro. 
Assinale a alternativa correta:
A)
Todas são verdadeiras.
B)
Todas são falsas.
C)
Apenas I é verdadeira.
D)
I e II são verdadeiras.
E)
I e III são verdadeiras.
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Comentários:
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Exercício 6:
Podemos dizer que o princípio pelo qual o Poder Judiciário deva ser provocado pelo
interessado para poder intervir nas relações conflituosas é chamado de:
A)
Princípio do devido processo legal.
B)
Princípio da legalidade.
C)
Princípio da inércia da jurisdição.
D)
Princípio da economia processual.
E)
Princípio do nom bis in idem.
Comentários:
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