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1 Política Urbana Tema PLANO DIRETOR Prof. Me. Jorge Bernardi MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GERÊNCIA DE CIDADES • Vídeo • Plano Diretor http://www.youtube.com/watch? v=mdbAIIJixYA É o primeiro instrumento (básico), determinado pela Constituição, para que o município promova a política de desenvolvimento e de expansão urbana, objetivando ordenar as funções sociais da cidade e garantir o bem-estar dos moradores. O Plano Diretor (Art. 182, § 1o, da CF) Objetivo Organizar sistematicamente aspectos físicos, econômicos e sociais do município. Características •Deve ser prático, sólido e expressar outras aspirações dos membros da comunidade •Projeto geral equilibrado e atraente, adaptado às necessidade presentes e probabilidades futuras Planejamento Urbano Planejar significa estabelecer objetivos, indicar diretrizes, estudar programas, escolher meios mais adequados a uma realização e traçar a atuação do governo, consideradas as alternativas possíveis. (Disponível em: <http://www.apmp.com.br/juridico/pjhuc/pe cas/peca3.htm>.) 2 • Brasil: o planejamento urbano remonta ao período colonial • São Vicente (1532) • Salvador (1549), fundada em um determinado dia – o início da vida cívica • Tomé de Souza trouxe arquitetos, agrimensores, pedreiros, carpinteiros, entre outros profissionais • Ordenamento e disciplinamento do solo urbano • Distribuição e uso da terra urbana e dos espaços públicos e privados • Vias públicas • Setores de habitação, comércio e indústria • Infraestrutura e equipamentos urbanos, sociais e comunitários Planos Diretores – Século XX • Democracia participativa • Debates: − de audiências − de consultas públicas, conferências • Planos urbanísticos • Projetos de lei de iniciativa popular Gestão Democrática por Meio da Participação Popular (Arts. 43, 44 e 45, do EC) O ConCidades é o colegiado de abrangência nacional, vinculado ao Ministério das Cidades, com a participação da sociedade por meio de seus delegados eleitos por segmentos, para definir diretrizes e políticas públicas nas áreas urbanas. Conselho das Cidades Composição: •membros titulares: 86 • suplentes: 86 •observadores estaduais: 8 Natureza: •Deliberativa (seu funcionamento); •Consultiva (questões externas); •Resoluções possuem caráter de recomendação. 3 •Governos (Federal, Estaduais/DF e Municipais); •Movimentos populares; •Entidades de trabalhadores; •Empresários de entidades acadêmicas e de profissionais; •Organizações não governamentais Conselheiros Representam... a) Habitação; b) Saneamento ambiental; c) Trânsito, transporte e mobilidade urbana; d) Planejamento territorial urbano. Comitês Técnicos Planejamento Estratégico (Art. 29, XII, da CF) • Não é previsto no Estatuto da Cidade; • Objetiva antecipar a realidade futura da cidade, buscando direcioná-la de modo dinâmico e inteligente e de acordo com a realidade local. Inteligência Organizacional • Inovação • Criatividade • Produtividade • Efetividade • Perenidade • Rentabilidade • Modernidade • Inteligência competitiva • Gestão de conhecimento •Direito urbano-ambiental sob a ótica da função social da propriedade urbana Estudo de Impacto de Vizinhança •A comunidade que sofrerá o impacto daquela atividade deve ser ouvida, para que a decisão sobre a implantação ou não do empreendimento não fique exclusivamente nas mãos de algumas pessoas 4 Grandes Empreendimentos • Conjuntos e condomínios habitacionais ou empresariais •Shopping centers • Hipermercados • Fábricas • Escolas e universidades • Presídios • Terminais rodoviários e ferroviários • Estádios e ginásios esportivos Estudo de Impacto Ambiental “Alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que afetam: (...) (...) a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.” (Disponível em: <http://www.iap.pr.gov.br/modules/cont eudo/conteudo.php?conteudo=826>.) Aplica-se •Estradas de rodagem, ferrovias; •Oleodutos, gasodutos; •Obras de saneamento ou de irrigação; •Canais para navegação, drenagem e irrigação; •Retificação de cursos-d’água; •Distritos industriais; •Portos e aeroportos. Elaboração do Plano Diretor • Mandamento constitucional (§ 1o, art. 182, da CF); • O instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana; • Aprovado pela Câmara; • Lei municipal (ordinária ou complementar); • Obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes. Estatuto das Cidades •Municípios de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; •Onde o município pretenda utilizar os instrumentos – EC ; • Interesse turístico; • Influências de empreendimentos de impacto ambiental. 5 Requisitos Mínimos (Art. 42, do EC) •O parcelamento, a edificação e a utilização compulsórios; •O direito de preempção; •A outorga onerosa do direito de construir; •Delimitação de zonas especiais, onde se utiliza o solo; •Áreas para operações urbanas consorciadas; •Transferência do direito de construir – sistema de acompanhamento. •Acessibilidade e mobilidade sustentável; •Universalização do saneamento básico; Resolução no 34/2005 (ConCidades) •Coleta de lixo; •Manejo sustentável das águas pluviais; •Terra urbanizada para as atividades comerciais, industriais, de serviço e a agricultura familiar. Etapas do Plano Diretor no Executivo •1a fase: diagnóstico da realidade municipal, objetivando colher a maior quantidade possível de dados que possam permitir que se tomem decisões corretas. IBGE, pesquisas. •2a fase: prognóstico sobre a situação do município a curto, médio e longo prazo. •3a fase: deficiências, os pontos fracos, nos quais há carências e tais carências podem dificultar o desenvolvimento e o progresso socioeconômico daquela comunidade. 6 •4a fase: potencial, pontos fortes, a vocação inata ou o resultado da experiência acumulada, as qualidades intrínsecas, o meio ambiente, a qualidade do solo e o clima. •5a fase: estratégias que serão adotadas para solucionar os problemas encontrados e para atingir os resultados esperados. “A estratégia é um conjunto de objetivos e de políticas principais capazes de guiar e orientar o comportamento da empresa em longo prazo.” (Disponível em: <http://www.unifenas.br/extensao/Admi nistracao/vcongresso/ca045ex.pdf>.) •6a fase: custos de implantação de todas as prioridades. As fontes, os recursos públicos e privados e os financiamentos internos e externos •7a fase: prioridades que serão implementadas a partir dos recursos disponíveis e das necessidades mais prementes Etapas do Plano Diretor no Legislativo •1a fase: a análise técnico- -jurídica instrui o processo do projeto e, se for o caso, aponta as falhas de redação, inconstitucionalidades e ilegalidades que orientarão os pareceres dos vereadores nas comissões da Câmara Municipal •2a fase: comissões técnicas da Câmara – o projeto de lei deverá novamente retornar à análise da comunidade, instrumentos como debates, audiências e consultas públicas (art. 43, II, do EC). •3a fase: deliberação de Plenário – é novamente discutido, agora só pelos vereadores, votado e aprovado com as emendas, ou não, e, depois, vai à sanção do prefeito. Controle e Fiscalização do Plano Diretor • Aavaliação e o controle são etapas independentes do processo de elaboração e aprovação do plano diretor. Ocorre a implantação daquilo que foi planejado • Deve ser revisado, no máximo, a cada dez anos • Faz-se a correção dos erros encontrados 7 Plano Diretor •É instrumento de política pública municipal e não se limita a uma administração; •Transcende no tempo; •Sua efetiva implementação em um período histórico é que vai proporcionar os resultados previstos. “A construção da cidade é diária, as gerações sucedem-se e cada uma coloca a sua contribuição. O ambiente urbano é uma construção coletiva e deve ser aperfeiçoada a cada nova etapa, para que cumpra as políticas de desenvolvimento urbano, ambiental, social e econômica previstas em um plano diretor que tenha sido elaborado de maneira democrática e participativa.” (BERNARDI, Jorge) SÍNTESE • O Plano Diretor é o instrumento básico da política urbana; • O Estudo de Impacto de Vizinhança objetiva mitigar problemas dos grandes empreendimentos urbanos; • O Conselho da Cidade é o colegiado que discute e reflete sobre as questões urbanas; • Tanto no processo de elaboração, quanto de aprovação do Plano Diretor, a sociedade deve ser ouvida através de audiências públicas; • O Plano Diretor deve ser revisado periodicamente; • A cidade é uma construção coletiva que envolve várias gerações.
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